iTake back escrita por JP


Capítulo 15
Dormindo fora




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Freddie pediu um minuto para conversar. Eu não sabia, ao certo, o que ele queria.

– O que você quer? Estou com pressa!

– Serei rápido. Eu só quero...

Ele estava muito nervoso.

– Ah! - falei sem jeito. Olhei várias vezes para o relógio, enquanto ele tentva falar alguma coisa. - Podemos continuar essa conversa amanhã?

Não dei tanta atenção a ele.

– Claro, Sam! - disse Freddie um pouco chateado. - Assim dará tempo de você fugir, como sempre faz.

– Da última vez quem fugiu foi você!- Me referia ao ocorrido no Vitamina da Hora. - Mas dessa vez eu não vou fugir. Eu prometo!

– Não acredito...

– Amanhã veremos!

Coloco minhas duas mãos no bolso nos dois bolços da calça - enquanto me direciono até as escadas -, e sem querer encosto naquela pedra esquisita. Eu havia me esquecido desse objeto e queria muito jogar aquela coisa fora.

**

Pressinto algo ruim na minha própria casa.

– Mãe? - Chamo, assim que entro.

Procuro por ela em cada canto. Primeiramente na sala, onde aparentava mais vazia. Logo em seguida vou para o meu quarto.

– Sam! - diz ela, sentanda na minha cama. - Por que demorou tanto?

Fecho a porta e observo uma grande bagunça por todo o quarto. No momento, Pam arrumava as "minhas" coisas.

– O que é isso, mãe?

– Nada...

Fico mais próxima dela.

– A verdade!

Ela suspira fundo e falou normalmente:

– Fui deportada e tenho menos de 24 horas para sair de Seattle...

– O quê? - pergunto. - O que você fez dessa vez!?

Pam sorri.

Como ela poderia sorrir daquela forma, sabendo que iria ser expulsa. Isso me deixou assustada, com a possibilidade da minha mãe estar louca.

– Você não precisa saber ! - disse Pam, já pronta. - Anda logo! Antes que sejamos presas.

Permaneci em pé, pensando em várias loucuras que possamos fazer juntas.

– Sam! - Pam chama minha atenção. - Você vem ou não?

Ela sacudia duas passagens de avião - também não fazia ideia de onde ela retirou dinheiro para isso.

Estava tudo muito confuso para mim e eu não queria tomar decisões precipitadas.

Poderia simplesmente aceitar fugir com ela, mas haviam outras coisas. Teria que deixar a Carly, Spencer, o Freddie e todos os outros para trás. Logo eu que "prometi" não fugir.

– Não, eu não vou.

Pam balançou a cabeça aceitando a minha decisão.

– Certo! - Ela carrega suas malas e segue para a sala. Me deixando sozinha no quarto.

Ela nem se quer deu "tchau" ou disse para onde iria. Do meu quarto escuto a porta abrir.

Corro o mais rápido, tentando impedir que ela vá.

– Você não pode ir! - falo, segurando a porta. - O que eu irei fazer quando não estiver aqui!? Como vou sobreviver!?

Ela parecia não se importar comigo e pedia para que eu saísse de seu caminho.

– Venha comigo. Podemos...

– Eu já disse que não posso! - Fecho os olhos e continuo segurando. - Por favor!

Ela estava decidida, não adiantava pedir, só me restava entregar aquela pedra do Martin.

– O que é isso?

– Presente de um velho amigo...

– Para que você está me dando isso?

– Ele pediu para lhe entregar.

Ela coloca a pedra da mala e pede mais uma vez para deixá-la ir.

Finalmente ela vai. Observo tudo pela janela, até o momento em que ela entra no carro.

*

Tarde da noite. Tento mais uma vez dormir, mas não consigo. Sempre vinha a minha mente o fato de estar sozinha.

Então, levanto da minha cama e arrumo a minha mochila. Apenas guardo coisas necessárias para passar alguns dias fora de casa.

Volto mais uma vez para o Brushwell. Lewbert dormia em serviço, não foi muito difícil entrar.

Essa noite, decido bater na porta dos Benson's. Corri o risco de encontrar a mãe do Freddie e ser recebida com inseticidas.

– Sam! - disse Freddie, surpreso ao abrir a porta. Ele usava um pijama estanho. - O que você quer me chamando a essa hora?

– É... Eu posso dormir aqui? - pergunto. - A minha mãe foi embora e não falei com a Carly desde que sai da loja.

– Não sei não, Sam. A minha mãe é um pouco louca...

Ignoro as conversas do Freddie e entro sem a sua permissão. Não me lembro da última vez que entrei em sua casa.

– Você pode dormir lá no meu quarto e eu fico aqui na sala...

As luzes de dentro se ascendem - nos deixando assustados. Pensamos que fosse a senhora Benson.

– Freddie! - disse T-Bo, segurando um bicho de pelúcia. - O que você está fazendo?

Ele desviou o olhar para mim e novamente fez aquela expressão esquisita, como na vez em que nos viu juntos no Vitamina da Hora.

– T-Bo! - Sussurrei. - Quer parar de fazer esse olhar e me ajudar!

– O que você quer?

– Daria para você esconder a Sam no seu quarto? - pergunta Freddie. - E lembresse... a minha mãe não pode suspeitar que ela esteve aqui.

– Certo!T-Bo mostra o caminho, enquanto eu me despeço do Freddie.


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