Amanda, a cearense em South Park escrita por Marinyah Moonlight


Capítulo 5
Detenção


Notas iniciais do capítulo

Chega aí que finalmente tem novo capítulo. Arroxa, negada! Aliás, me desculpe pelo o atraso -_-''



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– Olá, crianças - cumprimentou a diretora assim que eu e Cartman entramos em sua sala.

– Diretora, nós temos uma coisa a confessar - comecei a falar.

– Vai em frente - aconselhou a diretora.

– Quando eu e minha irmã entramos na sala, o Cartman não parava de nos zombar e criticar.

– O quê? Eu apenas estava sendo sincero - continuou Cartman.

– Sim, mas essa sua sinceridade magoou eu e a Fernanda.

– E o que esperava? Nesse país, os brasileiros não são vistos como uma coisa boa - dei um grunhido ao ouvi-lo dizer isso.

– Oh, Eric - suspirou a diretora colocando a mão no rosto - Eu já te disse várias vezes para não prejudicar certas classes, descendências e nacionalidades.

– E que culpa eu tenho? Alguns desses tipos de pessoas não agradam muita gente - comentou Cartman.

– Mas, eles são humanos e tem sentimentos que nem a gente - continuei.

– Foda-se. Ninguém vai ligar mesmo.

– Eu ligo.

– Só você - dei um outro grunhido.

– Eric, a Amanda está certa, você devia respeitar mais - comentou a diretora.

– De que adianta respeitar se só vai vim mais desrespeitosos ainda? - continuou Cartman.

– Para pelo menos, formar uma sociedade um pouco mais justa - continuei - Pode vir mais desrespeitosos nesse mundo, mas pelo menos, tem que aprender a respeitar algum dia.

– Foda-se. Certas pessoas assim como você não prestam - dei um grunhido mais alto que os outros que dei antes.

– Pois, vamos ver se gosta de ser prejudicado. Aliás, eu aposto como você já foi prejudicado por causa disso. Ainda mais porque é gordo.

– O quê!?

– Ta bom. Chega! - ordenou a diretora - Me explique o que realmente aconteceu.

– Ela tentou me acertar com um sapato - respondeu Cartman apontando para mim.

– Porque você me provocou.

– Mas, não tinha necessidade de fazer isso.

– Mas, você merecia.

– Mas, acabou indo para a diretoria.

– Claro, junto com você, seu saco de merda.

– Peraí, peraí - interrompeu a diretora - Amanda, você tentou acertar um sapato no Cartman?

– Sim, eu tentei - respondi - Mas aí, ele desviou e foi parar na cara de um moleque com jaqueta de capuz.

– Ela também ficou brigando comigo e ameaçou o Kyle - continuou Cartman.

– Não tenho culpa se aquele filho da puta me xingou - continuei.

– Mas, não tinha necessidade.

– Também não tinha necessidade com você, ô, bolota.

Depois de mais alguns minutos de discussão, foi decidido que eu e Cartman ficaríamos na detenção durante o recreio. Droga!

Durante a detenção até o final da aula, ainda ficava com raiva de Cartman por tudo o que aconteceu.

Enquanto saíamos da aula para poder ir para casa, ficava conversando com Fernanda e Butters.

– Então, como foi mesmo na detenção? - perguntou Fernanda.

– Nada demais - respondi - Eu e Cartman só ficávamos sentados se encarando um no outro em mesas diferentes com uma expressão nada satisfeita, enquanto o Sr. Mackey nos vigiava. Mas, poderia ser pior.

– É - concordou Fernanda e Butters.

– Ei, você deve pedir desculpa para o Kyle - concluiu Butters.

– Quê? Por que? - perguntei.

– Você o ameaçou, lembra? - respondeu Fernanda.

– Ah, é - concordei - Cadê ele?

– Ele agora há pouco passou na minha frente - respondeu Fernanda procurando por Kyle visualmente até que em alguns segundos, ela o achou - Ta ali ele - afirmou apontando para Kyle conversando com o garoto de gorro azul com vermelho.

Logo eu me aproximei dele, ainda com vergonha do que fiz e eles interromperam a conversa que estavam tendo e viraram a cabeça para mim, sem falar nada, apenas se expressando de uma forma comum.

– Oi... - cumprimentei baixinho - Então,...Kyle, eu queria te pedir desculpa por ter te ameaçado.

– Está tudo bem, Amanda - disse Kyle - Eu entendo o fato de você estar com raiva do Cartman a ponto de brigar com outros que não estavam envolvidos.

– Alguém te contou isso, não foi? - perguntei me lembrando de Fernanda e Butters.

– Er...não. Eu apenas notei.

– É, né?

– É - disse - Mas, não liga para isso não. O Cartman é sempre assim.

– Sei. Foi o que Butters me contou antes.

– Pois é - logo ele se virou para o garoto de gorro azul com vermelho - A propósito, você já conhece o Stan?

– Não. Ainda não tive o prazer - respondi me virando para o garoto - Muito prazer, Stan.

– Prazer, Amanda - cumprimentou Stan apertando minha mão.

– Sou Fernanda - cumprimentou Fernanda se metendo na conversa.

– Prazer, Fernanda - cumprimentou enquanto apertava a mão de Fernanda.

– E aí, gente - cumprimentou Cartman vindo atrás de nós que logo eu, Fernanda e Kyle fizemos uma expressão desinteressada.

– Oi, Cartman - cumprimentamos sem ânimo. "Puta que pariu" pensei. Cartman logo se virou para mim com uma expressão sarcástica.

– E aí, espanhola - cumprimentou.

– Brasileira - corrigi.

– Tanto faz - disse que logo dei um grunhido - Não sei como você tem coragem de estar conversando com o Kyle depois daquilo tudo.

– A gente já se entendeu, bundão - comentou Kyle com uma expressão meio raivosa - E se ela não era para estar perto de mim só porque me ameaçou, como que você ainda continua andando comigo e com o Stan mesmo depois das brigas que tivemos? - Cartman ficou sem falar mais nada com uma expressão de quem quebrou a cara o que fez eu rir um pouco.

– Ah, vão se fuder - comentou saindo rapidamente de perto de nós com uma expressão envergonhada o que fez eu rir ainda mais.

– Do que está rindo, Amanda? - perguntou Stan.

– Desse jeito do Cartman.

– Que jeito? - perguntou Kyle.

– É porque depois que você falou aquilo, o Cartman ficou tipo com uma cara de quem quebrou a cara e logo saiu com uma expressão envergonhada - ri ainda mais da situação enquanto batia na mão esquerda que estava fechada, fazendo um punho, em cima do polegar e do indicador com a palma da mão direita aberta.

– O que é isso? - perguntou Butters.

– Isso o quê?

– Isso que você está fazendo com as mãos - respondeu imitando o movimento e fazendo Kyle e Stan olhar curiosamente.

– Ah! Isso? - perguntei - É só um gesto nordestino. Significa "tomou no cú".

– Ahhhhhhhh - suspirou Butters.

– Enfim, nós temos que ir - afirmou Kyle - Tchau, Amanda e Fernanda! Foi um prazer conhecê-las.

– Tchau, Kyle e Stan! - despedi acenando para eles junto com Fernanda e Butters que logo eles também acenaram.

Me virei para Fernanda com uma expressão interesseira que fez com que ela me estranhasse.

– Que foi? - perguntou Fernanda.

– Sabe aquele garoto que você começou a paquerar assim que entrou na escola? - perguntei.

– Sei.

– É que ainda não sei o nome dele.

– Ah, sim. O nome dele é Craig.

– E ele é legal?

– Sim. Ficamos conversando durante o recreio.

– Hum...conversando?

– Está insinuando o quê?

– Nada.

– Hunf! Pensa que eu não sei, é? Com essa expressão de interesseira - logo dei uma risada.

– Você percebe as coisas rápido, hein - comentei com uma expressão sarcástica.

– Não me diga - comentou que logo ri ainda mais.

– Enfim, vamos para casa - afirmei e logo eu, Fernanda e Butters fomos em direção as nossas casas.


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