As Time Goes By escrita por May


Capítulo 11
Monster?


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, ainda existe alguém por aqui???
Gente, não posso me desculpar, por algo imperdoável posso apenas dizer que sinto MUITO pela demora de postar esse novo capitulo.
Darei maiores explicações do meu desaparecimento nas notas finais.
Por hora, quero apenas dedicar esse capitulo a Kat (se você estiver lendo isso, muito obrigada por me motivar cada vez mais por cada email que me enviou, eu não sei se teria tido coragem para voltar a escrever essa fanfic se não fosse por você), quero dedicar às lindas que Recomendaram a fic apesar de ainda estar no comecinho, e agradecer DEMAIS a todas que comentaram e dedicaram um tempinho de suas vidas a lerem minhas maluquices.
Com saudades,
May.

Boa leitura



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Benny seguia pela rua já deserta àquela hora da noite, a fome que até então controlara pacientemente parecia incontrolável agora, desde que deixara Dean e a companhia da adorável garota que conhecera há algumas semanas ele havia se alimentado apenas uma vez e arrastar o seu auto controle até tão longe parecia perigoso.

O vampiro caminhara mais algumas horas à procura de algum hospital onde pudesse roubar algumas bolsas de sangue, porém sem encontrar nada e perdendo o pouco controle que ainda possuía sobre sua vontade resolveu caminhar até encontrar algum mendigo ou alguém perdido pelas ruas desertas. A consciência humana do vampiro lamentou, mas o monstro rugiu em vitória e antecipação.

O homem continuou caminhando calmamente pela rodovia parcialmente escondido pelas sobra que as árvores lançavam sob a luz da Lua. Durante todo o tempo o vampiro tentou convencer a si mesmo a procurar mais um pouco, talvez se encontrasse alguma loja que pudesse roubar algumas roupas que servissem melhor, então teria alguma chance de entrar em um hospital sem chamar tanta atenção quanto no anterior. A ideia fez o monstro dentro de si rugir em fúria. Não, ele mataria o primeiro ser humano que atrevesse passar pelo seu caminho naquela noite.

Enquanto homem e vampiro discutiam sobre o que fariam o barulho distante de um carro captou a atenção do monstro.  Agindo puramente pelo instinto que clamava pelo sabor doce do sangue ele se embrenhou entre as árvores ao lado da rodovia, onde permanecia impossível de ser detectado pro algum humano e ainda assim conseguia ver a pista, e assim ele esperou por alguns segundos até que finalmente, o carro apareceu na estrada com os faróis iluminando toda a rodovia sem conseguir atingir o vampiro.

Das sombras Benny conseguiu identificar que o motorista era uma mulher, os cabelos longos e loiros fez com que o vampiro parasse por alguns instantes, como se devesse se lembrar de algo que não conseguia, mas estar tão próximo do sangue humano fez com que novamente a fome falasse alto e, aproveitando da distração da motorista, o homem se lançou para a estrada.

Mia tentou frear o carro, entretanto sabia que ele nunca frearia a tempo de evitar atingir o rapaz, em um momento de desespero, virou todo o volante do carro fazendo com que o veículo saísse de seu controle capotasse junto às árvores que rodeavam a estrada.

***

Dean terminou de desamarrar a garota, embrulhou-a em sua jaqueta e segurando-a nos braços saiu do casebre sendo seguido por Sam que pegara os pertences de Ashley que estavam abandonados no canto do cômodo.

—Vamos Sammy, vamos logo antes que o desgraçado do Crowley apareça. –o loiro apressou o irmão enquanto carregava a garota entre o matagal.

Os dois andavam o mais rápido que conseguiam. O silêncio entre os irmão era mantido e a única coisa que era escutada eram os sons dos passos pesado sobre o mato e a respiração ofegante dos dois.

            Dean terminara de acomodar a garota no banco traseiro do Impala quando a garota gemeu e abriu os olhos piscando até que conseguiu focar o rosto dos irmãos.

            -Obrigada... Eu pensei... pensei que ia morrer. –sussurrou emocionada enquanto se mexia lentamente a procura de uma posição que não doesse.

            O Winchester mais velho a observou por alguns segundos antes de se abaixar até ficar na altura do rosto da ruiva.

            -Você é parte dessa família agora e ninguém mais nessa família vai morrer, ok?

            -Ok. –respondeu ela com um minúsculo sorriso.

            O rapaz fechou a porta de traz e tomou seu lugar como motorista. O ruiva sentiu quando o carro entrou em movimento e tentou se concentrar no movimento do veículo ao invés de pensar em todas as partes do seu corpo que doíam, ela sabia que logo estaria curada.

            - Como foi que você foi se meter nessa hein? – Dean questionou a ruiva, observando o irmão no carro de trás através do retrovisor.

            -Pensei que Katherine estivesse lá, mas só encontrei uma bruxa e uns demônios. –resmungou ela a tentativa de indiferença falhando miseravelmente.

            Dean a olhou por alguns instantes antes de se voltar para a pista, aqueles ferimentos nos braços da garota e todos os demais o deixava doente, pensou o que Mia iria falar sobre aquilo.

            -Eu vou matar o infeliz do Crowley quando o ver te novo. Eu prometo. –sussurrou o caçador. A ruiva se mexeu mais algumas vezes no banco.

            -Você não pode, ninguém pode. –sussurrou de volta antes de ser chamada pela inconsciência. E, embora a ruiva provavelmente tivesse razão e o caçador jamais pudesse matar o demônio, Dean tinha certeza que continuaria a tentar.

***

            Benny caminhou até o carro lentamente, o lado humano tentando persuadir o monstro, mas ele sabia que não ganharia aquela discussão. O vampiro arrancou a porta do veículo e se abaixou ao lado do motorista.

            Mia estava presa pelo cinto de segurança inconsciente, um pequeno filete de sangue escorria pela testa da garota proveniente da batida.

            O cheiro de sangue quase acabou com toda a sanidade do homem porém algo nos cabelos extremamente loiros daquela mulher.... Algo em seu rosto a tornava familiar, como se ele devesse se lembrar dela…. Mas o vampiro almejava o sangue daquela garota mais do que almejava pelas lembranças que o homem procurava.

            O monstro arrancou o corpo da garota do carro com brutalidade e segurando-a nos braços começou a se afastar do local do acidente. Mia se mexeu nos braços do vampiro ainda longe de voltar da inconsciência, sonhando os mesmos sonhos que sonhara naqueles tempos e, ainda inconsciente, sussurrou o nome dele, o responsável por cada um dos seus melhores sonhos, Dean.

            Benny parou de andar, o homem assumindo o controle em detrimento do seu lado vampiro que clamava por sangue. Tinha certeza do que tinha ouvido, a mulher em seus braços poderia muito bem estar consciente quando disse aquele nome. O humano que ele havia conhecido no purgatório e que tinha visto além do monstro que ele era e o trazido de volta. E então como se tudo entrasse nos eixos novamente se lembrou do amigo falando sobre a garota loira que ele tinha deixado do outro lado, conversando sobre ela e alguma outra garota com o serafim. Benny se lembrou que era muito mais do que o monstro que havia se tornado, que tinha muito mais do homem que havia sido um dia, juntando toda a força de vontade que possuía o rapaz largou a garota sobre o asfalto do acostamento e se afastou.

            Correu para o meio das árvores, longe do cheiro do sangue da loira o homem foi capaz de pensar com sensatez. Aquela era a mulher de Dean, a loira por quem o rapaz tinha enfrentado cada um dos monstros do purgatório e por quem o caçador havia se aliado com um vampiro para poder voltar... e ele quase a matara... A consciência fez com que o vampiro tremesse vendo o quão próximo do desastre havia estado. Ainda fugiu por alguns segundos antes de tomado pelo lado humano resolver voltar e ver se a garota receberia ajuda de alguém.

***

            As estradas estavam vazias àquela hora da noite o que permitiu que Dean e Sam dirigissem a toda velocidade que era permitida pelos veículos sem serem detectados.

            Ashley ainda dormia no banco do Impala quando o caçador estacionou o carro em um pequeno posto de gasolina. Dean observou pelo retrovisor quando o irmão diminuiu a velocidade até parar ao seu lado, os dois tinha dirigido todo o crepúsculo e boa parte da noite sem paradas, haviam colocado uma boa distância entre eles e aquele casebre onde encontraram a ruiva, mas Dean sentia que já era suficiente ambos precisavam comer e decidir para onde levariam a garota agora sobre os seus cuidados.

            -Algum problema? –Sam perguntou próximo à janela onde Dean estava.

            -Não, nenhum Sammy, só estava pensando o que fazer agora que encontramos Ashley... Temos que encontrar Katherine e Kevin, recomeçar de onde ela parou... Mia não atende minhas ligações...

            -Mia pensa que você está morto, Dean... É bem normal ela não atender as ligações de alguém que ela viu desaparecer bem em frente seus olhos. – Sam respondeu entrando no carro.

            Dean soltou um suspiro pesado, ele sabia que o irmão estava certo, mas doía pensar que talvez, assim como Sam, a loira tivesse simplesmente decidido seguir em frente e esquecer-se dele. Será que ela estaria agora com outra pessoa?

            -Tenho certeza que ela deve estar procurando uma maneira de te encontrar, Dean. – caçula tratou de tranquilizar ao perceber a tormenta passando pelo irmão. Ele tinha certeza que a loira ainda procurava pelo caçador, era um sentimento amargo saber que a garota que ele acabara de conhecer tivera mais persistência que ele nesta busca.

            O Winchester mais velho ainda relutou por alguns instantes, mas naquele momento precisava ser prático e ficar pensando o que Mia estava fazendo ou deixando de fazer não ajudava em nada.

            -Certo, Sammy. Agora, sem sentimentalismo, acorde Ashley e procure algo para ela vestir, deve ter alguma coisa no carro dela. Eu vou pegar algo para a gente comer e então nós vamos procurar algum lugar para passar a noite. – Dean distribuiu os afazeres e em seguida deixou o carro sem dar chance para o mais novo argumentar.

            Sam observou a ruiva inseguro, se ele não tivesse deixado ela e Mia há quase um ano provavelmente nada do que aconteceu com a ruiva teria acontecido, provavelmente teriam encontrado Dean e Castiel a tempo de evitar, sabe-se lá o que tinha acontecido com o anjo, talvez tivessem encontrado Kevin e Katherine...

            Os tantos ‘se’s’ que poderiam ter sido fizeram o Winchester mais novo hesitar. Ashley não tinha parecido magoada com ele quando a encontraram há poucas horas, porém agora era uma situação diferente. Enquanto ainda ponderava sobre, o caçador percebeu que a ruiva parecia melhor. Ainda havia muitos machucados no rosto e nos braços, mas ela não parecia mais tão pálida quanto parecia antes.

            Ashley despertou quando começou a sentir todo o fluxo de sentimentos no carro, com uma careta de desconforto ela abriu os olhos para encontrar os do caçador. Esperou que ele dissesse o que o incomodava e enquanto isso, aproveitou para averiguar os sentimentos que a acordara. Remorso, culpa e dor fluíram livremente para ela que os aceitou com seu próprio sentimento de culpa, naquele ano que se passara ela aprendera muito sobre seu dom e, embora ainda doesse estar exposta a emoções tão cruas, ela aprendera a não se esconder mais delas e sim melhorá-las, foi por isso que apesar de machucada e exausta ela ofereceu um sorriso ao antigo amigo.

            -Ninguém te culpa por nada, Sam. –esclareceu ela enquanto tentava ultrapassar todos aqueles sentimentos negativos. – Eu não te culpo por ter nos deixado e não te culpo por isso. –disse apontando para si mesma.  – Provavelmente ninguém poderia ter previsto isso e, mesmo que pudesse, somos humanos, Sam, apesar de dar nosso melhor, de tentar e tentar de novo sempre, nós cometemos erros, todos nós. E é normal, está tudo bem. –sussurrou.

            Sam escutou com atenção as palavras da ruiva e sorriu de volta para ela, enquanto tentava aceitar o que ela disse e parar de sentir como sentia.

            -Dean falou “sem sentimentalismo”. –avisou ele com um pequeno sorriso.

            -Dean não sabe de nada. –a garota debochou em brincadeira. –Senti sua falta, Sam.

            -Eu também senti sua falta, Ashley. Você acha que consegue andar? –perguntou o rapaz.

            Ashley avaliou-se por um segundo, os ferimentos doíam terrivelmente, mas já tinham estado pior, sua cabeça girava um pouco, mas talvez fosse por não ter comido nada o dia inteiro, sentia-se fraca, mas acreditava que já estivera em geral bem pior. Sendo assim a garota sentou-se devagar no banco traseiro e esperou um pouco antes de responder.

            -Acredito que talvez com alguma ajuda eu consiga sim, minha cabeça está girando. –respondeu ainda se avaliando.

            - Dean foi buscar comida, talvez melhore um pouco. Agora, vamos lá, vou te levar até o Chevy para você pegar algo pra vestir, depois vamos para um hotel para você descansar ou se quiser te levamos para um hospital. – Sam explicou o plano enquanto abria a porta para a mulher.

            -Sem hospitais, acredito que uma boa noite de sono em um colchão fofinho é tudo que eu preciso para ficar melhor. – disse ela passando o braço ao redor do pescoço do amigo enquanto ele segurava suas costas.

            Foram poucos passos até o Chevy, mas Ashley sentiu como se tivessem sido quilômetros, ela tinha certeza que se Sam não tivesse suportado a maior parte do seu peso ela não teria conseguido caminha até ali. Sentou-se no banco traseiro do carro se sentindo cansada e com muita raiva do demônio que lhe tinha causado aquilo.

            -Precisa de mais alguma coisa? –pediu o rapaz.

            -Tem uma mochila roxa no porta-malas, você poderia pegar para mim? E o meu celular também, por favor.

            O Winchester pegou os itens que a garota pedira e também lhe explicou sobre a teoria que tinha sobre o número que ligara diversas vezes para ela. Ashley ficou muito feliz com a possibilidade de ser Katherine, porém o Winchester garantiu que iria verificar tudo e que ela iria ficar descansando, apesar de querer contrariá-lo ela sabia que não tinha como partir atrás da irmã como estava.

            Sam ficou vigiando os carros do lado de fora e Ashley colocou rapidamente um vestido leve que escondia os piores ferimentos em seguida colocou um cardigã e penteou os cabelos jogando-os parcialmente sobre o rosto de forma que poucos ferimentos ainda podiam ser avistados.

***

            Benny observou a mulher por alguns minutos, até que preocupado com a ausência de movimentos da mesma, caminhou até um telefone público próximo da rodovia e, anonimamente, denunciou que havia acontecido um acidente com uma vítima. Em seguida ele colocou a garota novamente em seu lugar no banco do motorista e procurou pelo celular de Mia, encontrando vários documentos falsos e armas durante sua procura.

            Entre as árvores o vampiro viu quando uma ambulância chegou poucos minutos depois.


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Notas finais do capítulo

E ai pessoal, gostaram, odiaram, não sabem? POR FAVOR, comentem para eu saber, esse é o primeiro capitulo que eu escrevo para ATGB depois de UM ANO INTEIRO! É muito importante para mim saber o que vocês acharam.

***Motivos do meu sumiço:
Pessoal, não sei se vocês sabem, mas em 2015 passei no vestibular para Engenharia Civil e está sendo bem difícil para mim conciliar as novas responsabilidades da vida adulta e as coisas que eu adorava/adora fazer como hobby, na verdade não sobrou tempo nenhum para isso e por isso, não voltei a postar.
Acontece que ainda em 2016/2017 aconteceram duas coisas muito importantes para mim que me mostraram que eu deveria continuar a postar e que me motivaram a sair de um bloqueio imenso que eu estava.
1ª Kat apareceu na minha vida com lindos emails falando que amava essa fanfic e pedindo para eu não abandoná-la e eu prometi que escreveria até o final de dezembro toda a fic, infelizmente meu pc deu bug e excluiu tudo que eu tinha escrito de forma que fiquei muito mal e agora que consegui escrever novamente.
2º Hunter Pri Rosen terminou a saga mais maravilhosa do mundo de SPN e eu era muito fã. Eu li o término e percebi que a vida continuou e que apesar de tudo eu merecia um tempinho para mim mesma e para vocês leitoras lindas que acompanharam TNT e vieram ler ATGB.
Então essas duas foram minhas principais musas inspiradoras que me tiraram de um bloqueio e me fizeram voltar a escrever e eu só tenho a agradecer a ambas.

***
Avisos:
Embora eu tenha voltado a escrever estou em final de semestre da facul então em fevereiro teremos DOIS ou TRÊS capítulos e os demais serão postados em MARÇO/ABRIL, sendo que abril é minha perspectiva para acabar essa fanfic e provavelmente postar um novo projeto.
Com carinho,
May



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