Be Strong escrita por Kelly


Capítulo 11
E Se Ele Morrer


Notas iniciais do capítulo

Desculpem, babes, o tempo de espera :(
Tive alguns problemas e o tempo também não é muito... mas aqui está o capítulo. Ah.. e por favor leiam as notas finais ;)

Kiss



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Anteriormente em Be Strong:

Li a primeira pergunta, mas a minha mente não processou. Então, li novamente.
'Como será quando Liam te der, finalmente, com os pés e disser que não passas de só mais uma maluca que ele não quer na sua mente? '
(...)

–O vírus está a afetar-vos de uma forma que não afetará humanos. - explicou Sr. Yukimura.

(...)

–Sabes quantos problemas esse dinheiro resolveria? - engoli em seco

(...)

–A Allison... Ela estava mesmo aqui. - sussurrei, cobrindo a minha boca, com a mão.
–Alexis, a Allison... ela morreu. - lembrou Stiles, cuidadosamente.
–Ela está a ter alucinações. - observou Kira, com um tom preocupado.

(...)

–Sim. - disse, e eu agarrei a sua mão - Alex, mantem-te quieta para não piorares.
–Eu estou o máximo mal possível, Scotty. Eu não aguento a dor. Estamos a morrer. E não há nada que possamos fazer. - desabafei.

(...)

–Eu invadi a mente do Liam, na outra noite. - confessei, baixo - Achas que ele me acha maluca e simplesmente não gosta de mim? Que foi tudo uma ilusão?

Atualmente em Be Strong:

–Consegues ouvir? - Perguntei, recebendo olhar de Scott; Não parei de olhar para o nosso pai, através do vidro.
–Sim. - Confirmou.
–Que está ele a fazer, Scott?
–A descrever o que aconteceu. - Disse e eu suspirei, ruidosamente.
A porta abriu-se e ambos nos voltamos para o nosso pai.
–Obrigada por esperarem. Sei que é tarde. - confessou e nós aproximamo-nos.

–Não faz mal, amanhã nem é dia de escola. - Tranquilizou Scott.
–Infelizmente eu terei de ir para São Francisco hoje. - Avisou ele, olhando-nos a ambos - Preciso e faze uma revisão no escritório, mas vou voltar assim que puder.
Ambos assentimos, compreendendo.
–Scott... eu vou perder o primeiro jogo da temporada. - Explicou o pai.

–Não é nada demais. - Scotty sorriu fraco.
–Para mim é. - corrigiu o agente McCall - Desta vez eu vou cumprir a minha promessa.
Os meus olhos não saiam das balas, que estavam dentro de um saco, que balançavam ao ritmo da mão do meu pai.
–Querida, o que eu fiz foi necessário. Tu sabes disso, certo? - Senti o olhar do meu irmão e do um pai. Levantei a cabeça.
–Foi a primeira vez? - Sussurrei.
–Não. Já fiz mais duas vezes. Não é fácil tirar a vida de alguém. Mesmo de alguém que te obrigue a fazê-lo. - Explicou.
–E como lidas com isso? - Perguntou Scotty.
–De forma lógica, sem emoções, não é? - Disse eu, lembrando das vezes que Allison me disse isso, enquanto treinávamos.
–Sim, Alex. Separa-se as coisas. - Confirmou o McCall.
–E como consegues? - Perguntei; eu nunca consegui.
–Eu fazia isso bebendo.
As minhas mãos começaram a tremer e eu mordi o lábio.
–Venham cá. - O nosso pai puxou-nos para um abraço. Algum tempo depois, separamo-nos -Mais uma coisa, meninos. Quando eu voltar, precisamos de conversar sobre algo. Vocês e os vossos amigos... O modo como lidam com as coisas, não parece assustar-vos como devia. É como se soubessem de algo que eu não sei.
Ambos nos olhamos significativamente.
–Quando eu voltar... Eu gostava de saber. - Avisou e eu engoli em seco. Assentimos, nervosamente, sem saber bem o que dizer.
–Pai... eu entendo. - Ele olhou-me, sabendo do que eu falava. Do facto de tirar a vida a alguém. Eu sabia que tinha sido necessário.
–Ainda bem, filha.
Tudo se varreu da mina mente e as imagens daquele homem a apontarem a arma a Stiles, ao meu melhor amigo, invadiram a minha mente. Assim como o sangue por toda a sua cara e a arma na mão do meu pai. Uma do atingiu a minha cabeça e eu não contive o grito. Senti mãos no meu corpo e depois foi como se a luz se acendesse.
Olhei para o meu pai, que me segurava, com uma expressão preocupada.
–Estás bem, Alex? - Perguntou Scotty.
–Só uma dor de cabeça. - Menti, soltando-me do pai.
–De certeza? - Olhei para o meu pai e assenti.
–Claro. - Respondi.
–Ok. - O McCall colocou um braço por cima de cada um de nós, guiando-nos para fora.

DIA SEGUINTE

–Uma reunião, na minha casa. Sem mim.
Encostei-me à parede, das escadas, escondida. Scott pensava que eu estava na Lydia, pois.
–Vamos mesmo fazer isto? - Aquela voz era de Liam.
–Vamos. - Confirmou Scott - Hoje à noite.
–Não é perigoso? - Perguntou o beta.
–É muito perigoso e à beira da idiotice. - Disse Stiles.
–Já fizeram algo do tipo?
–Algo perigoso ou idiota? - Perguntou o meu melhor amigo.
–Acho que e sim para os dois. - Respondeu Kira.
–Não tens de fazer isto se não quiseres. - Avisou Scotty.
–Não estou com medo! - Exclamou Liam.
–Então estás à beira da idiotice. - Acusou Stilinski.
–E quanto a mim? - Desci o resto dos degraus e caminhei até eles, olhando para Scott - Quem decidiu, por mim, se vou ou não fazer isto?
–Alex? Pensava que estavas na Lydia. - Confessou o meu irmão.
–Sim e eu pensava que não me deixavas mais de parte. - Acusei.
–De maneira nenhuma eu vou deixar-te entrar nisto. - Avisou Scott.
–Nisto o quê?! - Exclamei, olhando todos.
–Não tens de saber, Alexis. - Respondeu Stiles.
–O quê? Uniram-se foi? - Cruzei os braços - Scott, tu sabes o que aconteceu da ultima vez que me deixaste de fora. Eu fui raptada.
–Desta vez vais ficar com proteção. - Disse Stilinski.
–Uma Banshee? Não é nada contra mas a única coisa que Lydia vai fazer, é prever a minha morte. - Lembrei. O meu irmão suspirou, ruidosamente e olhou-me.
–Ok, estás dentro. - Concordou e eu aproximei-me dos computadores na mesa.
–Então, o que vamos fazer esta noite? - Perguntei. Todos se olharam.

–Ok, então... sabemos que é necessário confirmação visual. A ideia é... e se tu matares alguém da lista, mas não puderes enviar uma prova? - Explicou Scotty.
–Não és pago. - Respondi, olhando-o.
–Como isso nos vai aproximar do Benfeitor? - Perguntou Liam.
–Ele precisa de saber se o alvo está mesmo morto. - Lembrou Stiles - Especialmente, alguém no topo da lista.
As palavras dele percorreram a minha mente a mil. Quem está no topo da lista? Quem está bem acima de mim?
Scott.
Os meus olhos arregalaram-se e eu encarei o meu irmão.
–Isto é seguro?- Perguntei, tentando fazer a minha voz soar firme.
–Sim. - Stiles apressou-se a dizer e eu arqueei uma sobrancelha.
–Apenas me expliquem. - Implorei, tentando aliviar a minha preocupação.
Então, Kira e Scott começaram a explicar-me o que terão de fazer; o que Scott terá de fazer.
–Eu odeio esta ideia. - Sussurrei, após o longo silêncio, enquanto eles observavam os computadores.

Ninguém se incomodou em me responder. Mas a sério? Atrair o benfeitor até ao hospital através da morte do meu irmão, não era visto como uma boa ideia.
Eu estava ao lado de Liam, tentando evitar ao máximo tanto o contacto físico como o visual.
–Nós vamos fazer isto. Esta noite. - Disse Scott, olhando-me diretamente.
Eu suspirei, olhando para o chão.
Eu odeio este plano. Odeio este plano. Odeio. Odeio.

#

–Eu odeio este plano. Odeio mesmo. - Repeti, provavelmente pela milésima vez em menos de uma hora -Quer dizer... porque não podemos matar alguém que valha.. 1 milhão?
Scott estava deitado na cama e olhou-me, certamente se controlando para n

ao rolar os olhos. Ambos sabíamos que isso só me deixaria mais irritada.
–Não vamos matar o Brett. - Avisou o meu irmão.
–Eu não disse o Brett. - Devolvi, cruzando os braços.
Liam estava a andar de um lado para o outro no quarto, mordendo as suas unhas.

–Têm a certeza disto? - Perguntou o beta e eu concordei com ele, mentalmente.
Noshiko, a mãe da Kira, não disse nada, mas a sua filha disse.
– O Liam parece nervoso. Talvez lhe devesses dizer que vai ficar tudo bem. - Insinuou a sua namorada.

–Vai ficar tudo bem. - Os olhos do meu irmão estavam fixados em mim, e não em Liam.
Eu preciso do Scott. Do meu irmão. Eu não posso fazer isto sem ele. Fim da história, e se ele morrer eu... o que vai ser de mim?
–Tu já fizeste isto antes? - Liam perguntou a Noshiko e parou mesmo à minha frente.

–Já vi ser feito. - Respondeu ela e eu enterrei a cara nas minhas mãos. Estamos feitos, totalmente ferrados.
–Mãe! Não estás a inspirar confiança. - Alertou Kira.
–Boa! É uma terrível ideia. - disse Noshiko.
Obrigada, Sra. Yukimura.
–Queres que façamos isso sem ti? - Kira perguntou, seriamente.
Eu ignorei-as, caminhando até Scott, ainda deitado.
–Tens a certeza disto, Scotty? Há outras maneiras. - Supliquei discretamente. Ele sorriu fraco.
–Não. Temos de fazer isto agora, Alex. Estou, também, a tentar proteger-te. - Devolveu e antes que eu pudesse dizer algo de volta, a mãe da Kira aproximou-se, começando a instruir a sua filha.
–Coloca a mãe sobre o coração. - Pediu. Kira assentiu e fez o que ela disse. Mas antes que ela pudesse fazer a sua magia, Scott agarrou a sua mão, parecendo muito mais nevoso do que antes.
–Espera. O que vai acontecer enquanto eu tiver adormecido? Vou sentir alguma coisa? - Perguntou.
–Como se estivesses a sonhar. - Explicou Noshiko.
–Bons ou maus?
–Depende de ti. - Ela vagueou.
Scott lançou-me um ultimo olhar antes de se deitar novamente e permitindo Kira colocar a sua mãe de volta no seu coração. Ficou ali alguns segundos antes que eletricidade saísse das suas mãos. O meu irmão arfou e eu não pude olhar mais. Voltei-me e levei a mão à minha boca, para me obrigar a não pedir a Kira para parar. Algumas mãos tocaram nos meus ombros e com o toque, pareceu-me relaxar; nem sabia que estava tensa. Virei-me de lado, encontrando Liam, que circulou um braços sobre os meus ombros, e permitindo a minha cabeça assentar no seu ombro. A minha mão percorreu o peito do beta, sentindo todos os músculos; supliquei, mentalmente, para que ele não tivesse notado.
As arfadas de Scotty pararam e eu removi a minha cabeça do ombro de Liam. O corpo do meu irmão estava límpido. Ele parecia-se com o meu pior pesadelo. Parecia morto. Fechei os meus olhos por alguns segundos antes de ganhar coragem e olhar Noshiko.

–E agora?
–Agora, - ela disse - Chamam a ambulância, vão com ele para o hospital e quando eles o declararem morto, tu Scarlett, dás o melhor show da tua vida.
Eu retirei o telemóvel do meu bolso, e olhei-os.
–Deviam ir. Não querem estar aqui quando eles chegarem. - Notei a minha voz trêmula.

–Eu posso ficar se quiseres. - Liam ofereceu-se. Olhei, pela primeira, vez para longe do telemóvel. Olhei nos seus olhos.
–Obrigada, mas não. - Respondi.
Ele hesitou mas assentiu e abandonou a sala, depois de Kira e a sua mãe. Olhei para o corpo, quase morto, do meu irmão e suspirei pesadamente, tentando acalmar-me; sabia que o Liam continuava a conseguir ouvir-me. Balancei a cabeça e limpei as lágrimas que escaparam. Digitei o numero do telefone e encostei-o ao meu ouvido.
–911. Qual a sua emergência?

##

Eu tinha tido aulas de representação durante um ano, na escola. Era péssima em tudo, menos em uma coisa. Forçar o choro. Mas enquanto eu estava ao lado do pai do Liam, ouvindo-o dizer à minha mãe o que tinha acontecido, eu não precisei de atuar.

–Lamento, Melissa. Tenho de informar a hora da morte. - Dr. Dunbar disse.
Os gritos de dor da minha mãe ecoaram pelo hospital e muitos trabalhadores correram para ver o que tinha acontecido. Ela sabia sobre o plano, mas sabia os riscos. Melissa gritou outra vez e agarrou os meus ombros, obrigando-me a olha-la.
–O QUE ACONTECEU, FILHA?
As lágrimas formaram um rio pelas minhas bochechas e conforme a minha mãe se lançou para o chão, levou-me com ela. A minha mãe agarrou-me com força, enquanto os nossos choros ecoavam ao ouvido uma da outra. Não consegui não pensar na Allison, na morte mais dolorosa. A minha melhor amiga. Ela não mereceu morrer. E eu sinto falta dela. Eu sinto tanto a falta dela - que algumas vezes, como agora, toda a culpa e dor me abraçam dolorosamente. E só de pensar no meu irmão, no meu herói, morrendo...
Nunca pensei que fosse possível sentir tanta dor, mas eu estava enganada. Cada dia dói mais e mais.

##

A minha mãe ainda tinha um braço ao redor dos meus ombros, quando

entramos na morgue, para encontrar os outros. Ela estava limpando a sua face húmida, e eu imitando-a. Eu continuava triste e magoada, mas tinha de ser forte na frente deles. E para não bastar o meu corpo estava completamente gelado.
Levantei a cabeça, encontrando Liam vindo na minha direção; então abraçamo-nos. O seu corpo estava quente, e foi como se trouxesse vida ao meu.
–Lamento. - Liam sussurrou.
–Porquê? - Perguntei, confusa.
–Não te devia ter deixado fazer isto. Foi errado. Eu devia tê-lo feito, não tu. Desculpa. - Parecia arrependido e eu apenas balancei a minha cabeça.
–Eu voluntariei-me. Eu estou bem.
–Não, não estás. Eu ouvi-te gritar. - Devolveu.
Eu não disse nada, apenas me afastei, olhando-o nos olhos. Eu não sou romântica ou coisas assim, mas sou realista. Já aceitei à muito tempo que se nós não morrermos, provavelmente não irei casar-me ou ter uma familia. Não é algo sobre o qual eu tenha de pensar. Eu trabalho como o Stiles: Ignorar as coisas até elas irem embora, eventualmente. Então, vou ignorar o facto de que olhar nos olhos de Liam me está a dar borboletas na barriga; aquelas estupidas borboletas que todos falam. E vou trabalhar nos problemas reais.
No entanto, foi complicando ignorar o braço de Liam roçar no meu, quando nos reunimos ao lado do corpo de Scott.
–Eu continuo a odiar este plano. - A minha mãe disse - É aterrorizador. Ele parece morto.
–Dá-me a tua mão. - Disse Noshiko, oferecendo a sua. A minha mãe olhou-me e eu assenti. Ela então colocou a sua mão, na da outra mulher. Noshiko levou a mão de Melissa até ao peito do meu irmão. A sua expressão tornou-se preocupada e eu coloquei-me alerta, - Espera.
Melissa riu um pouco e eu suspirei aliviada.
–É suficiente para manter um lobisomem vivo? - Perguntou a minha mãe.
–Para um alfa, sim. - Confirmou a mãe de Kira.
–Quanto tempo? - Melissa disse.
–14 minutos. - Noshiko respondeu.
–E o que acontece depois disso? - Perguntei confusa.
–Trago-o de volta, da mesma maneira. - Respondeu Kira.
–Não, o que acontece se ele ficar assim, depois dos 14 minutos? - Corrigi.
Kira e Liam trocaram olhares e eu estreitei os olhos.
–Tu não sabes? - Mãe de Kira olhou-me e depois aos outros, - Não lhes contaram?
–O quê? - A minha mãe pediu.
–O que acontece depois dos estúpidos 14 minutos?!! - Falei desesperadamente.
Noshiko suspirou, depois olhou-nos olhos e disse: Ele morre.


##

Cerca de uma hora depois, Stiles, Kira, Liam e eu estávamos esperando Chris entrar nas câmaras de segurança. O Stiles aparentava estar completamente arrependido e cheio de culpa por não me dizer e continuava a falar, a falar. Ele - Nunca - Se - Calava! E Liam manteve a distância. E eu agradeci, precisava de estar sozinha.
Então, Stiles montou os três portáteis e agora era só esperar a chamada do Mr. Argent. Mesmo a tempo, o telemóvel tocou e Stiles atendeu.

Cinco segundos depois todos os portáteis passaram a emitir as imagens das câmaras. Mordi o lábio. E então, começou. Horas olhando o monitor, esperando encontrar a pessoa que os quer matar a todos.


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Notas finais do capítulo

Então, como foi? Saudades? O que acharam? :3
Bem, tenho mais uma perguntinha para responderem nos comentários: Não sei se conhecem a minha outra história do Teen Wolf, "So Cold" que é Scott/OC ... mas algumas pessoas pediram-me para fazer uma sequela, e eu estou a pensar nisso, então deixem as vossas opiniões nos comentários, por favooooor



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