Easy escrita por Nora


Capítulo 6
5 – Nightmares


Notas iniciais do capítulo

HEEEY GUYS! Demorei quase um mês, sorreh, mas enfim tá aqui o capítulo cinco que vai um pouco mais a fundo no passado da Mare. É um dos mais curtinhos da fic pq eu não tava mto inspirada p esse mesmo kkkk
ALGUÉM AÍ CURTE PJO/HDO? ENTÃO BORA LÁ LER MINHA MAIS NOVA FIC!
http://fanfiction.com.br/historia/568577/Inside/
É com as niggas Lolla, Mrs Kydd e Nutela Always. Podem comentar que a gente não morde!
Enfim, boa leitura ♥



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A tatuagem de America deixara Trevor perturbado.

Deitado em sua cama com as mãos atrás da cabeça, encarando o teto, ele se perguntava se fora muita coincidência ou se fora destino ter conhecido uma garota cuja tatuagem dizia “Carpe Diem”. Sua mãe, Clarisse, antes de morrer, lhe confidenciou um pedido.

“Prometa, meu filho, que um dia você vai encontrar o seu Carpe Diem. E vai se esforçar para não a perder.” Foi o que ela dissera.

Ele prometera aquilo, porém, sem entender o verdadeiro significado e sem pensar muito a fundo naquela promessa. Ele só foi entender a profundidade daquilo há alguns anos, quando entendeu o verdadeiro significado de Carpe Diem.

E não esperava que fosse tão difícil de cumprir a promessa. Dan, seu melhor amigo, já lhe perguntara por que simplesmente não desistia de realizar aquilo. Mas ele não iria decepcionar sua mãe, a pessoa que ele mais amava no mundo. E a única pessoa que ele amava.

A primeira vez que vira America no Corale’s, ele passara a noite sem pregar os olhos, pensando na enorme coincidência. Porém logo concluíra que fora, afinal, apenas coincidência, portanto logo esqueceu aquilo. Entretanto, agora que a conhecia via que aquela garota tinha algo... diferente. Algo que o fazia querer ficar mais perto ainda. Ela era intrigante. Totalmente diferente das outras garotas que conhecia, com a exceção de Maya.

Ele se levantou da cama de um pulo e pegou as chaves da sua moto Kawasaki Ninja ZX-10R, seu celular e sua carteira. Naquela noite, após o primeiro dia de aula, ele não estava com a mínima vontade de ficar em casa.

***

Era quase uma hora da madrugada e America ainda estava acordada, tentando terminar um trabalho que o professor de sociologia passara. Por que os professores sempre tinham que passar um monte de trabalhos logo no primeiro dia? Ela odiava isso.

Já no primeiro dia ela viu que não iria ser uma boa ideia continuar trabalhando, pois mal tinha tempo para fazer seus trabalhos, jantar e tomar banho. Seria muito complicado manter essa rotina. Ela e Andy foram para casa juntos e ele passou o tempo todo a incomodando por ter “almoçado com os populares”. Ela lhe explicara mais de dez vezes que foi porque Trevor insistiu, mas o amigo não lhe deu ouvidos. Ele ficou o caminho todo praticamente gritando que “ela almoçara com o gato do Corale’s”. America só não sabia o porquê da euforia dele.

Depois de um longe tempo tentando colocar sua mente para trabalhar, finalmente conseguiu terminar o maldito trabalho. Caiu exausta na cama, suspirando, e encarou o relógio digital ao lado de sua cama. Era 1h15min da madrugada. America nunca fora uma pessoa que adorava acordar cedo, ainda mais indo dormir tarde...

Felizmente, ela não demorou a dormir após fechar os olhos. Mas não havia se lembrado do pesadelo que lhe assombrava a mente quase todas as noites. Era sempre o mesmo. Sempre.

No início era a cena da morte de sua mãe, Isobel. Fora um acidente de carro em uma ponte, estava ela, sua mãe e seu pai. America tinha oito anos, não sabia onde estavam indo, só que haviam saído de última hora.

Seus pais estavam discutindo em voz alta, estavam brigando. Não entendia muito bem o significado das palavras que eles proferiam, por isso apenas observava no banco de trás, em silêncio. Até que sua mãe disse algo que a alarmou. America não se lembrava das palavras com clareza, mas era algo como “ela... saber, Joseph. Sabe que... deixá-la para sempre.” Era só o que se lembrava, e nesse momento seus olhos se encheram de lágrimas.

— Mamãe? O que está acontecendo? – ela perguntou, em um francês agudo.

— Não é nada, minha filha. Nada. – sua mãe respondeu com sua voz calma e suave, virando-se para olhar para a filha. – Tudo vai ficar bem. Eu prometo, mon ange.

Ela não entendera o porquê daquelas palavras e não se lembrava do por que da sua reação, mas naquele momento ela se desesperou e começou a chorar. Sua mãe tentou acalmá-la dizendo coisas reconfortantes, mas não deu certo.

Então seu pai se irritou e se virou para trás para brigar com ela. e nesse momento ele se distraiu e não viu o caminhão que vinha em alta velocidade e na pista errada.

JOSEPH! – foi o que sua mãe gritou antes da colisão, mas foi tarde demais.

O carro colidiu de frente com o caminhão. A ponte por onde estavam passando era estreita demais e era impossível o carro permanecer na pista. Por isso, o automóvel quebrou a barreira e despencou para o rio lá embaixo.

Não deu tempo de America pensar. Ela sabia nadar e não estava desacordada, por isso não foi difícil se libertar do cinto. Seu pai também estava acordado e tinha alguns arranhões no rosto, mas sua mãe estava desacordada e tinha bastante sangue na cabeça. America tentou tirá-la do carro, mas suas pernas estavam presas nas ferragens do automóvel e seu cinto havia quebrado, tornando impossível tirá-lo.

Tentou e tentou até que seu pai a puxou pelo braço porque o carro estava afundando cada vez mais, e ele já sabia que Isobel estava morta. America se desesperou e não queria se soltar do corpo desfalecido e sem vida da mãe. Não queria deixá-la. Não podia deixá-la.

Depois que eles foram à superfície, a cena do sonho dela mudou.

Era um tempo depois do acidente e estava ela e seu pai na casa deles, em Cannes. A casa se tornara... vazia depois que ela se fora. Parecia agora uma casa sem vida. Seu pai a acusava da morte de Isobel. Os olhos dele estavam vermelhos e inchados, com olheiras escuras e pesadas.

— Se você não tivesse me distraído chorando, ela ainda estaria viva! – ele gritava, e a filha se encolhia cada vez mais. Ela apenas ficava em silêncio, chorando baixinho.

Não foi minha culpa! – acordou gritando, em seu apartamento.

Ela fungou. Estava chorando, com os olhos cheios de água.

O sonho fora tão real. Sempre era assim. Ela sentia como se estivesse lá de fato, sentia o mesmo desespero e a mesma angústia quando não conseguira salvar sua mãe.

Pôs o rosto entre as mãos e chorou livremente. Chorou por tudo, desde o acidente, quase doze anos atrás, a todo o sofrimento que passara morando com Cher e Héloise.

Secou os olhos e olhou para o relógio. Era quase cinco horas da madrugada. Ela tinha certeza de que não conseguiria dormir novamente e como faltava praticamente uma hora para ter que levantar, decidiu manter-se acordada. Foi até o banheiro e lavou o rosto três vezes com água fria. Estava estampada em seus olhos a sua angústia e a sua tristeza de vivenciar aquilo novamente. Ela suspirou e tentou passar o tempo até o sol se levantar lendo um livro. Mas não conseguiu porque o acidente não saía de sua cabeça.

***

— Você não está com uma cara muita boa – Andy observou quando eles se encontraram na Columbia.

— Não tive uma noite muita boa. – ela respondeu, sentindo seus olhos pesarem. Queria dormir, um sono calmo e sem sonhos.

— Pesadelos?

— O mesmo. O acidente.

— Ah, Meri... como eu queria poder fazer você não ter mais esse pesadelo. Sei o quanto lhe deixa desgastada. – ele disse, olhando para ela com ternura no olhar.

— Pois é. – ela suspirou. Realmente lhe deixava desgastada, mas já era bom ouvir uma palavra reconfortante. – Viu a Madison por aí?

Ele analisou o local e respondeu:

— Não. Acho que ela não chegou ainda. – o amigo consultou o celular e deu um pulo ao ver a hora. – Meri, tenho que ir, minha aula já vai começar, até mais! Ah, olha quem está vindo aí. – ele piscou para ele e sumiu por entre os outros alunos.

Ela não teve tempo de responder, pois ele desapareceu. E quando se virou encontrou certa moto esportiva branca e vermelha. Trevor desligou a moto e tirou o capacete.

— E aí, Mare – ele disse, sorrindo de lado.

— Oi, Trevor. Por favor, não me enche hoje. Tive uma noite péssima noite de sono. – ela falou para ele.


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Notas finais do capítulo

Eu já tô escrevendo o final do capítulo 15 mas isso não me impede de querer reviews, né?
Enfim, nos vemos nos comentários e em Inside, não esqueçam de ler!
kisses, maya xx



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