iTake back escrita por JP


Capítulo 19
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– Carly!? - pergunto.

Ninguém responde. Sinto osvpassos mais próximos. Até que cheguei a conclusão de que não se tratava da Carly. Eram apenas duas pessoas qualquer.

Freddie e eu procuramos um esconderijo pela mata, enquanto os outros se aproximavam.

Ouço a seguinte conversar:

– Tem certeza de que o sinalizador foi lançado nessa região? - perguntou uma voz mais masculino para uma outra pessoa.

– Claro! - disse a outra. - Também avistei uma garota correr para cá...

Talvez estivessem falando da Carly - penso consigo mesma.

Freddie e eu permanecemos no nosso esconderijo em silêncio.

Os dois estranhos ficaram apenas alguns minutos na nossa área, procurando por pistas do sinalizador e, ao invés disso, encontraram as nossas mochilas jogadas no chão.

– Tem mais alguém na floresta. - disse a primeira voz. - Acho melhor procurarmos mais um pouco. Não quero mais problemas com o 'chefe'...

O outro concordou com a cabeça. Ambos seguiram para o leste, mas não consegui observar os seus passos no escuro.

Assim que se retiraram, Freddie e eu saímos do esconderijo e verificamos o sumiço das mochilas.

– Droga! - grito. Freddie tampa a minha boca, achando que os outros estivessem por perto. - O que faremos agora? - pergunto a ele.

– Esperamos... - disse ele. - Você ouviou a conversa. A Carly pode estar por perto.

O que não fazia muito sentido. Os dois estranhos chegaram primeiro que a garota citada.

Freddie olhou para o relógio do PearPhone e voltou os olhos para mim.

– Vamos dormir. - sugeriu ele. - Amanhã procuramos a Carly.

– Não! - digo. - Temos que procurar agora... Antes daqueles dois...

Ele aparentava mais cansado que eu.

Então cncordei em descansar por algumas horas. Primeiramente, fizemos um acordo, onde um de nós teria que observar a área enquanto o outro dormia por um certo tempo.

Deitei no chão e observei as folhas caírem das árvores - com o vento frio daquela noite. Freddie sentado de costas olhando as movimentações estranhas de animais silvestres.

Tentei descansar, porém ainda estava de olhos bem abertos pensando na situação fora de controle. Talvez se eu voltasse para o meu presente, não iria encontrar tantos problemas como agora, além das discussões do Freddie por conta da loja (Pera).

– Ainda não dormiu? - perguntou ele revirando a cabeça.

– É bom você prestar atenção na área, Benson! - falo de forma desafiadora.

Ele sorriu e voltou a olhar as plantações, naturalmente. Finjo descansar e acabo escultando algo como: "Certo, Puckett".

***

Acabei dormindo mais do que o necessário - a ponto da claridade bater no meu rosto. Levanto do chão e observo o Freddie na mesma posição de antes.

– Por que você não me acordou? - pergunto. Percebo que ele nem se quer dormiu.

– Não quis interromper o seu sono profundo e apanhar no escuro. - disse ele fazendo um desenho no chão. Logo em seguida ficou de pé. - Algumas pessoas diriam obrigado...

– Eu não! - digo. - Agora vamos... Temos que encontrar a Carly!

Aponto para o leste, mesma direção em que os dois "caçadores" seguiram.

No caminho, encontro a minha mochila vermelha jogada no chão. Nela havia apenas a minha meia de mantega e a pedra 'mágica'. O Freddie também encontrou a mochila dele mais a frente.

– Levaram os meus vegetais! - reclamou Freddie. Mesmo eu não ligando para isso.

Continuo o percurso por mais perigoso que fosse. O caminho parecia não levar a lugar algum. Também não encontrei mais pistas sobre os outros dois.

– Carly! - grito mais uma vez.

– Não adianta...

Freddie foi interrompido por alguém mascarado que lhe pegou de surpresa.

– Sam! - gritou ele, enquanto era levado para algum lugar.

Tento retirar a minha meia de mantega da mochila o mais rápido o possível. E assim corro atrás do mascarado.

Seja quem for era bastante rápido. Mas por algum motivo parou de correr

– Ele vai me matar, Sam! - gritou Freddie desisperado.

– Eu não vou matar ninguém! - disse ele ou ela. - Apenas saíam da floresta!

O Benson foi solto das mãos do estranho e empurrado ao chão. Logo se arrastou para o meu lado.

– Sairemos assim que acharmos a nossa amiga... - Fui interrompida por um momento constragedor. - Cara! -grito, revirando os olhos para o Freddie. - Por que você está me abraçando?

– Foi mal...

Volto os olhares para o mascarado.

– Não há mais ninguém aqui! Vão embora! - ordenou.

– Vamos, Sam! - Disse Freddie segurando os meus ombros.

Damos as costas para o estranho mascarando, ainda dou uma última olhanda para ele e a floresta. Eu esperava realmente que a Carly estivesse fora desta região.

**

Enfrentamos um longo percurso para voltar ao ponto inicial da floresta, próxima a delegacia. Pensei em pedir ajuda aos polícias, mas não iria fazer muita diferença.

– Essa não! - Freddie pós as mãos na cabeça. - A moto do T-Bo!

Não estava mais lá.

– Não acredito que você esqueceu a chave na moto!

– Talvez eu tenha esquecido...

– Como iremos voltar para Seattle!?

Ele ficou pensativo por um momento.

– No caminho eu vi uma parada de ônibus... Não fica tão longe daqui.

– Ah! - Suspiro. - Não tenho dinheiro para ônibus e eles não nos leva até outra cidade em tão pouco tempo.

– Não custa nada tentar! - disse ele. Pela expressão que ele fez, parecia esperar a minha confirmação. Eu não respondo de imediato. - Ok, eu estou indo!

Freddie segue em frente, da mesma forma que a Carly havia feito. De alguma forma, os dois pareciam - em momentos diferentes - fazer algum favor para mim e eu não fazia nada para eles, além de salvar a vida do Freddie.

Penso em voltar para a floresta, mas acabo correndo atrás do Benson.

– Espero que esteja certo! - digo batendo em seu ombro.

E ele estava. Não havia reparado uma parada de ônibus antes. Esperamos dois minutos até vim um dos ônibus. Por sorte um deles passava próximo a Seattle, mas a passagem era um pouco cara.

– Eu pago! - disse Freddie, retirando o dinheiro. - Falei com a Natalie sobre o último salário na loja - da Pera.

Ele usou todo o dinheiro.

*

Ainda era tarde, quando chegamos em Seattle. Logo fomos para o Brushwell, tentar explicar o ocorrido com a Carly para o Spencer.

[No térreo do apartamento]

Encontro Spencer discutindo com o Lewbert sobre o incêndio no porão do apartamento. Além da Sra. Benson reclamando o desaparecimento do filho.

– Freddie! - gritou ela ao ver o filho. Em seguida corre para abraçá-lo. Mesmo assim, fica enfurecida comigo. - É tudo culpa sua, Puckett! Desde que namoraram andou influenciando o meu filho!

Não me importei com as opiniões da Sra. Benson.

– Nunca mais fuja de casa ou saía de Seattle! Nunca! - disse ela.

– Certo, mãe.

Ambos seguiram para o elevador. Freddie desviou o olhar para mim e nesse momento tentei lhe dizer "obrigado" pela ajuda.


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Notas finais do capítulo

Se houver algum problema ou erro basta avisar.
Espero que gostem..



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