Easy escrita por Nora


Capítulo 5
4 – Almost friends


Notas iniciais do capítulo

Capítulo dedicado às lindas do Bleh ♥♥♥ já disse que amo vocês?
Desculpem-me os erros, não pude revisar. Espero que gostem!



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America suspirou quando ele sentou-se ao seu lado.

— Você realmente não ia me dizer seu nome, não é? – ele indagou.

— Enquanto pudesse evitar, não diria. Mas parece que você já descobriu.

— Você está totalmente certa, America – ele sorriu com deboche.

— O que fez para descobrir? Comeu a mulher da secretaria? – Madison perguntou, com frieza na voz.

— Quase isso, Algueratti.

As duas garotas tiveram vontade de vomitar.

— Bom, tenho certeza de que quase todas as garotas desta sala adorariam estar tendo essa conversa. Portanto, vai falar com alguma dessas aí e nos deixa em paz. – America disse, irritada.

— Isso mesmo, McCalton. Vai lá e nos deixa em paz. – Madison completou.

— Ah, querida – ele falou, se referindo à America ­–, pode acreditar que eu vou. Mas lembre-se de uma coisa: nunca vou deixá-la em paz. – completou, piscando para ela.

Ele escapuliu da cadeira aonde estivera sentado e foi alguns degraus para baixo, encontrando Stacy e seu grupo de amigos.

— Trev! ­– a garota exclamou, dando pulinhos, o que fez sua blusa levantar mais, e enlaçando o pescoço dele em um abraço apertado.

Ela olhou na direção de America e a fuzilou com o olhar. E quando a francesa focou no rosto de Stacy, entendeu porque ela lhe olhara com tanta raiva.

Stacy era ninguém mais ninguém menos do que a garota que estava com Trevor aquele dia no Corale’s, e quando ele fizera o comentário sobre a tatuagem ela ficou... “irritada”.

A professora entrou na sala e por um momento todos ficaram em silêncio. Mas logo toda a gritaria e a enorme guerra de bolinhas de papel recomeçaram

— Mas me diz aí, como que você conheceu o McCalton? – Maddie perguntou, visivelmente curiosa.

— Eu trabalho em uma lanchonete, o Corale’s, sabe? – a amiga assentiu e ela continuou – Então um dia o McCalton foi lá, a Stacy estava junto e ele fez um comentário sobre uma tatuagem minha. E pelo jeito foi aí que a Stacy começou a me odiar.

— É, porque o olhar dela não é nada amigável.

As duas gargalharam e America sorriu. Era incrível o modo como ela e Madison haviam se entendido, parecia que as duas já se conheciam a anos.

As duas garotas se puseram a trabalhar e logo quando America começara a rabiscar coisas sem sentido no canto da folha, certa voz que ela estava começando a detestar proferiu:

— Você tem mania de rabiscar coisas?

A francesa virou o rosto e encontrou duas orbes verdes a encarando.

— Você tem mania de me perseguir? – retrucou com ironia.

— Sinta-se honrada por isso – ele respondeu, ignorando sua ironia e sua acidez.

— Honrada por quê? Porque um mauricinho debochado está falando comigo? Não, obrigada. – ela devolveu.

Ele deu risada e em um ato inconsciente ela se viu encantada pela risada dele.

— Você definitivamente tem senso de humor. Isso é bom. – ela arqueou uma sobrancelha e ele explicou. – Acredite, as francesas que eu conheci não eram nem um pouco engraçadas. Nem tão bonitas quanto você. E sobre o seu comentário... seu primeiro dia aqui e já tem uma má impressão sobre mim. Sei que com o passar do tempo sua opinião vai mudar. – ele piscou no final da frase.

— Querido – a francesa começou com sarcasmo, ignorando a cantada dele –, se Deus quiser, vou passar o tempo longe de você.

— Não me chame de querido – Trevor murmurou e seu rosto tornou-se sombrio. Mas logo a pose de bad boy retornou. – Só acho que está um pouquinho equivocada. Sabe, muitas garotas aqui queriam estar no seu lugar, como você mesma disse.

— E é por isso que eu queria saber por que você não me deixa em paz. – ela resmungou frustrada.

— Eu já disse que nunca vou te deixar em paz.

— Você não vai me dizer o motivo, não é? – ela falou.

— Talvez outro dia. – foi a resposta dele, e ela suspirou.

Enfim ela pôde prestar atenção na aula. Até aquele momento a professora não falara nada relevante, apenas anotara algumas coisas na lousa e mandara os alunos responderem a algumas questões. America havia terminado de responder quando o sinal tocou.

— Esta é a pior aula de todas. – Trevor disse. – Mas a professora é legal.

— Você diz que ela é legal apenas porque ela deixa tudo acontecer na aula. Só faltou jogarem uma bomba ali. – ela replicou.

— É, você de fato tem senso de humor. – ele falou, rindo, e ela revirou os olhos. – E isso é legal. É sempre assim nas aulas dela.

— Tenho pena de pessoas como você. – ela articulou e ele riu. – Você é sempre tão chato assim?

Ela, ele e Madison, que agora ela descobrira se chamar Madison Algueratti, graças a ele, saíram caminhando lado a lado, e todo mundo os encarava. Aparentemente o fato de Trevor estar com elas era surpresa. Inclusive para Stacy.

— Meri, acostume-se. Ele sempre é assim. – Maddie disse.

— A gente se vê por aí, francesa. – ele falou. Sorriu para ela e então saiu andando até o grupo de amigos dele. Quando chegou lá, Stacy se jogou em seu pescoço e America revirou os olhos.

— Essa garota é sempre tão atirada assim? – murmurou e a amiga deu risada.

Andy veio caminhando na direção delas e trombou com uma garota de cabelos longos e castanhos.

— Desculpe! – ela gritou antes de desaparecer.

Andy pareceu ficar desligado do mundo por alguns segundos, olhando na direção para onde ela fora, e então voltou a si, falando para America:

— Eu estou ficando louco ou o gato do Corale’s acabou de sorrir para você?

— Não, Andy, você não está ficando louco. – ela respondeu, com um suspiro.

— AHH! – ele deu alguns gritinhos e Madison riu. – Oi! – ele disse para ela.

— Maddie, esse é o Andy. Andy, essa é a Madison. – a francesa os apresentou.

— Oi – Maddie respondeu e ele deu beijinho em suas bochechas.

Os dois começaram a conversar animadamente e logo ele se esqueceu do assunto “gato do Corale’s”.

— Vejo que vão ser ótimos amigos – America resmungou sendo ignorada com sucesso por eles, que no momento conversavam sobre uma banda que ambos eram fãs e que ela não conhecia.

Quando estava prestes a interromper a conversa super animada dos dois, alguém pegou seu braço e a puxou para longe.

— Eles nem vão sentir a sua falta – Trevor falou enquanto eles andavam.

— E a sua namorada vai ficar com ciúmes – ela retrucou, seca, e então olhou na direção dos amigos, que ainda conversavam e de fato não sentiram a sua falta. – É, pelo jeito não vão sentir mesmo.

— Stacy não é minha namorada. O que a faz pensar isso?

— O modo com que ela olha para mim quando você está comigo. Ela parece querer me matar com as próprias mãos.

— Ela é assim com todas as garotas que se aproximam de mim – ele deu risada. – Vem – ele a puxou na direção do refeitório –, você vai almoçar comigo.

—... que se aproximam de você, vírgula. – ela contrapôs. – Não se esqueça de que foi você que se aproximou de mim.

Trevor se aproximou dela e sussurrou em seu ouvido com a voz rouca, fazendo os pelos da nuca dela se arrepiarem:

— E não se esqueça de que foi você que se aproximou de mim no Corale’s, gata.

Ela o empurrou e falou:

— Não me chame de gata.

Ele riu e ambos pegaram suas bandejas e se serviram. Antes de responder o comentário dela, ele a puxou até sua mesa, que estava cheia de gente, com vários jogadores do time de futebol da universidade. Andaram até o final da mesa – que por sinal era extensa – e Trevor disse:

— Campbell, sai do meu lugar. – o cara saiu, com uma expressão de poucos amigos, e ele se sentou. – E Collins, levanta essa bunda daí e deixa a America sentir.

O tal Collins pareceu fuzilar Trevor com os olhos, mas se levantou, olhando America de cima a baixo antes. Ela suspirou e se sentou.

— Você sempre manda neles assim? – indagou, erguendo uma sobrancelha.

— Ser veterano tem lá suas vantagens – foi o que ele respondeu, piscando.

Ela revirou os olhos e foi só então que reparou no quanto que o refeitório estava totalmente cheio. E foi nesse momento que ela percebeu que quase todos estavam os encarando.

— Trevor? Por que todos estão nos encarando? – ela perguntou a ele.

Ele sabia o motivo. Mas também sabia que se contasse a ela, ele perderia a amizade que estavam formando.

— Perderam alguma coisa aqui, por acaso? – ele falou, rude, em voz alta para aqueles que os encaravam e logo todos desviaram o olhar.

— Arrumou uma nova namorada, McCalton? Já desistiu da Stacy? – um babaca do time de futebol que estava sentado a algumas mesas de distância, por quem ele sentia um ódio muito forte proferiu, seguido das risadas de seus companheiros e de outras pessoas. – Como foi? Transaram no banheiro?

Trevor estava realmente fervendo de raiva. Isso era visível para todos. Ele cerrou os punhos, se levantou e estava prestes a ir na direção de Strainer, o que rapaz que havia falado, para distribuir uns bons socos no rosto dele. Mas o olhar inocente e assustado de America o fez parar.

— Se você não quer que eu deixe essa sua cara deformada, Strainer, é melhor calar a boca. Porque, senão, nem uma cirurgia vai adiantar.

Ele sentou-se novamente e perguntou para America, como se nada houvesse acontecido.

— Como as pessoas costumam te chamar?

— Meri – ela respondeu prontamente. – Acho que é o único apelido que eu tenho.

— Humm... – ele murmurou, pensando por um instante. – Então eu vou chamar você de Mare.

Um sorriso fraco se formou nos lábios dela, mas logo desapareceu. Ela não contara a ele que “Mare” era o jeito como sua mãe costumava lhe chamar.

Eles logo almoçaram e Trevor conseguiu esquecer o comentário de Strainer, embora este continuasse mandando olhares sugestivos para os dois. Quando ele e America estavam caminhando para suas respectivas aulas, ele perguntou:

— E então, Mare? Amigos?

America pensou por longos segundos. Até que ele não era de todo ruim. Por fim, ela sorriu e respondeu:

Quase.

E mesmo que aquilo não houvesse sido um “sim”, foi o suficiente para deixá-lo alegre.


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Notas finais do capítulo

Eu já disse o quanto eu amo o Trevor?
Comentem, please!