Stars Auslly escrita por C H C


Capítulo 24
Milk-Shakes & Luzes


Notas iniciais do capítulo

UAUHAUHA Esse é um capítulo bem legal, e desculpem por ter demorado! Eu fiquei com muita raiva pois eu apaguei depois de escrever um muito bom! Bem, enjoy it again!



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Segurei a mão de Ally, como sempre fazíamos, enquanto andávamos pelo parque. O susto de nossa frase ainda não havia desaparecido por completo, porém eu já me sentia aliviado. Nenhum de nós agora estaria sentindo-se pressionado, nenhum de nós teria de lidar com nenhuma descoberta recente.

Caminhávamos silenciosamente, tanto nos passos quanto nas palavras; há coisas que já não precisam ser ditas. Nós estávamos felizes, muito felizes, isso é altamente óbvio. Nós nos amávamos, era suficiente. Não havia nada que conseguisse acabar com o nosso relacionamento agora que entrávamos na fase nova.

Periodicamente eu a encarava de soslaio, tentando perceber alguma movimentação maior. Eu estava encantado ainda mais por Ally. Seus olhos estavam brilhantes, e sua cabeça, inclinada, encarando as nuvens - sempre ocorre quando está interessada em algo.

Às vezes Ally murmurava algo como "menino com boné" ao reconhecer alguma forma sem sentido no mar de nuvens acima de nós. O dia estava claro e bonito. Nenhuma tempestade parecia estar próxima e ninguém havia previsto chuva para este dia. Era insano, porém não completamente - a característica de se ocupar com as nuvens fora devido à sua saída inesperada do clube de observação de nuvens que frequentava em Nova Iorque.

–Ally? - ela grunhiu em resposta, sorrindo ao me encarar. Mais rápida do que eu, ela me beijou rapidamente. Alarguei o meu sorriso. - Quando você se apaixonou por mim?

Era uma pergunta extremamente válida e esperada. Encarei-a em visível expectativa, ansiando por sua resposta; eu havia esperado muito tempo para questionar, nunca encontrando uma brecha positiva para tal, como agora.

–Eu me lembro disso. - riu ela, levemente. - Lembra quando estávamos naquele acampamento? Onde os nossos pais imploraram para que ficássemos na mesma cabana, jurando que éramos só amigos e um monte de baboseiras para convencer a diretora da excursão? - rimos. Eu me lembrava, agora. Nossos pais se juntaram, prontos para causar um movimento em frente ao colégio, para que nos deixassem ficar no mesmo dormitório, embora fosse estritamente proibido. Não tinha nada entre nós na época, portanto, ninguém preocupava-se. No fim, a diretora havia cedido de mau-agrado. - Quando você queria chamar aquela garota para sair, nós fingimos o encontro perfeito. Nesse encontro perfeito, eu senti algo, mas não soube explicar, então permaneci quieta. No outro dia, quando me beijaram por conta de uma aposta estúpida e você me confortou, até dormindo na mesma cama que eu, sempre ali para mim, eu percebi algo a mais.

Encarei-a fixamente, reprimindo um sorriso largo. Fora em um desses momentos que eu havia notado que meus sentimentos estavam mudando - não por conta própria, mas assim que Ally começou a conhecer e sair mais com Dallas, e então Dez havia aberto-me os olhos.

Ela entrelaçou nossos dedos, brincando com os mesmos, enquanto balançava para a frente a para trás, saltitando ao meu lado. Nem pulando conseguia ficar do meu tamanho. Sorri ao pensamento e segurei seus ombros, prensando-a contra uma árvore delicadamente. Ally riu, corada, e me beijou suavemente. Retribuí.

Nós estávamos no ritmo e sintonia perfeitos; sempre estávamos. Era como se estivéssemos na mesma estação de rádio, curtindo apenas o momento. O parque estava vazio, então não haveria como nos notar. Além disso, estávamos sob uma árvore comprimida entre outras, quase completamente oculta aos visitantes, a não ser que dessem a volta completa; geralmente essa parte não era tão visitada.

Passei minhas mãos para a sua cintura, apertando-a. Ally arranhou inconscientemente o meu pescoço e nós nos soltamos, colando as testas em seguida. Puramente, Ally esfregou fracamente seu nariz no meu, fazendo-nos rir.

–Eu amo você, Mini Ally. - irritei-a com o apelido. Ally odiava que jogássemos - no caso, eu e Dez - em sua cara que era pequena. Desde que não a irritássemos muito, ficaríamos a salvo, e não mortos. - Muito.

–Eu também amo você, seu poste. - gargalha ela, referindo-se a minha altura. Eu reviro os olhos, balançando a cabeça negativamente e sorrindo, tentando mostrar que ela não tinha nenhum jeito com apelidos. - Ficou tão ruim quanto eu acho que ficou?

–Deve soar melhor na sua mente. - zombo. Ela me tapeia no ombro. - Ouch! Onde aprendeu a bater assim? Que eu saiba, você era... - interrompo-me com seu olhar feroz, dando um sorriso de desculpas. - ... mais ou menos forte. - concerto. Ela sorri satisfeita e sela nossos lábios novamente.

–Olha quem encontramos por aqui. - alguém brinca às nossas costas. A muito custo, afastamo-nos com expressões bufantes. Trish e Jace passeiam muito próximos, extremamente próximos. Uma marca de batom vermelho está borrada no canto da boca dele. Engulo o riso. - Parece que vocês estão muito bem.

–Eu não diria a mesma coisa de vocês se não fosse pelo vermelho em Jace. - os dois riem, embora Trish encare-me cautelosamente, como se o próximo movimento fosse um bote de cobra.

–Nós estamos tempo um bom tempo, o quê posso dizer? - Jace diz. Trish derrete-se perceptivelmente ao seu lado. Viro para olhar Ally, que sorri para o casal. Passo o braço por sua cintura, aproximando-a. Ela faz o mesmo, encostando a cabeça em meu braço, não conseguindo alcançar meu ombro.

–Nós podemos nos atrasar um pouco para a sessão de filmes? Não estou querendo voltar para a casa de Dez. - Trish faz uma careta. Ally e eu sorrimos mais, satisfeitos; também não estávamos com vontade de interromper o nosso passeio. E, muito provavelmente, Dez estaria virando-se com Carrie.

–Nós também não. - respondo por mim e minha namorada. Jace e Trish se beijam rapidamente, deixando-nos desconfortáveis. Então, era assim que os outros se sentiam? - Er... Nós estamos indo. - nenhum deles nos deu atenção. Somente nos entreolhamos, constrangidos pela cena. - Eu fiquei sem graça agora. - admito. Ally assente, parecendo assustada. Ainda estamos abraçados.

–Eu também. É assim que é ficar de vela? Uau. Eu realmente não quero mais isso para mim, já deu. - ri ela. Eu a acompanho em concordância.

Prosseguimos novamente em silêncio, e, como antes, agradavelmente. Não é estranho ficarmos calados quando estamos juntos, embora várias pessoas pudessem nos rotular como um "casal estranho". Entretanto, em minha opinião e defesa, somos um casal maduro. Não pensamos em ações pornográficas como vários, somente gostamos da presença um do outro, embora soe muito clichê e, como somos humanos também, tenho certeza de que Ally também pensa em como seria. Não que já não tivéssemos feito. Apenas não é a nossa prioridade.

–Isso é bom. - comenta ela, apontando para um lago próximo a nós. Eu a puxo e, segurando sua mão, mergulho-as na água fria. Alguns peixes vêm até nós, e Ally ri. - Faz cócegas.

–São cócegas fraquinhas. - digo, divertido. Em um momento seu de distração, aproximo-me rapidamente e começo a fazer-lhe cócegas. Ally ri, muito, implorando-me para parar. Eu gargalho. - Isso são cócegas de verdade.

–Seu... Idiota... Pare... Eu... - ela ria, as palavras saíam entrecortadas. Finalmente deixo-a escapar por um pequeno vacilo, e logo dou-me por debaixo dela. Seus socos começam a atingir-me no peito, provocando-me risadas. Seguro seus pulsos, impedindo-a, e jogando-a ao meu lado na grama verde. Sua respiração está acelerada, assim como a minha, por múltiplos fatores.

Beijo-a apaixonadamente, acariciando sua bochecha. Suas mãos delicadas estão em meu rosto, em direção aos meus cabelos, acariciando-os. Nós nos separamos por falta de ar, porém logo retomamos. O clima estava esquentando entre nós, desta vez com um toque diferente. Ela se afasta minimamente em busca de ar, e eu faço o mesmo.

–Você quer ir para casa? Ajeitar as suas coisas? - Ally sorri.

–É claro. - concorda. Eu levanto primeiro em um salto, estendendo minha mão e ajudando-a. Acolho-a contra a lateral de meu corpo, logo transportando-a para minha frente e apoiando meu queixo em sua cabeça - uma velha posição. - Vamos na sorveteria antes? Está muito quente. - propôs, abanando-se. Assinto, guiando-a.

Fazemos brincadeiras idiotas enquanto nós nos movimentamos para a sorveteria mais próxima. O proprietário da franquia não tem uma boa impressão de nós dois, considerando que fora um dos chefes de Trish, e ela sempre deixava as portas abertas para quem quisesse e roubava sorvete do freezer.

Felizmente, o homem não estava por ali - segundo um dos funcionários, havia deixado tudo nas mãos da gerente enquanto resolvia problemas pessoais. Pedidos o nosso tradicional morango com chocolate, e Ally um de baunilha simples com calda de chocolate.

–E se tomássemos um milk-shake? Você sabe, é romântico. - sugiro. Ally ri, aprovando a ideia, e chamo outro garçom enquanto os pedidos originais não chegam. Incrivelmente, a "vitamina" chega antes dos sorvetes. - Certo. Os canudos. - entrego um a ela, que ri. Não estávamos acostumados a isso. - Pronta?

–Pronta. - afirma. Na primeira tentativa, chocamos nossas testas. Na segunda, estamos mais práticos e não repetimos o erro. Entretanto, batalhamos por quem acaba mais rápido com a bebida gelada.

Ao fim, chegamos à conclusão de que nenhum havia ganho - até porque a competição era estúpida, não daria para saber de qualquer modo. Pegamos os sorvetes para irmos engolindo no caminho, pois eu mesmo já estava farto da nada calma sorveteria. Muitas garotas que gritavam, empolgadas com algo de seu dia-a-dia, garotos que brigavam falsamente ao nosso redor.

–Vocês não mudaram de casa desde aquela época? - pergunta, ao mesmo tempo em uma afirmativa, maravilhada. Acenei negativamente com a cabeça, encarando sua figura sorridente.

–Tudo pelo qual passei ainda está aqui. Preso. - sinto sua mão em meu ombro, apertando-o confortavelmente. Uma das coisas que eu admirava e adorava em nosso relacionamento era que, somos namorados, contudo sempre mantivemos a nossa amizade quase irmãos em primeiro lugar. Desse modo, ela entendia-me sem que eu precisasse explicar, ela me conhecia, e eu idem. Abracei-a, agradecendo aos céus por tê-la ali.

Ela cumprimentou e conversou com Gabe por alguns minutos, fascinada. Ele tinha uma grande admiração por ela e, segundo o próprio, Ally era uma garota muito responsável e que eu tinha sorte por tê-la. Como se eu já não soubesse. Apenas confirmo com a cabeça, fazendo com que a garota morena enrubesça envergonhadamente.

Subimos as escadas com pressa, querendo compartilhadamente um momento apenas nosso. Tranco a porta quando chegamos ao quarto, como sempre fazíamos, e deixo-a curtir o momento nostálgico. Seus olhos brilham e noto pequenas lágrimas. Sorrio, sentando-me ao seu lado e entrelaçando nossos dedos, passando o braço livre em sua cintura e puxando-a para mim. Assim, Ally cai em meu colo, e começo a brincar com seus cabelos.

–Eu amo você. - repito. Ela sorri, aproxima-se e me beija ardentemente.

–Eu também amo você. - responde.

Aos poucos, iniciamos outro beijo apaixonado. Agora, ele é necessitado, sem deixar de ser delicado e suave. Aproximo ainda mais nossos corpos, colando-os. Está muito escuro, e a única luz por perto é a da minha lâmpada.

Interrompemos algumas vezes, logo retomando novamente. Aos poucos, nos soltamos mais, e sinto a mão de Ally ir até a bainha de minha camiseta. Paro um pouco para encará-la, seu olhar tão piedoso, carinhoso e encantador. Maravilhosa. Simplesmente... Perfeita. Vidro-me em seus olhos, perdido. O sorriso em nossos lábios desaparece enquanto nos encaramos, aguentando o máximo não piscar.

–Você tem certeza? - pergunto cautelosamente. Eu não quero forçá-la, mesmo que não seja a nossa primeira vez, nem separadamente nem juntos. Ela sorri, assentindo, e eu sinto uma sensação ardente.

Desejo.

E nós apagamos as luzes restantes.


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Notas finais do capítulo

Decepcionante? Desculpem, eu não sei escrever hot T.T talvez mais pra frente eu consiga. Só para avisar, Stars Auslly está, eu acho, nada confirmado, a menos de 15 capítulos de acabar :c Não é confirmado, eu só acho! Mas depois vou começar a escrever uma nova, e a narrativa será em terceira pessoa.
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