Não Podemos Saber Tudo escrita por Caçadora das Estrelas


Capítulo 14
Jogo Virado


Notas iniciais do capítulo

Estava com saudade de vocês! Espero que gostem!



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– É uma pena que pense desse jeito, Erick, é uma pena mesmo. Nós te oferecemos amor, éramos seus amigos. Realmente não gosta de ter pessoas próximas que se importam com você? - Naldo falou, com uma tranquilidade forçada.

– Amor? Pessoas próximas? Amigos? Dá um tempo! Eu era a sombra de vocês, não enxergavam minha grandeza, mas agora estou livre, não preciso mais me misturar com criaturas inúteis e fracas, apenas derrotá-las. - respondeu Erick com voz alta e protuberante. - Não se preocupem, sou muito grato, vocês me mostraram que o amor não vale de nada e que as pessoas se sobrepoem umas as outras, se é assim, então eu que me sobreponha. - soltou uma risada histérica. - Obrigado. - agradeceu, sarcástico, fazendo uma reverência.
– Erick... Por quê? - murmurou Brenna, entre lágrimas.
– Own, se não é minha ingênua e fraca ex-namorada. Não se faça de tola, sei que é burrinha, mas não tanto. Eu já expliquei, não vou gastar minha voz com isso novamente, ainda tenho muitas ordens para dar e é nisso que devo usá-la.
– Então... Então foi tudo mentira? - perguntou Brenna. Erick só fez que sim com a cabeça.
Soluço emitiu um chiado baixo, nossos troncos eram bem distantes, mas ele era quem estava amarrado ao meu lado, foi um grande erro que Erick cometeu. Pelo jeito apenas eu havia escutado o chamado do meu namorado, olhei-o com o canto dos olhos. Soluço indicou coma a cabeça a corrente que prendia suas mãos e depois o molho de chaves na cintura de um dos guardas, quando ele olhou pro céu eu finalmente entendi.
Ele começou a assobiar uma melodia simples, mas be específica, um chamado próprio para Terrores Terríveis. Há um tempo tinhamos descobrido, por coincidência, que essa combinação de assobios atraia essa espécie de dragão de uma forma absurda.
Na metade da melodia já era possível avistar minúsculos pontinhos coloridos no céu, Terrores que, provavelmente, haviam fugido do ataque. Demorei um pouco para perceber outro detalhe do plano de Soluço, os Terrores Terríveis tinham sido treinados para trazer correspondência e, amarrado junto ao molhos de chaves no cinto do guarda, estava um pergaminho enrolado.
Ao se aproximarem, os três dragõezinhos passaram direto ao lado da cintura do soldado, logo após, um deles aterrisou atrás de Soluço, vi, de relance, meu namorado fechar o punho ao redor das chaves.
– Peguem esses dragões seus idiotas! - berrou Erick, os Terrores Terríveis bateram em retirada antes mesmo de eles saírem do lugar. - Tudo bem, deixem para lá, incompetentes.
Soluço fez um sinal com a cabeça para mim, comecei a mecher minhas correntes, fingindo que tentava abrí-las, fazendo bastante barulho. Enquanto isso, meu namorado realmente se livrava das suas.
– O que você está tentando fazer, hein, loirinha? - disse Erick, aproximando-se de mim. - Você realmente acha que pode se livrar dessas correntes? - ele soltou uma gargalhada tenebrosa. - Esse metal é extremamente rígido e você está muito bem presa, desista!
– Posso notar! São realmente muito resistentes, do que são feitas? - comentou Verena chamando a atenção de Erick e distraindo-o enquanto Soluço jogava as chaves para mim, pelo jeito, ela havia notado o plano.
– Ah, não irei lhe revelar qual é o metal que usamos, mas é raro, vem de ilhas longínquas, uns vinte dias daqui... - a voz de Erick, em sua explicação inútil, ajudou a cobrir o som do meu cadeado sendo aberto, quando me livrei das correntes, fiz um sinal para Soluço.
Meu namorado contou mechendo os lábios: "um... Dois... Três", levantamos rapidamente, quase que ao mesmo tempo e partimos para cima dos guardas. Pegos de surpresa, os soldados não tiveram tempo de se defender dos socos que demos logo abaixo de seus queixos, eles apagaram na hora e pegamos suas espadas.
Erick virou-se para nós, com cara de espanto, tinha uma falha em sua estratégia, todos os seus soldados estavam cuidando das pessoas presas nas casas e não havia nenhum dos seus por perto para ajudá-lo a lutar. Erick sacou sua espada e apontou-a para nós, fizemos o mesmo para ele. Atirei as chaves para Verena soltar-se, assim que ela o fez levantou-se e foi soltar os outros.
Erick brandiu a espada para Soluço, rapidamente, o líder de Berk proferiu um golpe que desarmou seu inimigo, lançando a arma do oponente para longe. Meu namorado apontou a lâmina para o pescoço de Erick.
– Parece que o jogo virou, não é mesmo?


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Notas finais do capítulo

comentem por favor :3



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