ANNABETH

Dentro do avião eu só conseguia pensar como seria o meu dia aturando a minha madrasta e os meus meios irmãos. Só tinha certeza de uma coisa: ficaria o dia inteiro fora de casa. Talvez ne um parque ou na casa de Thalia.O pai dele me conhece deste pequena e sempre gostou muito de mim; ele chegava até á dizer que eu era uma boa influencia para a sua filha! Depois fiquei sem nada para fazer!! O meu notebook estava sem sinal da internet e já estava cansada de ouvir as mesmas músicas do meu mp3. Na janela do avião eu só via azul e alguns vultos de nuvem em que passava -mos. daí me lembrei de um livro que eu havia trazido caso o tédio batesse em minha porta. Então como já devem ter imaginado eu passei a viajem inteira lendo A Ultima Música. Estava na parte em que Roni estava começando á se entender com seu pai, quando o piloto avisou que em dentro de 10 minutos iria - mos pousar. Foi aí que o medo e insegurança veio me assustar! Tinha mais de dez anos que não via o meu pai! O que ele ira pensar de mim? Orgulho?Raiva? Tristeza? Eu não sabia. Minha vontade era de me transformar em um pássaro e voltar voando para a minha cidade. Mas eu não podia me transformar em um pássaro, muito menos fugir. Era tarde demais. Enquanto desembarcava em fiquei procurando o rosto do meu pai entre a multidão. Talvez o reconheceria. Já estava perdendo ás esperanças de o achar até que um homem alto, atlético loiro parou em minha frente. Ela usava calças jeans e uma blusa surrada de flanela.

– Annabeth? - Perguntou o homem com um pouco de esperança na voz.

– Pai? - Tudo o que eu conseguia pensar era: Esse era mesmo o meu pai? Ele não tinha que ter uns 42 anos? Esse cara parecia ter uns 28.

– Filha!! Você cresceu tanto!! E ficou tão linda!!! Eu confesso que estava esperando aquela menininha atrapalhada que me lembro!!Quase nem te reconheci! - É esse era o meu pai. - Então não vai dar um abraço no seu velho?

Na verdade eu não queria abraça - lo mas o coração foi mais forte. Na mesma hora eu o abracei, e senti lágrimas involuntárias saírem do meu olho. Ele cheirava á coisas velhas, talvez porque dava aula de historia. Mas esse cheiro me trouxe tantas recordações ...

– Ah minha filha que saudades. - A minha garganta estava seca. não conseguia dizer nada só um:

– huhum. - Ele começou á rir da minha expressão.

– Bem , vc deve estar bastante cansada. Vamos para casa.- Na verdade eu não queria ir para aquela casa mas apenas assenti.

Do aeroporto á casa do meu pai eu não falei nada. Apenas ele que não parou de falar um segundo. Chegando lá para a minha surpresa a minha madrasta e os meus meios irmãos me abrasaram.E não deixei de pensar em como aqueles nanicos eram parecidos comigo. Tirando os olhos é claro. Tinham os olhos da minha madrasta. De um azul bastante opaco, quase chegando ao castanho. Depois de me mostrarem qual era o meu quarto, e os meus irmãos os seus aviões de brinquedo, finalmente eu tomei um banho e descansei um pouco. Depois resolvi ligar para minha mãe, em que eu devo ter ficado mais de uma hora repetindo "está tudo bem" ou "Okay" , resolvi ligar para a minha amiga Thalia para ver se ela iria comigo no meu primeiro dia de aula naquela escola.

– Claro que irei com você! - Do fundo eu escutava alguns gritos e risadas.

– Onde você está? - Perguntei tentando disfarçar um pouco a curiosidade.

– Na casa do meu primo lerdo!!- Ela deu uma risada e um grito bem longo. Parecia que estava xingando alguém. - Ele também chegou hoje!!