Dúvidas escrita por Kilave


Capítulo 31
Medo e Amor


Notas iniciais do capítulo

Hey, hey minna!! o/
Nossa hoje eu atrasei de novo e quase não trago o capítulo na terça ~ falta pouco para quarta ~ T.T Mas cheguei com um SUPER capítulo, sim ele ta grande, mas eu acredito que agradará vocês!! :D Pelo menos torço por isso ^--^
Ai, ai, chega de enrolação. Boa leitura, até semana que vem e uma boa noite para vocês!! *-----*


Imagem: Flipagram, não lembro de quem foi. Todos os direitos para o autor da imagem.
Música: Não postarei esse link junto ao capítulo e sim depois!



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– Hanji você está viva? – Eren aproximasse com certo receio – Como?

Flash Back - On

“Porque estou pegajosa? Está tão escuro aqui... Minha cabeça parece que vai explodir. Droga. Como vim parar aqui dentro disso?”

Hanji mexia-se tentando achar uma forma de escapar daquele lugar, e que lugar. Ela sequer sabia onde estava e como tinha parado ali. Ela sentia seus braços e pernas, conseguia respirar, mesmo que fosse com certa dificuldade, sentia algo pegajoso por todo o corpo, sabia que o lugar era bem abafado e por isso mesmo lutava contra o terrível calor. Pensava em quando aquilo terminaria, e se terminaria. Seus olhos passaram a fechar-se e aos poucos suas pernas e braços começaram a acalmar-se. No fim se viu adormecida, vencida pela batalha contra o desconhecido.

Depois de algum tempo ela acordou com uma única imagem em mente. Sua visão ainda estava turva. Ainda imaginava estar dentro do local pegajoso, por isso arrastou sua mão até a sua perna tinha a certeza de que ali teria uma pequena faca. Colocou seu plano em teste, mas nada encontrou.

Aos poucos um enorme clarão começava a perturbar a fraca visão da Tenente e seus ouvidos como mágica voltaram a escutar vozes que ela sequer conhecia.

Quando sua visão voltou ao normal pôde ver objetos médicos totalmente diferentes do que conhecia, pareciam mais complexos. Do seu lado esquerdo viu dois homens vestidos de branco que analisavam uma estranha máquina que apitava consecutivamente, do seu lado direito viu um estranho homem segurando sua mão e chorando. Ao fundo um jovem rapaz observava fazendo anotações em um caderno.

“Onde estou?” – foi seu último pensamento antes de voltar a dormir novamente.

Flash Back – Off

– Levi! – levantou-se rapidamente e se vira para Rivaille.

Tomado pela curiosidade sua expressão muda sutilmente enquanto espera Hanji dizer algo a mais.

– Me digam que não sou o único a ver essa cena. – Eren sussurra perplexo para Armin e Mikasa.

Os dois acenam com a cabeça concordando com o perplexo garoto. Apesar de já saberem que Hanji estava viva.

– Você não pode fazer muita coisa nesse estado. – sua determinação esvaziasse quando olha para Levi – Precisamos avisar Erwin para que não mate aqueles titãs e que evitem a passagem da população para a Muralha Sina. Não podemos perder muito tempo! – se vira para os três.

– Mikasa. – diz Hanji.

– Hai! – responde.

– Você é a segunda melhor, mas pelo estado de Levi já pode considerar-se a primeira...

– Tsc... Quatro olhos. – chama a atenção da garota – Não comece a dar ordens. O seu papel aqui é apenas como informante.

– Sim, me empolguei, desculpa. – abaixa a cabeça constrangida.

– Sério. Ela está na nossa frente. – Eren sussurra novamente para Mikasa e Armin.

– Não vou continuar assim. – Levi.

– Hum?! – todos olharam para Levi.

O garoto foi seguido por todos os olhares da sala. Aproximou-se da mesa de Erwin e de uma das gavetas retirou um canivete preto. Levi se abaixou até os pés e sem muito esforço cortou as faixas que enrolavam sua perna ferida, assim que as retirou começou a andar um pouco sem as muletas. Na sua perna apenas uma mediana cicatriz o marcava, além da cor avermelhada causada pelas faixas que ali estavam.

– Quanto tempo você deveria continuar com isso? – Hanji olha preocupada para Levi.

Ele caminha calmamente de um lado para o outro. Apesar das falhas ao pisar no chão ele consegue manter-se de pé.

– Isso não importa. Dê-me só um tempo. – ele sequer desvia seu olhar do caminho que está fazendo.

“Tão desengonçado.” – sua expressão é bem explicita. Diverte-se vendo a cena. “Se colocar a mão desse jeito...” – Considerando a distância razoável, a mão de Hanji a cima da cabeça de Rivaille cria a perspectiva de estar segurando o garoto. “Parece um fantoche...” – Seu sorriso idiota queria rir, mas deveria evitar.

– O que ela está fazendo? – Armin

– Parece estar comandando o Levi. – Mikasa não altera sua expressão.

Assim que o garoto consegue finalmente evitar as falhas da sua perna ele retoma a sua postura e se depara com a cena da garota.

– ...

– Para você ter voltado alguma coisa deve ter acontecido. – Armin diz curioso.

– Hum?! – olha para o garoto – Sim. Vocês já sabem de tudo?

Armin e Mikasa acenam em sim e apenas Eren continua desfocado.

– Está do nosso lado? – Mikasa.

– Uhum. – acena com a cabeça – Por isso preciso de toda a confiava de vocês. Sei que é um pedido muito inesperado, mas se confiarem em mim eu prometo ajuda-los até o fim.

– Por que deveríamos aceitar ou não sua ajuda? – Eren disse confuso.

– Por que sei como impedir a queda da Muralha Sina, era o que estava dizendo para o Levi antes de chegarem. Mas, para que tudo de certo, precisamos organizar um plano o mais rápido possível... Ee?! – olha Levi passar pela sua frente.

Rivaille caminha com certa dificuldade até os seus recrutas.

– Confiam nela? – diz indiferente.

Os três ainda não entendiam muito bem toda aquela situação, mas ao que parecia Rivaille já tinha sua resposta. Cada um lembrou-se, no seu modo, de alguma cena em que Hanji agia completamente insana e completamente lúcida sobre seus atos, e cada pensamento trouxe para eles a visão da pessoa que mais tinha coragem em lidar com os titãs. Não sabiam se era certo confiar na pessoa que os traiu, mas de alguma forma sabiam que ela não mentia.

– Você já sabe muita coisa sobre os titãs e sobre essas Muralhas... – Armin começou – Temos chances de sair daqui? – olha para Hanji.

– Sim, com certeza temos. – sorri para o loiro parado a sua frente.

– Mikasa, Eren? – Levi.

– Sim. – diz Eren um pouco confuso. Mikasa apenas acena com a cabeça.

– Tudo bem. – equilibra-se com alguma dificuldade – Quero que vocês três preparem as coisas para sairmos de Karanese e não se esqueçam de avisar aos outros. Todos devem estar aqui nos próximos 10 minutos.

Batem continência e saem rapidamente da sala. Cada um seguiu para caminhos diferentes para agilizarem o trabalho. Na sala apenas fica Rivaille e Hanji.

– Quatro olhos. – fecha a enorme porta – Como pode notar meu estado é deplorável. – se vira já desabotoando a camisa.

– ... – ela aponta seu dedo para uma direção da sala.

– Espere um momento que eu já volto. – Levi caminha na direção que Hanji aponta.

Seus olhos extremamente expressivos acompanham a ida de Levi até o pequeno banheiro que possui na sala de Erwin. Antes do garoto entrar no próximo cômodo, Hanji repara por um rápido instante em uma faixa que enrola o tronco do pequeno. Seu rosto corado cessa quando a visão de Levi sendo jogado brutalmente ao chão vem a sua mente. Não era raro ela se lembrar de algumas cenas que antecederam sua falsa morte.

Estranhamente seu coração começa há bater um pouco mais rápido que o normal, uma sensação de calor percorre todo seu corpo e seus pensamentos passaram a não ter tanto sentido. Já não sabia se o que estava fazendo era certo ou errado, se abandonar seu pai foi a melhor opção, o que iria fazer se não conseguisse ajudar seus amigos, se ela deveria chama-los assim, mas a única certeza que tinha é que a culpa era toda sua, e de alguma forma ver Levi ferido a deixou com mais certeza disso.

“Não foi uma boa ideia ter vindo aqui. Deveria ter avisado por outro meio... Não posso ficar aqui.” – Hanji deixa um pequeno bilhete, aquele que Adrian tinha escrito para ela, sobre a mesa. Hesitou um pouco antes de deixa-lo, mas assim que o colocou se virou em direção à porta e foi até ela.

– Me perdoe Levi... – de cabeça baixa ela sussurrou.

Abriu vagarosamente a porta evitando chamar a atenção. Sem olhar para trás ela deu seu primeiro passo para fora. Antes que desse o próximo se viu impedida pela mão de Levi.

– Aonde pensa que está indo? – sua voz pareceu acalmar toda a afobação de Hanji.

– Eu não sei se foi a melhor escolha vim até aqui... Deixei uma anotação na mesa do Erwin que irá te ajudar tanto quanto eu. – a voz é abafada por seu rosto estar abaixado e coberto por seus cabelos.

– Porque está agindo desse jeito? O que aconteceu? – o jeito preocupado de Levi faz Hanji render-se novamente ao estranho sentimento.

– Mesmo que meu pai esteja agindo de forma errada...

Sem muito esforço Levi começa a puxar a garota para dentro.

– Ele não deixa de ser meu pai...

Levi fecha a porta e vira Hanji para si.

– E por isso mesmo não quero que ele se machuque, mas também não quero machucar nenhum de vocês.

O garoto toca delicadamente o queixo de Hanji e o levanta calmamente até ver os olhos castanhos da garota.

– Sequer sei como agir, em que lado ficar. – diz triste.

– Você mudou muito. – sussurra – Não sei o que te deixou nesse estado, mas não precisa sentir medo. – pela primeira vez ele olha serenamente para Hanji.

“Medo. É exatamente isso, mas me parece tão diferente...” – pensa.

– Não posso ficar aqui. Você tem o papel que te ajudará em cima da mesa. – tentou sair, mas quando notou já estava dentro dos braços de Levi – Levi... Por favor, me solta..

Mesmo que tivesse forças suficientes para sair dos braços do garoto uma parte do seu corpo não queria. Seu coração não queria sair dali, mas sua cabeça ainda desejava que ela saisse correndo, sem rumo, a procura de algo que pudesse ajuda-la a compreender esse sentimento tão repentino, mas tão simples.

“Fique calma...” – Levi pensa.

Até que em poucos segundos ela cedeu e retribuiu o abraço. Levi conseguia sentir o coração acelerado de Hanji se acalmar e sua respiração ofegante diminuir.

– Você disse que ajudaria não apenas para mim, mas também para os meus recrutas.

– Isso não é estranho para você? – sua voz soa com receio.

–...

– Você diz que eu mudei, mas você começou com tudo isso. Alguém como você, frio, que nunca demonstrou ter sentimento por outra pessoa, sempre na sua, que não se envolvia com ninguém a não ser com seus materiais de limpeza... Então porque você me mostrou ser o oposto disso? Eu nunca fui especial, não tinha destaque a não ser pela minha paixão pelos titãs. Porque você se importa comigo? – seu olha torna-se confuso.

Levi sentiu uma estranha pressão emocional sobre si. Estranhou as perguntas feitas e principalmente o fato de não ter uma boa resposta para elas. Viu-se em um beco sem saída, não conseguia pensar em alguma coisa que pudesse esclarecer para ele mesmo o porquê de ter escolhido ela e não outra pessoa.

– O que tem a dizer sobre o meu jeito? ... Alguém como você tão insana pelos titãs que chegava a me causava raiva, você parecia sempre se importar mais com eles do que com os humanos. Vivia parte dos dias trancada no seu quarto estudando e criando teorias, chegava a não tomar banhos e a cuidar de si própria de tanto que ficava desligada do mundo real... – estranhamente sua voz soa calmamente – Como pode ver eu não sou o único estranho por aqui. E não sei por que estou agindo assim, de alguma forma eu me importo com você como nunca me importei antes. E se é isso que te assusta me desculpe, mas também é assustador para mim. – abaixa sua cabeça e toca os cabelos macios de Hanji.

Hanji se sente completamente feliz por ter escutado aquilo, e o que antes era um medo assustador acalmou-se pelo singelo sentimento que nutre por Levi. Ela não queria ouvir mais nada, não queria fazer mais nada, apenas continuar ao lado da pessoa que a faz amar.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!! E até mais minna o/



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