Mandei o motorista correr o máximo que conseguisse e eu pagaria o triplo, nada importava para mim, só Annabeth.

Então eu não tinha sonhado com ela, e ela se lembra de mim! O irmão dela falou que ela perguntou sobre mim! Não estava entendendo o que acontecia, provavelmente algum deus estava bravo comigo, talvez Hera... mas não era importante, eu não iria entender nada sem Annabeth comigo. Meu lugar não é na Yancy, não é com minha mãe, e nem no Acampamento, meu lugar é onde Annabeth está, onde ela estiver eu estarei com ela.

Vi que o motorista não prestava muita atenção em mim, por isso disse sem medo de ser ouvido.

– Eu te amo Sabidinha, eu te amo e sempre amarei. Vou encontra-la, juro pelo Rio Estige que vou encontra-la e que vou te proteger meu amor.

– O que disse? - Perguntou o motorista me olhando

– Nada - Disse.

Em cinco minutos eu estava na frente da casa de Annie. Era uma casa muito bonita. Suas paredes eram brancas, o telhado era marrom, assim como as janelas. Tinha um amplo jardim, com flores aqui e ali. Parei no portão e toquei a campainha.

Ninguém respondeu, gritei por Annabeth, o silencio me respondeu.

Sentei no chão, chorando. Eu não acreditava! Corri metade de Nova York, só para chegar atrasado! Bem, se minha garota saiu, ela voltaria para casa. Decidi esperar lá. Olhando para a rua, só pensava nela.

Eu pensava em nossas aventuras juntos, pensava em como ela era inteligente, e como ela me beijava quando eu falava algo muito estúpido. Lembrei de como ela gostava de água com gás, água com gás e panini. Pensava nos cabelos cacheados dela, dos olhos cinzentos.

Levantei e gritei para quem quisesse ouvir:

– EU TE AMO SABIDINHA! EU TE AMO E SEMPRE AMAREI! É COM VOCÊ QUE EU QUERO VIVER! É COM VOCÊ QUE EU QUERO ACORDAR TODOS OS DIAS! É COM O SEU SORRISO QUE EU QUERO ME DIVERTIR! EU TE AMO ANNABETH CHASE!

E me sentei novamente na calçada, esperando o amor da minha vida voltar para casa.

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Quando cheguei no parque eu percebi o grau de desespero em que me encontrava.

O que eu esperava fazer? Chegar no Central Park e já encontrar o Percy?

Apelei para os deus.

– Mãe, olha eu sei que você não aprova o meu namoro com o Percy. Mas eu o amo! Eu o amo como nunca amei ninguém, nem Luke. Eu o amo com todas as minhas forças e sei que ele sente o mesmo! Eu já perdi ele uma vez, e fiquei como se tivessem tirado uma parte de mim. Eu não vou conseguir viver sem ele. Por isso eu te peço, me ajude a encontrar ele. - Rezei

Foi quando eu vi Grover junto com um grupo de garotos e garotas, quase chorei de felicidade!

– Grover, Grover! Lembra de mim? - Perguntei

– Desculpa, não tô te reconhecendo. - Falou ele

Como ele podia não me reconhecer! Ele me viu crescer! Se ele não sabia quem eu era, será que o Percy saberia? Bom, se eu lembrava dele, ele lembraria de mim. Como foi que ele me disse uma vez mesmo, " Nem Hera pode me fazer esquecer de você Sabidinha, eu te amo. ".

– Você viu o Percy? - Perguntei

– Olha vê eu vi, mas ele parou para conversar com um homem loiro e falou que não ia mais seguir com a gente. - Falou ele

– Sabe o nome do homem? - Perguntei apressada

– Não, nunca tinha visto ele na vida, mas ele chamou o menino que estava com ele de Vanci, acho que era isso... Eí o maluca onde se tá indo? - Perguntou ele quando eu me virei e comecei a correr

– Vince ! Então Percy falou com o meu pai! - Pensei enquanto corria.

Eu não sabia muito bem para onde eu estava correndo, só corria. Sem saber aonde ia dar.

Parei para pensar. Deuses, eu tinha que encontrar meu pai!

Olhei para o relógio, era hora do almoço. Então eu corri para a lanchonete temática do parque. Não, eu não estava com fome. Mas provavelmente meus irmãos estavam. A lanchonete tinha a temática de aviões, meu pai era fascinado por lá.

E eles estavam lá, eu estava certa!

– Pai, cadê o Percy? - Perguntei antes mesmo de dizer OI

– Ué, você não encontrou ele? Ele foi te procurar em casa, e... - não dei tempo para meu pai terminar a frase, eu já tinha ido.

Entrei no táxi e mandei o motorista correr, eu pagaria o triplo!

Eu não consiguia parar de pensar no Percy, em nossas aventuras juntos!

Eu pensava em como ele era bonito! Com seus olhos verdes, seus cabelos pretos, e sua pele morena! Lembrava de como ele era lerdo, e como eu amava explicar as coisas para ele. Lembrava de como ele tinha sido corajoso no Tártaro, lembrava de quando dormimos juntos nos estábulos do Argo II.

Foi quando eu disse:

– Eu te amo Cabeça de Alga! Eu te amo e sempre amarei! É com você que eu quero viver! É com o seu sorriso que eu quero me divertir! Eu te amo Perseu Jackson! E juro pelo Estige que vou te encontrar!

Foi quando o táxi parou na porta da minha casa que eu comecei a chorar!