Um mundo - INTERATIVA escrita por Cupcake Docinho


Capítulo 30
Povo do subterrâneo


Notas iniciais do capítulo

Eu não acredito que estamos no capítulo trinta, eu estou até emocionada, tinha as minhas duvidas se chegaria aqui, mas eu cheguei, agora vamos ao capítulo. Demorei, mas foi por que estava muito indecisa para escrever esse capítulo por tinham varias coisas que não se encaixavam ai achei esse cover e me senti inspirada, então sugiro que ousam ele enquanto leem:
https://www.youtube.com/watch?v=XOboDfQ9yJs



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Paulo e Amanda eram dois habitante do abrigo nuclear, como todos lá tinham a pele escura, olhos dourados como de um gato e eram altos. O rapaz tinha cabelos castanhos enrolados que cresciam em um estilo Black Power só que não tão comprido enquanto a garota tinha cabelos loiros platina lisos que iam até a bunda, eram gêmeos fraternos e companheiros para tudo. Tinham mostrado todo o abrigo para Valentine e Michael e naquela manha levado eles para conversar com o conselho de anciões.

–Bem vindos jovens habitantes da superfície- disse uma mulher que parecia ser a mais nova daquele conselho, tinhas as costas retas, uma pele com poucas rugas em comparação aos outros, olhos azuis quase esbranquiçados (segundo os gêmeos a mulher nascera cega) e dentes brancos e retos. A mulher estava sentada em uma cadeira que lembrava muito um trono de madeira vermelha, enquanto os outros estavam um pouco a distancia dela sentados em uma arquibancada de três degraus totalmente feita de galhos e raízes retorcidas, fora aquela arquibancada e a cadeira tudo no abrigo nuclear era feito de um metal prateado e de um plástico azul claro. -Chegou ao conselho que vocês estão tentando incitar nosso jovens a irem para a superfície ajuda-los em uma guerra.

–Essa nunca foi nossa intenção, apenas explicamos aos curiosos o porquê de estarmos aqui, eles que quiseram nos ajudar- disse a ruiva sorrindo docemente para a ânsia, esta sorriu e disse:

–Foi exatamente o que disse para esses velhos, mas eles teimam em chama-los aqui- se virando para onde todos os anciões estavam e sorrindo vitoriosa.

–Mesmo assim isso é inaceitável- disse um homem com as costas levemente curvas e com uma boca cheia de dentes amarelados, os gêmeos tinham alertado para Michael e Valentine que convencê-lo a ajudar seria difícil, mas se tivessem ele de seu lado o conselho não teria escolha senão ajuda-los já que aquele homem para o mais velho e chefe de todos. - Essas ideias apenas nos colocaram em mais uma guerra, sabe por que estamos aqui?- E sem esperar disse:- Por que nosso país não quis entrar na guerra, fomos quase mortos por bombas, mas nosso governo construiu esses abrigos, somos o ultimo abrigo que restou, os outros foram invadidos e queimados.

–Nós sentimos muito, mas precisamos de sua ajuda. O mundo da superfície também pertence a vocês, e quando seus irmãos de lá de cima mais precisam vocês viram as costas, achei que eram um povo justo e amigável, mas me enganei- disse Michael dando as costas ao conselho estava quase abrindo a porta quando outro ancião disse:

–Você não entende nosso povo já passou por muitas guerras.

–E o meu foi oprimido, e morre de fome todos os dias, tenho amigos sendo torturados e até onde sei a verdadeira herdeira do trono pode estar morta, mas vocês se negam a ajudar- gritou o rapaz.

–Vivemos em um governo desonesto, e maléfico que tem como o objetivo tornar os pobres ainda mais pobres e mata-los de fome. - Acrescentou à ruiva.

–Se vocês nós ajudarem podem voltar a viver na superfície, temos certeza que conseguiremos fazer um acordo bom para ambas às partes.

A muitos quilômetros de distancia Jorge olhava para os resultados dos exames feitos em Krystal sem acreditar no que estava diante dele, olhou para a mulher alta e loira ao seu lado, sentindo se constrangido pela forma que ela o olhava, como se eles fosse idiota por encaras aqueles papeis por tanto tempo.

–Ela está curada?-questionou com a voz tremula.

–Não, eu só disse isso para o senhor se sentir melhor- disse a mulher sarcasticamente dando as costas e indo cuidar de seus afazeres. Jorge continuo a encarar o papel por mais algum tempo antes de tocar com mão no painel eletrônico ao lado da cela hospitalar da irmã, encontro-a encolhida dormindo calmamente, se sentou em uma cadeira e ficou a observando por um tempo até que a porta do quarto fosse aberta.

–O que está fazendo aqui?- questionou ficando na frente da mulher a impedindo de chegar até sua irmã.

–Eu vim fazer uma visitinha- disse a mulher de cabelos castanhos e olhos verdes olhando para o primo com um ar doce e inocente. -Será que você pode me deixar falar com ela a sós, priminho?

–De jeito nenhum você quase a matou, Penélope.

–Aquilo? Foi um desentendimento, não é mesmo Krystal?- falou olhando por cima dos ombros do primo, a jovem de olhos puxados tinha acordado e observava tudo em silencio.

–A deixe em paz, e a mim também. Saia daqui senão eu vou te dar outro tiro- disse sorrindo maldosamente, da prima apenas recebeu um olhar de desaprovação antes desta sair.-Ela é louca- da irmã apenas recebeu um olhar de compreensão.-Eu tenho duas boas noticias disse se sentando ao lado dela no colchão branco, Krystal apoiou a cabeça no ombro do irmão esperando ele falar.-Não vai me perguntar quais são?

–Me diga primeiro a pior e depois a melhor- sussurrou a garota sem tirar a cabeça do ombro do irmão.

–Você está curada- disse o irmão no mesmo tom de voz desta na tentativa que os microfones da sala não conseguissem captar a voz de ambos.-Eles conseguiram injetar nano-robôs em sua corente sanguínea que conseguiram cura-la.

–Serio?- questionou incerta com medo de que aquilo fosse apenas uma brincadeira de mau gosto.

–Sim- disse se mexendo de forma que a irmã teve que tirar a cabeça do ombro dele, Jorge colocou as mãos em forma de concha na boca e se aproximou da irmã até que seu mindinho rosasse a orelha dela e cochichou:- Você vai fugir hoje.

–Como?- disse a garota se virando para o irmão e mexendo os lábios em uma pergunta tomando o cuidado de tampar a boca na direção da câmera.

–Quando eu sair quero que você vá atrás de mim, assim que estiver no corredor me jogue no chão, e corra pelo corredor, eu coloquei um mapa na roupa que eles vão trazer use este mapa e fuga daqui. Você vai sair pela saída mais baixa onde o capim cresce mais alto que você, corra sem olhar para trás e não volte não importa o que aconteça- disse novamente cochichando no ouvido da irmã com as mãos em forma de concha.

–O que vai acontecer?- cochichou a garota com os lábios a poucos centímetros da orelha do irmão.

–Não importa.

A conversa foi interrompida por uma mulher que abriu a porta, trazia nas mãos roupas para Krystal, uma jaqueta preta, uma blusa azul marinho e calça de jeans escuro. O irmão saiu olhando para a irmã como se disse se que ainda não era a hora e deixou a se vestir. Enquanto se vestia Krystal verificou que no bolso esquerdo do jeans estava o mapa que o irmão fizera, mas não o tirou de lá com medo que as câmeras o captassem vislumbres do mapa. Depois de se vestir bateu levemente na porta como para avisar que a já tinha se trocado e o irmão abriu a porta. Conversaram por meia hora sobre o passado, a vida de Jorge no exercito e como Krystal chegara a resistência. A garota nunca pode imaginar como o irmão era engraçado e nem Jorge poderia imaginar como sua irmã era justa e honesta, isso apenas o tornou mais decidido em seguir seu plano, quando o seu relógio apitou o garoto deu um beijo na bochecha da irmã e se dirigiu a porta sendo seguido por ela.

–Eu vou voltar logo- disse ele sorrindo para a irmã, queria que para as câmeras apenas parecesse que Krystal o seguia porque sentiria saudades dele e não por que ela iria fugir.

–Eu sei- disse ela quando ele abriu a porta seguiu ele até o corredor e o jogou no chão correndo para o lado esquerdo tentando dar uma distancia antes de tirar o mapa e abri-lo, verificou que tinha ido pelo lado certo e começou a virar os corredores indicados pela linha vermelha do mapa. “Isso é mais difícil do que parece, Joan faz parecer tão fácil” quando notou que tinha adentrado no corredor errado e teve que voltar e entrar no corredor certo, por fim deu de cara com uma porta, abriu com o código escrito no papel e passou por ela encontrando a luz do sol.

Encontrava-se em um declive rochoso que depois voltava a se tornar um lugar plano o capim brilhava a luz do por do sol assim como a neve que caia leve e vagarosa sobre o capim. Krystal cogitou fechar a porta, mas como no mapa esta escrito para manter a porta aberta deixou-a assim e tratou de escalar as rochas. Escalou como um bode que fizera isso a vida inteira e começou a correr pela campina, por um momento aquilo parecia perfeito e surreal até que ouviu passos atrás de si, centenas, milhares de passos que a deixaram aterrorizada. “Eles me acharam” pensou até se virar para trás e ver que eram presidiários com seus macacões amarelos e laranjas que saiam no portão principal assim como da porta que ela acabara de passar, todos indo para o mesmo lugar, até o abrigo das árvores para onde Krystal também corria, a garota correu ainda mais rápido, mas isso não parecia resolver muito já que eles logo se aproximavam.

Um grupo passou tão perto dela que uma jovem acabou a jogando para o chão, outro grupo vinha tão próximo deste que ela achou que seria atropelada, mas um rapaz de aproximadamente dezoito anos parou de correr e a ajudou a se levantar. Correu ao lado daquele rapaz e dos outros detentos, até chegar ao abrigo das árvores. Então se virou para o presídio, e foi ai que tudo aconteceu tão rápido que se ela não estivesse olhando não teria acreditado. O presídio começou a pegar fogo e logo em seguida o prédio inteiro explodiu, só poderia ter sido causado pela detonada de uma bomba. Está era tão potente que os soldados que estavam escalando o rochedo e tinham acabado de alcançar a parte plana morreram na hora, apenas sobrando partes de seus corpos, as fundações do presídio que tinha três ou quatro andares abaixo da terra tinha se tornado uma cratera e muito do aço usado na construção se tornara apenas barras uniformes.

Krystal soluçou e chorou pelo irmão, que acabara de conhecer e já perder. Sentiu alguém puxar seu braço, mas não se virou para a pessoa apenas continuou olhando, sentiu quando seus joelhos desabaram e ficou de joelhos observando o presídio, estava ciente que muitos dos homens e mulheres que tinham acabado de ser soltos corriam e gritavam ao seu redor, mas ela não se importava apenas queria ficar ali e sumir como o irmão. Mas aquela pessoa não se cansava continuava a puxar seu braço, por fim Krystal se cansou e virou para a pessoa.

–Joan?


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Notas finais do capítulo

Achei o nome do capítulo muito sem graça e que não faz jus a tudo o que acontece, então se quiserem me sugiram nomes para esses capitulo.
Beijos.