The Only Reason escrita por Mrs M


Capítulo 14
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Apesar de está chateada com o número de comentários, eu trouxe esse capítulo com algumas cenas Clato... Espero que gostem!



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Nunca pensei que fosse querer que um domingo passasse tão rápido. Eu só não queria ver Cato. Era apenas uma da tarde e ele já havia tentado se desculpar umas dez vezes. Todas sem sucesso. Eu sempre mandava ele calar a boca ou saia do cômodo. Não estava preparada para escutar o que Cato tinha para dizer.

Agora eu me encontrava sentada no sofá e assistia um filme de comédia. Ou pelo menos tentava. Eu apenas não conseguia me concentrar. Tudo o que se passava na minha cabeça era os lábios nojentos de Amy em cima dos de Cato.

Eu nunca estive tão confusa em toda minha vida. Não sei o que faria, não sei se perdoaria Cato ou ficava apenas fugindo daquela conversa. Talvez eu realmente estivesse apenas fugindo da conversa por não saber o que fazer.

Eu poderia simplesmente perdoar ele. Mas não era tão fácil assim! Cato também tinha culpa no cartório e eu era orgulhosa demais para começar um diálogo com ele depois de tudo isso. Se nosso namoro antes estava frágil, agora faltava pouco para nós terminarmos de vez.

***

Passava das nove da noite e eu estava deitada na minha cama. Com muito – muito mesmo – esforço, Cato conseguiu me convencer a deixa-lo dormir no quarto.

Apesar de eu está com uma puta dor de cabeça e um mal está horrível, nós conseguimos discutir por incríveis vinte minutos.

– Mas esse também é meu quarto!

– Não importa! Não quero você dormindo aqui – falei e me ajeitei na cama. Cato se deitou ao meu lado. – Você é surdo? Saia daqui!

– Não Clove! Não irei dormir no quarto de hóspedes – ele disse e quando eu ia abrir a boca para continuar, Cato me interrompeu: - Nem na sala muito menos no chão.

– Chega! – gritei e minha cabeça começou a latejar. – Puta merda... Certo, pode dormir aqui. Agora cale a boca.

Ele deu um sorriso de lado e apagou o abajur, mas o quarto continuou claro por conta da luz da lua.

Passou-se dez minutos e nem sinal de eu conseguir dormir. Não com uma coisa horrível no estômago e a cabeça prestes a explodir.

– Está acordada? – Cato sussurrou.

– Sim – falei e me amaldiçoei por isso.

Senti todo o café da manhã, almoço e todas as outras coisas que eu comi revirarem no meu estomago. Me levantei da cama rapidamente e corri para o banheiro, abrindo a tampa do aparelho sanitário e ficando de joelhos, colocando tudo para fora. Vomitei até meu estômago ficar vazio novamente.

Me levantei e Cato estava encostado na porta do banheiro. Sua expressão era preocupada. Ignorei ele andando em minha direção e escovei meus dentes.

– Você está bem? – Cato perguntou, me olhando através do espelho.

– Estou – murmurei e o encarei ainda pelo espelho.

– Clove, você não est...

– Não me venha com perguntas idiotas. Eu estou bem – repeti e voltei a me deitar.

Cato ainda matinha sua expressão preocupada, mas se deitou ao meu lado.

É só cansaço. Era o que eu repetia para mim mesma enquanto minha respiração voltava ao normal. Claro que é.

Clove...

– Oi.

– Tem certeza que está bem? Você não está realmente...

– Não estou grávida! – falei; era isso que ele queria saber desde que perguntou pela primeira vez se eu estava bem. – Digo, nós nem... Ah merda!

– Não acredito que esqueceu que transamos!

– Não! Hãm... Eu não estou grávida, ok? É só um mal está, não é a primeira vez que eu tenho isso.

– Ah – Cato falou em um tom baixo e continuou assim: – Talvez ia ser legal se tivéssemos um bebê, sabe?

Pare! Nós não vamos ser pais!

– Então o filho não é meu?! – ele brincou e eu dei um tapa forte em seu ombro. – Ai, desculpe.

– Não venha com suas brincadeiras para poder voltar a falar comigo – falei irritada. – Eu não estou grávida, droga.

Cato não disse nada. Nem eu.

Apenas voltei a tentar dormir, dessa vez com sucesso.

***

Quase fiquei ceda com a luz do sol entrando pela janela do quarto e soltei um gemido frustrado. Minha cabeça doía, porém bem menos do que ontem. Olhei as horas no meu celular e me assustei; estava cinco minutos atrasada.

Corri para o banheiro e tomei um banho rápido. Desci as escadas pulando de dois em dois degraus, ignorando as pontadas na minha cabeça, e meu corpo bateu contra outro. Não cai por causa de mãos segurando meus ombros.

– O que está fazendo fora da cama? – Cato perguntou.

– Hoje é segunda, não? Estou atrasada. Por que não me chamou?

– Não parecia bem ontem, achei melhor você não ir para a escola hoje.

– Eu estou bem – falei irritada e o empurrei.

Caminhei rapidamente para a cozinha e peguei uma maçã. Sentei em cima do balcão emburrada. Se Cato acha que vai conseguir voltar a falar normalmente comigo só por eu está assim, ele está totalmente enganada.

Comi a maçã rapidamente e logo em seguida nós já estávamos fora de casa. Bem, eu sai primeiro afim de ir sozinha para a escola, mas Cato resolveu vir correndo atrás de mim.

– Não acho que seja uma boa ideia você ir para a escola hoje – ele disse, ofegando, chegando ao meu lado.

– Se você falar mais uma vez isso, eu juro que vou bater em você – falei e revirei os olhos.

Cheguei em frente a escola e caminhei direto para a entrada, mas Cato me chamou.

– Clove! – me virei para ele. – Suas chaves!

Estendi a mão para frente, mas ele não se moveu. Apenas levantou a mão segurando a chave e sorriu. Desgraçado.

Andei rapidamente até Cato e tentei puxar a chave dele, mas ele levantou mais o braço e eu não consegui pegar. Dei um soco na sua barriga e ele soltou um gemido de dor, abaixando o braço. Puxei a chave de sua mão e caminhei para dentro da escola. Ainda escutei Cato murmurar um “tchau”, mas resolvi não responder.

Corri para a sala de aula e encontrei Katniss escrevendo alguma coisa em seu caderno. Quando ela me viu, parou o que estava fazendo.

– Não me ligou no final de semana... – um sorriso malicioso surgiu em seu rosto. – As coisas estão indo bem com Cato?

– Na cama? Com certeza – aquela foi a pior tentativa de mudar de assunto que eu já dei em toda a minha vida.

Eu só não queria dizer o que aconteceu para Katniss, mas acabei piorando a minha situação.

Katniss abriu a boca surpresa e logo começou a fazer perguntas que eu só respondia com “aham” e “é”. Não queria contar para ela o que aconteceu, mas também não queria mentir para Katniss, então resolvi ocultar a parte do “beijo” entre Amy e Cato.

***

Após todas as aulas, nós estávamos no nosso emprego. Minha cabeça ainda doía, mas nada que me impedisse de servir algumas mesas.

Certo, talvez impedisse.

Mas nem foi a dor de cabeça que me fez querer parar de servir as mesas, foi simplesmente a lembrança de Cato e Amy se beijando. Eu queria muito saber o que fazer, o que falar para ele, mas nada saia de minha boca. Perdoar não estava nos meus planos, já que ele também estava muito envolvido com ela. Talvez não agora. Nem pedir desculpas, até porque se tem uma pessoa para se desculpar, essa pessoa é Cato.

– Clove, você está bem? –FoxFace perguntou preocupada e eu pisquei os olhos.

Olhei ao redor e percebi que eu estava atrás do balcão, com o queixo apoiado na mão e encarava o nada.

– O que?

– Você está ai faz mais de cinco minutos. Está se sentindo bem?

– Não – falei depois de alguns segundos.

FoxFace fez uma careta e em seguida olhou para o movimento na lanchonete.

– Pode ir para casa, se quiser. Eu e as meninas conseguiremos dar conta daqui.

– Tem certeza?

– Claro! – ela sorriu e se afastou.

FaxFace era o tipo de pessoa que não se importava em saber o que se passava com as pessoas. Se a pessoa não queria falar, ela não insistiria. Gosto dela por causa disso.

Troquei minha roupa e sai sem falar com Katniss. Ela com certeza iria querer saber o que aconteceu e eu não estava afim de falar disso.

O tempo estava muito frio e agradeci quando cheguei em casa. Fechei a porta e me assustei quando vi Cato deitado no sofá assistindo desenhos animados.

Não vou ter paz nem na minha própria casa?!

O que está fazendo aqui a essa hora? – perguntei, mas logo segui para a cozinha.

Ele veio atrás.

– Mandei uma mensagem para você. A sorveteria teve que fechar mais cedo – ele se encostou no balcão e começou a me observar enquanto eu preparava chocolate quente. – E você, por qual razão está aqui mais cedo? São cinco da tarde.

– Não vi sua mensagem, desculpe – falei, tentando não falar por qual motivo eu estava em casa mais cedo. Não queria discutir com ele. – Quer?

– Sim – coloquei o chocolate quente em duas xícaras e lhe entreguei uma.

Caminhei até a mesa e tirei meu caderno. Comecei a fazer a lição de matemática enquanto Cato continuava me olhando.

– Não tem nada para fazer? – perguntei, sem tirar os olhos da folha.

– Gosto de ficar te olhando.

Levei a xícara vermelha até a boca e bebi mais um gole, mas eu queria mesmo era esconder minhas bochechas vermelhas. Cato soltou uma risada baixa e eu voltei a estudar.

Despois de alguns minutos e de algumas xícaras de chocolate quente, Cato se encontrava sentado em um dos bancos do balcão e eu fazendo a atividade de química. Estava realmente fazendo frio, e só de pensar que poderia passar a noite chovendo, me passou um arrepio pelo corpo. Odeio noites com chuvas.

– E se você estivesse realmente grávida? – ele perguntou timidamente.

Soltei a caneta em cima da mesa e cruzei os braços. Não irritada, apenas cansada daquele assunto.

– Não estou grávida, Cato!

– Mas se você estivesse? – ele perguntou e eu suspirei derrotada.

– Conversaria com você e nós tomaríamos as decisões juntos – respondi.

Ele olhou inocentemente para mim. Conversar com Cato era com conversar com uma criança. Precisava tomar muito cuidado com as palavras para não dar falsas esperanças nem magoá-lo. As vezes eu gostava disso. As vezes.

Eu gostaria de ser pai – Cato falou e eu soltei uma gargalhada.

– Em um futuro um pouco distante você pode ser.

– Você vai ser a mãe? – soltei outra gargalhada e balancei a cabeça negativamente.

– Você não presta.

Ele sorriu levemente.

– Você me desculpa?

O sorriso que antes eu tinha no rosto sumiu. Certo, ele finalmente estava perguntando isso. O que eu falaria agora?!

– Se eu desculpar, você vai fazer a mesma coisa novamente – murmurei olhando para baixo, visivelmente chateada.

– Você sabe que eu não beijei ela! Clove, eu amo você, sabe disso.

– Sei... Mas não quero ficar conhecida como a garota que é traída pelo namorado mas ainda assim fica com ele.

– Não estou te traindo.

– Eu sei! – falei alto. – Mas sua amizade com a Amy me deixa incomodada, e não é ciúmes.

Me levantei rapidamente e tento sair da cozinha, mas a voz de Cato me faz parar.

– Isso é um sim? Você me desculpa?

– Talvez – falei e me virei para ele. – Só quero que deixe de um idiota.

– O que eu tenho que fazer?!

– Comece deixando de me trocar pelos malditos desenhos animados!

Sai da cozinha irritada e corri para o quarto, sabendo que Cato estava vindo logo atrás.


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Notas finais do capítulo

Sim, no próximo darei continuidade a essa conversa deles. Sobre essa possível gravidez da Clove: não, ela não está grávida. Foi apenas para abalar os nervos dos dois, sinto muito! Mas não se preocupem, teremos mais um pouquinho disso para quem está se divertindo com essa história toda!
Caso tenha alguém com saudades das cenas Clato, eu juro que vou tentar trazer um capítulo SÓ deles em breve...
Gente, eu quero no mínimo CINCO comentários. Por favor, por favor! Eu estou cheia de trabalhos da escola para fazer, mas ainda assim estou trazendo capítulos pra vocês. Por favor, comentem!
Beijooos e até mais!!!