Amanda, a cearense em South Park escrita por Marinyah Moonlight


Capítulo 4
Aula abirobada


Notas iniciais do capítulo

Finalmente, chegou o capítulo mais desejado onde as gêmeas terão sua primeira aula, depois de tanto trabalho que tive(é, minha vida não ta fácil esses dias :/). Vamos comemorar, negada! *tumts tumts tumts* Enfim, que comece a fuleragem. XD

Significado de gírias nordestinas:
*Abirobada - louca, maluca.
*Fuleragem - putaria.



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Depois de termos confirmado nossas fichas de inscrição, ficamos do lado de fora da sala ouvindo a conversa dos nossos novos colegas atrás da parede com nossos copos encostados.

– Caras, vocês viram aquelas novatas chantageando eu e o Kyle? Que mico! - comentou uma voz conhecida. Era do Cartman.

– Elas não tiveram culpa se fizeram aquilo por acidente - comentou Kyle, que reconhecendo pela voz, parecia ser o ruivo que estava brigando com o Cartman.

– De qualquer forma, pagaram o maior mico - continuou Cartman se aproveitando ainda da situação que deixava eu e Fernanda com raiva - Aliás, Butters, você era quem estava mais próximo daquelas garotas.

– Er...sim. Eu estava.

– Notei que elas são morenas e falavam com uma sotaque e uma língua estranha. Que língua era aquela? Espanhol?

– Não. Era português.

– E elas são o quê? Portuguesas?

– Não. Brasileiras - depois que Butters respondeu, Cartman aumentou o som de sua risada.

– Quer dizer que essa escola tem duas macacas!? - perguntou se aproveitando ainda mais da situação o que deixou eu e Fernanda ainda mais com raiva - Tem pobres, tem judeus, tem negros, tem deficientes, tem ruivos e agora tem macacas!? - quanto mais ele falava, mais ele ria e mais eu e Fernanda tremíamos de raiva.

"Como ele ousa!?" pensei.

– Esse Cartman realmente é aquilo tudo que o Butters falou para gente - comentou Fernanda para mim.

– É - concordei.

– E você, hein, gordo? - perguntou Kyle.

– Ei, não me chame de gordo, seu judeu! Eu tenho apenas ossos largos.

– "Ossos largos" - comentei fazendo sinal de dois com a mão direita e mexendo os dedos indicador e médio para cima e para baixo.

– Mhphmhph!(Mas, espera!) - comentou alguém com uma voz esfarrapada na qual, nem eu e nem Fernanda entedemos - Mhphmhphmhphmhphmhphmhphmhph(Se elas são brasileiras, com certeza, são gostosas).

– Por que Kenny? - perguntou uma voz que não conhecia ainda.

– Mhphmhphmhphmhphmhphmhphmhphmhphmhphmhphmhph(Ouvi dizer que no Brasil, todo mundo gosta de sacanagem e lá tem muita gostosa).

De repente, eu e Fernanda fomos interrompidas por um outro homem meio careca com óculos.

– O que estão fazendo, meninas? Não é muito bom espionar a conversa dos outros - afirmou esse homem que logo eu e Fernanda guardamos nossos copos.

– Desculpa, senhor - lamentamos.

– Enfim, vocês são as alunas novas que irão estudar nessa sala?

– Parece que sim - respondi.

– Quais são os seus nomes?

– Bom, eu sou Amanda e essa é minha irmã gêmea, Fernanda.

– Amanda e Fernanda... - disse enquanto olhava a lista de alunos - Ah! Aqui está! Então, sejam bem-vindas e muito prazer em conhecê-las, sou o professor de vocês, Herbert Garrison, mas gosto que me chamem de Sr. Garrison.

– Muito prazer, Sr. Garrison - cumprimentou eu e Fernanda ao mesmo tempo.

– Enfim, entrarei aqui na sala para cumprimentar os seus novos colegas. Daqui a pouco, eu chamo vocês para se apresentarem.

– Obrigada, Sr. Garrison - agradeceu Fernanda e assim, Sr. Garrison entrou na sala.

Assim que ele entrou, pegamos nossos copos e encostamos na parede novamente para ouvir o resto da conversa, começando com o Sr. Garrison.

– Bom dia, crianças. Hoje vocês terão duas novas colegas. Por favor, entrem, Amanda e Fernanda.

– É a nossa deixa - comentei para Fernanda enquanto guardávamos nossos copos.

– Amanda e Fernanda, vocês já podem entrar.

– Estamos indo, Sr. Garrison - avisou eu e Fernanda ao mesmo tempo e assim, entramos.

Ficamos de frente a todos e podia ver Cartman sussurrando alguma coisa para Butters que por sua vez, balançou a cabeça para cima e para baixo.

– Eu sou Amanda Fonseca Ximenes.

– E eu sou Fernanda Fonseca Ximenes.

– Nós somos gêmeas e viemos do Brasil.

– Temos 10 anos e esperamos muito que convivemos com vocês - depois da apresentação, todos aplaudiram.

– Obrigado, meninas. Agora, se sentem, por favor - ordenou o Sr. Garrison e logo nos sentamos.

Depois de nos sentarmos, Cartman se virou para mim e Fernanda, e começou a rir novamente que fez o Sr. Garrison se virar para ele.

– Eric, qual é a graça? - perguntou o Sr. Garrison.

– Essas brasileiras devem ser bem burras - respondeu Cartman rindo ainda mais que fez eu e Fernanda ficar com raiva novamente.

– Cale a boca, Cartman - ordenou Kyle.

– E por que você diz isso? - perguntou o Sr. Garrison.

– E você não sabe? O Brasil não tem uma educação muito boa - continuou Cartman.

– Acho que isso não faz delas "burras" - comentou um garoto de gorro azul com vermelho e cabelo preto.

– Tem certeza? O governo do Brasil não investe muito em educação e todo mundo de lá gostam só de sacanagem, futebol e carnaval.

– Isso é falta de chinelada na boca - grunhi em português.

– Shhhhh, fique calma, irmã - acalmou Fernanda falando em inglês.

– É o quê? O que você disse? Não entendi porque não falo espanhol - caçoou ainda mais Cartman.

– Português - corrigi.

– Tanto faz. As duas línguas são iguais que nem japonês e chinês - senti minha raiva aumentar e fiz grandes suspiros fazendo com que meu rosto ficasse vermelho.

– Calma, irmã, calma - acalmou ainda mais Fernanda - Eu também estou com raiva do Cartman, mas não vai ser bom você levar isso por impulso.

– E como é que vocês sabem o meu nome? - perguntou Cartman após ouvir Fernanda.

– Eric, acho melhor você ficar quieto prestando atenção na aula - afirmou o Sr. Garrison.

– Isso! Fica quieto, seu filho da puta! - ordenou Kyle.

– Kyle!

– Desculpe, Sr. Garrison.

– É você que tem que ficar quieto, ô, judeu! - provocou ainda mais Cartman que fez Kyle grunhir - Agora, me digam, brasileiras, como sabem o meu nome? - eu e Fernanda não respondemos nada, apenas ficamos encarando Cartman com raiva. Logo ele pensou um pouco - Hum...foi o Butters, não foi? - Butters logo se encolheu - Só podia ter sido. Ele foi o primeiro a conhecer vocês e olha só como você está engraçada com esse rosto vermelho, até parece que vai me bater - dei um grunhido muito alto fazendo eu ficar ainda mais vermelha e se levantar e bater as mãos na mesa fortemente.

– POIS EU VOU TE BATER AGORA! - berrei.

– Ah, é? Então, vai em frente - provocou Cartman com uma expressão duvidosa e então, eu tirei um dos meus sapatos e joguei em direção a ele que por sua vez, desviou - Opa! Errou! - o sapato atravessou muita gente da sala até bater no rosto de um garoto de jaqueta com capuz laranja fazendo o cair no chão e morrer.

– Puta merda, ela matou o Kenny - afirmou o garoto de gorro azul com vermelho.

– Filha da puta! - xingou Kyle.

– COMO!? - berrei me virando para Kyle - SE ME CHAMAR DE "FILHA DA PUTA" DE NOVO, VOU FAZER VOCE IR PARA O CEMITÉRIO AGORA MESMO! - Cartman começou a rir ao me ver ameaçando Kyle.

– JÁ CHEGA! - berrou Sr. Garrison que logo todo mundo ficou quieto - Cartman e Amanda, vão já para diretoria agora! - ordenou e logo eu e Cartman sairmos de nossas carteiras e depois de alguns segundos, sairmos da sala.

Enquanto andávamos, ficamos se encarando com uma expressão de raiva e dando os últimos xingamentos.

– Gordo! - xinguei.

– Puta! - xingou.


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Notas finais do capítulo

Significado de gírias nordestinas:
*Isso é falta de chinelada na boca - ele ta pedindo para apanhar.



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