Um mundo - INTERATIVA escrita por Cupcake Docinho


Capítulo 31
Only know you love her when you let her go


Notas iniciais do capítulo

Eu só vou dizer para vocês ouvirem isso:
https://www.youtube.com/watch?v=roUaDwfv7ug



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Gerad ainda não acreditava como tinha concordado com o plano de Carrie, era loucura tentar fazer aquilo, mas ele tinha que tentar já que não havia outra forma de salvar sua irmã. Tirando os olhos da estrada por um momento se virou para Carrie e perguntou:

–Tem certeza que quer fazer isso?

–Tenho- sussurrou Carrie olhando para frente, estava encolhida no banco do passageiro olhando para frente como se estivesse em meio em transe. “Parece pequena nesse casaco enorme, lembra muito a garota que conheci anos atrás” pensou Gerard.

–Eu agradeço o que está fazendo- disse ele voltando seus olhos para a estrada, por um momento achou que ela não tivesse ouvido, mas ela tinha ouvido.

–Era a coisa certa a se fazer- disse tocando levemente os lábios e se lembrando do beijo dele.-Tome- disse tirando um envelope do bolso do casaco e entregando para o rapaz, este desacelerou o carro, felizmente como todas as estradas que levavam para os grandes presídios o trafico era quase nulo, então não ouve nenhum acidente.

–O que é isso?-perguntou tirando dois pedaços de papeis e verificando o que está escrito. –Passagens de ônibus?

–Quando você estiver com a sua irmã você deve fugir, ninguém mais sabe que isso é um plano, todos acharam que você está me traindo, então todos da resistência vão te caçar. Use as e estará salvo.

–E você estará presa- disse ele abaixando a cabeça.

–Essa não é hora de você amolecer, sempre foi uma pessoa má, egoísta e horrível, e agora quando tem que ser tudo isso você se sente culpado- disparou Carrie sentindo as lágrimas prestes a escorrer. -Se quer fazer algo então dirija essa merda de carro para aquela porcaria de prisão e recupere sua irmã, que eu me viro- gritou ela.

Gerard fechou a cara, e acelerou o carro jogando o envelope com as passagens no banco de trás e dirigindo até prisão, a viagem foi rápida e silenciosa sem nenhum deles se virar para verificar como o outro estava. Quando a prisão ficou a apenas um quilometro o rapaz parou o carro no meio da vegetação rasteira e se virou para Carrie.

–Não vai fazer sentido se você estiver solta e se você não resistir- disse tirado um rolo de fita marrom grosa, a garota estendeu os pulso e deixou que ele envolve-se os dois com a fita.

–Não tenha medo de me machucar lá, aja como se me odiasse. Passe essa fita na minha boca também- disse ela fechando bem a boca.

–Tem certeza?

–Sim- o rapaz então cortou um pedaço de fita colocando-o na boca dela, ligou o carro e dirigiu até o portão da prisão, um soldado estava indo em direção ao carro quando olhou para Carrie e deixou que o carro passasse. Em todo os lugares o rosto da garota era conhecido, por suas grandes escapadas e por ser a líder da resistência, talvez não fosse tão temida como Colin, mas não era uma inimiga subestimada. O carro passou pelos portões, que se fecharam logo em seguida, Gerard parou o carro no meio do pátio, deu a volta no carro e puxou Carrie para fora do carro a jogando no chão. A garota estava se levantando quando recebeu um chute no lado esquerdo nas costas.

–Ei, ela está indefesa- gritou Gerard paro o militar que tinha chutado a garota.

–Ela mereceu, você não acha?- disse olhando ameaçadoramente para Gerard.

–Tanto faz o que penso, eu quero a minha irmã.

–Traga a irmã dele- gritou o militar para um soldado que andava pelo pátio, o homem largou o que estava fazendo e foi correndo para dentro do presídio.-Levante-a.-Gerard ajudou Carrie a se levantar, o homem a frente deles caminhou até a garota e arrancou a fita da boca dela.- Você não é tão ameaçadora presa assim, não é mesmo?-A garota permaneceu calada sem dizer nada.- Sabe diante de quem você está?

–Um idiota?- arriscou a jovem com um sorriso malvado, em troca recebeu um tapa no rosto.

–Esta diante de general Yuki- Carrie se virou para o homem e cuspiu saliva e sangue no rosto do homem, este limpou o rosto com a mão esquerda e agarrou o queixo da garota com a mão direita.-Eu vou fazer você sofrer tanto que você vai implorar para eu ter feito o mesmo que fiz com as suas amiguinhas. Aquela princesinha esta quase louca, enquanto o “grande Colin” quase não anda de tanta dor, mas com você vai ser pior, eu vou derrubar esse seu ego enorme.

– Sophia- Gerard gritou cruzando alguns metro para alcançar a irmão e abraçou, era uma garota de cabelos pretos, olhos verdes de aproximadamente nove anos como sempre, mas estava quase irreconhecível mesmo aos olhos do irmão. Os cabelos antes longo e brilhantes, tinha ficado curtos como os de Carrie e sem nenhum brilho, a pele que antes era dourada estava pálida devido há dias longe do sol, e grandes hematomas apareceram no braço da garota.-O que você com ela?-questionou ele abraçando a irmã e se virando para o general.

–Nada que ela não merecesse, não é mesmo querida?- questionou Yuki sorrindo maldosamente.

–Si...m, eu fui mal...vada- sussurrou a garota gaguejando com os olhos vermelhos de tanto chorar.

–Seu miserável- gritou Gerard se levantando quase fuzilando Yuki com os olhos-, primeiro a Carrie e agora a minha irmã.

–Fique ai senão eu mato ela- disse pegando uma faca de dentro do casaco e tocando levemente o pescoço dela.- O rapaz deu um passo e então Yuki afundou a faca levemente no pescoço de Carrie fazendo um fio de sangue escorrer,então se virou para Gerard que recuara um passo.

–Está vendo Carrie qual é o principal problema dos rebeldes? Eles não têm disciplina, e não sabem obedecer, é por isso que vocês são tão fracos- disse ele sem tirar a faca do pescoço da garota.- Vocês são tão fracos e patéticos, quando um dos mais fortes de vocês caem, ao invés de um mais forte substituí-lo, aparecem fracas como você. Você não é nem de longe tão forte como Lorenzo, o antigo líder da resistência, mas deve ter sido exatamente por isso que Colin colocou você nesse cargo para poder de manipular. Você é um fantoche, como agora.

–Vai embora, Gerard- pediu Carrie tentando ao máximo não mexer o pescoço já que a faca continuava tocando sua garganta.

–E você?

–Acho que isso não é problema seu- disse Yuki afundando ainda mais a faca o sangue escorrer pela pele branca de Carrie.

–Vocês prometeram que não a machucaria que ela ficaria detida até tudo acabar- gritou o rapaz desesperado.

–Eu menti- disse dando uma joelhada na base das costelas de Carrie, esta caiu ajoelhada, Yuki puxou a cabeça dela levemente para trás e tocou com a faca do pescoço dela.

–Pare com isso- gritou uma voz a distancia então tudo começou a tremer.

O tremor era tão intenso que Gerard, Sophia, Yuki e alguns soldados que passavam pelo pátio aberto caíram no chão, Carrie forçou a fita adesiva até esta afrouxar um pouco, conseguiu soltar seu pulso direito e com ajuda deste soltou o esquerdo. Então agarrou desesperada a manga do casaco a rasgando, e mantendo ao redor do pescoço para o sangue estancar, já Gerar tratou se manter a irmão perto dele e em segurança. Nenhum deles chegou a perceber que Yuki engatinhava para o outro lado do pátio em direção de Sophia e o irmão. Do outro lado do muro da prisão um enorme tanque de guerra se aproximava da prisão chegou a dois metros do muro e mandou os mísseis de baixa intensidade contra a parede de quarenta centímetros, esta não cedeu ao primeiro misses, mas rachou em algumas partes e perdeu quase vinte centímetros no local onde o míssil atingiu. O segundo míssil já teve mais sorte deixando um buraco enorme na parede, o terceiro, e quarto e quinto fizeram com que uma grande parte do muro desabasse. Estilhaços voaram por toda a parte, e pó branco que fazia do cimento cobriu todos que estavam por perto.

Michael saiu do primeiro tangue enquanto este manobrava para dentre do pátio, tinha um brilho confiante nos olhos assim como uma arma enorme nas mãos, estava a poucos metros de Carrie quando um grito veio do outro lado do pátio. Yuki segurava a mesma faca de antes, mas agora está não estava encostada no pescoço de Carrie e sim de Gerard, a irmã do rapaz olhava tudo assustada e em pleno estado de choque gritando incessantemente.

–Não sei quem é você, mas não de um passo senão ele morre- gritou o militar praticamente sufocando o Gerard, este se debatia, mas sua força não se comparava a um homem que fora treinado a vida inteiro para a matar.-Carrie, o que acha de eu matar ele?Você ia chorar?- gritou o homem com um sorrido débil, conhecia tudo sobre estratégias e sobre a morte, isso lhe dava conhecimento total de que não sairia de jeito nenhum vivo daquele lugar, tinha torturado e matado mais pessoas que já perdera a conta, qualquer rebelde nunca deixaria ele viver, por isso como todos que sabem que a morte esta perto Yuki se sentia louco e arrependido, mais principalmente louco. Era tão estranho sentir aqui, já que provocara a morte de tantos, mas as vezes o destino prega algumas pesas em nós.

–Solte-o- mandou Michael afagando a arma levemente insinuada uma ameaça, mas ele sabia que não adiantaria, como filho de um grande jogador de pôquer tinha aprendido logo cedo que algum que não tem nada a perder arrisca mais do que aquele que tem, e saber o perceber o que seu adversário pensa apenas analisando suas expressões e olhares, e aquele com toda a certeza era um olhar de um homem desesperado e sem nada a temer.

–Carrie chore, implore- mandou Yuki apertando a faca contra o pescoço de Gerard, a garota não se levantou do lugar que estava desde que o tremor começara, mas observava tudo muito atenta sentia o coração disparado e a cabeça martelar intensamente. As lágrimas começaram tímidas, mas depois aumentaram, o corpo inteiro dela tremia e o rosto ficava vermelho e molhado pelas lágrimas.Somente não implorou e gritou, mas deixou que soluços sufocados saíssem de seus lábios enquanto a faca perfurava cada vez mais profundo e a pele branca como porcelana de Gerard ficava vermelha, por fim Michael pegou a arma de seu coldre e entregou para a Carrie, esta atirou no coração de Gerard acabando com o sofrimento e depois no estomago de Yuki. Um homem como aquele não merecia uma morte limpa, mas um uma dolorosa. Enquanto aquele homem agonizava no chão Carrie gritou, pela raiva que sentia dos militares, de Yuki, e de Gerard que a abandonara e deixara a responsabilidade de Sophia.

Michael pegou a arma que estava no chão e permaneceu parado ao lado da garota, mas os habitantes do subterrâneo não, alguns foram até o corpo de Gerard para cuidar do corpo, duas mulheres foram confortar Sophia enquanto outros foram até Carrie, Paulo foi o primeiro a se aproximar se sentou ao lado da garota e a puxou para um abraço, está não relutou apenas gritou até que o ar faltasse em seu peito.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Bia