A Life to Share with You escrita por ThisGirl


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo prontinho.
Espero que vocês gostem, e comentem.
Poucos comentários,perca de incentivo.
Queria agradecer as meninas que humildemente comentaram o capitulo passado, thank u.

Enjoy it :)



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Brennan estava na sala, perdida em seu livro. Seus dedos deslizavam pelo teclado na tentativa de seguir o raciocínio de sua mente.

Ela já estava ali pelo menos umas duas horas e quando terminou o capitulo de seu mais novo livro e suspirou satisfeita. Ela provavelmente iria surpreender muitas pessoas, incluindo Booth.

Foi interrompida em seus pensamentos por um xingamento vindo da cozinha.

“SHIT”

Caminhou a passos lentos e percebeu seu namorado deitado no chão, com a parte de cima do corpo dentro do gabinete que sustentava a pia, rodeado de coisas a qual ela não conseguia identificar.

–Booth, esta tudo bem? Ela ouviu um suspiro, antes dele voltar a falar.

–Sim... Não – bufou – essa droga de encanamento.

Brennan se aproximou dele, ajoelhando-se para poder visualizar o que estava acontecendo.

Um vazamento de água através do cano.

–Você quer eu chame o sindico? Tenho certeza que ele vai saber o que fazer com isso...

–Eu posso concertar isso Bones – afirmou – Pops me ensinou, além do mais, é o meu trabalho.

–Não é não – ela retrucou – seu serviço é garantir a segurança dos cidadãos dessa nação, não consertar encanamentos.

Booth sentou-se, pegando a cola e apontando para o cano.

–Eu não posso fechar o registro, então quando reajustar o cano, o fluxo de água não vai parar, é onde você entra.

–Eu? – Brennan perguntou confusa – Você esta pedindo minha ajuda, Seeley?

–Sim, Temperance.

–Uma condição – ela disse – Se não funcionar chamaremos o sindico.

Ele concordou.

Com o plano devidamente explicado, Booth voltou para dentro do gabinete, seguido por Brennan ao seu lado. Booth com cuidado ajustou os canos, segurando-os, enquanto Brennan passava a cola ao redor.

A ação durou pouco mais que alguns minutos, e ambos suspiraram ao final. Ficaram observando os canos por mais algum tempo, e não perceberam nenhum vazamento.

–Viu?- ele disse, sorrindo– Eu disse que sabia como consertar!

Brennan apenas balançou a cabeça, e levantou-se indo para a geladeira e pegou duas cervejas, oferecendo uma a ele que aceitou de bom grado. Sentou-se no balcão, enquanto observava Booth.

–Então... O que fazemos agora?

Booth se aproximou dela, tocando sua coxa, e bebendo um gole da cerveja.

–Sinceramente? Eu não sei – gargalhou – Mas podemos descobrir...

Brennan sorriu, e começou a distribuir beijos pela face dele.

– Sabe... – começou – Tem um filme que eu gostaria muito de assistir.

–Ahhh Bones, de novo? Nós já assistimos esse filme umas quinhentas vezes...

–Na verdade foram quatro vezes só – respondeu metódica.

Temperance se aproximou mais, usando umas de suas artimanhas mais recentes. Passou suas mãos envolta da cintura dele, e fez um olhar triste acompanhado de um biquinho.

–Ohhh, não faça isso... Esse olhar não, por favor! Não faça os olhos tristes – ele implorou.

–Pleeeease, Boothy – ela pediu mais uma vez.

–Ok, você ganhou – suspirou – Mas você precisa parar de fazer isso Bones, é muito fofo pra dizer não. Ela sorriu e pegou mão dele os guiando para sala.

– Eu só vou guardar meu notebook, e podemos começar.

–Ok gorgeous, eu vou fazer algum-.

Seeley foi interrompido pelo seu celular.

–Booth.

Brennan o observou ficar rígido de repente. Sua postura estava mais agressiva. Quem quer que fosse do outro lado da linha não tinha boas noticias. Ele continuou no telefone por mais alguns minutos antes de desligar.

–Droga! – xingou – Eu tenho que ir Bones, agora!

–O que aconteceu?

Booth correu para o quarto, seguido por Brennan. Abriu o guarda roupa, e pegou uma caixa que continha suas armas. Escolheu um fuzil e um revolver.

–Booth – ela o chamou mais uma vez – O que esta acontecendo?

Seeley saiu de seu transe e encarou a namorada parada a porta do quarto deles. Suspirou. Estava tão avulso e preocupado depois das ligações que tudo era um borrão.

– I’m so sorry, baby.

Ela se aproximou dele, e colocou a mão em seu braço. O Confortando.

–Shaw. Ele estava em um banco, e as câmeras de segurança o reconheceram e acionaram a policia, ele estava encurralado e começou a fazer reféns. Pelo o que me passaram, tem mais três homens com ele.

–Você esta indo pra lá?

–Sim, eu... Eu tenho que ajudar Bones. Afinal, ele é o meu caso. Ela suspirou.

–Não é sua culpa, Booth...

–Eu sei, é que... Se eu o tivesse pegado antes isso não teria acontecido.

–Então pegue ele agora. Eu confio em você. – ela disse, o segurando firme pelos braços.

Querendo ou não, Brennan sempre mantinha um receio. Um medo escondido dentro de si. Ela sabia que o trabalho de Booth era perigoso, mas necessário. Já tinha perdido a conta de quantos pesadelos teve com ele, em que saía em alguma missão e não voltava, era assustador, mas ele era bom, o melhor. O mundo precisava dele assim como ela.

Então não poderia ser egoísta. Ser um herói era parte dele, quem ele era, e uma das coisas que ela mais amava sobre Seeley. Ela já estava na sala, a TV ligada no sequestro do banco, quando Booth saiu do quarto carregando uma mala retangular que deveria estar carregando o riffle, ela pensou.

Brennan se aproximou dele, e o abraçou.

–Por favor, tome cuidado – ela disse – Eu vou esperar por noticias.

Booth pegou a mão dela na sua e a beijou demoradamente, antes de falar.

–Eu vou, baby. Prometo. Ela sorriu, e aproximou o rosto do dele, o beijando profundamente.

Booth suspirou ao sentir os lábios dela nos seus, quentes e úmidos, enquanto a língua dela adentrava sua boca em uma tentativa desesperada de gravar cada momento com ele. Tudo que ele pode fazer era retribuir o afeto, enquanto sua mão se afundava nos cabelos dela e a outra apertava em volta da cintura, querendo ter certeza de que ela estava ali.

Brennan foi a primeira a quebrar o beijo, em busca de ar, e deitou a cabeça na curva do pescoço dele, memorizando. Booth beijou o topo da cabeça dela, deixando escapar um suspiro apertado. Essas eram sempre horas difíceis.

–Eu tenho que ir – beijou a testa dela – Love you.

–Love you too.

E ele partiu.

Brennan sentou-se no sofá, solitária acompanhando cada momento da operação.

Já se passaram uma hora desde que Booth recebera a ligação, e ela podia ver os carros do FBI, e uma van através das imagens do helicóptero. Tudo que a mídia informava até agora era que Shaw estava cercado, e que se recusava a soltar os reféns enquanto o FBI tentava achar algum jeito de entrar no banco sem ser percebido.

Eles teriam que ir atrás de Shaw, surpreendê-lo, pois de jeito nenhum ele iria entregar os reféns pacificamente, e também não havia nenhuma maneira do FBI ou policia o deixarem escapar.

“Eles deveriam tentar entrar pela loja de presentes”

Brennan pensou.

Já estivera nesse banco uma vez, e teve o infortúnio de ser cercada por centenas de fãs. Não que ela não os amasse, mas gostava de seus momentos de privacidade. Ela informou o gerente do banco, que ficou mais do que feliz de atendê-la, e lhe mostrou outra saída. Sem ser pelos fundos, a qual também estava cercada, mas sim através da loja de presentes que ficava grudada ao banco.

O gerente informou que era um tipo de saída muito utilizada por pessoas como ela, e que aquela não seria nem a primeira ou ultima vez que fãs a cercariam dentro do banco.

A única razão para o FBI não utilizar aquela entrada, talvez fosse porque eles não a conheciam.

“Claaaaro!”

Ela pensou.

Já era tarde da noite, e provavelmente ninguém contatou o gerente, que era o único a saber, por isso não a utilizaram.

Brennan pegou sua bolsa e saiu apressadamente do apartamento, sem perceber que acabara deixando a TV e o notebook ligados.

Quando chegou à rua do banco pode perceber a movimentação. De um lado, repórteres e câmeras, do outro, curiosos. Havia uma faixa a cem metros, que impedia a passagem de qualquer um não autorizado, e atrás da faixa era onde estavam a polícia e o FBI. Ela sabia que não poderia passar facilmente, ainda mais por ser uma civil.

E fez a única coisa que pensava no momento. Ligou para Seeley.

–Booth.

–Booth, sou eu, Bones. Eu preciso que você venha até a faixa de contenção, a cem metros do banco.

–O que? Bones, o que você esta pensando?

–É que eu... Estou aqui, e aposto que o policial não me deixará passar.

–Temperance Brennan, o que diabos você esta fazendo aqui?

–Se você vier me buscar, eu lhe contarei.

–Fique ai.

Alguns minutos depois Brennan viu Ryan se aproximando. Ele explicou a situação ao policial, e disse.

–Dr. Brennan, por favor, venha comigo.

Temperance o seguiu quieta até Ryan a levar para trás da van do FBI, onde um Booth não muito animado a esperava.

–Você tem dois minutos antes de eu mandar um agente te amarrar e te levar pra casa. Geez, Bones! É perigoso aqui!

–Eu tenho um bom motivo – ela respondeu – Porque vocês ainda não entraram no banco?

–Nós não sabemos por onde. Shaw provavelmente tem alguém vigiando a porta dos fundos, e não podemos arriscar a segurança dos reféns.

–Eu tenho uma solução pra você.

Ela contou sobre a vez que esteve no banco, e como conseguiu sair sem chamar atenção.

Booth estava chocado.

–Mulher, eu já disse hoje que te amo? Porque se não, talvez precise de um auto falante – ele disse, beijando-a – Vamos contar aos outros a novidade.

Seeley entrou com a namorada dentro da van cheia de agentes e esperou pacientemente enquanto ela explicava a situação para eles.

–Dr. Brennan, se algum dia você se cansar do chefe, não hesite em me ligar. Eu seria mais do que feliz em ser seu escravo – disse um dos agentes.

–Eu entrei na fila primeira – disse outro.

–É melhor vocês calarem essas bocas logo e pegarem as armas homens, porque temos um resgate pra fazer.

Quinze minutos depois, Booth e mais alguns homens foram sorrateiramente para a loja de presentes em busca de justiça.

Brennan estava junto com Ryan na van, aflita.

Tudo que ela podia fazer era esperar.

–Não se preocupe Doc, vai dar tudo certo.

–Eu sei, é que... Isso não me impede de ter algum receio.

–Chefe nunca que ousaria não sair de lá bem e deixar você a mercê desses agentes – Ryan gargalhou – Você impediu uma catástrofe, ma’m. Eu posso ver agora porque Booth esta com você. Você tem bolas!

–Na verdade, eu tenho ovários.

Ryan sorriu.

–Ah, metaforicamente falando, é claro – ela entendeu e sorriu também.

Mas logo seu rosto esmoreceu quando escutaram um tiro.

Ela ficou pálida, e Ryan estava visivelmente angustiado.

–Vamos seus idiotas, saiam logo daí.

E o que aconteceu em seguida foi um flash.

A porta do banco se abriu, e os agora ex-reféns saiam desesperados em busca de suas famílias, seguidos pelos agentes. Houve uma salva de palmas e gritos de felicidade, mas algo estava errado. Onde estava Booth?

Tivera ele sido atingido?

Brennan estava indo na direção do banco, desesperada, quando Ryan segurou seu braço.

–Eu disse pra não se preocupar Doc – apontou para a porta.

Seeley vinha caminhando a passos lentos com Shaw algemado ao seu encalço. Ele a procurou na multidão e ambos trocaram olhares calorosos, antes de Booth ser emboscado pela imprensa.

Ela sorriu.

Ele estava bem.

Algum tempo depois...

–Quando eu ouvi o tiro, eu pensei no pior. – ela confessou.

–Eu sinto muito, amor – Booth a abraçou – Um dos comparsas do Shaw tentou algo de ultimo minuto, então eu tive que atirar.

–It’s okay. Você esta bem, é o que importa.

–Nós todos estamos. Shaw não vai incomodar alguém tão cedo.

–Ele já foi pra prisão?

–Sim, vai ser julgado, e eu não aposto menos de uns 50 anos no xadrez.

Brennan sorriu, e eles entraram no apartamento.

–Você me empresta seu notebook por um segundo? Preciso mandar um email pra coordenação do Bureau, explicando tudo.

–Sim, claro. Esta no sofá. Eu vou tomar um banho...

Booth sentou-se e pegou o notebook e colocou a senha.

Brennan tinha deixado o script de seu livro aberto, e ele já estava fechando, quando seus olhos pegaram algo.

“Você quer se casar comigo?”

Jesus cristo!

Seu coração acelerou tanto que pensou que teria um ataque.

Ela tinha escrito um pedido de casamento de Ryan para Kathy.

Um lindo pedido de casamento.

Booth sorriu, era tudo que precisava saber.

Fechou o script, enviou o email e foi para o banheiro.

Já estava sem roupas quando adentrou o cômodo e entrou no Box silenciosamente, abraçando Brennan por trás.

–Booth – ela pulou de susto – Você me assustou!

–Um bom susto espero? – beijou o pescoço dela, enquanto suas mãos vagavam pelo corpo esbelto.

–Ótimo susto...

Ela respondeu antes de perder-se nos braços dele...


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Notas finais do capítulo

Então ... Devo continuar?