Booth suspirava. A cada vez que levantava peso, sentia uma porcentagem da sua raiva se esvaindo. Como se não bastasse à volta de Sully, ele havia assumido o principal caso da carreira dele, e pra fechar a sequência de atividades desastrosas seu chefe deixou uma pilha de relatórios em sua mesa.

Ele não sabia quanto tempo estava na academia, mas era o suficiente pra ainda estar estressado. Talvez ele precisasse fazer Box, socar a cara de alguém lhe parecia reconfortante.

Dinner...

–Você esta de volta então, pra ficar – disse Brennan.

–Sim é o que pretendendo – respondeu Sully.

Eles estavam no Dinner. Sully havia aparecido em seu escritório perguntando se não poderiam almoçar juntos. Ela educada, como sempre aceitou. Afinal não via mal nisso, e querendo ou não, Sully foi uma parte importante do seu amadurecimento.

–Então, como foi velejar?

Sully beliscou uma batata do prato dela, sorrindo.

–Foi melhor do que esperava sabe... Foi bom ficar algum tempo só, poder repensar a minha vida.

–Interessante – ela disse, e completou – A necessidade das pessoas de se exilarem para encontrar a si mesmo. Sweets provavelmente faria uma analise melhor sobre isso.

–Senti falta disso – ele disse – Esses seus comentários científicos, senti sua falta.

Brennan preferiu o silencio, a responder.

Sully percebeu o receio dele. Quando havia decidido voltar não pensou que tudo voltaria a ser como era antes, isso era praticamente impossível.

–FBI me colocou no comando do caso do serial killer que envolve você – ele disse.

–Eu já imaginava algo parecido – ela disse.

–Por causa do relacionamento de vocês – disse Sully – Sabe, eu sempre achei que serial algo inevitável, cedo ou tarde.

Brennan encarou-o confusa.

–O FBI tirar Booth do comando do caso?

–Não Tempe, vocês juntos, eu quis dizer.

–Oh – ela disse surpresa

–Só quero que saiba que, eu realmente espero que vocês sejam felizes. E se Booth lhe fazer sofrer me avise e eu acabo com ele – Sully disse sorrindo.

Brennan retribuiu o sorriso. Gostava da companhia de Sully, mais do que queria admitir. Ele era engraçado, protetor, um ótimo amigo.

–Podemos ser amigos de novo? Vamos conviver juntos diariamente, e queria saber se esta tudo bem entre nós. – ele propôs

Brennan pensou por um instante. Ela realmente queria isso, Sully de volta em sua vida? Relembrou todos os bons momentos que lhe foram proporcionados ao seu lado, eram coisas boas a serem lembradas. Booth obviamente não gostaria muito daquilo. Nenhum macho alfa gosta de sentir-se ameaçado, um sentimento irracional, ela pensou afinal de Sully ela só queria amizade. Booth era o homem dela.

–Esta tudo ótimo Sully, e sim podemos ser amigos de novo – ela sorriu.

Os dois ficaram ali conversando, colocando os assuntos em dia. Como bons amigos.

Brennan cumprimentou o porteiro do prédio de Booth, e subiu. Não tinha visto ele ainda, e estava com saudades. Além dos assuntos que ambos tinham que conversar. Ela tinha certeza, conhecendo Booth que ele não estava nada contente com Sully assumindo o caso do serial killer, e muito menos com a volta dele.

Ela bateu na porta e esperou até Booth vir recebê-la.

–Hey gorgeous, entre – Ele a cumprimentou com um selinho – Você aqui cedo, algo aconteceu?

Brennan o observou. Ele havia acabado de sair do banho, o cheiro de sua loção pós-barba inundava seu olfato, e ela sentiu uma pontada de excitação. Adora esse cheiro. Booth vestia uma camisa branca, jeans, e estava descalço.

–Só queria saber como você estava – ela disse, colocando a bolsa no sofá – Soube da história do Sully, e a decisão do Bureau.

Booth suspirou.

–Estou bem, apesar de não concordar com a decisão deles, não posso fazer nada. Eu estou errado – confessou – e como se não bastasse isso, deixaram uma pilha de relatórios no meu escritório.

Brennan se aproximou dele, segurando sua mão.

–Sinto muito Booth.

–Esta tudo bem gorgeous – ele sorriu para ela, e a trouxe mais para si – Sully já foi falar com você, não?

– Sim, na verdade ele quem me contou sobre isso – respondeu – e quis saber se poderíamos ser amigos.

– E... – ele incentivou.

–Eu disse que sim, ele foi importante pra mim, mas não penso nele de um jeito romântico. Quero que saiba disso.

Booth sorriu, e beijou a testa dela.

–Eu seu. Confio em você, nele não, mas em você totalmente.

Brennan sorriu, e aproximou seus rostos para se beijarem.

–Tenho um convite pra você – ele disse – Os caras do FBI vão fazer uma partida de basquete mês que vem, e queria que você fosse.

–Oh claro. – ela disse passando as mãos pelo pescoço dele, beijando-o – O que eu não faço para ver você exibir seus músculos?

Eles sorriram. Booth apertou mais os braços na cintura dela, cheirando seu colo.

–Bom você sabe que eu posso exibi-los qualquer hora pra você – disse, e suspirou – adoro seu cheiro.

Ela soltou uma risada gostosa. O nariz dele em seu pescoço fazia cócegas.

–Não me queixaria se você os exibisse agora – Brennan disse com um sorriso travesso.

Sem mais esperar suas mãos foram para a bainha da camisa dele, subindo-a de uma vez.

–Nós temos humn – ela olhou no relógio – Duas horas até a apresentação de Parker, será que você consegue ser rápido o suficiente, agente? – provocou

–Vamos ver.

Mal Booth terminou de falar, e tomou a boca dela em um beijo apaixonado.

Brennan correspondia-o enquanto suas mãos passeavam pelas costas definidas, traçando a linha dos quadris. Ela trouxe a mão para frente, abrindo o zíper da calça dele, segurando seu membro, já ereto.

–O que você acha de um banho, Booth? – ela sussurrou ao ouvido dele – Preciso que você esfregue minhas costas...

–Só as costas? ... – ele perguntou no pé do ouvido dela, terminando de despi-la.

–Aonde suas mãos alcançarem. – ela disse

Booth a suspendeu, passando as pernas dela por sua cintura. Voltou a beijá-la ferozmente, e depois de alguns tropeços, e batidas indesejadas, finalmente chegaram ao banheiro.

Ele a colocou no chão carinhosamente, enquanto deixava a água quente escorrer pelo corpo dela. Era uma visão perfeita, e extremamente erótica. Gotas de água escorrendo por entre o vale sinuoso dos seios dela.

Sem tardar mais, ele novamente colou seu corpo ao dela, que sorria maliciosamente. Booth a prensou na parede enquanto começava a trilha de beijos pelo corpo dela. Ele tinha certeza que alguns deixariam belas marcas, mas não ligava. Ele apenas a queria. Simples. Como um homem deseja uma mulher.

Deixou sua mão escorregar para a intimidade dela, adentrando ao calor tão receptivo. Brennan perdeu-se em gemidos, e suspiros, regados a muitos beijos.

–Ahh Booth – ela gemeu, clamando o nome dele.

–Estou aqui babe – ele disse, abandonando a intimidade dela.

Sem esperar mais, Booth a suspendeu, e penetrou-a. Ao primeiro contato de suas intimidades, ambos gemeram alto. Booth estocava lentamente, aproveitava cada sensação que fazer amor com Brennan lhe proporcionava.

Ela apressada, arranhava as costas dele, e suspirava entre gemidos. Queria mais. Precisava de mais.

–Booth – ela o chamou – Mais rápido.

Obedecendo a ela, ele acelerou aas estocadas, e sentiu quando as paredes internas dela agarraram seu membro, ela tinha gozado, e não demorou muito para ele também.

–Uau, isso foi incrível – ele disse assistindo Brennan enrolar a toalha no corpo.

–Deveríamos fazer isso mais vezes – ela sugeriu.

Booth a abraçou por trás, enquanto iam em direção ao quarto.

–Eu acho – ele disse, mordendo o ombro dela – Que deveríamos experimentar todos os cômodos da casa.

Brennan riu alto, e sentou-se na cama.

– Ainda temos quarenta e cinco minutos... – ela sugeriu maliciosa.

–Mulher, você é insaciável – ele sorriu.

O casal andava de mãos dadas pelos corredores da escola de Parker. O garotinho tinha uma apresentação de teatro hoje, e fez questão de convidar Brennan pessoalmente.

Quando acharam a sala certa, sentaram-se ao lado de Rebecca que deu um olhar suspeito e brincalhão para os dois. Estavam atrasados quinze minutos, sorte a deles que a peça ainda não havia começado.

–Como esta Parker? – Perguntou Booth a Rebecca.

–Nervoso, eu acho. Ele esta decorando as falas desde o mês passado. Ontem nem conseguiu dormir direito, tadinho.

–Ansiedade é normal antes de algo grandioso, principalmente quando se é criança, mas Parker é um garoto inteligente, então não vejo com o que se preocupar – Disse Brennan.

Rebecca concordou, e Booth sorriu. Ele também estava ansioso.

Brennan percebendo seu surto de ansiedade entrelaçou seus dedos aos dele, e beijou sua bochecha.

–Vai correr tudo bem Booth – O acalmou.

E ela realmente estava certa. Parker não cometeu nenhum erro de fala, e interpretou muito bem seu personagem. Ao final da peça, veio correndo na direção do pai.

–Papai, papai você veio – disse animado.

Booth pegou o garoto no colo, sorrindo.

–Mas é claro garotão, você acha que eu iria perder isso?

–Você foi muito bem Parker, parabéns. – elogiou Brennan.

–Obrigada Bones – agradeceu o garotinho, corando.

Mais tarde no estacionamento da escola, Parker se despedia de seu pai, enquanto Rebecca o esperava no carro.

–Papai, posso te fazer uma pergunta?

–Claro garotão.

–Você e a Bones estão namorando? – ele perguntou sincero – Eu vi vocês dois de mãos dadas durante a apresentação, e ela beijou sua bochecha. Além de vocês se olharem que nem nos casais dos filmes chatos da mamãe.

Booth olhou para Brennan que sorriu. Encontrou no olhar dela a confirmação que precisava e ajoelhou-se na altura do menino.

–Sim, eu e a Bones estamos namorando. Esta tudo bem pra você?

O garoto explodiu de felicidades, e abraçou o pai.

–Sim, a Bones é uma garota super maneira, e também agora ela vai poder dormir na sua casa quando eu for pra lá. Vai ser muuuuuito legal!

O garoto se despediu do pai, e foi em direção à mãe todo contente.

–Bom isso foi melhor do que eu esperava – Disse Booth entrando no carro.

–Concordo.