As irmãs Parkinson e a viagem no tempo escrita por Spooky Nurse


Capítulo 6
Cinco




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CINCO

Esclarecendo II

(Final de semana de Hermione e Sirius)

"Você não pode me fazer ir pra um lugar onde você não vai estar. Essa é a minha definição de inferno."

Hermione havia acordado de manha sozinha no dormitório, então se lembrou de suas colegas a chamando, elas iam a Hogsmead. Ela se arrumou rápido com uma roupa simples. Pensou em ir atrás da irmã, mas preferiu deixá-la dormir mais um pouco.

Ela estava sentada agora nas arquibancadas assistindo o treino do time da Griffinoria, ela se lembrava dos amigos, e de Rony quando ela o ajudou a se tornar goleiro. Ao pensar no ruivo uma dor a tomou.

– não Rony, eu não estou preparada. - sussurrou a garota.

Ele se levantou abruptamente e saiu do quarto batendo a porta. Hermione chorou a noite toda naquele dia, mas não mais do que no dia seguinte.

– Rony saiu e me pediu para te dar isso. - disse Gina.

Ela pegou o pergaminho e começou a ler.

"não vou terminar com você frente a frente, não quero ver você chorando. Mas não dá mais, não preciso de uma mulher frigida ao meu lado, mereço coisa melhor."

De todas as vezes que Rony a fez chorar, aquela foi de longe a pior. Ela não derramara uma lagrima depois da guerra, nem quando soube de seus pais, mas o rapaz conseguiu fazê-la chorar naquele momento.

Uma lagrima solitária e fria desceu pelo rosto dela, mas foi logo recolhida. Ela saiu de seus pensamentos quando viu uma pequena massa negra caindo do céu.

Ela apertou os olhos e pode ver a veste da griffinoria e o bastão caindo, os cabelos negros ondulados deixavam claro quem era, ela se ergueu e esticou sua mão a frente.

Aresto momentum.– disse ela fazendo o rapaz parar a centímetros do chão.

– Você esta bem? - perguntou ela para ele assim que se aproximou.

– anjo? - perguntou ele um pouco tonto.

– acho que a queda não lhe fez bem. - disse ela sorrindo. - vem, vamos dar uma volta.

Ele pegou a mão da garota estendida e se levantou. Entregou a vassoura a James dizendo que depois o procurava e se deixou ser guiado por ela.

Ela estava indo para a orla da floresta, e andaram alguns minutos pelas folhas e raízes.

– vamos aparatar. - ela não estava perguntando ou pedindo permissão, ela estava afirmando, mas mesmo assim ele assentiu com a cabeça.

Ela girou nos calcanhares e o puxou para o desconforto da aparatação.

Quando ele sentiu os pés de volta ao chão ele se curvou tonto e enjoado se recusando a vomitar.

Olhou para os lados e viu que estavam em uma clareira florida e clara, o sol estava quente na medida certa e a brisa estava suave batendo pelos cabelos da mulher, o que a deixava com um ar meigo e suave. Mas a frente podia se ver um rio e uma cachoeira com altura suficiente para causar uma neblina quando chegava aos rochedos a baixo.

Hermione deitou na grama verde aveludada e fechou os olhos aproveitando os raios de sol, o corpo apoiado nos cotovelos, Sirius tentou gravar aquela cena tão linda e tentadora. Como ela conseguia ser tão linda, misteriosa... Ele era o típico garoto popular e divertido, mas ela conseguia fazer ele se sentir um menino inexperiente e apaixonado pela idéia de amar.

Ele se sentou ao lado dela a olhando, decorando cada detalhe do rosto liso e suave dela, tinha medo de acordar e ver que era um sonho.

– sabe, nunca trouxe ninguém aqui. - contou ela. - Pansy sabe onde é, mas nunca veio.

Sirius se sentiu bem ao ouvir aquilo, ficou imaginando quantos já foram levados até lá.

– onde estamos? - perguntou ele.

– se eu te contasse, deixaria de ser meu refúgio. - disse ela, agora com os olhos abertos. - sinto muito ter sido tão fria esses dias. Deveria ter explicado de inicio.

Ele a observava.

– terminei um relacionamento conturbado nesses dias, é recente. - disse olhando o lago. - era alguém que eu achava amar muito. Não quero te dar falsas esperanças.

– só porque não deu certo uma vez, não significa...

– significa sim. - interrompeu-o ela. - não vou ficar aqui para sempre Sirius. Uma hora terei de ir embora.

– então me deixe aproveitar enquanto você esta aqui. - disse ele agora se aproximando mais dela.

– e permitir que nós dois sofrêssemos por isso? - indagou-o ela olhando nos olhos azuis. - não posso, já sofri muito.

– quando fala assim nem parece uma lufana.

Ele queria ve-la sorrindo, gostava do sorriso dela. Ela percebeu isso, queria sorrir também, se lembrou das travessuras que ela e Pansy acabaram fazendo.

– Posso ser divertida também. - retrucou-o ela.

– não parece.

– quer pagar para ver?

– aposto um beijo. - disse ele.

– terá que me pegar almofadinhas. - disse ela se levantando.

Ele a encarou com um sorriso torto no rosto. Nem notou que ela o chamara por seu apelido. Quando ameaçou se aproximar, Hermione correu, disparando pela grama alta sentindo o vento em seus cabelos, rindo como se nada mais existisse, Sirius atrás dela rindo e admirando o momento, ele podia pega-la se quisesse, mas não queria terminar com aquele momento. Minutos depois ele correu e a alcançou, passou a mão pela cintura dela a virando para ele e caíram juntos na grama rindo.

– é acho que você pode ser divertida.

– acha Sr Black? - disse ela ainda sorrindo. - ganhei a aposta.

– eu sei. - disse ele, eles estavam próximos, as mãos dele na cintura dela. Ela levou uma das mãos ate o rosto dele e acariciou ali, fazendo-o fechar os olhos. - por favor, me deixe aproveitar esses momentos com você. - disse ele.

– por quê?

– eu não sei explicar, você meche comigo Athena. - sussurrou ele. - linda, meiga, divertida, inteligente... É como se tivesse sido feita para mim. Eu preciso disso.

Ela não podia negar que também queria, a imagem do homem que ela conheceu no seu tempo se desfez, ela só via o Sirius Black de 1977, o maroto, divertido, sedutor... E que queria estar com ela.

Com esse pensamento ela se entregou ao beijo deles que era suave desesperado e cheio de desejo. Eles queriam aquilo já há algum tempo, as mãos fortes de Sirius a seguraram na cintura, quadril prensado com quadril, mãos andando livremente pelos corpos gravando cada curva e músculo, as línguas se chocando a procura de mais contato.

Quando o ar faltou Sirius desceu os lábios para o queixo, pescoço, busto. Suas mãos subiram para o seio esquerdo da garota, mas como um baque Hermione recobrou a consciência. Soltou-se dele e se sentou o levando junto.

– não estou pronta. - disse se lembrando da noite com Rony.

– eu entendo. - sussurrou ele com a respiração pesada. - e espero o tempo que for.

Aquelas frases a pegaram de surpresa e ela não pode esconder um sorriso.

Ele se sentou e a puxou para que se encostasse a ele, e lá ficaram, conversando e admirando o céu azulado, e o brilho da água cristalina.


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