Novos Começos escrita por Tenshikass


Capítulo 9
Capítulo 9 - Temperatura da Água.


Notas iniciais do capítulo

Vamos subir a temperatura um pouquinho? Leia bebendo algo bem gelado ;P



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...

“09h30 p.m. de Itachi

Falei com o Hidan como me pediu.

Minha mão está doendo um pouco, mas ele não vai mais incomodar.

(anexo foto de sua mão com as dobras dos dedos avermelhadas)”

 

“09h32 p.m. de Haruno

Eu te pedi para não recorrer a violência, cabeção!

Sua mão tá bem mesmo?”

 

“09h33 p.m. de Itachi

Não foi por causa da Ino, eu realmente conversei e pedi pra ele

parar de ser babaca. O idiota entrou em outro assunto e acabei

me descontrolando, fica tranquila, ela está ótima, pronta pra mexer

no seu cabelo qualquer hora dessas.”

 

“09h35 p.m. de Haruno

Se é assim... Obrigada pela ajuda.

Controle sua mão rs boa noite.”

 

“09h36 p.m. de Itachi

Boa noite, gatinha.”

...

“11h45 p.m. de Sasu

Desculpa.”

 

“11h50 p.m. de Sa/Rosinha

Tudo bem...”

 

“11h52 p.m. de Sasu

Posso te ligar?”

 

“11h54 p.m. de Sa/Rosinha

Sim”

(((( Sasu chamando ))))

“ele está gastando energia...”

— Alô?

— Oi.

— Não dá pra me desculpar direito por mensagem...

— Já disse que tudo bem...

— Eu sei que não tá tudo bem, eu fui um idiota.

— Não foi, bom, pelo menos eu também fui uma idiota, você sabe que tenho o pavio curto, sei que não queria me dar sermão... “mas deu”

— É, não queria, sei que foi uma confusão e você só estava tentando ajudar suas amigas, como sempre. “quer carregar o mundo nas costas”

— É, eu sei que exagero. Foi mal ir embora tão irritada...

— Tudo bem, acho que também estava chateado...

— Comigo e com o Itachi. — Não me arrependi de ter falado, mas prendi a respiração, a ligação ficou muda por alguns instantes sem reposta do outro lado.

— Um pouco...

— Por quê? — Aproveitei a onda de coragem, mais um instante de silêncio foi feito que em uma ligação pareciam horas.

— Me preocupo com as intenções dele... — Ele pareceu ter escolhido bem cada palavra.

— Não aconteceu nada do tipo entre a gente, se é isso que te incomoda.

— Sei que não é dá minha conta... “mas você não tem ideia do quanto estou aliviado”

— Não tem problema me perguntar... Somos amigos, não é? — Suspirei.

— Somos. “amigos...”

— Então tudo bem, amanhã não estarei na escola, te vejo no domingo?

— Claro.

— Ok, boa noite.

— Boa noite Sakura, durma bem.

— Sasuke...

— Sim? — Me arrepiei, ouvi-la chamar meu nome do outro lado da linha causava o mesmo efeito de que se eu pudesse vê-la, queria tocá-la. “não quero que essa ligação acabe”

— Obrigada de novo pelo café da manhã. “não quero que essa ligação termine...”

— De nada, farei isso mais vezes... — Ela sorriu do outro lado da linha, pude ouvir.

— Boa noite, Sasuke.

— Boa noite, Sakura.

(((( Ligação encerrada ))))

...

— Chegou tarde ontem à noite, saiu mais cedo de manhã, o que tá rolando?

— Nada. — Sagi tirou a escova de dente da boca para me responder, ele estava escovando os dentes com a porta do banheiro aberta, estava usando apenas uma bermuda, o que me permitia ver algumas leves cicatrizes em suas costas e peito. Não iríamos a aula pois ele tinha uma consulta de rotina marcada para avaliar seu progresso de recuperação depois de ter concluído as sessões de fisioterapia que precisou realizar após o acidente.

— Sei. Ok, se não quer contar, não conta.

— Não tem nada pra contar. — Ele havia enxaguado a boca e secou o rosto, estava evitando me olhar para não estender o assunto, eu o conhecia bem. — Sabe que não precisa ir comigo hoje, né?

— Eu sei que não preciso, mas eu quero, se nenhum de nós suporta pisar num hospital, então que os dois passem por aquelas portas juntos. — A campainha tocou antes que ele respondesse e eu perdi a oportunidade de retomar o assunto e colocá-lo em uma saia justa, desci para atender.

— O que? Sasuke? — Eu congelei. Eu estava usando um baby-doll velho e por isso muito curto e justo, o shorts cobria só a metade da minha bunda na parte de trás e na frente parecia menor ainda; a blusa já era um top muito justo, era quase como se ele estivesse me vendo de lingerie.

— B-Bom d-dia? — A cara dele estava tão vermelha quanto eu supunha que estava a minha, tentei tapar o corpo com um dos braços enquanto o outro ainda estava estático segurando a porta, ao reparar meu desespero tentando me cobrir ele olhou para cima e virou o rosto de lado. — Desculpa, eu não esperava que você atendesse a porta assim...

— Toma aí, doida. — Um roupão pousou na minha cabeça, Sagi tinha descido e jogado em mim. Eu coloquei o roupão e corri para cima, eu achava que nunca mais teria coragem de olhar na cara dele de novo. Entrei no banheiro e bati a porta com força, evitei o espelho para não me odiar mais ainda, tirei a roupa, liguei o chuveiro e me joguei debaixo como se a água gelada pudesse lavar a memória do olhar lascivo dele, o que o meu corpo acesso fazia parecer impossível.

— Yo, Sasuke, para de babar a minha irmã e entra aí. — Ele me convidou enquanto ia entrando para sala de estar e pegando sua mochila que estava em cima do sofá.

— Eu não... — Tentei me recompor, ainda não tinha caído a ficha, minha cabeça só conseguia focar em ficar reproduzindo cada parte exposta daquele corpo — Você disse pra eu vir pegar um caderno com você antes da aula. — Consegui completar.

— Sim, é para a Konan, ela me pediu emprestado e como não vamos ir pro colégio hoje, eu preciso que entregue pra mim, pode ser? — Ele retirou o caderno da bolsa e me entregou.

— Por que não pediu ao Naruto? “graças a Deus pediu pra mim, eu acho que nunca vou esquecer o que vi”

— Eu até ia pedir, mas ele estava um pouco estranho, meio fora do ar, você me pareceu a opção mais confiável.

— Confiável pra entregar um caderno? — Ele tossiu como se tivesse engasgado.

— Nem vem de interrogatório você também, só entrega pra ela, tá?

— Tá bom. — Eu olhei escada acima, imaginei que ela estivesse se trocando, ou tomando banho, acendi como uma vela, o que eu estava? — E-Eu já v-v-ou então, tchau. — Saí pela porta e a bati sem querer, deixando para trás o rosto de um Sagi totalmente confuso.

Meu coração estava acelerado e meu corpo formigava. “droga, pareço um tarado!” Respirei fundo e tentei pensar em coisas aleatórias para afastar a imagem dela naquela roupa da minha cabeça: minha guitarra, espadas, o dojo, artes marciais, comida, meus mangás... meus mangás... aqueles ecchi em que as personagens estão praticamente nuas.

Parei no meio da rua, tirei o celular do bolso e ainda era muito cedo, já que as sextas-feiras entravámos mais tarde na escola — no horário da segunda aula —, voltei a andar calmamente e peguei o caminho para casa, só duas coisas ecoavam na minha cabeça: ela e... “preciso de um banho gelado”.

...

Certo. Minha melhor amiga não está aqui hoje e o meu melhor amigo é tão ruim no que eu preciso quanto eu. E eu recebi um bilhete ontem. Um bilhete da garota que eu gosto, que sempre foi uma boa amiga, dizendo que também gosta de mim. Ela marcou um encontro comigo no domingo e eu sou um completo idiota que não sabe o que fazer em um encontro, sendo que eu sempre saí normalmente com ela. Mas aí estava o problema: não era mais só sair normalmente. Abri o bilhete pela milionésima vez desde que notei ele na mão da minha mãe enquanto ela colocava a roupa para lavar.

“Naruto, me desculpe por não ter a coragem agora de me declarar como eu realmente gostaria, mas pelo menos assim, você vai ficar sabendo de uma vez. Eu gosto de você mais do que como um amigo, há muito tempo. Preciso saber, o que você sente por mim? Por você, enfrentarei minha timidez e ansiedade... te esperarei no parque domingo e quero ouvir sua resposta.

Sim, isso é um encontro.

H. Hinata.”

Era impossível para mim não reconhecer aquela letra depois de tantos anos, era notável que a tinta da caneta estava bem-marcada e mesmo assim as letras um pouco trêmulas. Quanto tempo ela levou até se controlar ao máximo para me escrever e depois me dar aquele bilhete? Confesso que eu já tinha planejado me declarar primeiro, mas não fazia ideia de como e agora já havia até uma data marcada. Vontade e sentimento com certeza não me faltavam, mas eu realmente não queria acabar estragando tudo sendo um bobo sem noção na hora H. Pensar no possível desenrolar da nossa conversa fez um calor subir dentro de mim: e se nós nos...?

— Acho que nunca pensei tanto na minha vida, dattebayo. — Corri até a cantina para tomar o que mais gelado tivesse disponível.

...

— Oi, você que é a Konan, né?

— Droga Sasuke, por que estamos aqui? — Karin resmungava atrás de mim.

— Sim, sou eu, o que você quer? — A garota de cabelos azuis, ou seriam roxos? eu não sabia dizer, nos olhava como se fossemos alienígenas.

— Sagi me pediu para te entregar. — Estendi o caderno para que ela pegasse.

— Podemos ir?

— Eu não me lembro de pedir pra você vir comigo, Karin. — Eu não sabia o que tinha dado na Uzumaki, mas eu tinha sido sorteado pela sua perseguição.

— Obrigada, garoto. — Konan tinha aberto o caderno e feito uma expressão de que tinha algo diferente lá dentro, então eu entendi o porquê de ser mais confiável que o Naruto — ele teria aberto o caderno com certeza. Ela me agradeceu sem me olhar e saiu andando.

— Nossa, que mal-educada hein. — A ruiva disparou de novo.

— O que você quer aqui, Karin, sério?

— Eu não posso aproveitar sua companhia? Você sabe que te adoro, Sasuke.

— Eu também gosto de você, mas já conversamos sobre isso, não é do jeito que você quer.

— Eu sei, poxa. — Ela fez uma expressão fingindo estar magoada — Eu não estou tentando dar em cima de você, eu juro, pelo menos não dessa vez. — Ela riu — Sério só queria mesmo andar com você, okay? Só conheço você e o Naruto aqui, e ele ainda está chateado por eu ter mandado a cabeça de chiclete para a diretoria.

— Não chame ela assim. — Suspirei — Tá certo, sabe que faria mais amigos se não arrumasse confusão toda hora, né?

— Aham, aham. Vamos comer alguma coisa antes de voltar pra sala, vem.

Ela me puxou pelo braço e saímos quase correndo pelo corredor. Karin era divertida e apesar de insistente em relação à mim, eu só queria que ela se entendesse com as meninas e fizesse mais amigos, ela ficava muito sozinha quando eu ou Naruto não estávamos por perto e isso me incomodava um pouco. Eu não me considero a melhor companhia para se ter, ao contrário dela eu sempre fui introvertido — é verdade que era pior quando eu era criança —, porém desde cedo eu tive amigos que não me deixavam ficar completamente isolado. No caso da Uzumaki, eu sabia que se isolar não era parte de sua personalidade, mas uma proteção devido a vida familiar conturbada que levava, acabou criando aquele escudo de fúria que a impedia de deixar mais pessoas se aproximarem.

...

Eu não esperava ter uma sexta-feira tão relaxante, não precisei estar na floricultura mesmo entrando mais tarde na escola, a Karin estava tão animada correndo atrás do Sasuke por aí que nem quis uma revanche pelo dia anterior e eu não via o Hidan desde o nosso pequeno encontro desagradável. Era um dia muito quente, era hora de aproveitar o intervalo do jeito que eu amava. O maiô do colégio com certeza não era meu figurino ideal, mas era muito confortável, apesar de ter ficado um pouco apertado nos seios. Eu estava sozinha, estendi uma toalha nos últimos bancos da arquibancada, meu cabelo já estava encoberto pela touca preta, coloquei os óculos de natação e dei o meu primeiro mergulho, depois de três voltas ao longo da piscina, emergi e me segurei na borda para descansar.

— Ino? — Tirei os óculos os posicionando em cima da touca no topo da cabeça, olhei para cima e lá estava ele.

— Gaara! — Lá estava de novo aquela calça de natação apertada e aquela definição, ele era magro, seus músculos eram bem trabalhados quase como de um nadador profissional, uma definição bem-marcada no corpo e ainda tinha aqueles ombros largos.

— A água tá boa?

— Tá uma delícia... de boa, muito boa, bem geladinha. “dicção perfeita”

— Será que eu posso entrar aí com você? — Eu sabia que a pergunta dele não tinha malícia, era o mesmo tom passivo de sempre, mas para minhas fantasias amorosas pouco importava.

— Acho que tem raias o suficiente pra nós dois. — Brinquei, mesmo com a luz do sol entrando pelas janelas e dificultando um pouco a visão, pude ver aquele sorriso mais uma vez, lembrei de sua mão segurando a minha e um arrepio percorreu minha espinha.

— A temperatura da água tá boa mesmo. — Ele surgiu do meu lado me despertando dos meus devaneios para uma realidade ainda mais delirante: aquele corpo molhado a poucos centímetros do meu. Para mim a temperatura da água estava subindo, quase como uma erupção vulcânica debaixo d’água. — Quer competir um pouco?

— Que?

— Nadar, competir, você tá bem?

— Ah sim, sim, nadar, claro, vamos sim, estou bem, to ótima. — Enfiei os óculos na cara e mergulhei por debaixo da boia para passar para a raia do lado. “se melhorar estraga”

Depois de algumas voltas, nós saímos e ficamos sentados na beira da piscina apenas com os pés na água, eu joguei a toalha sobre os meus ombros cobrindo minhas costas e aproveitei para me livrar daquela touca e soltar o cabelo.

— Deve dar um trabalhão cuidar do seu cabelo. — Ele estava tomando água de uma garrafa, a toalha dobrada jogada em um ombro e os cabelos ruivos caindo na testa, agora também livres da touca de natação.

— Um pouco, mas vale a pena, eu gosto. — Meus cabelos desciam pelas minhas costas e se espalhavam em cima da minha coxa já que eu estava sentada, eles eram ainda mais compridos, mas eu tinha cortado os deixando só um pouco abaixo do bumbum.

— Combina com você.

— Ah é? — Eu sorri e corei.

— Sim, parece poderoso, mas também suave. Como você. — O ritmo da sua fala era calmo e ele me encarava, como conseguia ser tão natural fazendo um elogio desses, quando eu já estava quase desfalecendo?

— Uau, acho que ninguém nunca me disse isso assim, de um jeito tão profundo. — Não ousei desviar o olhar, talvez estivesse corando, mas eu tinha que corresponder a sua neutralidade e entrar no jogo — Pensando desse jeito, seu cabelo também combina com você, mas esse vermelho corresponde a algo um pouco mais interno, escondido por trás desse seu jeito neutro.

—Será? — Foi tudo o que ele respondeu, mas riu. Ele riu e se eu tivesse em pé minhas pernas estariam bambas, o som da risada, os dentes bem alinhados exceto pelos seus caninos pontudinhos parecendo pequenas presas, era tão sexy.

 Eu realmente nunca me atraí tanto assim por ninguém... — Acabei pensando em voz alta.

— O que?

— Eu ah, eu realmente nunca vi ninguém que nadasse assim tão bem. — Dessa vez me obriguei a desviar o olhar enquanto rezava para ele não ter ouvido nada.

— Você nada muito bem, quase não consegui te acompanhar, faz natação há muito tempo? — Ele fez um silêncio antes de falar, o que deixou claro que tinha me ouvido, mas me deu o benefício da dúvida.

— Faz muito tempo sim, mas passei o último ano longe de piscinas, não imaginei que fosse estar em boa forma, já você parece um veterano na água.

— Eu também pratico há muitos anos, o que te fez dar essa pausa? — Ele não falava muito dele, mas sempre queria me ouvir falando mais sobre mim.

— Meus pais se separaram, não foi muito amigável, eu e minha mãe nos mudamos de volta pra cá quase no final do ano passado e reabrimos a floricultura, comecei a trabalhar com ela e continuei estudando longe, pois já que estava quase terminando o ano letivo, não fazia sentido me transferir. Não tive tempo pra nada, até convencê-la a me colocar nesse colégio esse ano. — Suspirei e chutei um pouco de água para longe.

— Mas você continua sem tempo, está na sala de ensino integral do colégio. — Ele deduziu confuso.

— Sim, porém aqui eu tenho essa piscina e os meus amigos, consequentemente uma desculpa para voltar a sair com eles também nos finais de semana, acaba que ela me aliviou um pouco do serviço também. — Pisquei pra ele e abri um sorriso, eu não gostava de ficar muito tempo presa em conversas sérias.

— Olhando por esse lado, parece uma boa alternativa.

— Vale tudo pra não perder o último ano que ainda temos sem oficializar a vida adulta, né?

— Você tem razão... O que vai fazer agora?

— Bem... — Eu olhei na direção do grande relógio que ficava na parede de entrada do ginásio de natação. — Em dez minutos temos que voltar para as aulas do próximo período.

— Que tal fugir?

— Fugir? Agora?

— Se a gente quiser pegar o tumulto de alunos que não são do ensino integral e vão entrar para o período da tarde, tem que ser agora. Te encontro no corredor em cinco minutos. — Ele se levantou e saiu andando em direção ao vestiário masculino.

Eu fiquei tão surpresa com aquele convite repentino que não me movi do lugar por pelo menos mais um minuto olhando a silhueta dele desaparecer para dentro do vestiário.

Cinco minutos depois nós estávamos atravessando a área que ligava o prédio do ginásio e das quadras esportivas ao prédio principal. Passamos pelos armários para pegar nossas coisas, antes de bater o sinal do período da tarde atravessamos por entre os estudantes que chegavam na escola e os da manhã que saíam, e escapamos pelo portão.

...

 O que aquele idiota tá pensando? — Eu tragava o cigarro e soltava a fumaça enquanto ria mais uma vez observando seus desenhos dentro do caderno. Estava sentada nos fundos do prédio teatro, era o melhor lugar para fumar dentro do colégio sem ser pega.

Ele desenhava muito bem, na primeira folha havia um retrato meu com muitos detalhes, ele se preocupou em desenhar meu piercing e até minha tatuagem no pescoço. Na folha seguinte até parecia uma cena de mangá, ele estava de joelhos implorando com as mãos juntas em oração e eu estava com os pés na cabeça dele, um chicote nas mãos e um balão de fala que dizia “No mercy!”. Eu tinha que admitir que ele estava tentando, sua conversa era mais natural e não forçada em me conquistar, no dia anterior ele chegou mais cedo no colégio só pra me ajudar com dúvidas sobre a droga de peça de teatro obrigatória, estava me emprestando o conteúdo do período em que matei aula e ficou até tarde da noite me ajudando com meu “trabalho” de estoquista — que era na verdade um bico que eu fazia três vezes por semana — no supermercado perto da minha casa. Até me fez desistir de matar aula hoje com os meninos, já que ele não vinha, decidi assistir todas as aulas e lhe passar o conteúdo depois.

— Quem diria, Haruno, me fazendo ser uma boa menina, talvez hoje até chova canivete..., mas tá mesmo é um calor danado. — Traguei profundamente o cigarro que já estava no fim e segurei a fumaça, depois fui soltando lentamente. Eu já estava pensando demais em um garoto que já havia dispensado.


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Notas finais do capítulo

Ps.: A autora felizmente passa bem depois do furacão aquático Gaara.



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