Slenderman: Beginning escrita por Beyond B Nat


Capítulo 32
Plano


Notas iniciais do capítulo

Escrever pelo celular dá uma preguiça do cão X'D Sério, ficar sem pc é ruim de mais ç_ç

Bem, ao menos o capítulo saiu, hehe. Espero que gostem.



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Tom ficou umas boas horas fora de casa,próximo da loja de conveniências jogando num “PSP”. Como pessoas se divertem com isso? O garoto que morreu eletrocutado e ficou preso no próprio jogo também gostava muito de videogames (no caso, era um vício bem maior), mas, não deixa de ser algo estranho pra mim, mesmo sabendo a sensação e o que passa na cabeça de um humano quando joga. Bom, ele ficou um longo tempo jogando até notar que faltava pouco para anoitecer. 

A mãe dele já percebeu que ele saiu da casa sem avisar, então só aguardo pra ver a situação… Tom não estava com a menor vontade de voltar para casa, mas se apressou um pouco para não ter que estar fora de casa durante a noite. 

Ele chegou e a mãe dele imediatamente notou. 

— Onde você estava?! Por que não avisou quando saiu?! 

— Eu… Só não tava a fim de ficar só no meu quarto… Então saí. 

— De qualquer jeito devia ter avisado, me deixou preocupada! 

Tom ficou quieto ouvindo a mãe dele expressando sua preocupação, porém sem levar muita importância, até que ela falou:

— Você está preocupando a mim e ao seu pai, isso tem que parar. Se você não quer nos dizer nada, ok, vou aceitar esse seu lado, mas se não for com a gente, vai ser com um psiquiatra. 

— Quê? 

— Conversei com um nessa semana. Segunda-feira, depois do colégio, você vai lá. 

— Não. 

— Você vai sim, Tom. 

— Não… Eu… Eu não tou louco… Isso… 

Tom estava a beira de ter uma crise, sua respiração estava ofegante e a expressão dela era de desespero. Chegou nesse ponto mais rápido que eu esperava. 

— Não estou dizendo que você está louco, Tom, eu e seu pai só queremos te ajudar. 

— Se querem me ajudar… ENTÃO ME DEIXE LONGE DESSE LUGAR! 

Tom se afastou dela e subiu para seu quarto e logo em seguida trancou a porta. O corpo dele estava tremendo e ele colocava as mãos sobre a cabeça como se estivesse tentando impedir que ela explodisse. 

“Eu não tou louco! Só quero que isso pare! Só quero que isso pare!” ele sussurrava. Tom ficou nessa posição por um tempo, até se acalmar e sair da porta para assim deitar em sua cama. 

Ele havia destrancada a porta antes de se deitar e ficar virado pra parede, aí o pai dele entrou no quarto. 

— E aí, Tom, a gente pode conversar? 

O garoto continuou quieto. 

— Bom… Sua mãe talvez tenha se expressado de uma forma um pouco exagerada, você a preocupou saindo de casa daquela forma, e somando isso com o fato de que você tem se isolado, agido estranho no colégio e desmaiado… Digamos que, ela tema o pior. 

— Eu sei… 

— Você não chegou a machucar ninguém não é? 

Tom sacudiu a cabeça. 

— Bom, depois você fala com ela. Quando ao psiquiatra, por mim você pode ir se quiser, mas, caso queira falar comigo, sua mãe ou sua amiga… Faça isso, não guarde só pra você, ok?

— Tá… 

— Vou te deixar sozinho agora. 

O pai dele saiu do quarto e Tom continuou deitado.

Ele acabou lembrando um incidente que ocorreu anos atrás, um ou dois anos depois da vez que ele viu o Smile Dog. 

Tom ficava agressivo do nada. Foi feito um diagnóstico de que a causa era Transtorno de Identidade (dupla personalidade) e ele ficou fazendo tratamento para “voltar a ser normal”. Isso foi a muito tempo, ele não manifesta mais os sintomas, exceto quando ele fala com grosseria repentina. Era por um motivo bem pessoal ele ficar nervoso pela possibilidade de ir a um psiquiatra. Aquela sensação de que achavam que é era louco. Bem, ele está bem perto de enlouquecer de qualquer forma, mesmo não aceitando essa situação. 

Ele acabou caindo no sono. Eu não estou com muita vontade de causar pesadelos dessa vez. Nem é muito necessário, ele anda os tendo sozinho. 

Dava pra perceber alguns flashs nos pesadelos de Tom, uma criatura humanoide com pele totalmente negra e olhos púrpura. Não é a primeira vez que ele sonha com isso, o que será esse ser? Isso é curioso. 

Bem, Com isso fico algumas horas sem nada pra fazer. Tão familiar esse silêncio solitário…

Umas horas após amanhecer e todos da casa terem acordado, percebi Soph se aproximando da casa de Tom. Ela decidiu bem rápido o que fazer. 

Soph bateu na porta e o pai de Tom atendeu. Ela o cumprimentou e perguntou se poderia falar com Tom. Ele ficou meio receoso com isso, mas disse que ela poderia ir no quarto de Tom saber se ele quer conversar. 

Ela subiu as escadas e bateu na porta do quarto de Tom antes de abrir. 

— Soph?! 

— Oi, sei que tá meio cedo, mas daria pra gente bater um papo. 

— Não dá pra deixar isso pra Segunda? 

— Não. 

Tom suspirou e ficou quieto. 

— Então… — Ela olha em volta para pensar em algo para puxar assunto, até que repara no livro “A Coisa” numa estante — Uh! Palhaços me dão arrepios. 

— Tem medo de palhaços? 

— Mais ou menos, não acho a menor graça. Ei! Você tem o Silver?! Que legal! — ela disse pegando um cartucho da estante. 

— Pokémon? 

— Você já zerou? Meu primo tem, mas nunca me deixou jogar. 

— Hum… Até cansar, eu acho.

— Qual seu Pokémon favorito? 

Tom ergue uma das sobrancelhas desentendido, mas aí respondeu a pergunta e eles foram conversando até a conversa ficar descontraída. Pensei que ela iria direto ao ponto e não que enrolaria com trivialidades… 

Depois de um tempo conversando, Soph fez uma cara séria e perguntou a Tom:

— Me diz… Você ainda anda tendo pesadelos, vendo coisas e etc por causa do Slenderman, não é. 

Tom mudou a expressão e suspirou. Quando Soph chegou ele já achava que ela tocaria nesse assunto. 

— Isso não é muito da sua conta… E não devia se meter. 

— Por que não fala disso com ninguém? 

— E por que você fica se metendo nisso? 

— Eu quero te ajudar!

Tom suspira, mas Soph continua:

— Olha, não é muito frequente o Slenderman fazer coisas ruins às pessoas porque não é todo dia que alguém entra naquela floresta e sai vivo. 

— E pra que você quer ajudar? Não tem como resolver isso. 

— Hum… Sabe a fita de áudio? O policial que estava interrogando o cara que perdeu a filha era meu pai. Bom, ele… Foi encontrado na floresta um tempo depois desse áudio, alguns meses, eu acho. Ele às vezes tinha umas crises, mas fazia tratamento pra se manter estável. Porém… Uns cinco anos atrás, eu acho, ele teve uma piora, ficou num estado horrível, dizia coisas sem sentido, ele fazia desenhos como os que você tem no caderno e dizia “ele está perto”, “ele voltou pra me pegar”. Eu morava sozinha com ele, minha mãe tinha falecido quando nasci, era assustador, e dava pena. Um dia… Quando eu estava voltando da escola, nossa casa estava isolada pela polícia. Meu tio não permitiu eu ver o que aconteceu, mas ele falou que meu pai se enforcou. 

Tom ficou levemente chocado com o desabafo dela, ele não fazia a menor ideia do quanto ela estava envolvida com isso. É… Eu Devia ter matado o policial naquele dia, assim não teria nascido essa garota intrometida. 

— Eu… Não fazia ideia. 

— Nunca fui muito de falar do meu pai, então não tem problema não considerar isso. 

— Mesmo assim, ainda não faz muito sentido você tentar me ajudar ou qualquer outro que aquilo afetasse. “Não quero que ninguém mais passe por isso” é meio egoísta. 

— É, um pouco, mas… Não é só por que você é “mais uma vítima” que me preocupo.

— Hum? 

— Eu… Eu gosto de você. Gosto MESMO. 

“É O QUÊ?!” Tom pensou, surpreso. 

— Hum… Desculpa, mas isso não é recíproco. 

“Ela gosta de mim, como assim?!” 

— É, eu já esperava, mas isso não importa muito. É que, por isso, não quero que alguém que me importo sofra por causa do Slenderman, de novo.

— Mas, francamente, não acho que tenha como evitar isso. Pra ser sincero, a cada dia me sinto pior e só quero que isso acabe logo. A angústia, o medo, a agonia, eu não conseguir dormir… É horrível e a tendência é piorar. 

— Olha, acho que isso é loucura, mas talvez tenha um jeito do Slender parar de fazer o que faz com você. 

— Quê? 

— Quando você esteve na floresta, você viu alguma coisa meio estranha, fora ele, óbvio? Você viu algo como papéis com desenhos e escritos tipo o que você tem np caderno? 

— Não lembro totalmente das coisas que rolaram quando estive naquele lugar, mas lembro de ter visto uns papéis por lá, inclusive, depois do primeiro que achei ele começou a me perseguir. 

— O que eu falar pode ser loucura, mas é quase evidente que o Slenderman não pertence ao nosso mundo. Alguém pode ter feito um tipo de ritual e invocado ele. 

— Não estou entendendo. 

— Tá… Deixa eu ver como vou explicar… 

Soph o contou tudo que Toby a havia dito sobre o suposto ritual. Ela acreditou de fato, e está fazendo exatamente o que eu esperava. 

— O ponto é que, o tal ritual tem oito páginas, se pegarmos todas e destruí-las, podemos acabar com ele, ou ao menos fazer que ele não consiga se manter no nosso mundo aí acabar voltando para o lugar de onde veio. 

— Isso é loucura. 

— Eu sei que parece, mas se conseguirmos fazer isso, você vão estar livre, a cidade toda vai estar livre. 

— Não, tou falando que entrar na floresta pra isso é loucura! E você está se baseando nas palavras de um estranho, o que te garante de que ele não tava tirando sarro de você ou algo assim? 

— Mas é a única coisa que temos. 

— É, a vida também!

Tom sente uma dor de cabeça e passa a mão sobre ela. 

— Eu quero que isso acabe, você não? — Soph disse, se sentindo preocupada. 

— Se der errado, você vai morrer, não, nós dois vamos. 

— Mas se não tentarmos, você vai morrer, ficar louco ou as duas coisas. Acho que, se agirmos juntos, podemos acabar com ele. 

— Você acha mesmo? 

— Claro! 

— Tá… Quando nós vamos? 

— Primeiro preciso pesquisar umas coisas. Acho que Segunda, depois da aula. 

“Segunda tem a consulta…”— Tom pensou —“Quer saber, não iria de qualquer jeito mesmo.”

— Beleza, faremos isso. 

— Ótimo! Vamos acabar com ele! 

Ela estendeu um punho fechado a ele e Tom retribuiu depois de um suspiro. No fundo, ele sentia de que não daria certo. 

Soph então disse que iria pra casa agora, então Tom a acompanhou até a saída. Ele estava atrás dela, quando ela se aproximou das escadas:

“Empurre ela. Empurre.” veio à mente de Tom. Ele tentou tirar isso de sua cabeça e fingir que não havia nada até ela sair. Após isso, ele voltou para seu quarto e encarou a janela. 

— Isso vai acabar logo. 

 


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