Who Owns My Heart? escrita por Lauren Grace


Capítulo 14
I Wanna Be Yours


Notas iniciais do capítulo

Ah, o Nyah está comendo minhas notas. Olá, leitores lindos do meu



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Eu só tinha vindo á casa do Percy duas vezes, e na primeira delas tudo estava decorado como se fosse uma boate, e na segunda eu estava nervosa demais conversando com os pais dele para prestar atenção na decoração da casa. Então, quando entrei na sala dele pude reparar o quanto aquela casa era perfeita. A casa tinha um cheiro natural de brisa marinha, mas sem aquele odor desagradável de peixe podre. A sala era pintada de azul claro, bem claro, quase branco. Os sofás eram de 3 lugares, e de couro branco. No chão, um tapete felpudo cor de creme cobria todo o espaço. Tinha uma mesa de centro, feita de madeira e vidro e uma estante, com CDs, poucos livros, a TV e um aparelho de som. A sala dava em um corredor que ia para a cozinha, onde eu não entrei. No outro lado tinha um banheiro, e uma escada de madeira que dava para o segundo andar. Aliás, vale ressaltar que a casa de Percy tinha 3 andares.

Mas a melhor parte da sala era a parede oposta ao banheiro. A parede era toda feita de vidro, do chão ao teto, e a vista era maravilhosa. Na frente da sala ficava o jardim da casa, e mais além, o portão. No céu a lua iluminava tudo perfeitamente, e no horizonte os prédios de Manhattan nos cercavam.

– Annabeth, você está a cinco minutos parada aí olhando para a minha casa – disse Percy, me interrompendo da minha observação.

– Oh desculpe! É que eu sou viciada em arquitetura e paisagística, então em todo lugar que eu vou eu fico olhando para tudo, apenas observando a paisagem. Principalmente se o lugar for lindo – eu respondi, com um sorriso.

– Eu sei amor. E obrigada por elogiar a minha casa.

– Ela é realmente fantástica. Aliás, aonde estão seus pais? – Percy era filho único, e morava com seus pais, Poseidon Jackson e Sally Jackson. Eu conhecia os dois, e eles eram incríveis. Poseidon era dono de uma rede de cruzeiros e transatlânticos, a “Olympus”, e era um grande empresário. Sally também era empresária, mas seu ramo era outro, ela era dona de uma rede de confeitaria.

Percy corou, olhou para o chão e sorriu. Eu conhecia aquela expressão, ele estava escondendo algo.

– Então? Percy, cadê a Sally e o Poseidon?

Ele riu de novo e respondeu:

– Então, Annie, tem um pequeno detalhe que eu esqueci de te contar. Meus pais não estão aqui essa noite, eles foram dormir fora.

– O QUÊ? PERCY VOCÊ ME TRAZ PARA DORMIR NA SUA CASA SEM SEUS PAIS AQUI?

– Calma, Annabeth. Sei que fiz mal em não te contar mas você precisa confiar em mim. O que tem de mais em eles não estarem aqui? Eu não vou fazer nada que você não queira. Você precisa ter mais confiança em mim, poxa. Não tem nada de errado nisso, e se você está preocupada com o que eu posso fazer saiba que eu não vou fazer nada sem a sua permissão. Eu te amo e te respeito. Mas se você quiser ir para casa tudo bem.

Fiquei constrangida depois dessa. Me senti careta e chata, mas tudo bem, eu tentaria não dar mais mancadas essa noite.

– Não Percy, eu fico. Desculpa, é só que eu não imaginava que íamos ficar sozinhos. E você sabe que é meu primeiro namoro então, olha, pode parecer ridículo, mas eu sou bem inocente para certas coisas – eu disse e senti minhas bochechas esquentarem. Eu devia estar mais vermelha que um pimentão.

– Tudo bem, amor. Apenas saiba que eu te respeito muito – ele disse e me abraçou.

Ficamos abraçados por um tempo, apenas nos sentindo, seu cheiro de brisa marinha entrando em minhas narinas e me fazendo arrepiar.

– Annie aqui nós temos escovas de dente extra, sabonete, toalha, tudo que você precisar. E você pode dormir no quarto de hóspedes, ou na sala se preferir, ou no meu quarto – ele deu um sorriso malicioso – e quantos ás roupas eu posso te emprestar uma minha se você quiser.

– Vai ficar engraçado – eu disse e ri – mas eu aceito.

– Tudo bem, eu vou pegar para você. E que tal se eu fizesse uma pipoca e a gente assistisse um filme?

– Ótima ideia.

Ele sorriu e foi para o seu quarto, pegar uma roupa. Depois de alguns minutos ele voltou com uma camisa verde-água, um moletom azul-marinho e calças pretas também de moletom. Em seguida ele foi para a cozinha e eu fui para o banheiro me trocar. Decidi ficar com minha camisa branca mesmo, colocando apenas o moletom e as calças. Suas roupas tinham um cheiro delicioso, o cheiro de maresia dele.

Quando terminei de me trocar ele já estava na sala, escolhendo um filme, com a bacia de pipoca no colo. Vê-lo daquele jeito casual, simples, e ao meu lado, me deixou tão feliz, e criou uma esperança em mim de que talvez ficássemos juntos para sempre.

Sentei ao lado dele, e ele me abraçou, me oferecendo a pipoca. Comi um pouco e comecei a assistir o filme, era “A Menina Que Roubava Livros”. Legal, agora eu ia chorar rios e Percy ia ter que ficar me consolando.

O filme foi passando, a pipoca foi acabando e comecei a ficar com sono. Quando o filme acabou eu já estava quase dormindo, nem consegui chorar de tanto sono que eu estava.

– Amor, acho melhor irmos dormir. Estou com muito sono – eu disse.

– Tudo bem. Aonde você quer dormir?

Lembrei do que ele tinha me dito mais cedo, sobre eu ter que confiar mais nele. Então talvez se eu dormisse no mesmo quarto que ele, eu demonstraria mais confiança.

– Hmm...pode ser no seu quarto? – eu disse, com um sorriso no canto do lábio.

– Claro.

Ele sorriu e nos levantamos. Apagamos as luzes, desligamos a TV e fomos para o quarto dele. Eu vim na casa dele duas vezes, mas nunca tinha ido até o dormitório. O quarto dele ficava no segundo andar, igual o meu. As portas eram grandes, de madeira escura e de correr. Ele abriu o quarto e seu perfume me invadiu. Cada canto daquele quarto tinha o cheiro dele, e rapidamente me senti inebriada. Ele acendeu as luzes e reparei bem bem o cômodo. As paredes eram pintadas de um azul bem escuro, como o céu noturno sem estrelas. No teto tinha duas lâmpadas longas, que deixavam tudo bem iluminado. O chão era de tacos de madeira escura, igual à porta. A cama era de casal e era king size, e estava uma bagunça. Por um segundo eu pensei em quantas garotas já tinha dormido ali. Em frente á cama tinha um guarda roupa grande, também azul. Ao lado tinha um equipamento de som acoplado á um notebook. Na parede oposta tinha umas prateleiras com CDS, alguns enfeites e umas garrafas de whisky. Na parede ao lado da cama tinha uma janela grande, que estava fechada.

– Então amor, você quer dormir de que lado?

– Pode ser do lado da janela.

– E eu posso te abraçar enquanto você dorme? Se você preferir eu durmo do outro lado, ou até mesmo no quarto de hóspedes.

– Não anjo...pode dormir comigo.

Ele deu um sorriso fofo e me beijou, terminando o beijo com carícias ao longo do meu pescoço. Deitamos e a cama dele era ótima, quentinha e macia. Quase imediatamente senti o sono me dominando.

Alguns instantes depois comecei a ouvir “I Wanna Be Yours”, do Arctic Monkeys, e Percy pegou seu celular para atender.

– Nico? – ouvi ele dizer. Ele ficou em silêncio por alguns segundos e depois disse:

– Porra, você está bêbado?

Mais alguns segundos de silêncio e ele disse de novo:

– Data, hora e local. Detalhes também.

Dessa vez o silêncio foi maior, e por fim ele disse:

– Ok, depois conversamos. Até mais.

Ele desligou o telefone, e eu perguntei:

– O que foi?

– Nico vai dar uma festa no próximo sábado e quer que nós vamos.

Fiz um muxoxo. Eu não gostava de festas.

– Eu não quero ir Percy. Pode ir só você, sério.

– De jeito nenhum, Annabeth. Eu só vou se você for.

Revirei os olhos no escuro. Parece que eu iria ter mesmo que ir. Desde que nosso namoro começou, Percy estava se tornando mais caseiro por minha causa. Mas eu não podia evitar todas as festas para sempre.

– Tudo bem, eu vou. Vai ser aonde?

– Na casa dele. E ah, a festa tem tema, é “Halloween”, então tem que ir com uma roupa macabra, tipo vampiro ou zumbi. É a cara do Nico fazer uma festa assim.

Bufei. Além de ser uma festa ainda ia ter que usar fantasia? E ainda ia ser na casa da vadia da Bianca? Será que o meu namorado não preferia ficar lendo comigo não?

– Amor se você não está se sentindo confortável para ir, tudo bem, eu respeito. Sei que você não gosta de festas.

Eu poderia dizer a verdade, mas isso ia ser mais uma “mancada” na noite.

– Está tudo bem, Percy – eu disse e me aninhei no seu peito.

Alguns instantes depois senti que ele beijava o topo da minha cabeça, e acariciava meu cabelo. Dei um beijo de leve no seu peito, e ele desceu os lábios até a minha boca. O beijo de Percy sempre começava calmo, então ele aumentava o ritmo e por fim estávamos ofegantes. Ele desceu os lábios pelo meu pescoço, depositando beijos mornos ali. Suas mãos seguravam minha cintura com força, e nossos corpos estavam colados um no outro, perfeitamente encaixados.

Ele mordeu o lóbulo da minha orelha de leve, e eu sorri. Nos beijamos mais uma vez, e durante o beijo ele puxou meu corpo contra o seu, e eu fiquei em cima dele. Ele soltou meus lábios e foi para o meu pescoço novamente, mas dessa vez dando leves mordidas e lambidas, ao invés de beijos. Suas mãos acariciavam minhas costas nuas por baixo da camiseta. Eu sentia todo o calor do seu corpo contra o meu, e a sensação era indescritível. Tiramos meu moletom juntos, e voltamos a nos beijar. Minhas pernas estavam entrelaçadas no seu quadril, e eu senti sua intimidade contra a minha.

Movi minhas mãos para a barra da sua calça, subindo com elas por debaixo da sua camisa. Comecei a acariciar sua barriga, e o calor que sua pele transmitia para as minhas mãos era extraordinário. Ele tirou sua própria blusa, ficando sem camisa. Infelizmente estava muito escuro e eu não conseguia ver nada, mas conseguia sentir seu tórax definido. A cada segundo que se passava nos beijávamos com mais intensidade, e quando o ar entre nós acabou eu mordi seu pescoço com força, fazendo-o gemer. Sei que talvez ele ficasse marcado, mas eu não me importava. Desci com meus lábios pelo seu corpo, beijando seu peito e sua barriga bem lentamente. Suas mãos se moviam debaixo da minha camiseta, e iam até meu sutiã. Por fim ele tirou, me fazendo ficar só de sutiã e com muito frio.

Suas mãos começaram a acariciar minhas costas e minha barriga nuas, e depois a parte exposta dos meus seios. Senti arrepios quando ele me tocou dessa forma e voltei a beijá-lo.

De repente, um espasmo de medo percorreu a minha mente. As imagens de Luke e eu, ele me violentando e tocando os meus seios como um animal selvagem vieram á tona. Eu não estava pronta para nada daquilo, eu ainda tinha medo.

Soltei os lábios de Percy imediatamente, e saí de cima dele. Vesti minha camiseta e me sentei na cama.

– Annabeth, o que foi? – ele perguntou, com uma leve irritação na voz.

– Percy, desculpa. Me perdoe, sério, mas eu não estou pronta. Eu não estou pronta para dar esse grande passo, e o que o Luke fez comigo ainda está muito fresco na minha mente, eu não consigo, desculpa – respondi e senti lágrimas quentes escorrendo dos meus olhos.

De repente eu já estava chorando convulsivamente, e não tinha consciência de nada ao meu redor. A única coisa que senti foi o abraço de Percy.

Depois de algum tempo consegui me acalmar, e Percy me trouxe água. Bebi todo o copo, e ele disse:

– Annie, eu entendo. Não precisa se desculpar. Agora, você precisa dormir.

Ele se deitou ao meu lado, e a última coisa que senti foram suas mãos limpando as lágrimas em meu rosto.


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Notas finais do capítulo

Ok, eu achei esse capítulo um pouco chato, admito. Mas e vocês, o que acharam? E o que acharam desse “quase hentai” haha? Espero que tenham gostado. Sou movida a comentários, então comentem! E se puderem recomendem e favoritem! Bjs da Lauren