O Alvorecer De Um Novo Sol escrita por Marimachan


Capítulo 26
Capítulo 24 - Arco de Izra: O Combate na Floresta - Parte III


Notas iniciais do capítulo

E aí, pessoas? Td bem? *u*
LEIAM ESSA NOTA, PELAMORDEDEUS. '-'
Bem, eu cometi um erro grotesco que mudaria e MUITO o enredo da história, mas que graças a Deus era fácil de acertar. Na primeira vez que Hana apareceu fugindo lá no capítulo 17, eu coloquei "Em algum lugar do North Blue", certo? Pois então. Nos outros dois capítulos que ela aparece (Cap 21 e 23) eu coloquei "Ilha De La Vuelta, Novo Mundo". NÃO É NOVO MUNDO, É NORTH BLUE. Em todos os capítulos é a mesma garota: Haruki D. Hana.
Gente, não sei como não prestei atenção em algo assim. Mil perdões. Mil perdões mesmo. Eu já acertei, mas quero agora avisar e pedir desculpas pelo erro inaceitável. :/
Enfim...
Eu consegui escrever o capítulo à tempo! Na vdd, estou começando a adiantar a fic novamente. O/
Bem, só pra avisar, esse flash back e o do próximo capítulo serão meio que uma continuação um do outro, ok? E aqui nós já começamos a entrar nos últimos capítulos do Arco De Izra, já já teremos um novo arco e várias hists da história se unindo.
Boa leitura! ;)



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17 anos e 8 meses antes...

Era o dia seguinte à Guerra. O Sunny já estava em alto mar novamente, navegando sem destino pela primeira vez em muito tempo. Apenas queriam sair daquele lugar que arrancara toda e qualquer esperança que tinham de salvar o capitão.

― Isso aqui parece um velório. – Luffy entrara na cozinha onde todos os seus nakamas já estavam reunidos para o café da manhã. Os Mugiwaras sequer levantaram o olhar para encarar o rapaz.

― Não fale isso assim, idiota... – Sanji, que era o único de pé, encostado a pia resmungou baixo.

― Chopper... Quanto... Quanto tempo nós temos? – Usopp perguntou no mesmo tom que o cozinheiro, chamando a atenção dos companheiros para a conversa e fazendo Luffy se sentar ao lado de Nami, na cadeira à ponta da mesa, em meio a um suspiro frustrado.

Nami não se pronunciou e nem mesmo se moveu um milímetro. Apenas permaneceu encarando algum ponto sobre a mesa que parecia demasiadamente interessante, perdida em seus próprios pensamentos. Luffy observou aquilo por um instante, tentando encontrar uma forma de fazê-la sair daquele transe, que ele tinha certeza, não era nada agradável.

― Eu não... Não sei, Usopp. Pode ser amanhã ou daqui a dois dias ou até daqui a meses. – Chopper tinha um tom decepcionado consigo mesmo e triste. ― Ou pode ser agora mesmo. – a última frase saiu como um sussurro e então todos automaticamente encararam o moreninho à ponta da mesa ― exceto a ruiva que continuava da mesma forma.

Percebendo que um silêncio repentino tomara conta da cozinha, Luffy levantou seus olhos de sua namorada e observou a expressão amedrontada e preocupada de seus nakamas. Levantou então as mãos pra cima.

― Eu to vivo. Viu? – disse alto, como se aquilo também fosse uma tentativa de trazer Nami de volta à realidade. Um suspiro mútuo fora ouvido. ― Ah... Qual é, pessoal? Vocês vão mesmo me obrigar a passar meus últimos dias aqui no meio de todo esse clima chato? ― cruzou os braços, parecia estar começando a ficar emburrado.

― Você, de alguma forma, está se importando conosco, Luffy? – a voz, baixa naquele momento, da navegadora do Sunny fora ouvida pela primeira vez naquele dia. Seu tom era um misto de tristeza, raiva, frustração e mágoa.

― Eim? – pedira que ela repetisse, tentando compreender se o sentido daquela frase era realmente o qual ele estava pensando.

Os outros não se atreviam a dizer qualquer coisa, apenas observavam.

― De alguma forma você está se importando com o que estamos sentindo ou iremos sentir?! –falou mais alto, com os olhos marejados. ― Porque não é o que parece! Enquanto estamos arrasados por sabermos que toda a esperança que colocamos em nosso único plano todos esses cinco anos fora destroçada, você simplesmente faz piadas com toda a situação e sorri como se estivesse tudo bem, sendo que nada está bem! Está tudo péssimo! Indo de mal a pior! – continuou, já de pé, gritando em meio às lágrimas.

O restante do bando, por sua vez, tinha a cabeça abaixada. Não tinham palavras para descrever todo o sentimento de desapontamento e desespero que sentiam. Ninguém estava em seu equilíbrio perfeito para tentar dizer qualquer coisa naquele momento.

Luffy nada disse, embora sua cabeça estivesse inclinada e seus olhos tampados pela aba de seu chapéu.

Nami ainda chorava, tentando conter todo o turbilhão que a invadia e então se virou em direção à porta, preparada para sair do cômodo, quando sentiu seu pulso sendo agarrado, impedindo-a de dar os primeiros passos.

Baixou os olhos até seu braço e viu a mão que tão bem conhecia seu corpo segurando-o.

― Nunca mais se atreva a pensar assim. – a voz de Luffy era quase um sussurro; no entanto, era firme. Só então levantou seus olhos, finalmente encarando a todos os seus nakamas. Sua expressão era tão firme e séria quanto seu tom de voz. ― Eu sei muito bem o que é perder alguém com quem nos importamos, alguém que amamos. Sei tudo que sentimos e que pensamos, então não se atreva a acreditar nas besteiras que você acabou de falar! – disse a última frase diretamente a Nami. Esta agora ouvia tudo de cabeça baixa, recriminando a si mesma por ter dito tal coisa. ― Mas me digam uma coisa... – todos levantaram seus olhares, o encarando. ― De que vai adiantar ficarem se lamentando?

‘Eu irei morrer de qualquer forma e vocês irão ter que aceitar isso uma hora ou outra. E daí que eu vou morrer? Vocês continuarão vivos e tendo muito trabalho pra fazer! Não quero que passem o resto da vida se lamentando por isso. Chorar e deixar isso tomar conta de vocês não vai me trazer de volta, só vai fazer vocês estacalarem no tempo e morrerem junto comigo. E eu não quero isso. Quero vocês muito bem vivos, entenderam? – discursava bravo, o que realmente surpreendia aos ouvintes e deixava-os ainda mais sem reação diante de todas as palavras proferidas por ele. ― Quando eu me sentia assim nove anos atrás, foi a lembrança que eu tinha de vocês que me ajudou a seguir em frente. Então façam o mesmo! Ainda terão uns aos outros. Se puderem, façam uma festa, um churrasco enorme, em todos os aniversários da minha morte. Continuem fazendo o que vocês mais amam fazer e cuidem dessa criança que terá os dois pais mais estranhos que alguém poderia ter. – com isso Robin soltou uma risadinha baixa, molhada por algumas lágrimas tímidas que desciam. A morena fora acompanhada por um sorrisinho de lado e um “Tsc” vindo do espadachim ao seu lado, assim como um sorriso terno de todos os outros companheiros. Até Luffy sorrira divertido com seu próprio comentário. ― E pronto! Ah, e claro, nunca deixem de serem companheiros. – advertiu uma última vez, como uma última ordem.

― Sim senhor, capitão. – todos repetiram juntos, em meio a um sorriso aberto, enquanto enxugavam as lágrimas. De alguns muitas e de outros, algumas tímidas, mas ainda assim, presentes em todos os rostos.

― Ótimo! Agora, Sanji. Estou com fome! – reclamou voltando a se sentar e fazendo o loiro o xingá-lo, já tratando de providenciar o alimento da tripulação.

(...)

― A brincadeira acabou. Snow Pirates.

Aquela frase não poderia ter deixado os quatro oponentes dos Pirates of King mais irritados e os próprios Pirates of King mais confusos.

― Eim? Do que você está falando, Ken? – questionou Issa, encarando o amigo que ainda tinha a mulher desacordada jogada em seus ombros.

― Nós fomos enganados! Esse tempo todo eles estavam nos enganando. E agora eu sei o motivo do pai da Ayssa estar em coma como todos os outros quatro homens da vila! – exclamou verdadeiramente irritado.

― Fale coisas com sentido, idiota! – Nara ralhou, impaciente. Seion apenas ouvia em silêncio, enquanto Ayssa se levantava e caminhava com dificuldade em direção aos outros.

― O que você quer dizer com “eu sei o motivo do pai da Ayssa estar em coma”? – ela perguntou, exasperada.

― Explica isso direito que eu não estou entendendo nada, Ken. – Seion se pronunciou pela primeira vez, com uma expressão de total confusão.

O loirinho então jogou a mulher no chão de qualquer jeito e encarou os amigos.

― Este homem não é espírito coisa nenhuma! – apontou para a criatura mascarada. ― Ele é um pirata! Um pirata que vale 246 milhões de Berries! O nome dele é Hayato Otayah, capitão dos Piratas da Neve. E esses. – apontou para a mulher desacordada e para os dois animais com quem lutavam instantes antes. ― São três dos quatro tripulantes dele que conseguiram fugir do seu avô cinco meses atrás!

― Eeeeeeeeeeeeeeeeim?! – os quatro ouvintes gritaram em uníssono, indignados.

― Como você descobriu, moleque impertinente?! – Hayato perguntou furioso, arrancando sua máscara.

― Vocês estavam claramente usando Haki! Um espírito nunca usaria Haki e animais também não o usam se não tiver quem ensiná-los. A única resposta que encontrei pra isso foi admitir que vocês fossem todos humanos. E não teria como você estar lutando contra o Seion e controlando as árvores e cipós contra todos. Tinha alguém os controlando e aí eu a encontrei! – apontou para a mulher desmaiada. ― Obriguei que ela contasse tudo. – explicou o garoto, ainda irritado, embora com um sorriso satisfeito no rosto.

― Quer dizer que todos vocês são humanos?! – Seion questionou ainda tentando processar as informações, por mais que tivesse puxado o raciocínio rápido e inteligente de sua mãe ― o que não o fazia menos idiota e parecido com o pai, já que ele não fazia questão de o usar muito, ao menos na concepção da própria.

No mesmo momento o gorila e a tigresa se transformaram em um grande e robusto homem e em uma loira alta e de belos atributos, respectivamente. O que não deixou de surpreender aos jovens.

― Mas espera. Você ainda não explicou o que eles têm a ver com meu pai, Ken! – Ayssa, que agora já estava ao lado dos amigos, exclamou.

― Hayato também é um usuário e ele tem o poder da Seik Seik no Mi¹. Ela tem o poder de tirar os anos de vida de uma pessoa para dá-los ao usuário ou quem ele quiser “presentear”. – Ken explicou sério. ― As vítimas ficam em coma e envelhecem de acordo com a quantidade de anos que foi tirada delas. Pelo o que eu entendi, cada mês em coma corresponde a três anos tirados. Seu pai, assim como os outros homens, está prestes a acordar, mas os anos não serão devolvidos enquanto ele ainda estiver usando os anos deles!

― Você... Você fez isso com meu pai, seu maldito?! – Ayssa avançou para cima de Hayato, mas foi impedida por Nara e Issa, que a seguraram com muita dificuldade.

― Então você é o culpado... Por tudo o que a Misaki-san e sua família estão passando? – foi Seion quem questionara. Seu tom de voz baixo, sua cabeça levemente inclinada para baixo, seus olhos escondidos pelo chapéu... Se algum dos Mugiwaras estivesse ali, poderia jurar que era o próprio Luffy, encarnado no filho.

Seus companheiros sabiam que quando conseguiam fazer Seion ficar tão sombrio, as coisas começariam a tomar outro rumo. Aquela luta agora não era apenas diversão para o garoto com o chapéu.

Era o sofrimento de uma amiga que estava em jogo.

—________________________

¹: Eu abreviei a palavra Seikatsu do japonês que significa "vida" em português, de acordo com o Tio Google, então nem posso dar certeza se está certo ou não .-. . Então ficaria Vida Vida no Mi. Eu sei, uma merda. Eu queria a palavra "anos", mas ia ficar estranho Nen Nen no Mi. '-'


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Notas finais do capítulo

Gente, eu queria pedir a opinião de vcs, acham que eu devo postar apenas um capítulo por semana ou às segundas e quintas, como estou fazendo? É que eu sei que tá td mundo imprensado com o final do ano e queria saber o que vcs me dizem.
Por favor, deem suas opiniões, até msm os que eu sei que estão lendo, mas não costumam comentar. Quero fazer o melhor pra vcs e preciso da opinião de vcs pra isso.
Aproveitem, se quiserem é claro, e digam o que precisa ser melhorado! Estou aberta a sugestões. *-*
Até o próximo capítulo! O/