-Que pergunta é essa? – Perguntou nervosa, sem me encarar.

-Eu preciso saber…você tem de ser sincera comigo. – Pedi.

-Eu…eu…eu gosto muito dele. – Falou de rajada de olho fechado, temendo minha reação. – Desde o primeiro momento. – Confessou num fio de voz me encarando com medo. – Nós…temos…nos…encontrado. – Falou devagar se afastando de mim aos poucos. A olhei séria e pus as mãos na cabeça bufando para o alto. Olhei de novo pra ela, que já estava numa ponta da cama, e peguei de novo em suas mãos.

-Trás ele para um jantar. Quero conhecê-lo melhor. Quero saber quais as intenções dele. – Falei séria mas dando um leve sorrisinho para a acalmar.

-Você…tá falando sério? – Perguntou admirada e abrindo um largo sorriso de alívio.

-Estou. Mas nada de abuso. Aproveita enquanto estou boazinha. – Falei e ela se atirou em mim me dando um forte abraço e dando pulinhos na cama.

Nunca tinha visto minha irmã tão feliz assim como ela está agora. Meu peito se encheu de alegria e novas esperanças, mas mesmo assim eu continuava receosa.

Renesmee saiu do quarto correndo para telefonar pra ele. Aproveitei minha boa vontade e fui no quarto da Rosalie.

Como sempre ela estava em frente ao espelho fazendo seus inúmeros tratamentos de beleza.

-Irmãzinha! – Gritou animada e sorridente, largando tudo e vindo me abraçar. – Você está melhor? – Perguntou fazendo cara preocupada.

-Mas porque todos acham que eu estou mal? – Pperguntei sorrindo me fazendo de falsa chateada.

-O Edward tem perguntado por você. – Falou voltando aos seus tratamentos de beleza. Como se ela realmente os precisasse.

-O quê? Como? Porquê? Que quer ele saber? – Perguntei atónita.

-Não sei…só sei que sempre que ligo pra ele, ele pergunta por você e depois pra disfarçar ele pergunta pela Nessie. – Falou aplicando um creme qualquer nos olhos.

Fiquei parada na porta do quarto dela sem saber o que fazer e o que pensar. Aliás, eu nem pensava mais, só escutava ela falando em minha mente, incessantemente: “O Edward tem perguntado por você”.  

Tomei coragem e fiz com a Rose o mesmo que eu fiz com a Nessie. Me sentei ao pé dela e meio apreensiva falei.

-Você…gosta…do Edward? – Perguntei coçando a cabeça, lutando comigo mesma pra não gritar com ela e proibir ela de sair com quem quer que fosse até o século que vem. Ela me encarou, pousou seus cremes e começou pensando olhando para o teto.

-Acho ele um pão, lindo, gato, fofo, rico, interessante, inteligente, sexy, charmoso, engraçado…

-São compatíveis. – Completei me roendo pra não xingar ele.

-Isso mesmo. – Falou sorridente.

-Então você gosta dele. – Afirmei. Ela fez cara de desaprovação e se levantou pra ir no seu closet.

-Ele é demasiado igual a mim. Quando conversamos temos muitos temas em comum, isso é verdade, mas nunca há nada de novo pra contar. Parece que estou falando comigo própria. É estranho. Sim, somos bons amigos e talz, mas acho que não há química suficiente para sermos algo mais. – Falou de dentro do closet. Eu acabei caindo do banquinho de tão dura de surpreendida que estava.  Juro que pensei que ela fosse falar que ele era o príncipe encantado dela e que quando casassem ia ter muitos filhinhos e Volvinhos e talz…

-Pensei que… - Falei pra mim mesma.

-Porquê? Você gosta dele? – Perguntou espreitando de dentro do closet para o quarto vendo a minha cara de parva.

-O quê? Como? Eu? Porquê? Onde? Eu? Não!!!!  Você está louca. Eu gostar daquele mimado-nariz empinado-idiota-preotente-com mania de dono do mundo-lindo-gostoso-odioso-dono de Volvos e irritante do Edward? É que nem pensar!! – Falei tudo de rajada sem pensar e nem notar o que havia falado. Mas ela notou. MERDA! Ela agora tá rindo muito de mim.

-Você está completamente apaixonada por ele. – Falou entre risos.

-Não seja idiota Rose. Eu não gosto dele nem um pouquinho. E com certeza ele gosta de você. – Falei o óbvio completamente emburrada.

-De mim? – Perguntou apontando pra si como seu eu tivesse falado alguma barbaridade. – De mim ele não gosta de certeza minha querida. Ele falou que se tinha apaixonado recentemente por uma menina que o enfeitiçou desde o primeiro segundo que a viu. – Confessou.

Ouvir aquelas palavras fizeram me sentir pior que estragada. Senti uma enorme pontada perfurando meu coração. Algo que não deveria de acontecer. Eu deveria ficar felicíssima por ele não gostar da Rose.

Porque eu fiquei assim? Eu não sinto nada por ele? Não gosto dele? Aliás, tudo o que eu sinto por ele é ódio, desprezo, irritação e medo, principalmente medo.

Não sei porque o sinto, mas quando estou perto dele e estamos discutindo tudo o que eu sinto, acima de todos os outros sentimentos, é medo. Nunca senti medo por nenhum homem. Exceto meu pai. E isso me intrigava muito. Porque eu sinto medo do Ed?

Continua…