The Only Reason escrita por Mrs M


Capítulo 12
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Ei pessoal! Talvez com dificuldade, mas recebi os sete comentários. E adorei cada um deles! Esse capítulo está... Ah, sei lá... Descubram ai, vamos ver se ficou bom.



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Acordei assustada com o barulho do despertador. Peguei rapidamente meu celular e os desliguei. Merda, ainda eram oito da manhã. Deixei o aparelho novamente na mesinha e voltei a me deitar. Apesar da festa de Katniss ter terminado tarde e eu ainda ter ficado até mais tarde acordada com Cato, eu não estava cansada. Mas dormir era tão bom que eu resolvi fazer isso.

Eu estava prestes a voltar a ter um belo sono quando o braço pesado de Cato é “jogado” contra minha barriga. Soltei um gemido de dor e revirei os olhos. Odiava quando Cato se jogava em cima de mim enquanto estava dormindo. Retirei seu braço de cima da minha barriga e virei de costas.

– Está acordada? – a voz rouca de Cato soou pelo quarto depois de alguns minutos.

– Estou, mas quero dormir – choraminguei e continuei de costas.

Senti os braços de Cato passarem por minha cintura e sua respiração em meu pescoço.

– Não Cato, já chega – falei e tirei sua mão dali.

Ele voltou a deitar normalmente e eu resolvi que não dava mais para dormir. Levantei da cama e percebi que estava vestida com a blusa cinza de Cato. Olhei rapidamente para ele, que soltou uma gargalhada. Talvez pela blusa ter ficado duas vezes maior que eu.

Revirei os olhos e segui para o banheiro.

***

– Desliga essa merda – falei irritada apontando para a televisão enquanto seguia para cozinha.

Não estava com paciência para escutar canções chatas desses desenhos. Peguei uma maçã da fruteira e sentei em cima do balcão. Ultimamente as cadeiras da cozinha não estavam me agradando.

O que aconteceu? – Cato perguntou, se posicionando entre minhas pernas.

– Nada – o empurrei com força para o lado e ele olhou confuso para mim.

– Isso é o que chamam de TPM?

– Vá se foder – eu disse e ele soltou uma baixa gargalhada.

Joguei o resto da maçã no lixo e comecei a andar pela cozinha, abrindo os armários. Era começo de mês, isso significava que várias coisas estavam faltando em casa.

– O que significa TPM? – Cato perguntou mais uma vez e eu olhei-o como se quisesse mais do que tudo que ele calasse a boca.

Peguei meu celular e apertei no bloco de notas. Comecei a escrever tudo o que precisava comprar.

– Espera... Enquanto você estiver nesse período, nós não vamos poder transar?

– Cato, cala a boca! – falei, talvez um pouco alto demais, e sai da cozinha.

***

Ajeitei o casaco em meu corpo e caminhei até a porta.

– Aonde vai? – Cato perguntou.

– Ao mercado aqui perto – respondi e ele rapidamente desligou a televisão, andando até onde eu estava.

– Vou com você – arqueei a sobrancelha em sua direção.

Cato me empurrou levemente para fora de casa e fechou a porta.

– Até parece que eu vou deixar você sair sozinha com esse short – revirei os olhos e ele passou a mão pelo meu ombro.

Eu era ciumenta, tudo bem. Pode parecer que não, mas Cato também era. Às vezes ele era tão ciumento que eu tinha vontade de bater na cara dele.

Ao chegarmos no pequeno mercado, mandei Cato ir pegar frutas. Já eu fui na sessão dos sucos em caixinha – claro que isso não poderia faltar na minha casa; por mim eu vivia apenas desses sucos.

Após pegar tudo o que precisávamos, levei as compras ao caixa e, enquanto eu pagava, Cato pegou a única sacola e foi para fora do mercado. Revirei os olhos e entreguei o dinheiro à mulher a minha frente. Antes de sair do mercado, peguei meu celular e chequei as horas. Duas e meia da tarde.

Andei até o lado de fora e logo avistei Cato. Com Amy! Eu devo ter feito alguma coisa muito ruim a Deus para ele mandar essa garota para todos os lugares que eu vou. Eu nem fiquei irritada pelo fato dela provavelmente ter colocado um GPS em Cato, fiquei irritada pelo fato de Amy está beijando meu namorado!

Eu vi. Não foi ele que a beijou, mas ela que puxou ele pela blusa e lhe deu um selinho. Mas ainda assim eles estavam com as bocas grudadas, certo?

Respirei fundo tentando controlar minha raiva, mas não consegui. Caminhei em passos rápidos até eles dois.

– Cato! – o chamei com raiva e Amy o soltou, sorrindo.

– Clove! Eu... Ela... Não...

– Cala a boca, seu idiota! – puxei a sacola de sua mão e sai andando rapidamente.

Cato nem falou nada para Amy, ele apenas veio correndo atrás de mim. Eu estava com tanta raiva que quando uma única lágrima desceu pelo meu rosto, eu não sabia decifrar de que era.

Quando chegamos em casa, joguei tudo em cima da mesa da sala e saí correndo para o quarto.

– Clove, espera! – Cato gritou e eu apressei o passo. Empurrei a porta com força, mas a mão dele a segurou e ele entrou no quarto. – Não era o que você está pensando.

– Ah, não venha com essa história!

– Mas é a verdade! – ele se aproximou de mim e puxou meu braço, mas eu o empurrei e Cato caiu sentado na cama. – Clove, acredita em mim.

– Fica difícil desse jeito! Eu viro as costas por dois minutos e você estava beijando outra! – falei.

Cato mantinha a cabeça baixa e eu estava em pé, na sua frente.

– Ela me beijou – ele estava certo; Amy tinha beijado ele enquanto Cato permanecia imóvel. Mas ele deveria ter feito muita coisa para ela gostar tanto dele assim. Cato era o principal personagem dessa história toda, ele tem a maior parte da culpa. – Clove!

Não sei o que deu em mim, mas quando eu percebi, Cato estava deitado na cama e eu estava por cima dele. Bati em seu peito mesmo sabendo que não tinha força suficiente para machuca-lo. Mas eu continuava batendo nele; eu só precisava colocar tudo para fora!

– Você disse que não estava me traindo! – gritei e bati minha mão em seu ombro.

– Eu não te traí – Cato tentava segurar meus pulsos, mas eu estava com tanta raiva que sempre que batia nele, os movimentos eram rápidos.

Eu confiei em você! – gritei mais uma vez e bati em seu rosto.

Talvez o tapa tenha saído com muita força, já que o rosto de Cato ficou vermelho. As lágrimas começaram a rolar por meu rosto e Cato finalmente conseguiu segurar meus braços. Ele inverteu as posições, ficando agora por cima de mim.

– Clove, me escuta – ele pediu e eu só tentava me soltar.

Cato parecia assustado. E então eu percebi que chorava desesperadamente. Eu só tinha chorado daquela maneira quando tivemos nossa primeira briga feia. E quando eu digo “feia”, foi feia mesmo.

– Você não vai acreditar em mim?

– Não – sussurrei e fechei os olhos em uma tentativa falha de conter as lágrimas. – Me larga, Cato.

– Não. Primeiro nós vamos conversar. Direito.

Ele afrouxou levemente o aperto nos meus pulsos, mas não soltou por completo. Suspirei e dei um leve chute no meio de suas pernas. Cato soltou um gemido de dor e eu tentei me levantar da cama, mas ele segurou meu braço e o resultado foi nós dois bolando da cama para o chão. E eu por baixo, novamente.

– Já pedi para me soltar – sussurrei. Agora, as lágrimas diminuíram, mas eu ainda estava tão aborrecida e chateada.

– Olha, nem estou te segurando – ele falou no mesmo tom.

Suas mãos estavam apenas o lado do meu corpo, mas eu ainda não conseguia sair. Eu estava com tanta raiva daquele desgraçado que dei outro tapa em seu rosto e me levantei. Ele fez o mesmo rapidamente.

Comecei a andar para fora do quarto e Cato, que matinha sua mão no lado esquerdo do rosto, começou a me seguir. Me virei para ele.

– Não venha atrás de mim – falei alto e sai batendo a porta.

Ele não veio.

Se antes eu estava com o humor péssimo, agora eu estava pior.


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Notas finais do capítulo

Agora eu não sei se vocês querem matar a Amy, o Cato ou eu! Por favor, não me matem! Sei que todo mundo quer bater na Amy e tudo mais, mas vamos acalmar ai gente. Ela vai ter o que merece. Talvez umas marcas da mão da Clove na cara dela, uns arranhões... Talvez ela receba tudo isso :XXX Chega, estou falando demais! Prometo dar uma lição a Amy.
Enquanto a Cato e Clove... Agora o relacionamento deles está mais frágil do que nunca. Não pretendo colocar ninguém se metendo no meio deles, mas os amigos irão só tentar ajudar.
Bem, comentem, comentem, comentem!