Slenderman: Beginning escrita por Beyond B Nat


Capítulo 31
Ritual


Notas iniciais do capítulo

Bom, me desculpem por mais uma vez demorar tanto. Praticamente, dei um tempo pras fanfics e era algo não programado aí não tive como deixar aviso prévio na página. Meio que fui buscar outros focos, coisa e tal e quando vi estava deixando as fics de lado. Foi mal por isso...

Enfim, aproveitem o capítulo.



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Já passou da meio noite. No resto do dia Tom não só apenas preferiu não tocar no assunto sobre a conversa que teve com Sophia, como também não saiu do quarto.

E Toby está um pouco mais distante na cidade, não consegui ler a mente dele tão claramente, mesmo sendo um proxy, só sei que ele considerou em falar com os outros sobre a atual situação.

Não vou mentir, estou com uma sensação inquieta, não sei ao certo do que é, apenas que começou há poucas horas… Toby!

Estava perdido em meus pensamentos, até que notei ele se aproximando. Quando ele esteve em uma distância suficiente, pude ler algo como “monstro”. Um novo monstro?

Toby parou seu carro próximo do parque, a essa distância, pude entender tudo.

***

Depois de finalmente ter conseguido contato com Hoodie e conseguir bolar um plano, ou ao menos ter um ponto onde pensar, Toby andou pra um lugar próximo para comprar um lanche, até que notou um brilho alaranjado por trás de umas casas a frente.

Ele foi ver o que era, mas levemente distante, então viu uma casa pegando fogo. Nesse momento ele engoliu em seco, veio em sua mente flashs daquele dia em que se tornou um proxy, o dia que matou “aquele homem” e provocou um incêndio que quase o matou.

Toby voltou a si ao “despertar” com um dos seus tiques, ele se aproximou pra ver o que estava acontecendo, os bombeiros já estavam no local. Ele viu um dos homens tirar alguém de dentro da casa, carregando nos braços, e gritando “Rápido! Ela precisa ir pro hospital AGORA!”

Certo, uma garota… De repente, Toby ouviu um riso fraco. Ele olhou em volta e percebeu de onde o riso vinha, porém, quando pensou em se aproximar, ele sentiu uma sensação. Algo lhe dizia de que “aquilo” não era humano.

***

— Operador!

“Eu sei.”

— O q… Hum… (“sim, o que Hoodie me falou, leitura de mentes”) fora isso, acho que dá pra o senhor sair daí. Hoodie pesquisou sobre a cidade, há lendas de “Um Monstro” nesse local, essa lenda tem décadas ou séculos, por aí, e, não só isso, a lenda diz que o tal monstro de tempos em tempos “assume” formas diferentes. Em outras palavras, e se-

“E se esse lugar só pode prender apenas um monstro por vez?”

— Sim, isso!

“Temos uma opção interessante… porém, não temos total garantia de que o monstro que você descobriu possa ficar preso e ao mesmo tempo me possibilitar a fuga.”

— Bom, mas é uma opção.

“De fato. E, nesse tempo aqui, pensei em uma coisa.”

— O quê?

“O que acontece se uma mente quebrar aqui dentro?”

— Hum… Não faço a menor ideia… Está pensando em “quebrar” o garoto aí?

“É apenas mais uma hipótese. Testei muita coisa, mas nunca fiz isso, ou ao menos nunca consegui. Não é muito simples quebrar uma mente, não sem fazer a pessoa enlouquecer ao ponto de terminar em morte.”

— Então… O que quer que eu faça?

“ O que eu disser.”

—---

No dia seguinte, Tom acordou antes do horário que normalmente acorda. Desde que entrou na floresta, ou ele acorda antes do horário ou apenas quando sua mãe o acorda. Ele encarou o teto por uns minutos antes de se sentar na cama e respirar um pouco antes de levantar.

Sei o que deverei fazer com ele. Ele está a beira do desespero e perto da insanidade. Tanto que, há vezes que mesmo quando não interfiro, a mente dele lhe prega umas peças.

Ao descer as escadas silenciosamente, veio uns flashs em sua mente, um rosto branco e medonho, e ele quase cai da escada  nesse momento, mas consegue ficar firme.

— Tom? — Se surpreende sua mãe. — Jesus, querido, você está bem?

— Não… Não foi nada.

— Achei que iria dormir até mais tarde. Você não precisa ir ao colégio se não estiver se sentindo bem.

— Eu tou legal. Sério.

Ele odeia ter que mentir nessa situação, mas precisava de uma desculpa para ficar o mais longe possível da floresta. Sua mãe suspirou e disse “Apenas coma alguma coisa direito, ligue quando chegar no colégio e, caso esteja se sentindo mal, ligue pro seu pai lhe levar pra casa, ok? “.

Tom concordou com a cabeça e após comer o que sua mãe o dera, ele seguiu com passos apressados para o colégio, sem olhar em direção à floresta. Ele pode querer, mas não pode ignorar e esquecer esse lugar.

Dessa vez o dei um tempo, deixei que a própria mente dele cuidasse dessa parte. Bom que posso economizar energia e vez ou outra checar se Toby está seguindo o que mandei.

Dentro de uns dois dias, notei vez ou outra uma “presença” nas proximidades, provavelmente é o monstro que surgiu nessa cidade. Tom tem se mantido quieto e isolado, apesar de vez ou outra Sophia falar com ele até Tom a dar um fora dizendo “Dá pra parar de ficar forçando amizade? Isso não vai resolver porra nenhuma, me deixa em paz!”.

Se auto defendendo com grosseria… Parece familiar.

Nessa sexta-feira, era feriado. Tom tentou distrair a mente assistindo filmes no computador ou estudando, mas não conseguia com a minha presença próxima, então ele colocou em sua mochila umas coisas para passar o tempo e então saiu de casa. Ele nem se deu o trabalho de avisar que estava saindo, apenas saiu.

Toby estava nas proximidades e notou Tom saindo de casa. Não tinha como deixar de pensar “Esse garoto já está com uma cara de doido.” Ele sabia que seu objetivo não era ficar de olho em Tom, então apenas ajeitou o capuz em sua cabeça e continuou onde estava.

Toby andou um pouco de um lado para outro ao redor da floresta, até que notou uma certa garota andando perto da cerca. Ele parou um pouco até Sophia passar por ele e aguardou uns passos até começar a segui-la. Foi assim por uns minutos, até que ela parou e olhou para trás.

— Não pude notar que está um bom tempo rodeando essa floresta, garota, he. Bem, me chamo Toby Rogers, e você? — disse Toby num tom simpático.

— É… Me chama só de Soph — ela estava desconfiada.

— Hum… Não precisa me olhar desse jeito, não vou fazer nada contigo. — Ele levanta as mãos na defensiva.

— Então por que está me seguindo?

— Curiosidade. — Ele esfrega uma das mãos na outra e olha distraído para a floresta — Esse lugar tem uma energia assustadora. Parece familiar.

— Como assim?

— Não sei se acreditaria se eu dissesse.

Sophia estava ficando curiosa, porém com receio. Não sabia se continuava a conversa ou ignorava o desconhecido.

— Não… Acreditaria em que?

— Eu não sou daqui, mas soube pela Internet que há alguma coisa nesse lugar. Monstro, demônio, entidade, alienígena, algo assim. Há uma certa história na cidade de onde vim, mas, hu, é só uma lenda urbana ligada a um monstro sem rosto, nada de mais…

— Como assim?

Falar em “monstro sem rosto” não havia como não chamar a atenção da garota. Prossiga, Toby, mas não exagere.

— Hum? Quer mesmo saber?

Toby olhou ao redor, e pegou uma pedra. Essa se esfarelava um pouco, então dava para desenhar no asfalto com ela. Ele desenhou um círculo com um x o cortando. Sophia reconheceu esse símbolo e ficou mais intrigada.

— Havia na vizinhança que eu morava um parque similar a esse. De repente, começou a ter uma energia estranha no lugar e pessoas a desaparecer ou ficarem loucas. A única coisa que se achava de vez em quando, eram umas folhas de papel com rabiscos e mensagens de desespero. O parque havia sido transformado num local de ritual, onde se restringia a oito pontos e uma área onde vagava um ser que foi invocado lá. Ninguém nunca saiu vivo para saber como aquilo era, mas as pessoas que enlouqueciam, antes de cometer suicídio ou perder totalmente a sanidade diziam que era “um homem sem rosto” e nos próprios desenhos dava a entender isso, desenhando uma pessoa e o rosto cortado com um x.

— Como assim um local de ritual? E… (“um homem sem rosto, será o Homem Esguio, o mesmo que está aqui?) Naquele lugar, ainda está o monstro.

— Não. As partes do “local de ritual” foram tiradas do lugar, aí o ser desapareceu. Apesar de que falam de que ele ainda está lá só para crianças não entrarem na floresta a noite, hehe.

— Como tem certeza disso?

Toby fez um olhar sério e olhou distraído pro chão, até dizer:

— Coisas erradas foram feitas, vidas foram perdidas, e tudo acabou quando um garoto a beira da insanidade colocou fogo nas oito páginas. Ele tem cicatrizes daquele tempo até hoje, mas está normal, pelo menos.

“É ele?” Soph pensou olhando para Toby e não tendo como deixar de notar na cicatriz no rosto dele.

— Oito marcas de Desespero, uma marca de ódio e um espelho com cinco símbolos, esses são os componentes do ritual, sendo as marcas de desespero a “área de spaw” do monstro. Vou embora, nem devia voltar a me lembrar disso.

Toby se levantou e Soph disse “Espera!” querendo mais respostas, mas Toby ignorou e foi seguindo se segurando um pouco pra não estragar tudo rindo da situação.

Ela parou de tentar segui-lo e olhou para a floresta. Ela certamente acreditou na história de Toby. E então, Soph, vai fazer o que estou esperando?


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Notas finais do capítulo

Agradeço a Matheus HQD que, embora não leia a fic, me deu a ideia do ritual num rpg, kkkk

Toby atuação 10/10, merece um Oscar! -q



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