Equilíbrio escrita por Diane


Capítulo 15
Capitulo 15 - Sonhos ou Lembranças.




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Eu me joguei no sofá e me virei para encarar as duas criaturas que estavam escondidas igual tatu caçado atrás do sofá.

–- A santa Christine salvou vocês

Idia se revirou no meu colo.

–- Ei, eu que matei Hipomene

–- Hipomene? Não é o nome daquele cara lá que virou leão por se agarrar com Atalanta no templo de Reia?

Vanessa e Layla levantaram detrás do sofá ainda um pouco atordoadas, mas qualquer fofoca, mesmo que seja da mitologia foi o suficiente para atrair elas.

–- Quem era Hipomene? Era gato ? –- Vanessa perguntou.

Olhei seriamente para ela.

–- Você é tarada até com leões gigantes. E ainda falam que sou eu que preciso de psiquiatra...

Idia se pendurou no sofá.

–- Ele é um leão muito bonito. Pena que tive que matas-lo pelo menos temporariamente.

–- Idia, sinceramente como se mata alguém temporariamente? –- Perguntei.

A gata me encarou com os olhos azuis faiscando, aparentemente ela não gostou de ter que matar um leão que ela achava bonito.

–- Provavelmente depois que essa crise da balança louca passar Reia vai traze-los de volta, ele e Atalanta para guiar o carro dela.

–- Que balança? A balança da farmácia pifou ? –- Vanessa perguntou.

Olhei para ela seriamente.

–- Você não escutou nada do que eu disse ontem ?

–- Não.

–- Entenda criatura, o caos e a ordem são pesados numa balança de prato, não numa balança de farmacia. Entenda quando um dos lados está mais pesados, esse lado tem mais influência no mundo. E agora o lado caos deve estar bem pesadinho para deixar todo mundo louco. Os leões que vimos na cozinha eram... sei lá, eles deviam pelo menos não atacar seres lindos como eu antes dessa encrenca de balança. Agora com essa loucura toda eles passaram para o lado de Trivia e querem nos atacar, se isso piorar não vai ser apenas os animais dos deuses, aí vai ser eles. Aí vamos estar ferrados com deuses tentando atirar raios em nós. Entendeu?

–- Não.

Oh, deuses será que existe pessoa mais burra do que essa?

–- Apenas entenda que se não arrumar essa balança, vamos ser devorados por animais ou então fulminados por raios.

O clima naquela sala não estava bom. Ninguém estava de bom humor, ser atacadas por dois leões logo de manhã não deixa ninguém feliz. Idia estava num estado bipolar, as vezes se gabava de ser uma ótima lutadora e mencionava que salvou a pele de todos ali e depois se lamentava por ter matado Hipomene.

–- Por que estamos paradas aqui? Não seria melhor ir embora –- sugeri.

Vanessa me fulminou.

–- E deixar meu irmão sozinho com um bando de leões?

–- Sim.

Dessa vez foi Layla que me encarou espantada.

–- Chris! Ele é lindo demais para morrer devorado por leões–- Layla falou com aquela cara de menina apaixonada burra.

Me virei para o outro lado do sofá e abracei Idia.

–- Deuses me livrem de um dia eu ficar burra assim por causa de garotos. Me fulminem com um raio se for necessário, mas não me deixem burra. –- Murmurei mas tenho certeza que Layla e Vanessa ouviram e estavam me encarando. É só você ser sincera e original e todo mundo te odeia.

Ouvi o barulho da porta abrindo. Finalmente a criatura chegou.

–- Que clima tenso –- Alec comentou quando entrou pela porta –- Vai ver é TPM coletiva.

Me virei para olhar para cara dele.

–- Vá para a cozinha.

–- O que?

–- Eu disse para você dar uma olhada na cozinha.

Ele se aproximou cuidadosamente da cozinha, provavelmente estava pensando que eu plantei uma bomba atômica lá. Então quando ele abriu a porta e deu uma olhada, ele pulou com tudo para trás, fazendo a porta bater e provocar um estrondo que deve ter acordado qualquer preguiçoso –- iguais a mim –- que estava dormindo nesse horário.

–- O que aconteceu? –- Ele perguntou, um pouco palido.

Sorri angelicalmente.

–- Nada demais, só foram dois leões gigantes que vieram dizer olá.

Ele me encarou seriamente.

–- Só dois leões gigante... –- Ele murmurou.

–- Qual de vocês vai pagar a conta e os custos da destruição da cozinha, dos moveis e das janelas ? –- A atendente do hotel perguntou sorrindo de modo maníaco enquanto segurava uma prancheta.

É nesse momento em que um olha para a cara do outro acusadoramente.

–- Christine, minha querida amiga, já que você matou os leões, a honra de pagar é sua –- Vanessa falou. Aquela frase transpirava falsidade.

Olhei para Layla.

–- Layla, você paga a conta por ter me deixado sozinha... –- Acusei.

A menina ficou branca.

–- Não posso aparecer com uma conta dessa em casa... Mamãe me mata –- Então ela olhou para Idia lambendo as patas no meu colo –- A Idia concerteza vai pagar.

Idia arregalou os olhos azuis.

–- Eu? Só se eu pagar com biscoitinhos para gatos e Whiskas. Deuses, pelo tamanho da conta eu teria que raspar todo o meu pelo e vender para fazer casaco. A criatura do Alec poderia pagar já que é rico.

–- Meu pai me do todo do Grand Canyon se vê essa conta. Christine pode pagar a conta, já que a mãe dela é uma deusa e pode fazer aparecer notinhas de dolár do nada.

Olhei feio para ele.

–- Ela não vai pagar isso, ela vai me fulminar.

–- Problema seu –- Vanessa falou.

Então tive uma ideia incrivelmente maldosa. Uma ideia que parecia brincadeira de criança, mas que poderia ser uma boa vingança. Sorri maliciosamente enquanto encarava os três.

–- Então todos vocês concordam que eu devo pagar a conta?

Todos eles concordaram, até Layla. Aquela loira traidora... melhor amiga desde a infância e te traí para não pagar uma conta. Lamentável.

Peguei a mochila de Alec e abri o ziper.

–- O que você está fazendo? –- Ele perguntou tomando a mochila da minha mão.

Ah, meu santo Hermes, já que você é meu patrono me ajude. No último segundo consegui tirar as duas c eu queria da mochila dele e escondi no meu bolso.

Coloquei a minha mochila no ombro e ajustei Idia no meu colo. Então comecei a andar rapidamente na direção do banheiro, tenho certeza que eles pensaram que eu iria ir no banheiro, mas na última hora, mudei de direção e corri para a saída do hotel. Os seguranças felizmente não tentaram me barrar.

Com a chave abri o carro preto, sentei no banco de motorista e coloquei Idia no banco ao meu lado. Nem fechei a porta, afinal as pragas não vão sair tão cedo de lá.

–- Chris, menina você é diabolica –- Idia falou, se gatos pudessem rir ela estaria morrendo de rir.

–- Ah, eu sou um gênio da humanidade. Aqueles trouxas vão ter que pagar a conta ou ficar lavando a louça do hotel até amanhã.

Tirei o cartão de Alec do meu bolso e encarei. Quero ver como eles vão pagar a conta. Com sorte o cartão de Vanessa vai estar estourado de tantos sapatos e roupas novas que foram compradas recentemente. Layla nem tinha cartão. Prevejo que certos traidores vão ficar presos no hotel pela eternidade.

Muhahahaha, ai como eu sou cruel.

Estava usando o cartão de crédito como leque enquanto tomava uma coca-cola gelada e fazia piadas maldosas com a gata.

De repente o cartão de crédito foi tirado da minha mão.

–- Christine Maureen Kroell!

Lancei um olhar irônico para o vampiro que segurava um cartão de crédito com força.

–- Presente.

–- Se você não fosse necessária para equilibrar essas balanças... Eu juro que rasgaria seu pescoço aqui mesmo, sua batedora de cartões.

Olhei para ele cética.

–- Oh, que medo –- comecei a rir.

Vanessa e Layla estavam atrás dele. Vanessa estava vermelha de raiva, provavelmente iria tentar me matar sufocada com o travesseiro enquanto eu dormia –- Acredite, ela já tentou fazer isso–-, já Layla parecia furiosa e um tanto decepcionada, mas mesmo assim ela pegou seu celular e começou a jogar joguinhos. Ela de fato é uma viciada em jogos.

Sai do banco de motorista e fui para trás. Fechei a janela e comecei a ler um livro da Agatha Christie, A Morte no Expresso do Oriente.

O trem iria de NY até São Francisco. Um longa viagem de doze horas. Basicamente é insuportável ficar parada sentada por duas horas, então imagine isso seis vezes pior, é exatamente assim que me sinto.

Nas primeiras quatro horas li A Morte do Expresso do Oriente, desde a primeira página até a ultima. Quando entrei no trem preferi sentar o mais longe de Vanessa, estranhamente seu cabelo ainda cheirava a vomito, sentei entre Layla e Alec. Layla olhava para o celular e Alec queria me matar, tenho certeza.

–- Como vocês conseguiram sair do hotel? –- Perguntei.

–- Alec hipnotisou a recepcionista. –- Vanessa respondeu.

Alec sorriu maliciosamente.

–- Humanas, tão manipuláveis ....

Vanessa reparou que todos estavam se afastando dela e indo na direção da janela

–- Por que estão se afastando ?

–- Nessa, você sabe que eu tenho um olfato sensível... –-Alec tentou se desculpar.

–- Na verdade –- falei –- ele quer dizer que o seu cheiro de vomito está intoxicando ele. Fique tranquila, não é só ele, é o trem inteiro que está intoxicado.

Layla me deu uma cotovela.

–- Indelicada como sempre... –-ela murmurou.

Ignorei eles e continuei a ler meu livro. Ah, esse livro é realmente excelente, ou será que é um fracasso. Bom, o importante é que ele me dá inspirações excelentes. Folheei ele mais umas vezes e observei a qualidade das letras, minha mãe sempre dizia que livros com letras extravagantes são um fracasso.

–- Isso é realmente bom... mas onde vou arranjar estacas de prata pura ? –- murmurei.

Layla se virou.

–- Qual é o titulo do livro? –- ela perguntou curiosamente.

–- 1001 Maneiras de Matar Vampiros.

Ela me olhou chocada. Só agora que reparei que essa menina está se chocando toda hora, logo logo ela vai ter talento para chocar ovos.

Vanessa na sua delicadeza de sempre arrancou o livro da minha mão e deu uma rápida lida.

–- Que idiotice. Estacas de prata banhadas em água benta... isso é pura idiotice.

Olhei seriamente para ela.

–- Vanessa, estacas de prata, banhadas em água benta ou não, enfincadas no coração matam qualquer um. Duvida? Posso testar em você –- falei enquanto tirava o livro das patas dela.

–- Cala a boca, batedora de cartões, eu quero dormir –- Alec reclamou de olhos fechados.

–- Se eu fosse mesmo uma batedora de cartões eu iria ir com seu cartão na Saraiva e estouraria sua conta bancaria.

Viram? Até que eu sou boazinha, só usei o cartão como leque...

Peguei o livro de volta. Infelizmente ele não dizia onde se encontrava estacas de prata, uma pena. Layla ergueu o pescoço para ler o livro.

–- Por que você está querendo estacas de prata se você tem duas katanas ? –- Layla perguntou.

Alec se remexeu no meu lado.

–- Não dê ideias, por favor.

–- Na verdade, Layla, se eu usar katanas, Ilithya vai desconfiar, via ser muito obvio. Mas estacas vão parecer obra de um fanático.

Alec me encarou.

–- Vá dormir.

–- Não. Na verdade eu adoraria, mas ando tendo uns sonhos estranhos, e como eu não quero sonhar, eu não vou dormir –- respondi.

–- Você é esquisita.

–- Olha quem fala, até parece que nunca se olhou no espelho.

Virei par ao lado e continuei á ler. Até que meus olhos traidores me traiam e eu acabei caindo no sono.

Diana estava rindo pra caramba enquanto comia, estava quase se engasgando. Na mesa estava a Titia Caspiana, Trivia – A segunda mulher da Titia Caspiana, já que Liliandil não aturol ele por muito tempo –- E o convidado que representava as Ilhas Solitárias, mais um dos lordes sei-lá-oque.

–- Então Lorde, Caspian foi tomar banho e quando se enxugou berrou " Aiiiii, meu cabelo está rosa"... –- Diana contava rindo, e o lorde ria também.

Já Caspian e Trivia não aparentavam nem um pouco de humor. Nesses anos Caspian tinha mudado um pouco a aparência, tinha raspado aquela barbicha e tinha ficado um pouco mais alto. Trivia tinha, na opinião de Diana, idade para ser irmã mais nova de Caspian, era três anos mais nova que Christine e sete mais nova que Caspian.

19 anos... Diana estava adorando ser maior de idade... Poder xingar pessoas livremente sem se preocupar com a anta do seu irmão dizendo que ela era infantil.

O lorde se retirou da sala e foi para seus aposentos. Assim que ele saiu da sala Caspian encarou Diana furiosamente. Trivia, lançou um olhar venenoso para Diana e saiu da sala. No início até que Diana gostava de Trivia, ela era simpática, mas um tempo depois ela percebeu a cobra que tinha casado com seu irmão.

–- Cuidado Caspian, sua esposa está saindo da sala no mesmo tempo que o lorde, ela pode querer dar uma consultinha particular á ele.

Caspian ignorou a indireta e continuou encarando ela.

–- Você devia ter casado há quatro anos atrás.

–- O que ? –- Diana perguntou confusa.

–- Você tinha quinze anos, a idade certa, se você tivesse casado antes, talvez não seria tão irônica e problematica.

Diana colocou os pés sobre a mesa.

–- Tudo bem, assumo que sou irônica, mas problematica não. E casar ? Hahah piada. Não casarei nunca...

–- Vai casar sim.

Diana lançou um olhar divertido para ele.

–- E quem vai ser louco suficiente para casar comigo ?

–- Rei Blaksaf.

–- O rei da Calormania? Aquele cara barbudo com cara de papai-noel maléfico? Esquece.

Caspian riu de sua irmã.

Acredite, ontem quando foi dormir,o quarto dela estava azul não branco. Mas assim que ela levantou percebeu que aquele definitivamente não era o quarto dela. O quarto dela tinha janelas, e esse era apenas um cubo branco, sem janelas, só com uma cama simples.

A porta, foi a primeira coisa em que Diana viu. Era feita de ferro, ferro puro e lacrado, com vários cadeados.

Diana várias vezes já tinha partido ferro puro com sua força. Só que dessa vez não deu certo. Ela chutou com tudo a porta, esperando derruba-la. Mas então seu pé ardeu. De algum modo aquela porta estava quente, era ferro fervendo.

A Feiticeira tentou de tudo. Congelar a porta, mas no momento em que o gelo aparecia ele derretia.

–- Menina se continuar chutando essa porta quente vai ficar queimada na cêrimonia do casamento.

Diana deu um pulo de espanto. Sentada no chão tinha uma velhinha enrugada segurando uma bandeja, provavelmente uma serva.

–- Qual casamento ?

–- Você vai casar como rei Blaksaf.

Diana surtou. Deuses, Caspian não poderia ter feito isso com ela, aquele filho de uma... ah, não adiante xingar a mãe daquele desgraçado. Ela tinha que matar ele pessoalmente.

–- Você pode chamar a ant... quer dizer, meu irmão e meu pai ? –- ela pediu á serva.

A velhinha abriu a porta com uma chave e passou por ela. Diana se sentiu tentada a empurrar a velhinha e pegar a chave, mas infelizmente seu braço estava preso numa corrente numa parede, de modo que ela não pode sair.

Minutos depois o leão e seu irmão atravessaram a porta. Diana tinha certeza que eles estavam lá assinado o contrato de casamento. Ah deuses, que ódio, ela iria matar os dois.

–- Pai, não acredito que você está fazendo isso.

O leão a olhou.

–- É pelo bem de Nárnia, entenda, não precisamos de uma segunda guerra.

–- Engraçado que vocês só pensam em Narnia, mas nunca em mim.

Caspian tentou interferir, mas o leão o pausou.

–- Você vai ficar bem, será uma rainha.

Os olhos de Diana estavam queimando de raiva.

–- Eu não quero ser rainha de Calormania! Dessa maldita terra! Nem casar com esse rei!

–- Não á nada que você possa fazer, está tudo acertado.

O leão e Caspian estavam saindo da sala, abrindo a maldita porta. Diana estava explodindo. Pela primeira vez entendeu por que a Feiticeira Branca queria destruir Narnia, por que ela odiava aquela terra e queria destruir tudo lá. Talvez ela fosse mais parecida com sua mãe do que imaginava.

–- Se você me deixar aqui eu juro que vou libertar minha mãe e eu e ela iremos te destruir, seu leão desgraçado.

O leão olhou para ela seriamente.

–- Você não vai fazer isso, não jure em vão.

–- Não duvide de mim.

Diana descobriu da pior forma que o casamento dos calormanos era bem diferente do casamento normal. Não tinha padre, e nem alianças e parecia uma festa arábe. O seu vestido não era branco. Lembrava um vestido e um véu indiano. Seria até bonito, se ela fosse apenas uma convidada e não uma noiva condenada á casar com um... velho nojento.

Ela não podia matar ele ali. Tinha um plano...

As comidas da festa eram nojentas, Diana jurava que tinha visto até um escorpião cozido no meio dos espetinhos.

Felizmente a festa acabou rapidamente. Era de partirem para a lua de mel. Diana passou a mão delicadamente por onde um punhal estava escondido nas dobras do seu vestido.

–- Onde quer passar a sua lua de mel ? –- Perguntou Blaksaf.

Diana recuou. Sentia nojo. Mas precisava ser falsa.

–- Ao norte –-Ela tinha motivos para escolher essa região. Lá era mais frio e perto do lugar onde poderia fugir e ninguém alcança-la mais.

Depois de duas horas naquela carruagem ela chegou no palácio do norte da Calormânia. O quarto era odiável, apesar dele ser luxuoso e bonito, ele fedia o cheiro daquele velho nojento.

–- Deite-se na cama –- O velho ordenou.

Diana rosnou.

–- Não.

–- Você é minha esposa tem que me obedecer.

–- Idiota, não obedeci ninguém na minha vida e não vai ser você que vai mudar isso.

O velho deu um tapa no rosto da feiticeira. Diana caiu no chão com o choque.

–- Quem você pensa que é para encostar no meu rosto –- Os olhos da feiticeira estavam ficando prateados de tanta raiva.

–- O seu dono, sua cadela! –- O homem falou pegando um chicote.

Diana foi rápida. Se levantou, em um segundo e torceu a mão do velho fazendo ele soltar o chicote. Com um soco ela fez ele se chocar na parede. Envolveu sua mão direita no pescoço do velho o axifisiando e com a esquerda ela segurou o punhal.

–- A única cadela que conheço é sua mãe.

–- Se eu morrer, os meus exércitos acabarão com Narnia.

–- Não me importo mais com aquele lugar que me vendeu.

Sem mais nenhuma palavra ela enfincou o punhal no meio da testa do homem, fazendo ele cair morto no chão.

A primeira parte do seu plano estava concluída. Agora só faltava isso parecer um ataque de um grifo. Ela retirou a adaga e fez vários cortes no corpo do homem, simulando garras de um monstro.

Após isso retirou aquela roupa suja de sangue e colocou uma calça e blusa preta, que a ajudaria a se camuflar á noite.

Arrumou os lençois de modo em que se formassem uma corda. Amarrou corda improvisada na sacada da varando do quarto e desceu pela corda. A corda a deixou suspensa por dois metros do solo, mas mesmo assim ela pulou.

Rolou no chão para diminuir o impacto da queda. Foi na direção dos estabulos e pegou um cavalo preto sem ser percebida.

Então ela começou a correr para longe de lá, os guardas a perceberam e a seguiram, mas forma despistados rapidamente. Durante

O seu alvo era o país das amazonas. Lá nenhum homem entrava, e as amazonas possuíam dezenas de legiões. E ela, particularmente tinha talento para amazona.

A entrada do país parecia uma estadia militar. Era coberto de muros imensos que tinham várias guardas ao redor.

–- Eu quero me juntar á vocês.

Diana foi levada até a rainha delas. Pentesileia, uma mulher de vinte e cinco anos, de cabelos loiros claros e uma aparência soberba.

A Mulher arfou quando olhou para o ombro de Diana.

–- O que foi ? –- A feiticeira perguntou.

A amazona não respondeu, apenas rasgou a manga da blusa de Diana que estava rasgada e olhou a pele. Aquilo não eram simples arranhões causados pelas arvores no caminho. Eram queimaduras com a marca de sete deuses. Poseidon; Marte; Atena; Ártemis; Hermes; Hades; Hécate.

–- A marca dos deuses, eles estão entrando em Narnia.

Aquilo realmente era um história difícil de acreditar. Que a Feiticeira Branca era uma deusa, Nyx, e que junto de Erebo, Aslan no caso, tinham sido presos em Narnia. E que agora livros de mitologia sobre deuses que ela sempre lia, estavam sendo reais. E que sete deuses a protegiam.

Com o tempo ela conseguiu lidar com isso, era só não deixar a ficha cair.

De repente uma amazona invadiu sua sala. Era Henteia, era uma mensageira, quase nunca ficava lá, mas quando vinha era para trazer notícias, que geralmente não eram boas.

–- O que aconteceu ?

–- Em Narnia estão aparecendo pessoas iguais á você. Com poderes, descendente de deuses, pessoas que nunca demonstraram poderes estão começando a monstra-los agora.

Diana se levantou curiosa.

–- E como Caspian e Trivia estão lidando com isso.

–- Eles estão os executando.


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