O Alvorecer De Um Novo Sol escrita por Marimachan


Capítulo 38
Capítulo 36 - Arco Niger Flower: Enfim a marinha. Amiga ou inimiga?


Notas iniciais do capítulo

Oh God! Depois de quase um mês, finalmente consegui escrever esse capítulo! Perdão gente, mas a inspiração tinha simplesmente me abandonado. :'( Agr acho que ela está voltando aos poucos. O/
Enfim, boa leitura! ;)



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16 anos e 9 meses antes...

― Senhor! Senhor! ― Gritava o jovem animado enquanto adentrava a tenda correndo até o mais velho. ― Senhor, nós conseguimos libertar os prisioneiros de guerra de Long Park!

― Ótimo! ― Um sorriso satisfeito surgiu na face do ex-marinheiro. ― Quantos ganhamos?

― Cerca de 150 homens. Dentre eles, dois comodoros e dez capitães, os quais ajudaram na defesa do país durante a guerra.

― Excelente, mande um de nossos navios irem buscá-los. Quero todos os recrutas reunidos na base ainda essa semana. Precisamos começar a agir silenciosamente. Temos que ter absoluto sigilo no transporte! Ninguém pode saber que estamos montando esse exército. ― Exigiu firmemente. ― Ao menos não ainda. Entendido?

― Sim, senhor! Teremos todo o cuidado possível.

― Alguma notícia relevante a mais? ― Perguntou se sentando na cadeira que havia ao canto da tenda.

― Tememos que seja verdade, senhor. ― Começou, cauteloso. ― Sobre o filho do Chapéu de Palha.

A atenção do superior redobrou com a frase. O homem endireitou-se na cadeira e, permanecendo em silêncio, esperou o subordinado continuar.

― Roronoa Zoro, Nico Robin e a Gata Ladra Nami foram avistados por três dos nossos em uma ilha do Novo Mundo. Com duas crianças de cerca de um ano cada. Ainda não temos certeza se ambas são de Nico Robin ou se uma delas, o garoto, é da ex-navegadora.

O ar satisfeito do superior se transformou rapidamente em irritação.

― E mesmo que for, como podemos saber se é realmente do Chapéu de Palha ou de outro homem qualquer?! ― Exaltou o tom de voz. ― Tragam informações úteis! Eu só quero ouvir sobre o assunto novamente, caso a informação tenha alguma confirmação! Investiguem direito, bando de imprestáveis!

― S-sim, senhor.

― Agora vá logo fazer seu trabalho. ― Despachou o jovem com um gesto grosseiro.

― Sim, senhor. ― Bateu continência, atordoado, e saiu rapidamente da tenda.

― Inúteis. ― Resmungou para si mesmo enquanto pegava um dos Den Den Mushis postados em uma pequena mesa ao lado da cadeira. ― Bem que dizem, se quer um bom trabalho, faça você mesmo. ― Bufou e então foi atendido.

― Senhor? ― A voz masculina respondera do outro lado.

― Preciso que você e seus homens fiquem de olho na ex-navegadora dos Chapéus de Palha. Ela fora avistada com o Caçador de Piratas e Nico Robin.

― Seim, senhor. Em que local?

― Procure saber com os imprestáveis da vigilância do Novo Mundo. ― Respondeu ríspido. ― Quero que me confirme com certeza se uma das crianças que foram avistadas junto a eles é filha dela e do Chapéu de Palha. E não me procure até que tenha essa informação completa! ― Exaltou a voz novamente e então desligou sem esperar a resposta.

Se realmente fosse verdade, ah... A história mudava completamente.

Foust - Niger Flower, 13:30 min

― Olá, poderia me dar uma informação? ― A jovem morena sorriu para o senhor que atendia no caixa da lanchonete.

― Farei o possível. ― Respondeu formalmente.

― O senhor saberia me dizer onde fica a base local da marinha? Preciso chegar até ela.

― Fica ao final da cidade. Siga à leste e na fronteira de Manjor com Foust, a senhorita encontrará a base. ― Informou prestativo, embora ainda formalmente. ― Algo mais em que possa ajudar? ― Pediu em um tom de quem apressa. ― Não me entenda mal. Mas é que a fila está um pouco grande.

― Ah, nada mais. Muito obrigada. ― Ela sorriu fracamente, pagou o que tinha consumido e rapidamente saiu do estabelecimento.

Aquela frieza que encontrava por toda a parte naquela cidade estava começando a incomodar. Havia sido da mesma forma quando fora se hospedar. O mesmo tipo de atendimento. Custava serem um pouco mais afáveis? Parecia que todos ali faziam todo o possível para manter distância de outras pessoas. Até mesmo conhecidos se tratavam de forma indiferente, na maioria das vezes. Considerando que fora criada em um país onde o povo era sempre muito acolhedor e amável, Hana estava decididamente não acostumada àquele tipo de tratamento.

Mas o que podia fazer? Era a cultura deles, não podia querer meter o bedelho nisso. Resolveu então simplesmente parar de pensar sobre o assunto e seguir rumo à direção que o atendente lhe indicou e sorte dela que era um dia frio. Colocou o capuz da capa e aproximou mais o tecido de seu rosto, apressando assim o passo para chegar logo à base sem ser reconhecida.

Quanto mais rápido chegasse lá, mais próxima poderia estar de completar sua missão.

Porto de Foust – Niger Flower, uma hora antes.

― Argh! Que povo mais mal educado. ― Ayssa reclamava em alto e bom som enquanto os Pirates of King saíam do estabelecimento, arrancando algumas dezenas de olhares rancorosos e algumas mais de olhares tristes e cabeças baixas.

Os jovens piratas tinham acabado de aportar e deixar o navio por conta do cais, enquanto pediam algumas informações sobre as cadeias montanhosas que, já haviam decidido, iriam todos subir. Até porque, não podiam se dar ao luxo de deixar Seion por conta própria no meio de imensas montanhas, repletas de florestas nativas e perigos desconhecidos. Não mesmo.

― Você não pode falar muita coisa. ― Nara ironizou, conseguindo o resultado que queria: uma Ayssa ainda mais irritada.

― E você menos ainda! Esquentadinha. ― Brigou com a espadachim.

― Você que se irrita à toa e eu que sou a esquentadinha? ― Perguntou calmamente, ainda em tom abusado.

― Ora, sua... ― Sua intenção era “partir pra cima” da morena mesmo, mas foi impedida por Issa, que passou a tentar acalmá-la, enquanto Ken tomava partido e defendia a atiradora e Seion sequer prestava atenção na confusão. O panfleto anunciando todos os pontos turísticos de Niger Flower ― inclusive a cadeia de montanhas ― estava muito mais interessante.

― Oho! Eu quero andar nisso aqui! ― A voz animada do moreninho despertara os outros quatro da intriga.

― Isso o quê, Seion? ― Issa perguntou, se aproximando do capitão, curiosa.

― O teleférico. Nunca fui em um! Pare ser tãoo legal! ― Continuava entusiasmado. A euforia era tanta que ele sequer percebeu que esbarrara em alguém. A garota apenas pediu desculpas rapidamente e continuou a andar apressada.

― Oe, por que será que as pessoas daqui só andam correndo? Parece que elas simplesmente não suportam ficar cercadas de outras pessoas por muito tempo. ― Ken observou intrigado.

― Vai saber. ― Nara deu de ombros. ― Vai ver são só mal educadas mesmo, como a Miss Simpatia aí disse. ― O Olhar fulminante que recebera de Ayssa não deu resultado algum na tranquilidade anormal da espadachim.

― Ah, deixa eles pra lá! Vamos logo para as montanhas! ― Pediu o capitão, cortando o assunto assim que fez com que os companheiros precisassem correr atrás dele.

Fronteira de Foust – Niger Flower, 14:00 min

Era um prédio antigo, mas não deixava de ser bem arrumado. Tudo parecia em perfeita ordem e vários marinheiros circulavam pelo local. Exatamente como uma base normal da Marinha deveria ser.

Hana era guiada pelos corredores até a sala do chefe da base, Capitão Noguchi. Fora reconhecida imediatamente pelo tenente local e dessa forma encaminhada até o capitão.

― Capitão Noguchi, a senhorita Haruki. ― Avisou o tenente enquanto abria a porta, permitindo passagem para a morena.

Noguchi era um homem de meia-idade, cabelos escuros e olhos avelã. Tinha um ar muito simpático, que rapidamente conquistava grande maioria das pessoas à sua volta. Bem diferente do povo por aqui. Era o único pensamento que transpassava pela mente de Hana assim que viu o grande sorriso estampado no rosto do mais velho.

― Hana-ojousama! É realmente uma felicidade imensa ter notícias suas! ― O marinheiro levantou alegremente, recebendo-a com entusiasmo.

― Obrigada, capitão. Também fico feliz de finalmente poder dar alguma notícia. ― Ela sorriu gentilmente ao mesmo tempo em que sentava na cadeira indicada pelo marinheiro.

― Pode ir, tenente. Obrigado. ― O mais novo bateu continência e se retirou da sala, fechando a porta em seguida.

― Toda a marinha estava à procura da senhorita. Tínhamos ordens expressas para encontrá-la, mas raras foram as vezes que chegamos perto disso.

― Eu tentei me manter o máximo escondida possível. Queria tentar chegar até Dragon-sama sozinha, porque sei que podem existir revolucionários infiltrados no governo. Mas através de uma das bases, eu chego mais rápido até ele. ― Explicou resumidamente.

― Compreendo, muito inteligente de sua parte pensar nisso, embora já tenhamos algumas medidas sendo tomadas com relação à traições. ― Sorriu, afável. ― Agora, a pergunta que não quer calar. ― Começou ansioso. ― A senhorita sabe quem é o causador disso tudo, Hana-ojousama?

Um suspiro pôde ser ouvido deixando os pulmões da morena. Noguchi prendia a respiração, esperando a resposta.

― Sim. Eu sei. ― Respondeu, finalmente, a jovem.

― E quem é o maldito que está causando tanto mal às pessoas? ― Perguntou em um nível a mais de ansiedade.

― Desculpe, Noguchi-san. Essa informação eu só posso passar ao Dragon-sama. Diretamente a ele. ― Pediu sem graça. Ela podia ver o leve desapontamento nos olhos do marinheiro.

― Ah, tudo bem. Entendo sua situação. ― Sorriu gentilmente, se levantando novamente. ― Bem, vou entrar em contato com o Quartel agora mesmo e então eles poderão encaminhar para Mariejoa. Tudo bem?

― Hai! Obrigada! ― Agradeceu animada, enquanto Noguchi caminhava em direção à uma pequena sala que ali havia.

O capitão fechou a porta e se direcionou ao Den Den Mushi.

― Noguchi, quanto tempo. ― A voz grave do outro lado atendeu.

― Sim, senhor. Bastante. Finalmente tenho notícias! ― Disse animado pelo acontecimento.

― Diga de uma vez, então.

― A garota. A única sobrevivente dos Haruki está sentada em minha sala neste exato momento.

― Ótimo. Mantenha-a sob sua vigilância. Já enviei alguém para a ilha.

― Já enviou? Mas como...? ― A voz do outro lado interrompera antes.

― Já sabíamos que ela estava indo para Niger Flower. Agora só preciso que você não a perca de vista.

― Claro. Devo mantê-la aqui na base? ― Questionou um pouco mais desanimado.

― Não a obrigue a nada. Deixe-a a vontade, mas a mantenha sobre vigilância. Não quero que dê oportunidade a ela de fugir novamente. Vou avisá-los para entrar em contato com você. Conto com você, Noguchi. ― Alertou sombriamente.

Um sorriso satisfeito tomou os lábios do marinheiro. Sorriso que para Hana, do outro lado do vidro, pareceu tão gentil e amável quanto possível.

― Sim, senhor. Pode deixar comigo. Ela só sairá dessa ilha como um cadáver.


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Notas finais do capítulo

Até mais, que eu espero que seja em breve! -_-