The Only Reason escrita por Mrs M


Capítulo 13
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Nem fiquei impressionada com o fato de todas quererem matar a Amy. Vocês são cruéis também :XXXXX E espero que esse capítulo agrade a todos, até porque tem uma coisinha que todos esperavam a tempos...



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Ao sair do quarto, deixei as lágrimas caírem novamente. Desci as escadas rapidamente e sentei-me no sofá, abraçando meus joelhos.

O que eu iria fazer agora? Terminar com Cato? Eu não sabia o que fazer, estava tão confusa. Aquilo que aconteceu foi realmente uma traição? Eu não sei! Minha cabeça estava dando voltas e a única coisa que eu fazia era chorar e soluçar.

De repente, a imagem de minha irmã falando de Cato veio à mente.

– Não acredito que finalmente estou me livrando de você! – brinquei e Hannah me deu um leve tapa na cabeça.

Ela estava partindo. Não para sempre, apenas foi promovida em um novo cargo no trabalho e tinha que se mudar. Eu tinha 15 anos e era bem responsável. Mais do que minha irmã, que tinha 20. Meus pais haviam morrido há um ano, então eu e ela morávamos com os pais de Cato.

Eu, Cato e Katniss sempre fomos criados juntos, desde quando nascemos. Mas era bem óbvio que eu e Cato não cresceríamos como irmãos. Eu comecei a gostar dele aos meus onze anos.

Quando eu tinha onze, Cato tinha doze e todas as garotas o adoravam. Gentil, adorável e brincalhão, ele fazia todas se apaixonarem por ele. Apaixonarem não, nós éramos apenas crianças.

Mas quando eu completei 13 anos, não consegui mais mentir para mim mesma que gostava realmente dele. Até o dia em que ele me beijou e nós ficamos. Foi estranho. Não era meu primeiro beijo, mas eu estava beijando o garoto de quem eu gostava! Pensei que não passaria daquilo e realmente não passou. Nós apenas ficávamos e, quando ninguém estava por perto, virava sempre uma oportunidade.

E, quando fiz quatorze anos, nós começamos a namorar. Foi quando ele, de repente, me beijou na frente de seus amigos. Encarei aquilo como um pedido. Eu estava certa. Mas nós escondemos aquilo de seus pais, talvez eles não deixassem. Ou deixariam. Não sabíamos, mas preferíamos falar para eles depois de algum tempo. Passamos um ano namorando escondidos...

– Nem pense que está se livrando de mim – Hannah falou e sorriu. – Tentarei vir te visitar sempre que puder.

– Tudo bem – eu disse e a abracei. – Vá, não quero que perca o voo.

– Certo. Mas antes, vamos as regras – revirei os olhos e ela continuou. – Sei que tem 15 anos. Não dê trabalho a Carmen, estude direito e se comporte.

– Entendi – murmurei. – Só isso?

– Ah, diga a Cato que não quero ter sobrinhos tão cedo.

– Não estamos nem namorando – falei rapidamente enquanto balançava a cabeça negativamente.

– Não tente me enganar. Sei que estão namorando desde que começaram a namorar.

– Hannah! Certo, está na hora de você ir – a abracei novamente em uma tentativa de esconder minhas bochechas vermelhas.

– Ele é uma boa pessoa – minha irmã sussurrou e começou a acariciar meus cabelos. – Espero que fiquem juntos por muito tempo; vocês se merecem. Cato gosta muito de você, Clove, não deixe ele partir tão cedo...

Meus pensamentos foram interrompidos com a porta do andar de cima sendo aberta e logo em seguida fechada. Levantei rápido do sofá e corri até a porta.

Eu iria para qualquer lugar, só não queria ter que encarar Cato novamente.

Sai de casa e apertei os braços ainda mais contra meu corpo. Andei por apenas dois minutos e adivinha que aparece no meio da rua com as amigas? Sim, Amy! Quando ela me viu, sorriu e suas duas amigas foram para casa – que por sinal era perto da minha – e começou a caminhar em minha direção.

Uma vez Cato disse que a casa dela era por aqui também.

– Oi Clove – ela disse com aquela voz irritante e sorriu.

Não respondi, não pensei. A única coisa que eu fiz foi bater em seu rosto.

– Sua louca! – Amy disse e percebi que seu rosto tinha ficado vermelho.

Ótimo!

Dei outro tapa nela, mas dessa vez ela agarrou um de meus pulsos e puxou meu cabelo com força. Soltei um grunhido de dor e comecei a puxar aquele cabelo claro falso de Amy. Ela pisou no meu pé, me fazendo desequilibrar, e nós duas caímos na grama do quintal da vizinha. Minhas costas bateram violentamente contra o chão e eu soltei um grito abafado.

A mão de Amy veio de encontro ao meu rosto com força e logo depois ela puxou novamente meu cabelo. Levantei a mão e arranhei seu rosto, sentindo o sangue dela escorrer entre meus dedos.

– Ai! – ela gritou e colocou a mão sobre o rosto.

Aproveitei seu descuido e a empurrei pro lado, ficando com as pernas uma de cada lado do corpo de Amy. Ela gritou e eu lhe dei outro tapa, seguido de arranhões no pescoço e nos braços. Amy parecia não querer me deixar sair ilesa dali e começou a arranhar meus braços também. Suas unhas eram grandes, então, com a força que ela usava, conseguia deixar marcas e até me fazer sangrar com facilidade.

– Isso foi por beijar meu namorado! – dei um tapa com força em seu rosto e depois outro. – Isso é por ser tão vadia!

Senti duas mãos fortes me agarrarem por trás e comecei a me debater quando percebi que era Cato. Seus braços me acolheram por trás em um abraço, em uma tentativa de me fazer parar de debater.

– Me solta! – gritei.

Alguns vizinhos nos olhavam confusos e logo avistei as amiguinhas de Amy. Esta se levantava rapidamente. Seus cabelos estavam assanhados e seu rosto vermelho. Até fiquei feliz em saber que eu tinha machucado ela inteira.

– Clove, vamos para casa! – Cato sussurrou em meu ouvido.

– Não, me larga! – falei e continuei a tentar me soltar.

– Garota, para com isso – Cato falou e começou a me puxar para casa.

A cada esforço que eu fazia para me soltar, meu corpo todo doía. Então resolvi apenas seguir Cato, que ainda segurava firmemente minha mão. Quando chegamos em casa, subimos para o quarto.

– Vá tomar um banho, depois eu te ajudo com os machucados – Cato mandou e, como eu estava sem paciência para respondê-lo, segui para o banheiro.

Me olhei no espelho. Meu rosto estava arranhado e saia sangue do canto da minha boca e existia um pequeno corte um pouco acima da minha sobrancelha. Suspirei e comecei a me arrumar. Após meu banho, vesti um short branco e uma blusa vermelha de manga longa.

– Tira a blusa – Cato falou quando eu sentei na cama; ele segurava a pequena caixinha de primeiros socorros vermelha. Arqueei uma sobrancelha em sua direção. – Os ferimentos no seu braço... Eu preciso passar álcool.

Retirei a blusa delicadamente e Cato se posicionou de joelhos entre minhas pernas.

– Cuidado – murmurei quando ele começou a passar um pequeno pano verde em meu braço.

– Desculpe – Cato sussurrou e voltou a passar o pano em meu braço.

Para quê o álcool? Estava ardendo! Amy quase enfiava suas unhas por completo na minha pele.

Olhei assustada para Cato quando ele desceu o pano do meu ombro para o meu peito. Tinha sim o arranhão ali, mas não vou dar essa liberdade a ele.

Segurei sua mão, a tirando dali, e ele apenas passou para o outro braço. Quando chegou ao meu rosto, Cato foi o mais delicado possível. Talvez não por se sentir “culpado”, mas sim por sempre que passava o álcool nos meus ferimentos eu me encolhia um pouco.

Ele se levantou de repente e caminhou até o banheiro, voltando rapidamente com outro pano agora molhado com água. Cato passou levemente no canto de minha boca. Eu queria dizer que não precisava mais daquilo, mas seus olhos estavam encarando os meus, me impedindo de falar qualquer coisa.

– Pronto – ele falou após colocar um pequeno band aid acima da minha sobrancelha.

Cato continuou me encarando. Sua mão foi parar em minha bochecha e começou a fazer um carinho ali. A tirei rapidamente, irritada.

– Não é pelo motivo de está me ajudando com as porras dos ferimentos que eu vou te agradecer com abraços e beijos. Não está tudo bem entre a gente.

Não penso que vai me agradecer com “abraços e beijos”. Um obrigado está bom – ele falou simplesmente e continuou a me encarar, como se eu fosse realmente agradecer.

Quando eu fiquei calada, ele arqueou a sobrancelha.

– Obrigada – murmurei e ele deu um pequeno sorriso. – Agora saia daqui.

– Esse quarto também é meu.

– Saia do meio das minhas pernas.

Cato deu leves tapinhas em minhas coxas e se levantou.

– Não importa se o quarto é seu também – comecei, me deitando. – Você não vai dormir aqui.

– Clove...

– Você não vai dormir aqui – repeti. – Vá para o quarto de hospedes, para a sala... Faça o que quiser.

Mas quando eu falo “faça o que quiser”, não é para ele fazer. Apenas que saia do quarto.

E foi exatamente o que ele fez. Cato saiu batendo a porta com força.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram? Espero que sim! Eu estava tão ansiosa para escrever a cena da Clove batendo na Amy que acho que saiu bem mais do que eu planejei...
Teve também o flashback da Clove, que revelou um pouquinho da história dela e do Cato. Foi pouquinho mesmo, mas acho que já dar pra vocês terem uma ideia de como tudo começou. Talvez eu coloque mais flashbacks.
Próximo capítulo ainda NÃO teremos reconciliação da Clove e do Cato - desculpe, mas talvez demore - mas teremos uma cena que deixará vocês pensando em uma probabilidade da Clove está... Não, espera. Não vou falar mais nada :XXXXXX
Comentem (está cedo para recomendações?!) e comentem!!