As irmãs Parkinson e a viagem no tempo escrita por Spooky Nurse


Capítulo 5
Quatro




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QUATRO

Esclarecendo I

(Final de semana de Pansy e Regulo)

“Mas o paraíso esta trancado e enclausurado... Precisamos fazer a jornada ao redor do mundo para ver se uma porta dos fundos talvez esteja aberta.”

– Aonde vai hoje? – perguntou Regulo.

Ele tinha aparecido ao lado de Pansy tão subitamente que a garota quase trombou nele. Ou ele estava ali a algum tempo e ela não tinha notado. De qualquer forma sua mão começou a suar e seu coração acelerou.

– Hum, para o salão comunal? – Pansy respondeu.

Ela queria ir embora, sair dali. Mas quanto mais Regulo a olhava, menos vontade de partir ela sentia. Como é que o olhar dele conseguia fazer isso a ela?

Com sua pele pálida e cabelo negro, Regulo era diferente dos caras que ela conheceu – em ambos os tempos –. Ele transpirava confiança, e em seus profundos olhos azuis ele transmitia seu se conhecimento do mundo – ele sabia que conseguia o que quisesse -.

– Salão comunal? – perguntou ele desdenhoso.

Um sorriso brincalhão quase nunca visto surgiu em seu rosto. Ela ficou se perguntando qual idéia louca ele estava planejando. Havia uma bolsa de tecido pendurada nas suas costas, e um doce de abobora na mão.

– já esta quase na hora do almoço, e eu trouxe um piquenique comigo.

Hora do almoço, como ela havia perdido tão rápido assim à hora, passou a manha toda procurando a irmã. Pensou na sala comunal vazia e a idéia de Regulo começou a tentá-la.

– trouxe o bastante para dois?

Ele sorriu e começou a guiá-la com as mãos em seu ombro, eles foram andando pelos corredores ate chegar a entrada do castelo, passou pelos alunos que iam e vinham pelo pátio, atravessaram o portão e foram andando até a parte mais afastada do lago negro.

– eu adoro aqui, é um dos poucos lugares que se encontra para ficar sozinho. – disse ele.

Ela olhou para ele, e não pode deixar de se perguntar como ele podia ser tão lindo. Ela abanou aquele pensamento, não podia se deixar apaixonar por ele, isso era um amor impossível, e sempre seria. Mas ela resolveu se deixar levar era só um piquenique repetiu ela internamente.

Ele estendeu uma toalha quadriculada no chão e se sentou e ela foi a seu lado. De dentro da bolsa ele começou a tirar uma garrafa com suco de abobora e dois copos, alguns empadões, tortilhas, torta de abobora, e um pudim.

– com quem planejou fazer esse piquenique antes de eu aparecer? – perguntou ela encarando as mais variadas comidas a sua frente.

– na verdade não consigo mais me lembrar da minha vida antes de você aparecer.

Ela sentiu suas bochechas esquentarem - já planejava me trazer aqui? – brincou ela.

– tinha esperanças. – respondeu ele.

Ele esticou as pernas e colocou o peso do corpo nos braços atrás do corpo. Ela cruzou as pernas e encarou o lago enquanto comia uma tortilha. Ela olhava o céu com um interesse absurdo.

– esta se perguntando por que te trouxe aqui, não é? – perguntou ele olhando para frente, precisamente para a lula gigante que também se banhava do sol daquela hora da tarde.

– como sabe? – perguntou ela.

– sexto sentido. – respondeu dando de ombros. – se gostar também tem um sétimo e um oitavo. – ele a olhou sorrindo de lado e com a sobrancelha levantada.

Ela sorriu, era fácil ser ela mesma com ele, e isso era assustador. Nem mesmo com Draco ela sorrirá tanto assim, e ele era seu melhor amigo. Eles se encaravam, não conseguiam desviar o olhar, estavam presos cada um tentando desvendar os mistérios do outro.

Minutos depois o silencio foi finalmente quebrado por Regulo.

– acho que não. – disse ele de repente.

– o que? – perguntou ela confusa com a mudança de assunto, ela o encarou tentando entender se ele falará realmente com ela.

– você me perguntou se eu ficaria longe de você. – explicou ele. – a resposta é não.

– por quê?

– você é diferente Atria. – disse ele. – diferente de tudo e de todas, isso me atrai. Esse seu cabelo colorido, seus olhos esverdeados, sua boca rosada. – ele falava e se aproximava cada vez mais. – tudo me Atrai.

Ela não sabia o que fazer, ou o que falar. Eles estavam a centímetros de distancia, seus olhos encaravam aquele azul cristalino dos olhos dele.

A mão dele foi ate o rosto dela onde ele passou os dedos delicadamente pelos olhos, nariz, bochecha até chagar aos lábios.

– acho que é agora que eu confesso que te vi andando a procura de Athena e resolvi fazer uma surpresa. – sussurrou ele.

– então preparou um almoço romântico? – perguntou ela.

– é você que esta falando de romance. – riu ele.

Ela desviou os olhos por um segundo para os lábios dele, eles estavam tão perto dos dela, e seu olhar tão encantador, eles foram se inclinando bem lentamente, e quando estavam o mais perto que podiam, eles fecharam os olhos e seus lábios se tocaram.

O toque era suave e leve, mas eles precisavam de mais, ele se aproximou e a rodeou com seus braços fortes a deitando no pano e ficando parcialmente por cima dela. Pernas entrelaçadas, quadris pressionados, e respirações descompassadas.

As mãos de Regulo subiam e desciam na cintura da morena, hora ou outra subia ate os cabelos dela, seus lábios desceram pelo queixo, pescoço e foi descendo até o busto, ele beijava docemente e dava leves mordidas, até que finalmente voltou a boca com mais voracidade, desejo e paixão, suas línguas tocavam uma na outra, mordidas leves eram depositadas nos lábios dele, minutos se passaram e o beijo voltou a ser terno e calmo até que terminou em sorrisos e selinhos.

Ele se afastou sorrindo para ela, se deitou sobre o pano no chão, ela se virou e se aconchegou deitando a cabeça sobre o peito dele e lá eles ficaram conversando sobre eles e sobre a vida enquanto ele acariciava os cabelos dela.


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