A Vida Continua - Fase 02 escrita por Andye


Capítulo 5
A Boa Notícia


Notas iniciais do capítulo

Nossa, gente... Quantos comentários legais que vocês mandaram pra mim. Entre ameaças ao Rony, a Estella e a minha pessoa, a única coisa que tenho a dizer é MUITO OBRIGADA, porque conquistar o amor de um leitor é fácil, mas fazê-lo detestar e odiar uma personagem, ainda mais uma OC, faz qualquer ficwriter se sentir no céu.
Obrigada mesmo, e em comemoração, porque estou realmente feliz, começarei a dar para vocês algumas boas notícias.

Espero que gostem, e ainda mais, espero as opiniões de vocês sobre o capítulo.
Obrigada mesmo. Beijos da Andye!! :*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/503053/chapter/5

Hermione estava de volta ao Ministério. Depois de quase duas semanas em casa e dos acontecimentos dos últimos dias, ela se deu conta de como estava cabisbaixa e sem ânimo para viver, entregue a uma tristeza que só lhe fazia mal, e, o pior, saber que Rony lhe traia a deixava desiludida, fraca e sem motivos para continuar, mas ela continuou.

Se não fossem os amigos, os ainda sogros e os pais, sempre presentes, talvez ela não tivesse forças para voltar a respirar. Porém estava decidida e não se deixaria abalar mais. Viveria a sua vida da melhor maneira possível e faria o que fosse possível para não mais se machucar, ou, ao menos, tentar.

Decidiu voltar ao trabalho. Esses dias trancafiada na casa de seus pais não estavam lhe fazendo bem. Não comer e passar a maior parte do dia e da noite deitada, chorando também não estava deixando seu organismo em paz. Suas pernas estavam fracas, como se houvesse um peso extra em seu corpo. Sua cabeça tendia a doer e suas têmporas pareciam prestes a explodir a qualquer instante.

Decidiu mudar. Depois de uma longa e produtiva conversa com Gina, resolveu arriscar, e se 'ele' estava feliz e decidido no que faria daqui para frente, por que ela deveria se martirizar tanto?

Acordou cedo na manhã de segunda, tomou um bom banho quente, lavou os cabelos e até os arrumou magicamente. Não iria mais se abater, ou tentaria. Ao menos, não deixaria mais que os outros percebessem o quanto sofria e faria o que estivesse ao seu alcance para que seus pais pudessem respirar em paz.

No Ministério percebeu que tudo continuava da mesma forma que sempre fora. A única mudança havia ocorrido em sua vida. Apenas sua alma sofria. Conversou com Harry, reviu os colegas de trabalho, tentou agilizar alguns trâmites até então parados e se preparava para almoçar quando recebeu uma visita inesperada.

– Bom dia Hermione. Posso entrar?

Aquela voz aveludada e sensual preencheu sua sala e perfurou seus tímpanos como agulhas perfurando o tecido. Lhe doeu e ela nunca poderia imaginar que seria bombardeada de uma única vez, em seu primeiro dia.

– O que você quer aqui? - a voz saiu grosseira, mais do que ela gostaria.

– Por favor, Hermione. Não seja tão má educada. Você não é assim.

– O que você quer, Estella?

– Fiquei sabendo que havia voltado ao Ministério e resolvi te fazer uma visitinha.

– Não tenho tempo para perder com visitas. Diga logo o que quer.

– Quanta ignorância, senhora. Deste jeito não te passo o recado que vim dar.

– Recado? Não tenho absolutamente nada a tratar com você, garota. Saia, por favor.

– Não seja enérgica, querida. Claro que tem. Temos interesses em comum.

– Você e eu? - Hermione esboçou um sorriso nervoso - Acho que errou de sala. Não tenho nada em comum com você.

– Ah... Tem sim.

– Por favor, fale de uma vez ou vou me retirar.

– Vim informar que o Rony já entrou com os tramites legais de separação.

– E daí? – tentou se manter de pé e imparcial.

– E dai que vamos nos casar e seremos imensamente felizes. Eu o farei feliz, de uma maneira que você jamais conseguiu.

– Fico muito feliz por vocês.

– Ah, Hermione, por favor, não seja falsa. Não sei como foi capaz de deixar um homem daqueles escapar. Ele é tão forte, tão másculo e tão cheio de amor para dar...

– Não quero saber de sua vida particular.

– Mas eu quero informar. Informar que estamos mais que apaixonados e que eu sei muito bem que está com ódio por ter sido trocada...

– Eu, com ódio? Não tenho ódio de você.

– Claro que tem.

– Não. Não tenho nada contra você. Você é uma boba que se deixou enganar pelo Ronald.

– Não... Não mesmo, Hermione Granger. Não me deixei enganar. Eu nunca me engano. Tudo o que fiz foi muito bem pensando e só vou descansar quando eu vi você rastejando.

– Você é louca?

– Louca? Jamais. Mas vou fazer você se arrepender amargamente de ter se metido no meu caminho...

– Eu? Nem mesmo te conheço. Nunca tinha te visto antes dessa porcaria de missão da Escócia. Como posso ter feito mal a você de alguma forma?

– Um dia você vai saber. - o olhar era severo - No dia em que eu conseguir o que eu quero. No dia que eu tirar tudo o que você ama de você. Começarei com o idiota do Ronald, depois tirarei seus pais, sua querida amiga Gina e o adorado Harry Potter, a família Weasley, seu trabalho... Vou arrancar tudo de você...

– Sai daqui!

– Tudo vai ser meu. Você vai ficar no chão!

– Sai daqui – a voz estava mais alta.

– Isso. Mostra quem você é. - ela sorria com deboche.

– FORA!

– Até mais Hermione Granger. Foi um prazer revê-la e não se esqueça, vou te fazer sofrer machucando quem você mais ama – a voz era sínica.

Estella saiu e por pouco Harry não a encontrou na sala da amiga.

– Hermione – ele estava ofegante – Fui avisado por um memorando que você estava gritando. O que houve?

– Ela veio aqui, Harry... – Hermione estava pálida e não conseguia controlar as lágrimas. Tremia muito e seus olhos começaram a escurecer. Estava sentada na cadeira de sua mesa e olhava fixamente para a porta.

– Quem veio aqui?

– Estella.

– Estella?

– Sim. Disse que vai me tirar tudo o que eu amo. E só vai parar quando eu não tiver mais nada. Disse que começou com o idiota do Ronald, depois serão meus pais, a Gina, você, todos...

– Mas por que isso?

– Ela não disse – Hermione levantou e andava de um lado para o outro da sala – Disse que vou me arrepender de ter cruzado o caminho dela, que não devia ter me metido em sua vida...

– Mas você já a conhecia?

– Não – ela estava nervosa – Nunca a vi antes de vocês. Ela disse que vai se vingar em quem eu mais amo. O que está acontecendo, Harry? O que está acontecendo?

Mas ela não ouviu a resposta do amigo. Hermione mergulhou em um profundo enegrecer. Não via mais nada. Não ouvia mais nada. A última lembrança que tinha era a de Harry segurando seus braços.

Acordou e não reconheceu onde estava. Tinha uma forte dor de cabeça e ainda estava vendo tudo embaçado. As têmporas doíam e seu cérebro parecia prestes a estourar. A náusea aumentou quando ela olhou de lado e viu que estava em uma sala com paredes verdes, deitada em uma cama. Que vestia também um manto verde e estava sozinha. Seus olhos doeram ao ver a luz que piscava sobre sua cabeça.

Tentou levantar, mas a dor latejante que apontou em sua cabeça foi mais forte que o desejo de seu corpo. Sentiu um forte enjoo e ouviu uma voz conhecida em seguida, vendo, em seguida, um grande e preocupado sorriso familiar.

– Que bom que acordou. - Harry tocou seu rosto com leveza. Estava claramente preocupado.

– Onde estou, Harry?

– St. Mungus. Foi o primeiro lugar que pensei em te trazer.

– E por que eu estou aqui?

– Você desmaiou, Mione.

– Droga.

– Seu corpo está muito cansado e debilitado. Uma curandeira te deu uma porção para revigorar. Você precisa se cuidar melhor, minha amiga. A medibruxa que te atendeu ficou muito preocupada. Você ficou quase 6h dormindo. Vou avisar a seus pais...

– Eles estão aqui?

– Sim. Eu os avisei.

– Você falou... dela?

– Não. Isso fica ao seu critério, Mione.

– Obrigada, Harry.

– Mione, eu preciso te falar algo.

– O que?

– O Rony...

– Não quero saber nada dele, Harry – ela virou o rosto magoada.

– Hermione, tem algo errado com o Rony...

– Como assim? – Voltou a fitá-lo curiosa.

– Ele não está normal, e eu estou investigando. O fato da Estella ter ido te ameaçar só aumenta as minhas suspeitas de que tem algo muito estranho acontecendo.

– O que você acha que está acontecendo? - seus olhos brilharam em expectativa.

– Quando estiver melhor nós conversamos, mas agora vou chamar seus pais e a Gina. Estão todos bem ansiosos pra te ver. A Molly foi em casa só para preparar o jantar e já vai voltar. Você nos deu um grande susto.

– Desculpe.

– Não é pra mim que precisa pedir desculpas, Mione, mas a você mesma.

– Você tem razão...

– Vou sair - ele levantou e deu um beijo na testa da amiga - A medibruxa quer conversar em particular com você também.

– Tudo bem. Conversamos depois, então.

A visita foi tranquila e animada. Hermione conseguiu rir bastante com as loucuras de Gina e Harry depois que sua cabeça parou de latejar. Seus pais estavam mais preocupados, mas depois que viram o quão bem tratada ela havia sido e como estava mais corada, animada e saudável, descansaram.

Saber que suas dúvidas sobre Rony poderiam ser fundadas também a deixou feliz. Poderia estar doente, ter algum tipo de mal e por isso estava agindo daquela forma. Saber que poderia ter seu Rony de volta, mesmo que fosse algo remoto havia enchido seu coração de esperanças.

– Olá! – A medibruxa interrompeu a bagunça – Posso falar um pouco com nossa adoentada?

– Sim, claro. - Gina se adiantou - Vamos sair. Até daqui a pouco, Mione.

– Até mais.

A mulher aparentava uns quarenta e poucos anos. O rosto maternal lembrava à senhora Weasley. Tinha cabelos dourados e a voz era suave e calmante.

– Sou a curandeira e medibruxa Aurora Liens e quero saber o que você pretendia sem se alimentar?

– Nada. Sei que tenho me alimentado mal, mas... Não pretendo nada – deu de ombros.

– Sra. Weasley – aquilo pesou em seu peito – No seu estado, é preciso se alimentar bem, ter uma vida mais tranquila e menos agitada.

– Não tem como ficar tranquila com tudo isso.

– Eu sei, tenho acompanhado seu caso no semanário. Sua vida está estampada em todos os jornais e revistas bruxas, mas a senhora precisa se cuidar.

Hermione teve vontade de pedir que a mulher se retirasse. Não ficava feliz em saber que toda comunidade bruxa sabia, agora, do fiasco que havia sido o seu casamento, e a medibruxa não a estava ajudando com esta conversa.

– Foi muito bom que o senhor Potter tenha lhe trazido para cá pois poderia ser tarde demais depois, a não ser que o seu interesse fosse realmente interromper a gestação.

– C-como?

Ela finalmente deu atenção total a medibruxa. Aquela informação não poderia ser real. Ela imaginou se havia ouvido errado ou se estava tão louca ao ponto de está inventando coisas.

– Sra Weasley...

– Ges... ta... ção?

– A senhora não sabia que está grávida?

Hermione negou com a cabeça, mas não conseguia pronunciar palavras. O choque foi sem limites. Ela não sabia se sorria ou chorava. Estava grávida e prestes a se separar. Não poderia ter engravidado. Não nessa situação. A cabeça não raciocinava direito. Estava difícil assimilar o que acabara de ouvir.

– Senhora Weasley?!

– N-não... Eu não... Sabia.

– A senhora está entrando na nona semana de gestação. - a medibruxa falou preocupada - Infelizmente, quase perdeu o seu bebê graças a sua má alimentação e a toda essa tensão que tem vivido. Você está com um pequeno sangramento e eu preciso que permaneça internada por mais dois dias. O seu bebê está com baixo peso para o tempo de gestação e se o senhor Potter não a tivesse trazido ao hospital, poderia tê-lo perdido - As palavras entravam como facadas em seu coração.

"Agora, você precisa se cuidar. Já sei do seu caso e além de medibruxa, também trabalho com gestantes em outro hospital que te passarei o endereço mais tarde. Gostaria muito de acompanhar a sua gestação, pelo menos, até está sem risco algum."

"Preciso também que se ausente de seu trabalho e de estrese por pelo menos um mês. Faremos um tratamento para que seu filho recupere o peso e você recupere a sua saúde, que esta fraquinha e bem debilitada."

"Vou te passar algumas poções e vitaminas para que você se recupere logo. Acredito que seguindo todas as minhas recomendações, em um mês sua gestação estará saudável e normal. Mas, por favor, sem mais emoções fortes."

– Claro. – Ela assentia freneticamente com a cabeça enquanto concordava – Farei o que for preciso por meu bebê.

– Ótimo. Sabia que a senhora não estava tentando provocar um aborto.

– Não. Nunca. Eu realmente não sabia – e negava agitada com a cabeça.

– Vou te passar as poções e você terá que tomá-las rigorosamente. Algumas delas vão te livrar do mal estar, dos enjoos e das dores de cabeça, que são decorrentes da gestação.

– Como à senhora sabe que sinto tudo isso?

– Bem. - a senhora sorriu - Além de já ter tratado muitas gestantes, conversei com seus pais por um bom tempo. Não os contei de sua gravidez, por isso pedi para lhe falar em particular.

– Obrigada.

Hermione sentia-se realizada. Totalmente. Estava feliz. Carregava uma criança em seu ventre. Seu maior desejo. Ficava triste por não ter Rony ao seu lado, mas sabia que isto não duraria muito tempo. Conversaria com Harry e tudo seria esclarecido. Voltara a ter esperanças. Havia motivos para confiar que as coisas melhorariam.

A notícia foi celebrada por seus pais, Harry e Gina. Hermione pediu para que eles não contassem aos outros Weasleys por enquanto. Não se sentia segura o suficiente para tanto. Saber da gravidez lhe deu um banho de esperanças. De alegria e felicidade. Recebeu alta e rumou para a casa de seus pais, que como ela, estavam muito felizes.

Continuou com todo o tratamento que fora receitado pela curandeira e após 10 dias era outra pessoa. Sentia-se renovada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!