Easy escrita por Nora
Notas iniciais do capítulo
HEY GUYS! Depois de três meses sem postar em Easy, cá estou eu com o capítulo três. ÓBVIO que eu não ia abandonar essa fic! Sabiam que atualmente já estou escrevendo o capítulo 14?
Não sei se chegaram a ler no meu perfil que eu perdi meu pen drive, e só agora que eu estou "repondo" as histórias, digitando-as novamente. Comecei por Easy que tinha poucos capítulos digitados (eu só copiei e colei do nyah mesmo huehue), Human eu – com muito pesar – excluí, pois tinha muito poucas ideias, Beautiful War está numa situação crítica, que eu não sei se vou continuar, Insane também, e Os Sentimentos Permanecem eu NUNCA vou abandonar. Isso é fato. Posso demorar para atualizar mas nunca abandonarei. E como é a que mais tem capítulos, vai demorar um pouco mais pra eu poder atualizá-la. Mas prometo que antes de dezembro eu atualizo hauhua
Enfim, espero que gostem desse capítulo, um dos meus preferidos porque o Guilherme aparece
A aula de sociologia estava particularmente interessante. Essa era a parte das ciências humanas que America mais gostava.
Haviam duas garotas que vieram “conversar” com ela, Christina e Alyssa, mas ela não sabia se podia chamá-las de amigas. Sua atenção da aula foi tirada quando Alyssa, que tinha longos cabelos pretos, sentou-se sorrateiramente na cadeira ao seu lado, e Christina sentou-se no outro.
— Então – começou Alyssa –, por que será que Trevor McCalton foi falar com você hoje?
— Sabe, ele não costuma falar com qualquer uma. – a outra completou.
America ergueu uma sobrancelha e estava pensando no que responder. Pelo olhar de víbora das duas, ela pôde perceber rápida e claramente que elas não eram suas amigas. E então o sinal tocou e ela disse:
— Desculpe, tenho que ir – e saiu dali, deixando as duas garotas irritadas.
Felizmente elas foram em caminhos opostos. A próxima aula da francesa era História do Jornalismo, e enquanto andava ela pensava na enorme coincidência de que Stacy, a garota que cumprimentara Trevor mais cedo, ter lhe olhado com tanta raiva, e as garotas na aula terem lhe perguntado a razão de ele ter falado com ela. Provavelmente Alyssa e Christina eram como as “informantes” de Stacy.
— Sabe, se eu fosse você, ficaria bem longe de Alyssa e Christina. Elas não são a companhia mais adequada. Elas são a pior companhia, na verdade – uma voz feminina falou no corredor, fazendo America dar um pulo, assustada.
A garota que disse isso apareceu; estivera escondida na sombra de alguns armários. Ela tinha cabelos longos e castanhos, feições delicadas e usava um óculos preto e branco, do estilo “quadrado e grande”.
— À propósito, oi. Eu sou Madison – ela se apresentou, sorrindo levemente –, e imagino que seja caloura aqui.
— America. Prazer. – ela sorriu. – E sim, sou nova aqui. Qual o seu curso?
— Jornalismo, terceiro semestre – respondeu Madison, animada. – E o seu? Ah, nome legal. Pode me chamar de Maddie, ou Mad. Meus pais me chamavam assim às vezes porque, como diz a palavra em inglês, eu sou louca. – ela deu risada, e depois de alguns segundos America entendeu a piada.
Ela riu e respondeu:
— Jornalismo também, mas primeiro semestre. Obrigada. E por que Alyssa e Christina são más companhias? E você pode me chamar de Meri.
— Como é nova aqui, é ingênua nesses assuntos, suponho. – ela suspirou, lembrando-se dos seus primeiros dias ali na Columbia. – Essas aí são como as víboras de toda a universidade. Elas, junto com a Stacy que eu não lembro o sobrenome, e que você já deve ter conhecido – ela assentiu, rindo pelo que ela falou sobre não saber o sobrenome –, são o pior tipo de vadia que pode existir na face da Terra. São aquele tipo que destrói tudo o que e quem estiver no caminho delas para conseguir algo. Elas são falsas, enganam, humilham... nem queira saber tudo de que elas são capazes de fazer. E são os “capachos” – ela fez aspas no ar – de Stacy. Collough! Esse é o sobrenome dela, lembrei. Ela é uma espécie de “abelha-rainha” aqui.
— Já a conheci sim, só não fomos apresentadas ainda. E obrigada por me alertar, vou manter distância das três. – ela riu e Madison a acompanhou.
As duas chegaram na sala de aula e o olhar antipático de muitas garotas caiu sobre America. Sua mais nova amiga notou o olhar confuso no rosto dela e sussurrou:
— Digamos que você virou assunto desde que o McCalton foi falar com você hoje.
Ela entendeu e revirou os olhos. Nem conhecia aquele garoto direito e ele já estava incomodando sua vida.
Elas sentaram-se e America ainda pôde sentir o olhar das garotas queimando sobre si, mas ela resolveu ignorar isso e ambas começaram a prestar atenção na aula. E para a sua infelicidade, logo os sussurros e cochichos começaram. Todos eram sobre “a garota nova”.
— Ele é como uma celebridade aqui, pelo jeito – ela murmurou, irritada.
— Pode acreditar que é. – Maddie murmurou de volta.
America parou de pensar nisso e baixou os olhos para seu caderno, a fim de responder às questões que o professor propusera. E em poucos segundos ela já tinha tudo pronto, o que fez Maddie arregalar os olhos.
A francesa deu uma risada baixa da reação de sua amiga e se pôs a rabiscar coisas no canto da folha. Ela desenhou a Torre Eiffel, de uma forma mais estilizada, e rabiscou seu outro sobrenome, Chevalier, ao lado. Ela só se deu conta de que o professor estava atrás de si quando este disse:
— Posso saber o que tanto rabisca nessa folha, senhorita...?
— Chevalier – ela respondeu, se virando para encará-lo, e então corou.
Ouvira dizer que ele era bonito, mas não havia acreditado. Mas agora ela acreditava realmente que sim. Ele era lindo, e seus olhos escuros – era impossível distinguir a cor de sua íris – pareciam enxergar o fundo da alma dela.
— É... hã... nada demais.
Ele deu uma risadinha, sorrindo, e America pôde ouvir Madison suspirando ao seu lado.
— É impressão minha ou temos uma francesa na sala? – ele perguntou, elevando a voz no final.
— Não – ela respondeu, e seu sotaque ficou acentuado –, não é impressão.
Ele sorriu e tomou seu lugar de volta. Entretanto, America ainda podia sentir o olhar dele em si.
— O nome dele é Guilherme, caso não tenha prestado atenção – Madison informou à ela em voz baixa, que assentiu. – Ele tem vinte e sete anos e mais da metade das professoras da Columbia tem uma queda por ele. – completou, suspirando.
— Inclusive você, não é? – America deu uma risadinha, e completou, mais baixo: – Com razão.
— Com certeza. – ela replicou, sorrindo maliciosamente, e as duas deram risada.
O sinal tocou e todos começaram a arrumar suas coisas e o professor falou, em tom alto para que todos os alunos ouvissem:
— Respondam às questões, pessoal!
America e Madison sorriram, já haviam respondido, então não tinham nenhuma tarefa.
— Qual sua próxima aula? – Madison perguntou.
— Economia. – America respondeu, após consultar seus horários.
Elas já estavam na porta quando uma voz masculina proferiu:
— Chevalier, espere.
As duas garotas olharam para trás e viram o professor Guilherme andando na direção delas.
— Vai lá, amiga – a outra sussurrou, sorrindo para ela.
— Ah, cala a boca, Maddie – ela retrucou, irritada, e a amiga deu risada, saindo logo em seguida.
O professor se aproximou e quando a luz incidiu em seus olhos, ela pôde notar pequenos vestígios de azul, verde e amarelo em suas íris.
— America, certo? – ele perguntou, a tirando de seus devaneios. Ela estivera perdida nos olhos dele, fascinada pelo modo com que as cores oscilavam entre azul, verde e amarelo.
— Certo – respondeu, focando no rosto dele.
Os dois começaram a andar lado a lado, e ele falou:
— Sabe, não é muito frequente recebermos alunos estrangeiros aqui, muito menos franceses. Mas é uma grande honra.
— Sério? Eu achava que isso acontecia bastante.
— E acontecia. Costumava acontecer bastante, mas de uns tempos pra cá essa taxa de alunos caiu quase totalmente.
— Nossa. Não imaginava que era tanto assim.
— Pois é. Infelizmente é assim. Mas, enfim – eles pararam em frente a uma sala diferente –, quero conhecê-la melhor. Quero que conte sobre as belezas da França. Nunca fui para lá, e mesmo trabalhando aqui, nunca conheci nenhum francês. – ele sorriu.
— Ah, acredite, não sou uma pessoa muito interessante. – ela riu, como se estivesse desculpando-se.
— Tenho certeza de que é – ele deu uma piscadela, fazendo-a corar com seu comentário, e logo em seguida entrou na sala, deixando-a desnorteada.
America seguiu seu caminho para a sua última aula, com o comentário dele ainda em sua cabeça. E ela quase teve um ataque do coração quando Madison surgiu no corredor.
— AHHH, Maddie, quer me matar do coração?! – ela disse, arfando. Dera um pulo quando uma mão tocara seu ombro.
Ela deu risada e respondeu:
— Claro que não, Meri. Desculpa, não era a minha intenção te assustar. Mas e aí, o que que o professor gato Guilherme queria com você?
— Ah, Madison, nem vem com essa cara de malícia! – America resmungou, fazendo a outra explodir em gargalhadas. – Nada, apenas conversar.
— “Apenas conversar”, é? – ela ergueu uma sobrancelha, duvidando. – Só acho que, quando um professor gato que é jovem e cobiçado por quase todas as mulheres da universidade te chama em particular, as intenções dele não são “apenas conversar”.
Quando as duas chegaram à sala, a outra respondeu:
— E eu só acho que nem todos os homens são pervertidos como você imagina. E você já pensou na possibilidade dele ter uma namorada, esposa, noiva, etc?
— Vamos ver por quanto tempo você vai continuar achando isso. E ele não tem nenhuma aliança nem nada que signifique isso, então eu não considero essa hipótese. – rebateu, dando risada.
As duas logo entraram na sala, que estava um verdadeiro caos. A professora ainda não havia chegado, portanto os alunos estavam agindo do jeito que bem queriam. Alguns falavam alto demais, outros berravam. Bolinhas de papel eram arremessadas com força pela sala.
— Ele não precisa ter nada que simbolize isso para ter uma namorada, Maddie.
— Ai! – Madison fuzilou com os olhos um grupo de garotos que lhe acertaram duas bolinhas de papel no rosto, quase derrubando seu óculos.
America se abaixou para não ser acertada e as duas sentaram-se na última fileira.
— O.K, você está certa, Meri – ela admitiu. – Mas essa possibilidade não me impedirá de achar ele gato.
As duas garotas deram risada. Madison era realmente louca, e uma palhaça.
— E aí, Algueratti. – uma voz masculina disse.
— E aí. Madison respondeu, sem muita emoção na voz.
America levantou o olhar para ver quem falara com Maddie, e então seus olhos se encontraram com os de Trevor McCalton.
— E aí, francesa – ele disse, piscando.
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