Acho que foi num tempo recorde que me arrumei. Claro que tive ajuda, afinal arrumar meu cabelo do jeito que esta é impossível sozinha. Escolhi um vestido cinza com detalhe de desenhos libélulas no vestido todo, ele é preso pelo pescoço e tem um pequeno decote e um cinto prata na cintura. Meu cabelo esta preso num coque meio louco, mas está lindo, uma maquiagem não tão pesada e para completar um pequeno brinco de diamantes.

— Realmente me superei nesse vestido. – Digo girando na frente do espelho

Ele é ótimo para se movimentar, por não ser colado ao corpo. Olho no espelho e noto Charlotte dando um discreto sorriso.

— Está linda, senhora.

— Obrigada, Charlotte.

Sai da frente do espelho e vou ate meu celular, olho pro relógio e fico nervosa por não ter nenhuma noticia dos dois.

— Senhora?

— Pode falar, Charlotte.

— Espero que saiba no que esta se metendo.

Ela deve achar que eu estou com Bruce, melhor manter assim.

— Não se preocupe que sei.

— Se não precisar mais de mim.

— Pode ir sim e obrigada Charlotte.

Saimos do quarto, devo dizer que a mansão está muito bonita. Alfred me espera no final da escada.

— Senhorita, está muito bonita. - Elogiou com sorriso simpatico nos labios

— Obrigada Alfred.

— Senhor Fox espera no escritório. - Avisou apontando para a porta

— Tudo bem, vou até lá. – Viro–me para a Charlotte. – Não se preocupe Charlotte.

Acenou em concordância, mas sei que esta bem preocupada. Dirijo–me para o escritório, já que os convidados devem chegando. Abro a porta e encontro Fox sentado, segurando um tipo de pote de alumínio.

— Fox, desculpe a demora.

— Não tem problema. – Disse se levantando. – Você esta muito bonita.

— Obrigada.

— Aqui está mais.

Então me entregou, é um pouco pesado e ao saber o que tem, me faz ficar nervosa.

— Obrigada Fox. Direi a ele para não exagerar dessa vez. – Brinco

Fox só me olhou.

— Espero que saiba o que está fazendo se envolvendo.

— Você também Fox.

Fox está meio estranho, é como se quisesse falar algo, mas não tem certeza se deve dizer.

— Aconteceu algo? - Questiono dando a chance de falar

Uma batida na porta o impede de responder. Alfred abre a porta.

— Desculpe interromper, mas Sr. e Sra. Leigh chegaram. - Avisou

— Sim, já irei falar com eles.

— Melhor, irmos para a festa. – Segeriu Fox

Ele vai até a porta. Olho para o meu celular, como tivesse algo nele

— Já irei, vou atender essa ligação. Nos vemso na festa.

— Sem problema. - Disse o mordomo

Os dois saem, acho que não convenci muito, sou péssima atriz. Vou até o piano e toco a senha. Passo pela passagem e desço pelo elevador. Andar por aqui sozinha é meio assustador

~~

A festa rolava, devo dizer que ser anfitriã da festa dos outros não é algo que eu sou boa, ainda mais de alguém que todos acham que não gosto, essas perguntas sobre nós me matam.

— Mas me diga Srta. Leigh, onde esta Sr. Wayne? – Indagou uma senhora que não tenho ideia de quem seja.

— Ele deve estar chegando. Sabe como ele é, gosta de uma farra.

Ela me olha indignada pelo meu linguajar. Acho que exagerei.

— Estou surpresa você está sendo a anfitriã. – Comentou a outra senhora que não lembro o nome

— Eu e Bruce nos conhecemos desde crianças. Bem, nós nos reencontramos com os pés esquerdos, mas agora estamos amigáveis.

— Claro, claro. Não vamos tomar seu tempo, você tem muitas pessoas a recepcionar. - Disse a mesma

A senhora saiu e pude diminuir o sorriso. Meu rosto está doendo e muito, não estou acostumada com isso.

— Acho que precisa de um desse, senhorita. – Sugeriu Alfred mostrando a bandeja de bebidas.

— Na verdade preciso de algo mais forte. – Pego uma taça de champanhe e viro de uma vez. – Estão me irritando quererem saber sobre a minha separação com Harry e o que esta rolando com Bruce.

— E você e o patrão, são a noticia do momento.

Gemo em protesto. Maldita fama, por que resolvi ser famosa? Então lembro que tenho algo mais importante para pensar, como o que esta acontecendo com os dois.

— Estou preocupada .- Desabafo

— Tudo vai dar certo, senhora.

— Tenho medo que algo aconteça com eles. Bruce sabe se defender, mas Rachel é outra história. Ela faz de tudo que pe necessário para a justiça ser feita.

— Patrão Bruce não vai permitir que algo aconteça com ela.

— Obrigada Alfred por estar aqui. – Ponho a taça vazia na bandeja – Como você consegue ficar tão calmo?

— A pergunta correta é: Como consigo parecer calmo? Isso é algo que aprende com os anos.

Alfred se afasta e fico sozinha, ele deve estar super preocupado e para distrair, se concentra no trabalho e eu deveria fazer o mesmo. Começo a andar pelo salão, sou parada varias vezes e como uma boa anfitriã, converso com todos. Minha mãe acena e me aproximo dela.

— Filha, Sr. Wayne ainda não apareceu. - Comentou triste

— Mamãe sabe como é ele. Ele deve estar com alguma garota por ai.

— Você está bem com isso?

Minha mãe achando que estou com ciúme. Se soubesse onde ele está, estaria horrorizada e preocupada.

— Por que não estaria?

— Você é a anfitriã. Algo bem estranho. – Respondeu com um sorriso discreto

— Já disse, depois do jantar, ficamos mais amigáveis. E ele me implorou pelo telefone.

— E devo dizer que isso me deixa muito feliz. Próximo passo é os dois juntos.

— Mamãe, vai jogar de casamenteira para o Charles.– Gemo de tristeza

— Quando vocês eram crianças, sempre imaginei vocês ficarem juntos, eu e mãe do Bruce...

— Preciso de sua ajuda.— Chamou Batman pelo ponto

Momento que fico preocupada. Será que esta ferido? Sangrando? Algo grave?

—... Você entrando de branco. E ai vocês tem...

—Mamãe! – Chamo sua atenção já que esta sonhando acordada. – Vi um pequeno problema e preciso resolver.

—Tudo bem, filha.

Tento andar o mais rápido possível sem chamar atenção. Passo pelo Alfred e só aceno, e ele entende. Vou ate o escritório, e logo já estou na caverna. E quanto passo pelo arco, o tumbler passa pela cachoeira, me assustando.

A parte de cima abre e Bruce sai e vem em minha direção

— Ai meu Deus, Rachel! O que houve?

— Ela foi envenenada. – Respondeu Bruce minha pergunta. – Fox trouxe...

Nem respondo, corro ate onde esta o pote do Fox e pego um dos tubos, Bruce pega uma pistola de seringa e pega da o tubo da minha mão. E volta para o carro, vou atras dele e seguro meu vestido para não molhar, ao chegar, Bruce já tinha aplicado e me olhou preocupado.

— Bruce, preciso examina–la. Para saber se esta tudo bem, claro que já ter o antídoto no organismo ajuda, mas preciso saber se não terá reações. – Digo tentando não mostrar meu desespero ao ver o estado de minha amiga.

Bruce a pega no colo e sai do carro, leva para um canto onde tem uma marca. Ele sai e já começo a dar uma olhada nela, Bruce volta com uma caixa de primeiros socorros. Fico feliz, ao abrir ver que é quase uma maleta de medico, então começo a trabalhar.

— Você sabe o que esta fazendo? – Questionou ainda com a voz grossa

— Sim, fiz curso de primeiro socorros e assisti aulas do curso de enfermagem, por causa da minha mãe. – Respondo vendo a pulsação. – Achei que por causa do cancer e as reações que ela tem, caso não tivesse alguem perto, podia precisar de ajuda.

Depois de conferir tudo, meu coração se acalma ao saber que está realmente tudo bem.

— Ela esta bem! Como o antídoto foi dado imediatamente, não sofrerá o mesmo que você. Deve acordar em alguns instantes.

Bruce solta o ar que devia estar segurando.

— Você esta bem? Algum ferimento? – Pergunto guardando o que usei

— Não, estou bem.

Fecho a caixa e deixo na bandeja de apoio.

— Onde estão os outros antídotos?

Vou ate onde esta e pego, por algum motivo ver a preocupação nos olhos de Bruce me deixou incomodada. Sei que ambos se gostam, mais isso me incomoda. Scar acorda, você não esta com ciúme, porque teria deles?!

—Esta aqui. – Respondo entregando.

— Melhor ir para cima. – Mandou colocando os tubos no lado de Rachel

Aceno em concordância, dou uma ultima olhada na Rachel e vou em direção ao elevador, mas paro no caminho.

— Quem fez isso? – Pergunto curiosa

— Doutor Crane.

— O que ele planeja?

— Ele despejou a toxina na água de Gotham.

Por que ele faria isso?

— Mas se é uma toxica que precisa ser inalada, por que a água?

— Ainda não sei. Melhor subir.

— Ok. E Alfred deixou seu terno em algum lugar aqui, já que não conheço direito aqui ainda.

Volto a andar em direção ao elevador, mas aquele sentimento aumenta, ainda mais sabendo que os dois ficaram sozinhos. Não tenho motivos para isso, afinal, não gosto desse jeito de Bruce. Não é mesmo?