Amanda, a cearense em South Park escrita por Marinyah Moonlight
Notas iniciais do capítulo
A comédia vai começar. Arroxa, negada!
Na manhã seguinte, eu e Fernanda fomos acordadas pelo despertador do meu celular.
Descemos para cozinha e demos bom dia para nossos pais.
– Como foi o sono? - perguntou minha mãe.
– Foi bem, mãe - respondi.
– Estão prontas para seu primeiro dia de aula na escola nova? - perguntou meu pai.
– Claro, pai - respondeu Fernanda.
– Estão com as coisas todas prontas? - perguntou minha mãe.
– Sim - respondeu eu e Fernanda ao mesmo tempo.
De repente, a campainha tocou.
– Eu atendo - afirmou minha mãe.
Depois de alguns segundos, ela voltou para cozinha junto com Butters.
– Meninas, o Butters está aqui - afirmou minha mãe.
– Oi, Butters - cumprimentou eu e Fernanda.
– Oi, meninas.
– Oi, Butters - cumprimentou meu pai.
– Oi, Sr. Ximenes - logo ele voltou para mim e Fernanda - Então, meninas, vocês vão para escola de ônibus?
– Na verdade, estávamos pensando em ir de carro - respondeu Fernanda.
– Quer vir com a gente? - perguntei.
– É, pode ser. Se meus pais deixarem.
– E se o nossos deixarem também - conclui dando um pequeno riso.
– Claro que pode - confirmou meu pai.
– Eu concordo - concordou minha mãe.
Desde então, nós fomos de carro até a escola junto com Butters, já que seus pais deixaram.
Ao chegar lá, muita gente olhou para nós com uma expressão estranha.
– Ta vendo? É com isso que eu estava preocupada - confirmou Fernanda em relação às expressões estranhas.
– Hum, então admite que estava com medo, né? - afirmei com uma expressão sarcástica.
– Tava nada.
– Tava sim.
– Tava nada.
– Tava sim.
– Não. Eu não estava.
– Hum, sei. Me engana que eu gosto.
– Já disse que eu não estava! - berrou dando um soco em meu rosto.
– Ai!
– Ei, meninas! Sem briga! - afirmou meu pai.
– Desculpa, pai - lamentou Fernanda.
– Enfim, boa sorte no seu primeiro dia de aula - disse meu pai enquanto já dava partida.
– Obrigada, pai - agradeci e então, meu pai foi embora.
– Você também não é muito educada, Fernanda - comentou Butters.
– É e era só uma frescura - comentei falando a última palavra em português.
– Frescura? - perguntou Butters. Foi aí que me toquei que falei a palavra em português.
– Oh, meu Deus, falei em português - disse colocando a mão no rosto - Eu quis dizer brincadeira.
– Ah ta.
– Ta, mas não faça mais isso - afirmou Fernanda com ainda um pouco de raiva e avançando na frente de mim e de Butters.
Mesmo entrando na escola, ainda tinha gente nos admirando com um olhar desconfiado. Será pelo fato de sermos morenas?
– Amanda, Amanda! - chamou a minha atenção Fernanda desesperadamente.
– O que foi, menina? - perguntei meio assustada.
– Olha só aquele gato - concluiu apontando para um garoto de cabelo preto e chullo azul encostado de costas em um dos armários, lendo um livro.
– Hum, namoradeeeeeeeiiiiiiiiiiiiiira - fresquei.
– Que é isso? - perguntou Fernanda.
– Ué, você mal nem começa o seu primeiro dia na escola e já começa a paquerar.
– Ai, não começa, irmã - disse Fernanda envergonhada.
– Se gostou dele, por que não começa a conversar com ele? - aconselhei.
– O quê!? - perguntou ainda mais envergonhada.
– Vai, mulher, cria coragem. Se não eu vou frescar ainda mais com você.
– Ta bom, ta bom. Eu converso - disse ainda mais envergonhada fazendo eu rir um pouco.
Fernanda foi logo em direção ao garoto e começou a cumprimentar ele que por sua vez, fechou o livro que estava lendo e cumprimentou ela. Desde então, começaram a conversar.
"Essa Fernanda. Sei não, viu" pensei com uma expressão sarcástica.
– Ei, Amanda - chamou a minha atenção Butters que logo me virei para ele - Sobre o Cartman que eu te falei antes, olha ele ali - concluiu apontando para um garoto gordo de cabelo castanho, jaqueta vermelha e gorro azul com amarelo. Ele estava botando boneco com um garoto ruivo de ushanka verde enquanto mais dois outros os admiravam - Não vai dar uma lição nele?
– Ainda não - respondi - Mas, se bem que ele botando boneco para aquele ruivo ta engraçado - continuei dando uma pequena risada e falando "botando boneco" em português.
– Botando boneco?
– Eu quis dizer briga.
Assim que a briga começou a levar impulso, manguei.
– Iêêêêêêi, pega fogo cabaré! - gritei em português fazendo com que todos, incluindo o gordo e o ruivo, se virassem para mim com uma expressão mais estranha ainda.
Fiquei muito envergonhada com aquilo que logo sai correndo na frente de todo mundo deixando Butters no vácuo e fazendo Fernanda me seguir e deixasse o garoto de chullo azul também sozinho.
Enquanto corria, tropecei em cima de um homem meio careca e de óculos.
– Opa, me desculpe - lamentei.
– Está tudo bem, mkay - disse o homem - Hum...você é nova por aqui?
– Sim e minha irmã, Fernanda, também - respondi apontando para minha irmã.
– Ah, então, sejam bem vindas, senhoritas Fernanda e...
– Amanda.
– Amanda, certo, mkay. Eu sou o Sr. Mackey e sou o coordenador dessa escola.
– Er...e falando nisso, precisamos confirmar nossa ficha de inscrição. É com o senhor, não é?
– Sim, é claro, mkay - respondeu o Sr. Mackey - Venham comigo, mkay - continuou nos levando até sua sala.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
No próximo capítulo começará a primeira aula das gêmeas na nova escola e terá mais comédia. Aguardem ^-^
Significados de gírias nordestinas:
*Frescura, fresquei, frescar - brincadeira, brinquei, brincar.
*Botando boneco - brigando.
*Manguei - o mesmo significado de "fresquei".
*Iêêêêêêi, pega fogo cabaré - Eita, briga mais.