Slenderman: Beginning escrita por Beyond B Nat


Capítulo 30
Não podia ficar melhor


Notas iniciais do capítulo

Tou sem ideia pro título do capítulo, tou sem sono, tou sem paciência pra revisar, tou devendo esse capítulo a 84 anos... Então bora postar logo!

(depois arrumo o capítulo, o título, as notas... Enfim, tudo, kkk)



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Toby Rogers foi o último proxy que criei antes de ficar preso nesse lugar. Ele tinha a idade de Tom na época e sua mente estava fraca o suficiente para conseguir quebrá-la com facilidade pois, pouco antes de eu começar o processo, ocorreu um acidente que levou a vida de sua irmã mais velha. A vida dele era um tanto desprezível, com um pai bêbado, colegas de escola que o achava esquisito e o apelidavam de “Tique Toby” por causa do transtorno que possui, fora o fato de ser incapaz de sentir dor física.

Levei umas semanas para quebrá-lo na época, porém, como ele possuía um trauma, foi mais simples fazer isso. Achava por um momento que estava pegando pesado de mais e ele cometeria suicídio, porém, consegui fazer o processo bem. Seu “destino” foi definido no dia que ele matou aquele homem que desprezava. No dia daquele incêndio.

Alguns minutos após “chamá-lo” ele conseguiu chegar próximo da floresta, então me aproximei o máximo que conseguiria para ele me avistar. Ele estava num carro e havia rodeado um pouco o parque, até que me viu e parou o veículo.

“Te achei!”

A aparência de Toby estava levemente diferente da última vez que o vi. Esperado, já que passaram anos. Sua pele quase tão pálida quanto a minha e os cabelos castanhos bagunçados eram praticamente a mesma coisa. O corte que ele possui em seu rosto praticamente ficou uma cicatriz, seus olhos possuíam olheiras profundas e, fora isso, ele cresceu alguns centímetros. 

“Com o tempo que estou aqui, já estava crente que não conseguiria sair dependendo de vocês me encontrarem.”

Ele saiu do carro e falou baixo:

— Foi mal por isso… Hoodie e Mask vivem falando que é normal o senhor sumir, quase se passaram meses e nada, mas de lá pra cá foram CINCO ANOS, isso já estava além do esperado e… O… “Versão sua de sueter” a um tempo descobriu que Kate era sua proxy e a avisou que e o senhor estava preso numa floresta amaldiçoada. E aí… Tentamos te achar de algum jeito, mas foi complicado.

“Entendi.”

Toby ocultou essa informação, porém sua mente entregava. Kate havia ignorado o estado, lembrou-se apenas da cidade e quando avisou aos outros, eles tiveram que descobriu onde eu estava entre nove Morgans de nove estados… Na próxima vez que encontrá-la, eu juro que vou matá-la!

— Então… O que é esse lugar? Como ficou preso aí?

“Não sei exatamente a história por trás desse lugar, apenas sei que, se um monstro cria uma vítima aqui, é quase impossível sair. Nos tempos preso, pude notar umas coisas, mas ainda não consegui sucesso nas minhas tentativas de fuga.”

Coloquei na mente de Toby as coisas que notei e as tentativas que tive que não deram certo. Ele coçou a cabeça tentando pensar numa solução pro problema.

— Hum… Não faço a menor ideia, mas, se a energia que te impede de sair é mais forte de dia, talvez dê pra tentar a noite. Se o senhor não pode encostar na cerca, então basta eu cortar ela com um alicate ou arrebentar o cadeado do portão.

“Sim, há a possibilidade de tentar isso. Hum…”

— O quê?

Notei que Tom estava se aproximando, na verdade, ele ainda estava inconsciente o pai dele deve ter ido pegá-lo.

“Um humano que tenho tentado tornar um de vocês.”

Coloquei na mente de Toby o local e me transportei para perto da casa de Tom. Em alguns minutos, deu para ver o carro do pai dele chegando. Quem diria… Sophia está lá também. Toby chegou poucos segundos depois do carro estacionar, então ficou observando por trás de uma árvore. O pai de Tom o pegou no banco de trás e o carregou para dentro da casa.

— Tem certeza de que não quer voltar pra casa? 

— Não, tudo bem. E… Ele tem andado um pouco estranho no colégio, só quero saber se ele vai ficar bem.

— Bom, preciso de explicações depois.

“É esse garoto? O que tá sendo carregado?” - Toby se comunicou comigo.

“Sim.”

Escapou em Toby o pensamento “Sempre menor de idade… Por que será?”. Ele não conviveu comigo tempo suficiente pra saber que posso ler tudo que pensa e não apenas o que tem intenção. Aliás… Agora que Soph está perto o suficiente… Claro, eu já devia saber.

“A garota que chegou é problemática.”

— Como assim?

“Já aparentava um pouco, só não tinha antes certeza da razão, mas agora que está perto o suficiente e pensando nisso, deu para entender. Ela não sabe ‘o que’ eu sou, mas sabe o que sou capaz de fazer, sabe que sou ‘um ser sem rosto’ e tem tentado investigar sobre mim.”

— Ela é doida? Por que faria isso? 

“Por que eu matei o pai dela. Em 89.”

— Entendi. Quer que eu a mate?

“Por hora não, antes é preciso saber se você consegue me tirar daqui.”

— Tá, ok… Vou ter que esperar algumas horas. Mas isso vai ser bem-- AI!

Ele ia dizer que seria fácil, encostando na cerca, porém, assim que a tocou, ele sentiu uma dor e afastou a mão. Como assim? ELE sentir dor?! E como se ele tá de luva?!

— Mas que porra… Ok, isso pode ser um problema!

Ele se moveu rápido em direção ao portão de entrada do parque. Como normalmente, estava aberto.

“Não consegue mesmo passar? Nem se for andando?”

“Há risco de chamar a atenção, mas já tentei mesmo assim. Não consigo.”

Toby andou de um lado para o outro, tentando ter alguma ideia. Se mesmo um proxy ativo não consegue me ajudar a sair assim, quase não valeu a pena tentar tornar Tom um deles. Por que será que esse lugar afetou Toby se ele é humano?

Ele ficou de frente pra entrada e analisou um pouco. Traçou mentalmente uma linha imaginária que seria a “barreira” que me prende. pensou em testar passando a mão por esse “limite”, mas o alertei:

“Não sabemos se essa atitude pode ou não acabar te prendendo também.”

— Eu não --

“Alguém pode te ouvir.”

“Eu não vou fazer uma besteira! Só que, sei lá, como você ficaria preso aí se não conseguisse entrar onde parecia não ter nada? Isso ‘se ativa’ só quando monstros estão dentro? Por ser um proxy saio da classificação de humano para monstro?”

— Pera… Proxy… A gente tá ligado!

“Calado! … Entendi.”

Os proxys possuem a mente ligada a mim, como se fossem “fragmentos” da minha mente, por tal motivo, entrar na cabeça de um é mais simples que no caso de outros humanos. A ligação seria o motivo dele não poder tocar na cerca , assim como não posso?

“Se esse raciocínio estiver correto, você não pode entrar por que não posso sair.”

— É… Então, e agora?

“ É preciso descobrir alguma brecha.”

— Sim, claro… Acho que vou voltar pro motel, aí ligar pros outros para pensar em alguma coisa. Não sou nenhum gênio estrategista. 

“Não acho que trazer os outros mudaria alguma coisa, mas não tenho opções a não ser concordar.”

— Certo. Eu já volto...

Toby andou em direção ao carro que estava usando e então seguiu de volta aonde estava hospedado.

Após alguns minutos, notei Tom na casa dele começando a recobrar a consciência. Finalmente. 

Me transportei para mais perto que podia, então entrei em sua mente. 

Ele teve visões assustadoras, com vermes e insetos para todos os lados o atacando. Falei em sua mente “Acorde, garoto… Acorde.” então ele acordou com um grito. 

— Calma! Calma, Tom. - a mãe dele falou - Está tudo bem, você está em casa. 

— E acha que “está tudo bem” aqui? 

— Você desmaiou no colégio, o que está acontecendo com você? Por que não me conta nada? 

— Não… Eu… 

“Não adianta contar. Ela não vai acreditar e achará que você está louco.” 

— Me deixa em paz…

— Eu e seu pai não podemos te ajudar se você não nos contar qual é o problema. 

— O único jeito… 

“Não se iluda assim.” 

— O único jeito seria cair fora daqui. 

— Não diga isso. Sei que você não gostou da mudança desde que veio pra cá, mas… Se não quer falar com a gente, ficaria melhor pra você um profissional? 

— Acha que tou ficando louco? 

“Ela acha.” 

— Apenas não quero que você fique desse jeito. Está preocupando a mim e ao seu pai. E sua amiga também. 

“Amiga?” Tom pensou, até que percebeu alguém se aproximando da porta, aí viu Soph lá. 

— Tom! Você acordou! 

— Eu vou deixar vocês conversarem. Talvez assim você possa se abrir mais. 

A mulher nem disfarça o quanto está chateada. Soph entrou no quarto e logo em seguida a mãe de Tom fechou a porta. A garota pensou por onde poderia começar até que falou:

— Você… Entrou na floresta, né? 

— A fita que você me deu, como conseguiu? 

— Eu perguntei primeiro. Tá… Meu tio trabalha no departamento de polícia. Esse era um dos “casos sem solução”.

— E por que me deu a fita?

— Para te avisar pra não entrar. Poderia até achar que fosse só dois homens gritando pra um gravador, mas ao menos evitaria entrar ou adiaria isso pra depois me perguntar o significado disso, não sei. Mesmo assim, do que valeu, né? Você entrou naquele lugar. 

— Por que acha isso? Eu não disse que entrei. 

Ela mexeu na mochila dele, que estava ao lado da escrivaninha e pegou um dos cadernos, assim abriu em uma das últimas páginas. 

— Por que você não é o primeiro a “demonstrar o dom artístico” assim, nem a fazer esse símbolo. 

Na folha que ela estava mostrando, estava um rabisco de “uma pessoa” com um X na sua cabeça, fora um círculo cortado, também com um X e ainda estava escrito na folha “Ele não tem um rosto”. Soph tem algumas aulas na mesma sala que Tom, então notou as vezes que ela estava rabiscando esse tipo de coisa. 

— Como sabe dessas coisas? 

— Já falei, você não é o primeiro. Eu não sei “o que” é a coisa que está bem aqui do lado e nem por que faz isso com as pessoas, mas, olha… Praticamente todo mundo que aquilo brincou com a mente se matou, eu não queria ver mais uma vítima. 

— Não acho que você falar assim comigo mudaria alguma coisa. E acho que não é só por medo que eu me mate que está fazendo isso. 

— É por isso sim, acredite ou não. Eu queria que tivesse um jeito pra acabar com aquele monstro, pra evitar isso. 

— Não há monstro lá…

— Não tente negar. 

— Não. Tem. Nada. E se tivesse… 

“Eu queria que tivesse um jeito dele me deixar em paz…” - Tom acabou pensando.

— Só sai daqui, por favor. 

— Tom…

— Miller. Tou com a cabeça um pouco cheia, me deixe sozinho, tá? 

— Ok… Mas, se precisar de um apoio, fala comigo. 

Tom apenas dá de ombros e Sophia segue para fora do quarto. Assim que ela saiu, Tom suspirou e se encolheu em sua cama. 

—- Eu não posso… Eu não posso… - ele sussurrava pra sim mesmo, se lembrando que, se ele envolvesse mais alguém “nos nossos assuntos”, essa pessoa iria morrer. 

 


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