iTake back escrita por JP


Capítulo 17
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Procuro um local silencioso para atender o meu PearPhone.

Pam: Alô, Sam!?

Eu: Até que em fim. Onde você...

Pam: Eu estou presa! Não tenho muito tempo, você tem que achar um advogado para mim tirar daqui.

Eu: O quê?!

Pam: Presa! Eu tentei subornar, mas eles não querem o dinheiro que eu peguei...

Suspiro e a primeira pessoa que veio a minha cabeça foi o Spencer. Ele poderia ser um bom advogado, se não tivesse desistido da faculdade.

Eu: O que aconteceu com o Chris (Advogado)?

Pam: Terminamos e ele não iria querer me ajudar a... Meu tempo acabou, tenho que voltar para a minha cela. Você tem que vim aqui...

Eu: Ok! Onde você está?

A ligação termina antes mesmo dela concluir. Carly vinha em minha direção, percebendo algo muito errado em mim.

– O que aconteceu?

– A minha mãe foi presa.

Olho novamente para o aparelho esperando uma nova ligação e explico os últimos acontecimentos para a Carly.

– O quê? - desacreditou Carly. Em seguida pediu calma. - A Pam nunca foi presa. Sei que ela já teve problemas por ter sequestrado aquele cara casado, por abuso de autoridade, atentado ao pudor e outros.

– É... Mas dessa vez ela foi presa fora de Seattle. As leis são diferentes!

– Ok. Vamos tentar resolver isso depois. - disse ela, segurando o meu braço. - Vamos comemorar no Vitamina da Hora. O Spencer está precisando se animar e você também.

Ela me puxa até o porão, onde o Spencer e o Gibby conversam com os bombeiros. E sem querer, esculto a conversa de um dos trabalhadores:

–"Está havendo um grande incêndio à alguns quilômetros de Seattle. Parece que a louca que provocou tal estrago já foi presa" - disse um dos bombeiros. - "O problema é que o fogo ainda não foi apagado e estão pedindo a nossa ajuda".

Não sei se a 'louca' pelo qual estavam falando era a Pam, mas eu precisava tentar. Aproximo lentamente dos dois.

– Vocês podem me levar para lá!? - Pergunto, intrometendo-me na conversa.

– Não temos permissão para deixar...

– Não importa! - falo, interrompendo novamente. - Eu vou!

Carly tenta me impedir, mas já era tarde. Coloco minha mochila nas costas e entro no veículo.

Ela dá uma última palavra com o irmão, antes de me acompanhar.

***

Foi uma longa, mas rápida viagem.

Descemos em uma região desconhecida, numa cidade desconhecida. Enquanto os bombeiros tiveram que continuar o percurso para tentar apagar o fogo.

Por sorte, Carly e eu descemos em um local movimentado. Cruzo algumas ruas procurando informações.

– A delegacia fica a cinco quilômetros daqui.- disse Carly observando um mapa no Pearphone.

– E onde estamos?

– Eu não sei... Se o Freddie estivesse aqui...

Tomei conta do esquecimento - Freddie e aquela minha promessa de não fugir. No final ele estava certo.

Carly fez uma careta ao olhar para o seu Pearphone.

– Perdi o sinal! - disse ela, mantendo o contato no celular. Depois faz um olhar triste. - Talvez devêssemos voltar para Seattle. - Ela dá um suspiro e guarda o aparelho no bolso. - Está ficando tarde, Sam.

– Se você quiser pode voltar. Eu não pedi para que viesse comigo. - Retiro meu PearPhone e tenho captar sinal. - Se puder traga comida quando voltar.

Dou as costas para ela e continuo caminhando a procura de informações sobre a cidade. A situação ficava difícil. Cada pessoa dava uma informação diferente e nenhuma delas fazia sentido.

**

[Faltava pouco para escurecer]

Ando mais alguns quilômetros, até reencontrar sinal no meu aparelho. Carly vinha logo atrás, silenciosa e cansada. Bem que os bombeiros poderiam nos oferecer carona.

Alí! - disse Carly, apontando para uma placa qualquer.

Era a delegacia ou parecia uma.

Ao entrar no local, um dos seguranças lançou um olhar para a minha mochila. Eles revistaram todas as minhas armas possíveis.

Seguimos para a recepção.

– Em que posso ajudar?

– Estamos procurando Pamela Puckett.

A gerente procurou o nome no computador. Torci para que a Pam estivesse lá.

– Lamento, não tem nenhuma 'Pamela Puckett' presa aqui.

Foi frustrante ouvir aquelas palavras. Passamos a tarde toda andando em um local desconhecido para nada.

– Você tem certeza!?

Eu poderia acertar a minha meia de mantega nela - se estivesse com a arma.

– Vamos, Sam! - Carly tentava me controlar. - Podemos procurar em outra...

Eu ainda tinha esperanças. Até que lembrei de um momento em que Pam carregava identidades falsas para outras cidades.

– Rita Rock? - pergunto. Era um nome aleatório que a Pam usava. - Ela está aqui?

– Um momento! - disse a gerente, mexendo no computador. - Sim, foi presa pela manhã.

Viro-me para a Carly.

– Eu preciso falar com ela...

– Ok! - concordou Carly. - Eu vou ficar aqui.

*

Fui levada para uma sala, enquanto esperava a Pam. Sentei em uma cadeira de madeira, enquanto acompanhava a chegada de Pam.

– Conseguiu o advogado? - perguntou ela, sentando numa cadeira a minha frente.

Faço uma saudação, mas ela apenas repete a pergunta anterior.

– Não...- Respondo. - Vou fazer o meu máximo!

Reparei que ela não queria comentar sobre o ocorrido. Então mudo de assunto:

– Ainda está com a pedra que lhe dei?

– Eu não sei, Sam! Estou presa e você vem me perguntar sobre pedras?

– É importante!

– Ah! - Ela suspira. - Eu não sei. A polícia pegou todas as minhas coisas... Ou talvez eu tenha jogado fora... Eu não me lembro.

Uma sirene é tocada avisando o fim da visita. Levanto da cadeira e observo dois policiais levarem Pam de volta.

– Você vai me tirar daqui, certo? - perguntou Pam.

Eu já não tinha tanta certeza como antes.

– Claro... - minto.


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