-Que tal irmos tomar um copo ou algo assim quando a peça acabar. – falou ela no momento que eu havia chegado

-Acho uma ótima ideia. A Allie está mesmo precisando sair. – ele falou estragando os planos da Barbie em ficar a sós com ele

Sorri por dentro.

-A Allie? Pois a Allie… - falou super desiludida

-Eu também vou. – falei deixando os dois espantados

Não deixaria a Barbie a sós com ele nem morta. Se bem que eles não iam estar propriamente sozinhos. A Allie iria estar lá. Mas vai que a garota encontra alguém e os deixa a sós. Naaaa…Eu vou sim!

-Você? – perguntou Rose de olho arregalado

-Sim eu! Algum problema? – perguntei acentuando bem as palavras para não deixar duvidas que eu ia nem que caísse uma bomba atómica na minha cabeça!

Continua…

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-Não. Nenhum. –  Respondeu coçando a cabeça. Ed tinha ido falar com Allie e agora regressava. Podia ter ficado no quinto dos infernos.

-Ed, minha irmã também vai. – Comunicou a Barbie completamente aborrecida e ele sorriu.

-Que bom, que bom, que ótimo! Assim tenho com quem conversar. – Allie falou extasiada.

-Você tem a mim irmãzinha. – Falou Ed consolando a irmã.

-A Rosalie com certeza vai ocupar todo o seu tempo mano. E eu iria ficar abandonada. – Falou tristemente.

-Nunca abandonaria você. Te adoro demais. – Falou a abraçando.

Aquelas palavras me comoveram bastante. Como o dono de um Volvo podia ser tão lindo…er…digo carinhoso. Com certeza está fingindo. Por momentos me fez lembrar eu com minhas irmãs. Tá confesso, numa versão mais amorosa.

 Voltamos para a peça mas a passei toda inquieta. Ed notou meu nervosismo e me perguntou em sussurros.

-Tá tudo bem com você?

-Não. – Respondi entre dentes.

-Se você quiser falar… - Deixou em aberto a sua disponibilidade. Como se eu fosse a querer. Quero mais é que ele se exploda! Affe.

-Não! – Respondi de novo ríspida mas ele insistiu, parecia não se abalar com minhas respostas monossilábicas.

-Me parece preocupada.

-Por acaso já lhe tinha dito que tudo o que me corre de mal nessa cidade é por sua causa? – Questionei.

-Por acaso… - Fingiu pensar. – Já!

-Então deve ser fácil para você deduzir o porquê do meu estado. – Falei irônica.

-Você está preocupada comigo? – Caçoou.

-Óbvio que não. Mas a culpa de eu estar preocupada é sua! – Acusei prontamente.

-Que eu fiz agora? – Inquiriu inocentemente.

-O de sempre. É odioso. – Conclui e o idiota riu. – Não vejo qual é a graça?! – Falei brava cruzando os braços.

-Você é muito engraçada. Nem me conhece e já me odeia. – Falou entre risos. Panaca.

-Não te incomoda que eu te odeie? – Questionei curiosa. Maldita curiosidade a minha. Devia ter ficado calada.

-Muito. – Respondeu fitando meus olhos profundamente. Eu me assustei e desviei o olhar do dele. Não esperava que ele respondesse que sim.

-Isabella. – Me chamou de novo e eu o olhei muito a custo.

-Sim?

-Quero conhecer você melhor. – Falou me deixando com o coração na boca. Mas ele é estúpido ou faz-se? Então eu dou pra trás nele e ele quer me conhecer? Será que ele é masoquista? É muito provável.

-Mas eu não quero. – Respondi fria.

-Vou fazer com que você queira. – Falou firme.

-Quando você se livrar do seu Volvo talvez eu abra uma brecha. – Falei para o desencorajar.

-Se eu fizer isso você aceitaria me conhecer melhor? – Perguntou me deixando boquiaberta.

-Você faria isso? – Perguntei pasmada.

-Sim. – Respondeu calmo e sorrindo pra mim.

-Porquê? – Perguntei crendo que ele estava me zoando.

-Porque eu sei que existe uma mulher incrível por detrás dessa Bella irritante que você faz transparecer para mim. – Respondeu convitamente.

Aquilo me deixou mais perplexa e até me senti corar um pouco.

Droga! Fiquei encabulada. Não devia. Ele tá jogando todo o seu charme pra te dobrar sua idiota. Acorda!

-Você está me cantando? – Perguntei diretamente na cara.

-Pareço? – Perguntou arqueando os sobrolhos e eu afirmei com a cabeça. – Se eu me vestir de garota e colocar uma peruca vai continuar parecendo que tô cantando você? – Perguntou em seguida. Eu entreabri a boca sem resposta para dar. Odiava quando ficava sem resposta por isso contra-ataquei com mais uma dose de xingamentos.

-Você é mesmo um estúpido. Mesmo…mesmo arrogante, prepotente, mimado, convencido, lindo…quer dizer com a mania que é bonito e que canta todas e que todas elas caiem aos seus pés. Você chega a ser ridículo com esse seu discursozinho barato. – Desembuchei brava.

Ele riu de novo de mim. Qual é? Tenho cara de palhaça pra ele rir tanto? Mais uma vez se escutou “shiiiiuuuss” pela sala dirigidos a nós.

-Você realmente é um desafio. – Falou abanando a cabeça.

-Desafio? – Interroguei furiosa. Mas ele tá pensando que eu sou algum jogo? Mas que cara mais…grrrrrrrr…nem sei mais que nome lhe chamar.

-Sim. Estou vendo que vou ter de me esforçar muito pra provar que falo a verdade. – Falou sério.

Continua…