iTake back escrita por JP
Freddie pediu um minuto para conversar. Eu não sabia, ao certo, o que ele queria.
– O que você quer? Estou com pressa!
– Serei rápido. Eu só quero...
Ele estava muito nervoso.
– Ah! - falei sem jeito. Olhei várias vezes para o relógio, enquanto ele tentva falar alguma coisa. - Podemos continuar essa conversa amanhã?
Não dei tanta atenção a ele.
– Claro, Sam! - disse Freddie um pouco chateado. - Assim dará tempo de você fugir, como sempre faz.
– Da última vez quem fugiu foi você!- Me referia ao ocorrido no Vitamina da Hora. - Mas dessa vez eu não vou fugir. Eu prometo!
– Não acredito...
– Amanhã veremos!
Coloco minhas duas mãos no bolso nos dois bolços da calça - enquanto me direciono até as escadas -, e sem querer encosto naquela pedra esquisita. Eu havia me esquecido desse objeto e queria muito jogar aquela coisa fora.
**
Pressinto algo ruim na minha própria casa.
– Mãe? - Chamo, assim que entro.
Procuro por ela em cada canto. Primeiramente na sala, onde aparentava mais vazia. Logo em seguida vou para o meu quarto.
– Sam! - diz ela, sentanda na minha cama. - Por que demorou tanto?
Fecho a porta e observo uma grande bagunça por todo o quarto. No momento, Pam arrumava as "minhas" coisas.
– O que é isso, mãe?
– Nada...
Fico mais próxima dela.
– A verdade!
Ela suspira fundo e falou normalmente:
– Fui deportada e tenho menos de 24 horas para sair de Seattle...
– O quê? - pergunto. - O que você fez dessa vez!?
Pam sorri.
Como ela poderia sorrir daquela forma, sabendo que iria ser expulsa. Isso me deixou assustada, com a possibilidade da minha mãe estar louca.
– Você não precisa saber ! - disse Pam, já pronta. - Anda logo! Antes que sejamos presas.
Permaneci em pé, pensando em várias loucuras que possamos fazer juntas.
– Sam! - Pam chama minha atenção. - Você vem ou não?
Ela sacudia duas passagens de avião - também não fazia ideia de onde ela retirou dinheiro para isso.
Estava tudo muito confuso para mim e eu não queria tomar decisões precipitadas.
Poderia simplesmente aceitar fugir com ela, mas haviam outras coisas. Teria que deixar a Carly, Spencer, o Freddie e todos os outros para trás. Logo eu que "prometi" não fugir.
– Não, eu não vou.
Pam balançou a cabeça aceitando a minha decisão.
– Certo! - Ela carrega suas malas e segue para a sala. Me deixando sozinha no quarto.
Ela nem se quer deu "tchau" ou disse para onde iria. Do meu quarto escuto a porta abrir.
Corro o mais rápido, tentando impedir que ela vá.
– Você não pode ir! - falo, segurando a porta. - O que eu irei fazer quando não estiver aqui!? Como vou sobreviver!?
Ela parecia não se importar comigo e pedia para que eu saísse de seu caminho.
– Venha comigo. Podemos...
– Eu já disse que não posso! - Fecho os olhos e continuo segurando. - Por favor!
Ela estava decidida, não adiantava pedir, só me restava entregar aquela pedra do Martin.
– O que é isso?
– Presente de um velho amigo...
– Para que você está me dando isso?
– Ele pediu para lhe entregar.
Ela coloca a pedra da mala e pede mais uma vez para deixá-la ir.
Finalmente ela vai. Observo tudo pela janela, até o momento em que ela entra no carro.
*
Tarde da noite. Tento mais uma vez dormir, mas não consigo. Sempre vinha a minha mente o fato de estar sozinha.
Então, levanto da minha cama e arrumo a minha mochila. Apenas guardo coisas necessárias para passar alguns dias fora de casa.
Volto mais uma vez para o Brushwell. Lewbert dormia em serviço, não foi muito difícil entrar.
Essa noite, decido bater na porta dos Benson's. Corri o risco de encontrar a mãe do Freddie e ser recebida com inseticidas.
– Sam! - disse Freddie, surpreso ao abrir a porta. Ele usava um pijama estanho. - O que você quer me chamando a essa hora?
– É... Eu posso dormir aqui? - pergunto. - A minha mãe foi embora e não falei com a Carly desde que sai da loja.
– Não sei não, Sam. A minha mãe é um pouco louca...
Ignoro as conversas do Freddie e entro sem a sua permissão. Não me lembro da última vez que entrei em sua casa.
– Você pode dormir lá no meu quarto e eu fico aqui na sala...
As luzes de dentro se ascendem - nos deixando assustados. Pensamos que fosse a senhora Benson.
– Freddie! - disse T-Bo, segurando um bicho de pelúcia. - O que você está fazendo?
Ele desviou o olhar para mim e novamente fez aquela expressão esquisita, como na vez em que nos viu juntos no Vitamina da Hora.
– T-Bo! - Sussurrei. - Quer parar de fazer esse olhar e me ajudar!
– O que você quer?
– Daria para você esconder a Sam no seu quarto? - pergunta Freddie. - E lembresse... a minha mãe não pode suspeitar que ela esteve aqui.
– Certo!T-Bo mostra o caminho, enquanto eu me despeço do Freddie.
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