Amanda, a cearense em South Park escrita por Marinyah Moonlight
Notas iniciais do capítulo
Finalmente, chegou o capítulo mais desejado onde as gêmeas terão sua primeira aula, depois de tanto trabalho que tive(é, minha vida não ta fácil esses dias :/). Vamos comemorar, negada! *tumts tumts tumts* Enfim, que comece a fuleragem. XD
Significado de gírias nordestinas:
*Abirobada - louca, maluca.
*Fuleragem - putaria.
Depois de termos confirmado nossas fichas de inscrição, ficamos do lado de fora da sala ouvindo a conversa dos nossos novos colegas atrás da parede com nossos copos encostados.
– Caras, vocês viram aquelas novatas chantageando eu e o Kyle? Que mico! - comentou uma voz conhecida. Era do Cartman.
– Elas não tiveram culpa se fizeram aquilo por acidente - comentou Kyle, que reconhecendo pela voz, parecia ser o ruivo que estava brigando com o Cartman.
– De qualquer forma, pagaram o maior mico - continuou Cartman se aproveitando ainda da situação que deixava eu e Fernanda com raiva - Aliás, Butters, você era quem estava mais próximo daquelas garotas.
– Er...sim. Eu estava.
– Notei que elas são morenas e falavam com uma sotaque e uma língua estranha. Que língua era aquela? Espanhol?
– Não. Era português.
– E elas são o quê? Portuguesas?
– Não. Brasileiras - depois que Butters respondeu, Cartman aumentou o som de sua risada.
– Quer dizer que essa escola tem duas macacas!? - perguntou se aproveitando ainda mais da situação o que deixou eu e Fernanda ainda mais com raiva - Tem pobres, tem judeus, tem negros, tem deficientes, tem ruivos e agora tem macacas!? - quanto mais ele falava, mais ele ria e mais eu e Fernanda tremíamos de raiva.
"Como ele ousa!?" pensei.
– Esse Cartman realmente é aquilo tudo que o Butters falou para gente - comentou Fernanda para mim.
– É - concordei.
– E você, hein, gordo? - perguntou Kyle.
– Ei, não me chame de gordo, seu judeu! Eu tenho apenas ossos largos.
– "Ossos largos" - comentei fazendo sinal de dois com a mão direita e mexendo os dedos indicador e médio para cima e para baixo.
– Mhphmhph!(Mas, espera!) - comentou alguém com uma voz esfarrapada na qual, nem eu e nem Fernanda entedemos - Mhphmhphmhphmhphmhphmhphmhph(Se elas são brasileiras, com certeza, são gostosas).
– Por que Kenny? - perguntou uma voz que não conhecia ainda.
– Mhphmhphmhphmhphmhphmhphmhphmhphmhphmhphmhph(Ouvi dizer que no Brasil, todo mundo gosta de sacanagem e lá tem muita gostosa).
De repente, eu e Fernanda fomos interrompidas por um outro homem meio careca com óculos.
– O que estão fazendo, meninas? Não é muito bom espionar a conversa dos outros - afirmou esse homem que logo eu e Fernanda guardamos nossos copos.
– Desculpa, senhor - lamentamos.
– Enfim, vocês são as alunas novas que irão estudar nessa sala?
– Parece que sim - respondi.
– Quais são os seus nomes?
– Bom, eu sou Amanda e essa é minha irmã gêmea, Fernanda.
– Amanda e Fernanda... - disse enquanto olhava a lista de alunos - Ah! Aqui está! Então, sejam bem-vindas e muito prazer em conhecê-las, sou o professor de vocês, Herbert Garrison, mas gosto que me chamem de Sr. Garrison.
– Muito prazer, Sr. Garrison - cumprimentou eu e Fernanda ao mesmo tempo.
– Enfim, entrarei aqui na sala para cumprimentar os seus novos colegas. Daqui a pouco, eu chamo vocês para se apresentarem.
– Obrigada, Sr. Garrison - agradeceu Fernanda e assim, Sr. Garrison entrou na sala.
Assim que ele entrou, pegamos nossos copos e encostamos na parede novamente para ouvir o resto da conversa, começando com o Sr. Garrison.
– Bom dia, crianças. Hoje vocês terão duas novas colegas. Por favor, entrem, Amanda e Fernanda.
– É a nossa deixa - comentei para Fernanda enquanto guardávamos nossos copos.
– Amanda e Fernanda, vocês já podem entrar.
– Estamos indo, Sr. Garrison - avisou eu e Fernanda ao mesmo tempo e assim, entramos.
Ficamos de frente a todos e podia ver Cartman sussurrando alguma coisa para Butters que por sua vez, balançou a cabeça para cima e para baixo.
– Eu sou Amanda Fonseca Ximenes.
– E eu sou Fernanda Fonseca Ximenes.
– Nós somos gêmeas e viemos do Brasil.
– Temos 10 anos e esperamos muito que convivemos com vocês - depois da apresentação, todos aplaudiram.
– Obrigado, meninas. Agora, se sentem, por favor - ordenou o Sr. Garrison e logo nos sentamos.
Depois de nos sentarmos, Cartman se virou para mim e Fernanda, e começou a rir novamente que fez o Sr. Garrison se virar para ele.
– Eric, qual é a graça? - perguntou o Sr. Garrison.
– Essas brasileiras devem ser bem burras - respondeu Cartman rindo ainda mais que fez eu e Fernanda ficar com raiva novamente.
– Cale a boca, Cartman - ordenou Kyle.
– E por que você diz isso? - perguntou o Sr. Garrison.
– E você não sabe? O Brasil não tem uma educação muito boa - continuou Cartman.
– Acho que isso não faz delas "burras" - comentou um garoto de gorro azul com vermelho e cabelo preto.
– Tem certeza? O governo do Brasil não investe muito em educação e todo mundo de lá gostam só de sacanagem, futebol e carnaval.
– Isso é falta de chinelada na boca - grunhi em português.
– Shhhhh, fique calma, irmã - acalmou Fernanda falando em inglês.
– É o quê? O que você disse? Não entendi porque não falo espanhol - caçoou ainda mais Cartman.
– Português - corrigi.
– Tanto faz. As duas línguas são iguais que nem japonês e chinês - senti minha raiva aumentar e fiz grandes suspiros fazendo com que meu rosto ficasse vermelho.
– Calma, irmã, calma - acalmou ainda mais Fernanda - Eu também estou com raiva do Cartman, mas não vai ser bom você levar isso por impulso.
– E como é que vocês sabem o meu nome? - perguntou Cartman após ouvir Fernanda.
– Eric, acho melhor você ficar quieto prestando atenção na aula - afirmou o Sr. Garrison.
– Isso! Fica quieto, seu filho da puta! - ordenou Kyle.
– Kyle!
– Desculpe, Sr. Garrison.
– É você que tem que ficar quieto, ô, judeu! - provocou ainda mais Cartman que fez Kyle grunhir - Agora, me digam, brasileiras, como sabem o meu nome? - eu e Fernanda não respondemos nada, apenas ficamos encarando Cartman com raiva. Logo ele pensou um pouco - Hum...foi o Butters, não foi? - Butters logo se encolheu - Só podia ter sido. Ele foi o primeiro a conhecer vocês e olha só como você está engraçada com esse rosto vermelho, até parece que vai me bater - dei um grunhido muito alto fazendo eu ficar ainda mais vermelha e se levantar e bater as mãos na mesa fortemente.
– POIS EU VOU TE BATER AGORA! - berrei.
– Ah, é? Então, vai em frente - provocou Cartman com uma expressão duvidosa e então, eu tirei um dos meus sapatos e joguei em direção a ele que por sua vez, desviou - Opa! Errou! - o sapato atravessou muita gente da sala até bater no rosto de um garoto de jaqueta com capuz laranja fazendo o cair no chão e morrer.
– Puta merda, ela matou o Kenny - afirmou o garoto de gorro azul com vermelho.
– Filha da puta! - xingou Kyle.
– COMO!? - berrei me virando para Kyle - SE ME CHAMAR DE "FILHA DA PUTA" DE NOVO, VOU FAZER VOCE IR PARA O CEMITÉRIO AGORA MESMO! - Cartman começou a rir ao me ver ameaçando Kyle.
– JÁ CHEGA! - berrou Sr. Garrison que logo todo mundo ficou quieto - Cartman e Amanda, vão já para diretoria agora! - ordenou e logo eu e Cartman sairmos de nossas carteiras e depois de alguns segundos, sairmos da sala.
Enquanto andávamos, ficamos se encarando com uma expressão de raiva e dando os últimos xingamentos.
– Gordo! - xinguei.
– Puta! - xingou.
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Significado de gírias nordestinas:
*Isso é falta de chinelada na boca - ele ta pedindo para apanhar.