A Life to Share with You escrita por ThisGirl


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Bom, aqui esta o segundo capitulo. Obrigada pelos comentários, realmente me animaram. Lerei a fica de cada um, apenas peço tempo, porque tem terra de TCC, tempo é relativo. Espero que gostem.



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Eles estavam em uma praia, era um dia lindo de verão. Parker estava ao longe, segurando ao que dava para entender outra criança, só que bem menor que ele. Não muito próxima dos dois anos. Eles estavam felizes. Mas quem era aquela criança? Tudo estava tão perfeito, que por um momento ela cogitou se aquela era realmente a vida dela. Desde quando ela poderia ser tão feliz assim? E Parker foi se aproximando e a imagem da criança se tornando cada vez mais real, e ela pode distinguir as características dela. Cabelos loiros nos ombros, branca como a neve. Ela sentia que a conhecia de algum lugar, só não conseguia se lembrar. Mas ela tinha uma memória perfeita, desde quando não se lembrava de algo?

E então ela viu. Os olhos azuis como a água, iluminavam --...

Bones, acorda.

Era domingo. E como sempre Booth era encarregado do café da manhã. Já eram nove horas da manhã, e Brennan ainda dormia. Não se assuste isso era normal aos fins de semana. Quando uma pessoa passa a noite acordada, é esperada que ela dormisse até tarde no dia seguinte.

–Bones – Ele voltou a chama-la – Fiz seu café da manhã favorito, c’mon wake up!

Já estou acordada Booth, somente descansando os olhos – Ela disse sorrindo.

–Sei... Mas hoje será um dia cheio, vamos você ainda precisa se arrumar.

–Booth, não sou Parker, não precisa me dar ordens. – Ela retrucou injuriada.

Ele sorriu. O típico bom humor matutino. Mas ele amava isso. Amava simplesmente tudo nessa mulher. E a vontade de verbalizar esse fato era imensa, porém o medo de assusta-la era maior.

Era impressionante a dedicação deles de fazerem esse relacionamento funcionar. Principalmente Brennan. Desde o inicio ela sempre esta cuidadosa com tudo que os envolve, com medo de fazer algo e estragar tudo. Alguns medos nunca vão embora, não ainda.

– Na cozinha tem panquecas, e aquele suco que você tanto adora – Ele disse, abaixando-se para dar um selinho nela – Vou me arrumar, daqui a pouco Rebecca deve trazer Parker, e você sabe como ele “adora” esperar.

Brennan sorriu. Eles haviam combinado de ir ao Parque hoje. Estava uma manhã calma, o sol brilhava imponente no céu, mas ainda havia uma brisa gelada. Brennan adorava esses dias.

–Você acha que... Ele pode, sei lá, não gostar? – Ela perguntou insegura – Antropologicamente os filhos tendem a recusar as companheiras dos pais, exceto as biológicas com o medo de perde-.

–Bones – Ele a interrompeu – Parker te adora. Sei que você esta insegura com isso, mas não se preocupe, tenho certeza absoluta que ele vai adorar saber do nosso relacionamento.

–Como você pode ter tanta certeza disso? – Ela perguntou confusa.

–Eu apenas sei. Do mesmo jeito que sei que estou morrendo de vontade de te beijar – Ele disse aproximando seu rosto do dela – Sabe, você ainda não me deu um bom dia decente.

–Ah é – Ela sorriu – Sei agradar meu publico Booth, aguarde e verá.

Dizendo isso, ela capturou os lábios dele nos seus, em um beijo terno, apaixonado. Passou mão pela nuca dele, necessitando de um contato, como se ambos fossem se fundir em um só. Ela adorava tudo desse relacionamento. Principalmente os beijos.

Ela suspirou.

–Melhor? – Ela disse separando seus lábios dos dele.

–Muito, muito melhor – Ele sorriu – Seu público esta muito feliz, posso afirmar.

Ele roubou mais um beijo dela, e seguiu para o banheiro.

Enquanto ele tomava banho, ela vestiu-se adequadamente, não que a camisa dele não fosse, mas não seria uma boa escolha para um passeio ao parque. Sorriu, imaginando a cara de Booth ao imagina-la no parque com sua camiseta, os olhares dos outros homens nela, provavelmente haveria alguns assassinatos.

Ela seguiu para a cozinha e deparou-se com um belo café da manhã a sua espera. Booth adorava mima-la. Sempre comprava as coisas que ela gostava, e fazia questão de afirmar “Agora que você é oficialmente minha namorada, não preciso arranjar desculpas para te mimar”.

Namorada. Namorados. Relacionamento.

Se você perguntasse o que ela achava sobre essas palavras há um ano, ela provavelmente daria uma explicação cientifica dos termos, alegando a insanidade delas.

Bem, hoje em dia ela só lhe responderia uma coisa.

Evolução.

Ela continuou seu café, enquanto pensava na guinada que sua vida tinha dado.

Poucas pessoas sabiam de seu relacionamento com Booth. E somente três pessoas sabiam como isso havia começado. Booth, ela e Angela. Ela adorava relembrar como tudo começou.

– Você esta errada. Quando há sentimento, tudo é diferente. Os abraços, os olhares, os beijos. Tudo.

–Não é não – Ela disse convencida – Tudo isso são apenas endorfinas liberadas pelo seu sistema, que lhe proporcionam o prazer. O seu sentimento se chama “Endorfinas”.

Booth suspirou exasperado. Ela era teimosa, demais. Ele adorava isso nela, porém ás vezes ele a queria matar por isso. Não literalmente, é claro. Como você pode matar a pessoa que ama? Ele nunca seria capaz de fazer isso. Sorriu. Ele amava sua parceira, porém era muito covarde para dizer isso a ela.

–Olha Bones, quando você conhecer aquele cara que te faz sorrir nos piores momentos, aquele que você liga pra falar coisas bestas, e faz de tudo pra apenas vê-lo sorrir. Ai você vai saber o que é esse sentimento.

–Isso não existe Booth, já falei. E eu já conheci esse cara, ele é você. Porém nós somos amigos, esse é o sentimento então? Amizade? – Ele perguntou confusa.

Amigos. Boa desculpa Temperance, ela pensou. Ela já desconfiava que estivesse se apaixonando por seu parceiro, mas simplesmente não podia admitir isso, pois isso significaria estar suscetível a uma dor que ela não gostava. Havia um sentimento de perda que ela queria evitar.

– Eu?

Booth ficou surpreso e desanimado ao mesmo tempo. Somos amigo, apenas isso. Damn it. Às vezes ele só queria beija-la e mandar sua razão pra esquina.

–Fico feliz que você pense em mim desse jeito Bones, mas o que eu estou falando é mais que amizade. Quando há o sentimento e o desejo, isso é uma coisa legal. Na verdade é algo ótimo, e você deveria experimentar alguma vez.

Eles estavam cada um do lado do balcão da casa dela que não tinha nem 90cm de largura. Eles estavam próximos. Bem próximos. Mas ela queria mais. Ele queria mais. Mas faltava a coragem.

Toda vez que ele há via nos braços de outro homem, ele o invejava, por ter a coragem que ele não tinha. E odiava isso. Cada vez que ela chegava com um amante novo, ele queria estar no lugar dele. Ele queria poder beijar aqueles lábios rosados. Tocar naquela pele macia. Sentir o aroma delicioso que ela tinha. Fazer amor com ela. Céus, como ele desejava isso.

E de repente ele se tocou. Estava cansado de ver a mulher que amava nos braços de outro. Isso iria mudar, pelo menos por parte dele sim. Ele precisava que ela soubesse que ele a desejava além da amizade. Que ele a queria. Desejava ela como um homem deseja uma mulher.

Em surto de coragem, ele deu a volta e ficou de frente pra ela.

–Você pode me odiar pelo o que eu farei agora, mas dane-se. Eu quero você Temperance – Ele sorriu determinado. Ele estava mesmo dizendo isso?

–Você o que? Eu não entendo eu-.

Um beijo. Foi tudo que ela conseguiu discernir antes que sua mente se perdesse na maravilha daqueles lábios. Ele havia a beijado. OH MY GOD. Seeley Booth, seu parceiro há havia beijado. Ela não podia simplesmente acreditar nisso. Ele disse que a queria, ele a desejava, assim como ela o desejava também.

E assim ela parou de raciocinar, quando ele foi adentrando a boca dela com sua língua, pedindo silenciosamente permissão para aprofundar o beijo. Ela se deixou aconchegar nos braços fortes que a cercavam, e passou os braços pelo pescoço dele. E ali ficaram talvez por segundos, minutos, a concepção do tempo era abstrata. Ela só podia dizer que não foi o suficiente.

O celular começou a tocar.

Booth lentamente separou-se dela, respirando fundo a procura de ar. Definitivamente o melhor beijo da vida dele.

Ele continuou com uma mão na cintura dela, enquanto a outra se perdia nos cabelos sedosos dela.

–Eu acho que você deveria atender.

Ela o olhou por um tempo antes de perceber que havia algo tocando. O Seu celular.

Ela sorriu tímida, a bochecha avermelhada, e se desenrolou dos braços dele.

–Eu também acho.

A ligação era de Ângela, e enquanto ela estava virada de costas pra ele no telefone, Booth só conseguia pensar em algo. Ela o correspondeu. Ela também o quis beijar. Não havia sido mais um de seus sonhos eróticos onde eles davam vazão a um amor que só existia na mente de Booth.

Ela também o queria, e ele não conseguiu conter o sorriso ao perceber isso.

–Era Angela, ela disse que Cam tentou te ligar, mas deu em caixa postal.

–Meu celular esta desligado

–Nós temos um caso. Em Maryland.

–Bom – Ele disse.

–Bom – Ela repetiu.

–Eu vou pegar minha blusa, você -- ?- Ela estava tímida, não conseguia articular as palavras.

–Eu te espero Bones, o tempo que você quiser. Eu espero.

Ela sorriu e foi pro quarto. Era impressão dela, ou aquela frase se referia a algo mais? Ela precisava pensar. Em tão pouco tempo, tantas coisas haviam acontecido. Ela precisava saber se o que ela sentia por Booth valia realmente para arriscar tudo que eles haviam construído até aqui. Mas a única coisa que ela queria pensar era quando eles iriam repetir esse beijo de novo.

Porque sem questionamentos. Foi o melhor beijo da vida dela.

Brennan sorriu. Era ótimo relembrar isso.

Mas foi interrompida por batidas na porta. Ela correu para atender, deveria ser Parker. Normalmente a mãe o deixava na portaria, e ele subia correndo para o apartamento do pai.

–Temperance?

–Rebecca?

A loira a encarou por um longo tempo antes de voltar a falar.

– O Booth esta em casa? Preciso falar com ele.

– Sim, ele est-a .

Quando foi interrompida pela voz do mesmo gritando pelo apartamento.

– Bones você sabe onde esta aquela minha camiseta azul? Você a usou? Porque não a acho em lugar nenhum.

Rebecca sorriu. E olhou pra ela desconfiada.

–Bem eu queria informa-lo que Parker passou mal essa manhã, e o médico disse que ele esta com virose. Eu tentei ligar para ele, mas não consegui.

–Parker esta bem?

–Sim, mas ele vai ficar em observação, queria apenas avisar o Booth, pra ele poder visitá-lo.

–Bones é o Parker? Oi Rebecca. – Disse Booth se aproximando da porta. - Onde esta o meu garoto?

Continua ...


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Notas finais do capítulo

Até a próxima. Geronimo!!!



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