We're Not a Team. We're a Time Bomb. escrita por Amanda


Capítulo 10
It Was An Egg


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo tá bem Stasha, galera, então acho que vocês vão gostar. Capítulo dedicado a Luciana Vasconcelos, que tá aqui desde o início e sempre me deixa comentários lindos, em todos os capítulos . Te amo, flor :3 E também à Agente Foster, que me faz pirar com seus reviews lindos. Obrigada por me inspirar tanto com seus comentários quando com sua fic maravilhosa*. Enfim. Enjoy!



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POV. Tony Stark

– Tony, o que é isso? – Fiquei satisfeito em ver a reação espantada de Hill. Aquele projeto era um dos meus melhores.

– Incrível, não é? – Eu acariciei a cabeça do robô, que só estava pronto do peito para cima – Ele é programado para poder voar, lançar raios muito poderosos (além de usar outras armas) e o melhor: vai ser o segundo robô com vida própria do mundo, logo depois de J.A.R.V.I.S.

– Tony, isso é incrível.

– Eu sei, tudo que eu crio é. – Eu me apoiei no robô e o encarei. Ele ia ser um dos melhores trunfos dos Vingadores.

Hill deu a volta em Ultron, maravilhada. Ela olha para mim e não evita um sorriso que já diz tudo. Ela realmente adorou aquilo.

– Tá bom. Hora de ir. Você vai encontrar seu quarto lá por cima, espalhe-se por onde quiser. Depois eu vou ficar por lá, mas agora eu preciso terminar essa belezinha. – Eu senti o olhar severo de Pepper em mim, mas fingi que não havia notado. Eu precisava terminar esse projeto.

Hill e minha mulher subiram, me deixando sozinho com a minha melhor criação.

Ou, quem sabe, a pior.

POV. Natasha Romanoff

Já sei o porquê de estar preocupada com o meu beijo com o Steve. Foi porque eu o usei e ele era muito ingênuo para sofrer isso, ele não merecia ser apenas uma peça. Por isso estou incomodada. É. Por isso.

Ai, Natasha, eu não acredito que você ainda está pensando nisso. E mais: Tá preocupada por ter usado alguém? Esse é seu trabalho, lembra?

Eu sei, mas o Steve é muito inocente. Ele não tem maldade no coração. Eu não sei por que, mas isso me incomoda.

Eu to discutindo comigo mesma, é isso? Só faltava essa. Agora eu to pirando.

Evitando pensar mais no assunto, deito-me em minha cama (e que cama, Deus. Esse sim era um quarto digno) e descanso um pouco, pensando em quantas loucuras já me meti na vida. Olho para a minha bolsa, onde está meu notebook, e penso em todos os meus segredos espalhados pela rede. Odeio isso.

Desde que divulguei todos os segredos da S.H.I.E.L.D. (inclusive os meus), tenho sentido como se todos ao meu redor me julgassem. Afetava-me bastante saber que todos do mundo podem saber tudo que eu fiz e que quero esquecer. Era agonizante.

Ouço minha barriga roncar e saio do quarto procurando algum lugar para comer. Depois de andar um pouco, não foi difícil achar uma sala de jantar/cozinha. Enorme. Com uma mesa que acomodava todos os Vingadores e mais alguns. Ao seu lado, atrás de um balcão, estavam armários, um fogão e uma geladeira. Deduzi que a despensa estivesse cheia, portanto, deixei minha barriga sorrir alegre.

Quando abri o armário, vi que realmente estava cheio. Poderia fazer o que quisesse, portanto, me permiti passar um tempo escolhendo. Decidi fazer algo simples afinal de contas, optando por um sanduíche misto e um copo de maltado quente.

Enquanto preparava o sanduíche, ouvi algo atrás de mim. Quando me virei, notei que era Steve. Ele ergueu as sobrancelhas ao me ver, mas não esboçou nenhuma outra reação. Eu dei um meio sorriso e voltei minha atenção ao misto. Ele abriu a despensa e, depois de um tempo escolhendo e passando um tempo na geladeira, ele se vira com ovos, manteiga, água, queijo, creme de leite e mais algumas coisas. Ele iria fazer uma omelete.

– Nossa. De repente meu sanduíche parece tão simplório. – Brinco. Steve ri.

– Você é preguiçosa, Natasha. Não posso fazer nada a respeito. – Ele coloca a frigideira no fogão enquanto eu solto uma bufada.

– Engraçadinho. – Eu começo a preparar o meu maltado, batendo o leite e o chocolate com a colher. Quando tiro o talher de dentro do copo, percebo que fora com demasiada força muito tarde; uma pequena quantidade do líquido acaba batendo na bochecha de Rogers, estampando seu rosto de marrom. Imediatamente depois, os músculos de Steve ficaram rígidos. Eu me segurei para não rir, mas uma lufada do ar saiu da minha boca fazendo um som engraçado.

O Capitão virou-se lentamente para mim, com uma sobrancelha erguida. Eu comprimi os lábios, divertida. Aos poucos, ele foi chegando perto de mim, mais e mais próximo, até ficarmos separados por um centímetro. Eu fiz força para não soltar uma risada.

Então Steve levanta a mão e eu só percebi que ele estava com um pote de manteiga na mão tarde demais.

Ele mela meu nariz de manteiga e imediatamente depois se afasta, rindo da minha reação; eu estava intrigada, com a boca aberta. Então espremi os olhos em desafio e joguei o leite em pó que estava em cima da mesa em sua direção. Ele soltou uma exclamação e dessa vez eu não consegui segurar a gargalhada. Em compensação, ela durou pouco, pois ele achara o pote de farinha, que agora estava completamente sobre mim.

Foi uma verdadeira palhaçada depois disso, e nós não conseguíamos parar de rir. Eu revidei jogando chocolate em pó, depois ele me melou de café, então eu joguei suco nele. Momento de silêncio enquanto um líquido roxo escorria pelo seu corpo e rosto. Ele olha para mim com cara de desafio. Pega algo em cima da pia.

Era um ovo.

– Não. – Falei – Você não faria isso. Não ouse, estou avisando... – Ele se aproximava cada vez mais com um sorrisinho vingativo nos lábios. Eu andava para trás, lentamente, me afastando, até que bato na mesa. Estava sem saída e Rogers se aproximava cada vez mais.

Então aconteceu.

Com um sorriso sem dentes malicioso estampado no rosto, ele simplesmente esmagou o ovo em minha cabeça; sentindo a gema e a clara escorrendo pelo meu cabelo, fecho os olhos, tentando me acalmar, e respiro fundo. Quando volto a enxergar, Steve está simplesmente morrendo de rir da minha cara.

Hora da vingança.

Eu agarro o creme de leite que ele havia pegado na geladeira e, aproveitando seu momento de fraqueza enquanto ria, o derramo inteiro em sua cabeça. A sua risada para no mesmo instante e ele fica sério. Não consigo me controlar e caio na gargalhada. Ele morde os lábios e, depois de respirar fundo, ergue os braços em rendição.

Não conseguimos nos segurar e rimos mais ainda, completamente sujos da cabeça aos pés; meu cabelo tinha farinha e cheirava a ovo, enquanto Steve estava com uma mistura de suco de uva e creme de leite pelo corpo. Era uma situação cômica.

– Deus, – Consegui falar – olha a situação da cozinha. Tony vai nos matar. – Nós ainda soltávamos umas risadinhas, mas era verdade; a copa estava uma nojeira, com comida, suco e leite espalhados pelo chão todo.

– Temos que dar um jeito de nos lavarmos e limpar isso em tempo de Stark não perceber nada. – Falou Steve, passando a mão pelo rosto e arrastando creme de leite junto.

– Vamos fazer o seguinte. Vamos subir de um jeito que ninguém nos perceba, tomar um bom banho, nos trocar e se encontrar aqui para dar um jeito nessa bagunça. – Eu ainda estava meio sem fôlego de tanto rir; tive certeza que Steve notara, porque logo depois ele disse:

– Meu Deus, Natasha. Eu não esperava isso de você. Isso foi um dos momentos mais divertidos que já passei em 95 anos. – Nós soltamos umas risadinhas e saímos da cozinha, com muito cuidado para que ninguém nos notasse. Felizmente conseguimos chegar aos nossos quartos sem ninguém perceber nossa presença. Segurando o fôlego para não rirmos novamente, acenamos uma para o outro e entramos em nossos aposentos.

Eu abri minha mala e peguei uma roupa normal, jeans e uma camisa regata preta. Entrei na porta do quarto que dava ao meu banheiro e abri o chuveiro. Uma ducha quente me faria muito bem, pensei, e realmente fez.

Lavei muito bem o meu cabelo e, terminado o banho, peguei a toalha que estava estendida no boxe; me enxuguei e vesti a roupa. Tinham se passado cerca de quinze minutos.

Saí do banheiro e depois disso, do quarto; encontrei o Steve me esperando, de cabelo molhado e uma camiseta polo branca e um jeans folgado. Quando o olhei, lembrei-me de tudo que aconteceu na cozinha e não pude evitar soltar uma risadinha.

– Está aqui faz tempo? – Perguntei, me recompondo.

– Na verdade não, acabei de sair do banho. Já tentou tirar o cheiro de uva e creme de leite misturados? É complicado. – Ele falou divertido; eu ri.

– Ok, vamos dar um jeito naquela cozinha.

Chegamos à cozinha e nos direcionamos a área de serviço que ficava junto a ela; pegamos vassouras, esfregões, panos de chão, baldes e vários outros produtos de limpeza.

Quando estávamos prestes a começar a limpeza, ouvimos passos; só tivemos tempo de trocar olhares um tanto temerosos e comprimir os lábios; logo depois, Tony, Pepper, Hill, Sam, Clint, Banner e – para a minha surpresa e de Steve – Fury entram na cozinha.

– Mas o que...? – Tony balbucia; eu e Steve damos sorrisinhos culpados e Rogers explica:

– Foi mal. É que Natasha me melou de maltado, então eu tinha que dar o troco...

– E como vocês sabem que não deixo nenhum acerto de contas a pagar, isso acabou se tornando um círculo vicioso; e aqui estamos nós. – Completei.

Banner, Sam e Pepper riem, enquanto Hill esboça um sorriso, Fury revira os olhos e Tony abre e fecha a boca várias vezes, formando uma reclamação. Clint fica sério.

– Vocês... O que... Isso é... Vocês são... Argh! – Tony ergue os braços, frustrado, enquanto eu, Steve, Sam, Pepper e Banner rimos.

– Não se preocupe, nós vamos limpar depois. – Eu disse – Mas pelo visto vocês querem falar algo relevante, já que Fury está aqui. Vamos ao que importa.

Eu peguei Steve pela mão para guiá-lo até a mesa e vi Clint enrijecer os músculos, assim como senti Rogers fazer; quando o olhei, ele estava levemente corado. Pela primeira vez em anos, eu não entendi o que se passara.

Sentei-me na mesa, soltando a mão de Steve; ele se senta do meu lado, ainda corado e Clint se apressa para se sentar do meu outro lado. Todos os outros tomam seus lugares.

– Bem, com eu já disse aos outros, Rogers e Romanoff, Stark me avisou que vocês viriam para cá e eu me apressei em sair de Washington, porque Hill havia me dito que o inimigo tinha “adivinhado” onde vocês estavam. – Disse Fury – Pois bem, eu descobri como eles sabiam onde estavam.

– Como? – Perguntou Sam. Nossa, como ele era apressado.

– Toda aeronave tem uma base de controle. E eu descobri quem estava responsável pelo jato na base.

– Quem? – Perguntou Clint.

– Grant Ward. – Disse Fury.


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Notas finais do capítulo

*Gente, a fic de Agente Foster é "Dark Nightingale", ela é perfeita, vocês iriam amar, principalmente quem shippa Romanogers.
Sobre o capítulo: Finalmente uma referência à Agents of S.H.I.E.L.D.! Espero que tenham gostado, principalmente da cena na cozinha :3 Comentem, pra eu me sentir mais animada, meus lindos :3 Kisses!