A Life to Share with You escrita por ThisGirl


Capítulo 21
Capítulo 21 Parte I


Notas iniciais do capítulo

Aqui estamos nós novamente, espero que gostem e não esqueçam de comentar.



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Era uma quarta feira um pouco atarefada no escritório. Booth como sempre tinha alguns relatórios para supervisionar, sem falar que fora intimado depor no julgamento de Shaw que seria no dia seguinte. Mas não eram essas coisas que preenchiam seus pensamentos, mas sim uma linda morena alta de olhos azuis, a alguns quilômetros de distância.

Já fazia uma semana que tinha visto por acaso o pedido de casamento de Andy à Kathy, no mais novo romance da namorada, e desde aquele dia tudo que ele mais queria fazer era colocar um anel em seu dedo anular. Mas as coisas não eram tão fáceis assim.

Primeiro: Ele tinha que ter um anel;

Segundo: Ele tinha que reservar o lugar;

Terceiro: Ah bem, ainda esta um pouco cedo pra isso.

Estava decidido, ele iria a uma joalheria e escolheria um anel.

Pediu para sua secretária mandar Ryan subir a sua sala, enquanto andava de um lado para outro.

Olhou para a porta, quando viu seu colega de trabalho entrar.

–Senhor - cumprimentou.

–Ryan, eu preciso de um favor – Booth disse – um favor totalmente não profissional.

–Eu sinto muito senhor, mas não posso dormir com você.

–Espere... O que?! Não... O que fez voc-

–Brincadeirinha – Ryan disse, gargalhando – Porque você esta tão nervoso?A Doutora chutou você?

–Credo, não! Eu preciso da sua ajuda pra escolher um... Anel – disse Booth baixinho.

–Um anel de noivado?

–Sim

–Bom meus parabéns chefe... Acho que posso ajudá-lo.

–É que essas joalherias parecem tão anti-bones. Não parece que vou encontrar algo que a agrade lá.

Ryan concordou.

–Pelo pouco que conheço da Doutora Brennan ela provavelmente não iria gostar muito dessas joalherias também não, mas felizmente, eu conheço o lugar perfeito.

–Você pode me levar lá?

–Claro.

–Então vamos – Booth disse, pegando o paletó.

–Agora? Mas estamos no meio da tarde.

–Quem liga? Eu sou o chefe, c’mon!

...

A joalheria ficava nos arredores da cidade, não muito longe, mas também nem perto. Demoraram cerca de quarenta minutos para chegar ao local que parecia mais como uma vila pouco movimentada.

–Você tem certeza que esse é o lugar certo? – Booth perguntou – Isso se parece mais com uma desova de corpos...

–É apenas um local sossegado, chefe.

Os dois desceram do carro, e caminharam para uma pequena propriedade na esquina onde aparentemente ficava a joalheria.

Ao entrarem no local, um sino foi tocado e um senhor veio recebê-los.

–Bem-Vindos a joalheria, meu nome é George, como posso ajudá-los?

–Anéis de noivado – Booth disse apressado.

O senhor sorriu.

–Parece que temos um apaixonado bem nervoso aqui.

–Eu te disse Booth – Ryan falou – Seu nervosismo chega a ser palpável.

George os guiou através da loja, mostrando as joias.

–Me conte como ela é Mr. Booth.

Seeley suspirou, encarando os anéis.

–Ela é espontânea, sorridente, sincera, amorosa, ela é incrível. – ele sorriu.

–Só pra acrescentar – começou Ryan – Ela também é uma escritora famosa, com grandes olhos azuis.

–Parece-me alguém especial – o senhor disse.

–Ela é mais que isso – Booth respondeu.

George os conduziu até o balcão e pediu para que o aguardassem.

–Aqui parece ser um lugar legal.

–Eu vim aqui comprar a aliança pro meu namorado – Ryan respondeu.

–Você é gay? – Booth perguntou chocado.

–Tem muitas coisas que você não sabe senhor, mas sim, sou gay.

Booth sorriu.

–Marry do segundo andar vai se afogar nas próprias lágrimas se souber disso. Ela doida por você.

–Pobre garotinha – Ryan gargalhou.

Os amigos foram interrompidos pela volta do dono.

–Eu acho que achei o anel perfeito para sua namorada, Mr. Booth - George disse, antes de abrir uma caixinha de veludo vermelha.

Booth estava pasmo, o anel era lindo.

Era simples e complexo ao mesmo tempo, algo que definitivamente representava Temperance Brennan. Era revestido de prata e em seu meio continha um pequeno diamante não muito grande, mas seu brilho chamava atenção o suficiente.

Seeley poderia enxergar aquele anel na mão de sua namorada claramente, complementado pelo sorriso perfeito.

–Eu vou levá-lo.

–O senhor não quer saber as especificações dele?

–É roubado, traficado ou pirateado?- Booth perguntou.

–Claro que não senhor, sou um homem honesto – respondeu George.

–Então vou levá-lo.

Ryan sorriu e aguardou o senhor fazer a transação, minutos depois os dois estavam no carro de volta a cidade.

...

Booth estacionou ao lado de fora do Bureau, e agradeceu a Ryan.

–Sem problemas senhor, sempre que precisar – respondeu – Quando você esta pensando em pedi-la em casamento?

Booth suspirou.

–Sinceramente eu não sei ainda. Tenho que conseguir agendar o lugar primeiro. E digamos que não é dos mais fáceis.

–Estamos falando de um restaurante fino?

–Quem sabe Ryan – respondeu Booth, misterioso.

–Boa sorte senhor, tenho certeza que dará tudo certo. Vocês se merecem.

–Obrigada Ryan, mas posso te perguntar uma coisa?

Ryan acenou.

–Porque eu tenho a impressão de ser o único que sabe que você é gay?

Booth o ouviu inspirar profundamente, antes de voltar a falar.

–Querendo ou não, ainda há muito preconceito senhor. Provavelmente metade dos meus colegas de trabalho se negaria a trabalhar comigo, ou inventariam desculpas, eu só... Quero evitar esse “Desconforto”.

–Não se preocupe Ryan, tudo vai dar certo.

Eles se despediram e Booth partiu para casa.

...

Seeley colocou o a caixinha contendo o anel no bolso do paletó. Teria que ir direto para o quarto e guardar o objeto sem que Brennan percebe-se.

Mau chegou no apartamento e deu de cara com ela na sala, jogada sobre o sofá, trocando de canais aleatoriamente.

–Hey Booth – ela disse sorrindo – Pensei que não vinha mais...

Ele fechou a porta e caminhou até ficar do outro lado do sofá.

–Eu estava preso no trânsito, está caótico hoje – mentiu.

Temperance deu a volta, ficando de frente para ele. Ela estava vestindo uma camisola de cetim azul, que contrastava com a cor de seus olhos e não chegava a bater na metade das coxas.

Booth suspirou. Ela estava de matar.

–Eu senti sua falta – ela confessou passando as mãos pelo pescoço dele.

–Eu também, baby.

Booth não resistiu, e pousou as mãos na cintura dela, sentindo o tecido fino e macio sobre suas mãos.

–Amei a sua camisola – disse e sentiu Brennan se aproximar mais ainda.

Céus! Estava perdido.

–Eu acho que você vai amar mais ainda o que esta por baixo dela – sussurrou no ouvido dele, as mãos correndo dentro do paletó.

Booth empalideceu.

Afastou-se rapidamente dela.

–Eu tenho que... hmmmn. Já volto – disse rápido e correu para o quarto.

Quando chegou ao cômodo rapidamente retirou seu paletó, e pegou caixinha que continha o anel. Guardando-a junto com suas armas.

Brennan nunca mexia nessas coisas, aparentemente estava salvo.

...

–Booth, o que estava acontecendo? – Brennan perguntou assim que o viu retornar para sala, sem o paletó.

–Eu hmmn... Tinha algumas cartas do bureau no bolso do paletó, e... Elas não podem amassar de jeito nenhum, então fui guarda-las pra evitar.

Temperance o observou, desconfiada.

–Você tem certeza de que esta tudo bem? Você parece... Nervoso.

–Não, e só... Estava preocupado com as cartas – respondeu rápido.

–Eu não sabia que eles ainda utilizavam cartas – falou – É tão... Antigo.

–Mas é seguro, você sabe... Todo órgão do governo tem suas desconfianças...

Brennan suspirou conformada.

O que quer que fosse que o estava incomodando descobriria depois.

–Então, onde estávamos? – ela perguntou sentando-se no colo dele que estava no sofá.

Booth relaxou e sorriu.

–Nós estávamos na parte onde você dizia que eu ia amar o que tem debaixo dessa coisinha azul aqui – ele respondeu, correndo a mão pela camisola dela.

Seeley pousou suas mãos no quadril de Temperance, sentindo o calor que emanava dela, que foi tirando sua gravata a passos lentos e torturantes, enquanto sentia a mão de Booth vagar pelo seu corpo.

–Eu amo o seu cheiro – Booth disse enterrando o rosto no pescoço dela, sugando o aroma delicioso – Já te disse isso?

–Milhares de vezes – ela sussurrou – Mas eu não me canso fácil, então diga sempre que quiser...

–Bom saber.

Seus lábios traçaram o caminho dos seios dela, onde deixou um beijo molhado por cima da peça.

–Booth?

–Yes babe ...

–Faça amor comigo.

–Sempre...

Ele beijou o queixo, seguido pela bochecha antes de morder o lábio inferior dela, que emitiu um suspiro apertado. Brennan passou a gravata pelo pescoço dele, e puxou para si, tocando seus lábios.

O beijo era lento, porém cheio de desejos. Os amantes se exploravam enquanto suas línguas se perdiam uma na outra.

Booth passou as mãos pelos cabelos dela, sentindo a maciez que tanto gostava, e seus dedos desceram, contornando a linha da coluna dela através da camisola, sentindo-a se arrepiar sobre seu toque. Pousou uma mão na coxa quente de sua parceira, enquanto a outra tirava os cabelos que caiam sobre sua face.

Ela era linda, ao jeito mais natural possível.

Brennan desabotoou os botões da camisa, expondo o peitoral. Suas mãos traçaram as linhas do corpo dele lentamente, as memorizando.

Voltou a beijá-lo dessa vez apaixonadamente.

E ambos se perderam nos suspiros, gemidos, toques e sensações. Fazendo amor pela noite a fora.

...

Seeley estava deitado na cama e Brennan estava sobre ele. As pernas enroscadas, as mãos acariciando a nuca dele enquanto desfrutavam de um beijo apaixonado.

Ela sorriu quando sentiu os dedos dele descendo sobre a extensão de sua perna só para fazerem o caminho inverso novamente.

Estar com ele era maravilhoso.

–Eu me lembrei de algo – ela disse, beijando o queixo dele.

Booth sorriu.

–Desde quando você esquece alguma coisa Bones?

–Desde que, hmmmn... Vejamos – beijou o pescoço dele – tenho um federal extremamente atraente na minha cama...

–Você tem um bom argumento – ele disse – Então, do que você se lembrou?

–Tem uma carta pra você embaixo do abajur – ela rolou para o lado, pegando o envelope – Todo seu.

Booth se recostou na cabeceira, lendo o conteúdo do envelope.

–Algo importante? – ela perguntou, segurando um emaranhado de lençóis contra os seios.

"Caro Mr. Booth, neste final de semana a Philadelphia High School estará promovendo um reencontro dos alunos da turma de 99, contamos com a sua presença.”

Ele reproduziu o conteúdo da carta em voz alta.

–Você vai? – Brennan perguntou.

–Yes, eu... Faz tanto tempo. Tantas lembranças – ele suspirou – Mas eu quero ir, ver como todos estão, vai ser legal além do que, você me fará companhia.

–Farei, é? – ela perguntou surpresa.

–Claro que sim, afinal você é a minha melhor amiga, parceira e namorada – completou – sem falar que não vai me deixar sozinho a mercê de um bando de ex lideres de torcida, certo? Eu pensava que você me amava - brincou

–Eu não gosto de lideres de torcida – ela respondeu.

–Nem eu – ele disse – Prefiro as nerds. Elas são de longe muito mais sexys e atrativas.

–Boa resposta, cowboy. Boa resposta. – ela disse antes de beija-lo.

–Então... Você vai? – ele perguntou ansioso.

Ela concordou com a cabeça e enterrou o rosto no pescoço dele, bocejando.

–Adoraria conhecer sua escola.

–Bom, e também posso te mostrar a minha antiga casa. Pops esta por lá, e minha mãe também.

–Ela não tinha ido embora?- Brennan perguntou confusa.

–Logo depois que eu recebi a proposta do FBI pra vir pra Alemanha, eu recebi um email... Ela, hmmnn... Ela pediu pra que eu fosse visitá-la, que ela estava no mesmo lugar de sempre. Pops me disse que ela voltou logo depois da morte do meu pai.

–Ow, porque você não me contou?

–Eram tantas coisas acontecendo no momento amor, e eu só conseguia pensar em você – disse com um sorriso bobo – mas agora você pode conhecê-la também.

Brennan se aconchegou mais a ele, e Seeley passou um braço pela cintura dela, abraçando-a.

–E se... Ela não gostar de mim? – perguntou insegura - Você sabe que as pessoas normalmente não se dão bem comigo...

–Ela vai te adorar Bones.

–isso é impossível pra você saber, Booth.

Ele se virou para ela, encarando-a.

–Você me faz feliz, me dá um propósito pra viver, e acima de tudo ainda me ama – respondeu sincero – Isso é tudo que uma mãe deseja para o filho.

Ela sorriu, e beijou ele novamente.

O afeito durou mais que o esperado, e Brennan descansou a cabeça no peitoral dele.

–Eu realmente amo você.

Ele sorriu.

–America, aqui vamos nós.


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Notas finais do capítulo

Será que teremos um encontro familiar?Tudo vai correr bem? Devo continuar?

Me digam vocês, beijinhos ;)