Como Treinar o seu Dragão Interior escrita por Kethy


Capítulo 17
Momento tocante


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora. Sabe como é a vida de escritor, né? Uma hora a inspiração vem, outra não...
Espero que goste!
E sim, me inspirei em Percy Jackson.

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Entra ai!



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Soluço estava muito agitado, forçava as barras e as entortava como se fossem feitas de papel, eu e os outros já estávamos ficando assustados. Ninguém nunca tinha visto o Soluço daquele jeito. E também já estava com algumas escamas e as garras nascendo.

O coitado ainda tinha que aprender a controlar suas emoções.

Tentei acalma-lo.

– Dá pra parar com esse show?! – Para variar, meu jeito viking de ser falou no meu lugar. Parei quando vi o Soluço com cara de raiva. – Desculpa. Mas entrar em pânico não vai ajudar em nada.

Soluço pareceu se acalmar e ficou pensativo. Depois pareceu que teve alguma ideia.

– Não mesmo, tem razão. Mas eu sei o que vai!

Soluço transformou sua mão esquerda em pata de dragão. Usou sua unha e forçou a fechadura que abriu. Não fez barulho e só nós vimos. Esperto. Acho que ficou só um pouco convencido. Soluço fez sinal e fomos atrás dele. Melequento e Soluço correram na nossa frente, os dois eram muito rápidos. Quando Melequento percebeu que estava metros a nossa frente, ele parou tão brusco que afundou os pés na terra. Soluço também parou e os dois sorriram um para o outro.

– Não sei como não percebemos esse lado da família antes. – Soluço fez um momento de descontração no meio do nervosismo. Quando os alcançamos voltamos a correr, os dois primos iam mais devagar.

Soluço seguiu o cheiro do tio e chegou até a antiga sala de chefe Stóico. Tinha o básico, mapas, armas, cartas, papel e lápis de carvão. Fora uma mesa para reuniões. Mas tinha uma coisa incomum quando entramos, uma possa enorme de sangue que já tinha moscas. Quando viu a Cabeça-Quente deu um grito e foi confortada pelo irmão.

Tinha sangue, mas não tinha corpo.

– D-de quem é esse sangue...? – Senti pena do Perna-de-Peixe, ele estava claramente nervoso e bem pálido quando viu aquela possa.

Soluço deu três fungadas.

– Tem o cheiro da Jaguadarte. Mas cadê o corpo?

– Olha, segundo o que eu ouvi nas histórias de fogueira, ela não morre fácil. – Uma pausa. – Tem que arrancar-lhe o coração direto do peito, senão ela ressuscita.

Era só que me faltava, quando finalmente pensei que nos livramos daquela sereia escamosa, ela ainda pode estar por ai nada contente com alguém. – Provavelmente, o Dazbogur. – E se calma ela já é perigosa, com raiva então...

Soluço ficou pensativo de novo, tentava armar algum plano, mas outros pensamentos não o deixavam em paz. Ele estava preocupado com o pai e o irmão e não sabia qual buscar primeiro. Mas pela primeira vez, daríamos apoio.

– Qual o plano, varapau? – Melequento chegou perto do primo e tentou fazê-lo reagir.

– Por que tá perguntando pra mim?

– Bom você é o esperto, o dragão, filho do chefe, o mais forte... Eu posso continuar falando. – pela primeira vez, concordei com o Cabeça-Dura.

– Mais ninguém sabe o que fazer, mas você sempre tem algum plano. – Falei olhando em seus olhos.

– Está me confundindo com você.

Todos nós percebemos que o Soluço estava com problemas para confiar na própria força, então me aproximei resolvi confessar um segredo nosso.

– Soluço, sabe por que a gente te tratava mal? Temos inveja de você. Você sempre foi o mais esperto, resolvia problemas de adulto desde pequeno, descobriu várias coisas que mais ninguém conseguiu... Você é mais corajoso que pensa, e mais forte que qualquer um imagina. Mas não vai descobrir isso se ficar se lamentando.

Soluço ergueu a cabeça e ficou com um brilho no olhar, era a primeira vez que eu via isso nele. Era um brilho de confiança. Ele sorriu e nós retribuímos. O sorriso também era novo, daqueles que só pessoas que se sentem bem com elas mesmas conseguem dar com facilidade.

– Antes, era assim. Mas agora, a gente tá com você pro que for. É só falar. – Melequento deu mais confiança para Soluço.

– Mas... Quem me nomeou o líder da gangue?

Levantei a minha mão primeiro. Depois o Melequento. Dai o Perna. Depois os Gêmeos. Soluço se emocionou um pouco.

– Pronto. Quer uma festa também? – Fiz uma piada para aliviar o momento tocante.

Soluço nos olhou quieto por um minuto, mas depois fez uma expressão decidida.

O líder dentro dele finalmente acordou.

– Vamos lá fora, eu tenho um plano!


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Notas finais do capítulo

Chorei litros!!! :'-))



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