Como Conquistar Um Magnata. escrita por Catiele Oliveira


Capítulo 10
Capítulo dez - Algumas mentiras.


Notas iniciais do capítulo

Oieeeee.



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Capítulo dez – Algumas mentiras.

Meu carro estava parado em frente ao prédio dela. Kate em sua cadeirinha no banco de trás estava mais do que impaciente, enquanto meu irmão respondia ao meu sms dizendo que já estava descendo e que sim, ele traria Bella junto. Eu precisava urgentemente vê-la. Foi uma semana de merda, eu nem conseguia mais trabalhar e acho que Emmett estava totalmente certo. Tinha virado um marica, no melhor dos sentidos.

Eu a vi de longe. Emmett estava abraçado com Rosalie e Bella sorria. Apressei-me em sair e tirar Kate do carro, ela ficou agarrada ao meu pescoço enquanto andava para mais perto deles. Bella sorriu assim que me percebeu. Seu olhar direcionou para minha sobrinha, depois pairou em mim. Ela estava surpresa a me ver.

— Você está vivo! — Gargalhei. Kate imitou rapidamente, ela estava nessa fase. Emm revirou os olhos tirando minha sobrinha de mim.

— Meu Deus! Você cresceu princesa? Você parece maior! — Ralhou feliz, Kate deu uma risadinha, ela simplesmente ria de tudo que ele dizia. — Diga olá a tia Rosalie, amor.

Eu deixei Kate distrai-los. Era essa sua missão aqui. Puxei Bella para um abraço. Eu estava mesmo ficando bom nisso e era natural. Ela não hesitou. Dessa vez nosso abraço durou mais tempo, não o suficiente, descobri que nunca seria suficiente.

— Você não disse que vinha... — Ela estava mesmo surpresa... E tímida. Passou a mão pelos cabelos rapidamente. Ela achava que não estava adequada para me ver?

— Eu não resisti... — Sorri, ela sorriu de volta. — Você está bem? Está tudo bem? Não nos falamos depois do jantar.

— É, estou bem, claro. Eu realmente esperei...

— Você ligar! Você é um idiota, marica! — Emmett gritou ao meu lado. Kate estava com Rosalie, esta estava totalmente distraída. Bella corou.

— Eu vou ver Kate. — Disse, fugindo de mim, correndo para o outro lado, perto da sua irmã e minha sobrinha.

— Merda! Emm... Você precisava mesmo ter gritado isso perto dela?

— Você precisa mesmo ser essa bicha passiva? — Fiquei quieto. — Porra, qual a parte do “as mulheres gostam de atitude” você não entendeu?

— Isabella não é como as outras mulheres... — Disse. Ele bufou.

— Elas são todas iguais, meu caro. Algumas requer mais diamantes. Outras mais flores... Mais algumas só precisam de uma pegada e alguns beijos. Melhor você descobrir do que a sua garota necessita.

Eu não respondi. Eu só calei a boca para pensar. Eu podia ter ligado? O problema era que eu pisava em ovos com ela. E tinha medo de assustar o inferno dentro dela. Eu só esperava que ela tomasse a atitude, quando certamente essa deveria partir de mim.

Eu a observei com Kate. Ela brincava com minha sobrinha em seu colo. A pequena tinha qualquer um envolvido em seu dedinho mindinho no momento em que a olhassem nos olhos. Ela era linda. E eu não podia pensar em outra imagem mais perfeita que Bella segurando Kate em seus braços. E não consegui pensar claramente, eu imaginei com... Não. Não posso imaginar isso. Eu quero essa garota desta forma? Eu quero mesmo ela ao ponto de imaginá-la segurando o meu bebê?

Dez minutos depois Emmett pegou Kate e se despediu de Bella e Rose, que também se despediu de mim. Ele foi em direção ao meu carro, Isabella andou até a mim meio sem jeito. Ela deu um daqueles seus sorrisos tímidos e eu quis beijá-la. De que tipo de garota ela era?

— Eu realmente deveria ter ligado. — Disse. Ela riu nervosa. — Sou um idiota. Assumo.

— Estou acostumada com idiotas... — Respondeu, eu também ri.

— Eu realmente não sei como reparar uma idiotice desse tamanho... — Eu me aproximei um pouco dela, estando apenas alguns centímetros de distancia — Eu realmente nem sei se ainda dá para reparar...

— Ah... — Ela suspirou — Certamente dá... — Eu ri. Passei as costas da minha mão em sua bochecha. Estava gelada. Bella fechou os olhos com o toque. — Edward... — Ela gemeu.

— Oi, baby... — Deixei que minha mão passeasse até sua nuca. Eu realmente havia a chamado de “baby”? — Preciso confessar que imaginei esse momento mil vezes...

— Esse momento? — Ela abriu os olhos. Arfando. Sua voz era mansa, molhada e excessivamente baixa.

— O momento em que eu... — Não conclui. Apenas a puxei bruscamente para mais perto. Minha mão livre cercou sua cintura, colando ao meu corpo. Seus olhos pareciam queimar. E seus lábios estavam mil vezes mais convidativos, então eu não resisti. A beijei. A principio, lentamente, decentemente. Seu hálito tinha um doce gosto de vinho tinto. E seus lábios eram macios, sua língua era quente e tudo era difícil de resistir. Bella agarrou minha nuca e aprofundou nosso beijo. Eu não queria parar. Não podia, mas logo estávamos loucos por oxigênio. Nossas testas ficaram coladas no final do beijo e arfávamos juntos.

— Eu também imaginei mil vezes... — Ela confessou baixinho — Nenhuma delas fui como agora, eu garanto. — Nós rimos juntos. Eu a abracei esperando que todo impasse entre nós tenha acabado de uma vez.

— Acho que em breve estarei no lugar de Emmett. — Eu ri, Bella revirou os olhos, também rindo.

— Eu espero que você não chore como um bebê.

POV BELLA.

Duas semanas depois.

Eu estava indo jantar na mansão Cullen. Eu estava indo jantar na mansão Cullen. Eu estava indo jantar na mansão Cullen como a namorada de Edward Cullen! Eu finalmente tinha conseguido. Eu consegui sem muitos esforços. Eu consegui sem precisar cumprir todos os detalhes da lista, eu malditamente consegui, mérito meu. Unicamente meu.

As duas últimas semanas haviam sido o maior sonho dentro de alguns pesadelos. Meu pesadelo tinha nome e sobrenome: Alice Cullen. Minha futura cunhada. Eu não podia acreditar que aquela criatura tão repugnante podia ser irmã de alguém como Edward e Emmett. Eu aprendi muito sobre os dois nessas últimas semanas, inclusive sobre encontro duplo. Cinema no sofá da minha sala, e sobre ter um pai todo animado planejando um final de semana de pesca com os namorados das suas filhas. Nós pretendemos ir para Forks no final de semana. Estava tudo tão perfeitamente bom que eu até sentia medo.

Cada momento era ótimo. Cada beijo e avançada no sinal, a tensão sexual ás vezes se mostrava grande. Foi em uma dessas noites quentes que Edward grunhiu que me queria como sua namorada. Nós estávamos no banco de trás do seu carro, ele me buscou no trabalho e nós tínhamos acabado de jantar juntos, estávamos no amasso no banco de trás e ele propôs. Não foi nada romântico, ele foi movido unicamente pela excitação e eu igualmente aceitei, mas então quando ele dirigiu para minha casa, tinha no rosto um sorriso enorme e não tirou a mão da minha coxa durante o trajeto. No dia seguinte ele me surpreendeu...! Havia dezenas e dezenas de flores chegando. Eu recebi flores até o anoitecer, recheadas de pedido de desculpas por ter se comportado como um menino na noite passada e ter proposto um compromisso tão sério no calor da emoção. Deixou claro que não se arrependeu, mas se fosse da minha vontade, ele esperaria meu tempo. O tempo era agora. Eu não queria esperar. Ele era meu magnata e ele me daria à vida que eu queria. Eu precisava que ele tivesse mais momentos desse até tê-lo em um altar me dizendo sim.

Tyler estava me encarando durante toda a manhã, após o horário de almoço ele se aproximou e perguntou o que estava acontecendo por eu estar tão no mundo da lua ultimamente. Reclamou que meu trabalho não estava rendendo, eu me desculpei, limpei toda a prateleira de equipamentos aquáticos. Isso pareceu agrada-lo momentaneamente. O movimento estava calmo na loja, mas em meu estomago rodeavam borboletas. Eu estava completamente ansiosa. Eu iria jantar na mansão Cullen! Como a namorada de Edward. Pela primeira vez. E eu simplesmente não podia esperar por isso.

— Isabella! — Tyler me chamou – pela decima vez – nessa tarde.

— Aqui! — Lhe encarei, ele fez seu caminho na escada e me encontrou na porta da loja.

— É meu aniversário semana que vem. — Iniciou, apenas o encarei — E eu estarei viajando. A loja ficará sob o comando de Lauren. — Assenti.

— Tudo bem. — Disse diretamente, ele respirou fundo.

— Estarei dando uma festa hoje. Se seus compromissos de última hora não a atrapalharem, será bem-vinda.

— Ah... Obrigada pelo convite, Tyler. — Agradeci rapidamente, mas não confirmei presença.

— Ok. Estarei lhe passando o endereço por SMS. Eu gosto de charutos. — E piscou. Captei bem sua dica de presente.

Meu expediente acabou. Eu logo estava em casa.

— Ei mãe! — Gritei, deixei meu casaco molhado na entrada e caminhei para o interior de casa. — Mamãe?

— Na cozinha, Bells!

Renée estava fazendo os biscoitos da vovó. Eu simplesmente amava quando ela fazia isso. Rosalie estava sentada no banco amparada no balcão.

— Biscoitos! — Inalei o cheiro delicioso e roubei do prato de Rosalie. Ainda estavam quentes. E derreteram na minha boca.

— Como foi seu dia? — Minha irmã perguntou sorrindo. Eu sorri de volta.

— Bom. Mas estive ansiosa durante o dia todo. — Eu ri de volta. Rosalie entendia bem. Ela também iria jantar na casa do namorado. Mas a safada já estava cansada de ir. E até já tinha dormido... Charlie não gostara muito disso.

— Você não recebeu nenhuma ligação de Edward? — Ela perguntou.

— Não... Hoje ele ainda não me ligou. Eu vou tomar um banho. — Beijei sua bochecha e corri para o quarto. Renée e ela estavam silenciosamente misteriosas.

Deitei quando meu celular tocou. Era Edward. Eu odiei a sensação de estar com o coração martelando dentro de mim. Respirei fundo antes de finalmente atender.

— Isabella? — A voz era tensa. E voz tensa nunca era boa.

— Oi... Está tudo ok? — Ele respirou fundo e ficou quieto. — Edward?

— Ah... Eu estou com uns problemas, amor. — Ele estava sendo doce. Ele sempre era. Mas ele estava sendo cauteloso também. — Aqui na empresa. Eu sinto muito...

— O jantar... — Murmurei. — Tudo bem... Eu... Entendo.

Agora a reação de Rosalie fazia mais sentido.

— Foi remarcado para amanhã. Você me perdoa? Eu mesmo não posso me perdoar. Esme estava tão animada em ter você conosco essa noite.

— Bom, estarei aí amanhã... Não é?

— Claro meu amor! — Ele riu. Eu tentei sorrir também. — Eu estou com saudades...

— Eu também... Um beijo. — E ele desligou.

Um sms chegou logo em seguida. Era de Tyler. Eu o ignorei totalmente, por mais que o jantar não estivesse de pé, a última coisa que eu faria era ir a uma festa. Não iria colocar meu relacionamento a perder. Quando eu retornei para a cozinha vestida no meu habitual moletom, velho e surrado, elas tinham entendido que Edward havia me falado sobre suas responsabilidades, sendo elas que haviam me deixado completamente frustrada.

Charlie estava de plantão. Ele era um policial e isso ás vezes me dava calafrios. Eu nunca tinha pensando em como era seu trabalho de fato, mas sabia que ele podia chegar em casa machucado... Ou talvez... Nem voltar. Essa era avida de um policial.

Eu observei minha irmã revirar a comida enquanto mexia no celular, provavelmente era Emmett lhe enviando mensagens, ele não parava de vibrar. Renée e eu estávamos absolutamente acostumadas com isso e nem era mais um incomodo. Rose me olhou e suspirou com tremendo pesar.

— Você parece tão tranquila... — Ela sussurrou. Seu desanimo era extremo.

— Queria que eu estivesse como? — Perguntei sem entender. Renée me olhou confusa.

— Não sei.

— Ela entende os motivos dele, Rosie... — Disse mamãe. — São plausíveis. A moça está doente. — Eu a encarei.

— E o que isso tem haver com os motivos dele? — Sem entender questionei. Rosalie me encarou.

— Foi Alice que lhe pediu para que ele fosse. Tânia também. Parece que Kate não quer mais comer. — Rosalie disse parecendo mais triste ainda, ela suspirou. — Emmett está aqui dizendo que Esme fez comida para um batalhão. Ele queria que nós fossássemos. Falei com Renée, mas ela disse que se Edward desmarcou, era melhor que ficássemos.

— Edward desmarcou por que ele foi ver Kate? — Perguntei tentando entender alguma coisa. — Ai meu Deus... Ele disse que precisava trabalhar até mais tarde... E isso tudo foi ideia de Alice?

— Ela está sem comer...

— Alice. — Disse debilmente. — Eu... Vou deitar. Me deu dor de cabeça.

Maldito seja.

Maldito seja Edward.

Maldita seja Alice.

Maldito seja esse namoro.

Maldito seja a minha conveniência.

Maldito tudo.

Eu quero gritar com ele. Eu quero bater nele por ter malditamente mentido para mim. Eu quero acabar com sua irmã, soca-la, arrastar seu rosto pelo asfalto. Eu quero sufoca-la. Afoga-la. Asfixia-la. Eu odeio Alice Cullen! Está oficialmente declarado. Nós nunca seremos irmãs, nós nunca agiremos como família. Ela vai jogar sujo, e, bom, eu sou a garota que conquistou o magnata – por mais idiota, estupido e traidor que ele seja – eu não darei espaço para aquele pequeno diabo acabar com tudo. Eu acabo com ela antes.


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Notas finais do capítulo

Pausa dramática. Tive que reescrever uma boa parte da história, já que algum individuo que usa meu computador aqui em casa fez o favor de estragá-lo... :/ tá fugindo totalmente do foco, mas vamos lá, né...



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