Novos Começos escrita por Tenshikass


Capítulo 35
Capítulo 35 - O calor das férias de verão.


Notas iniciais do capítulo

Nota pessoal: Quem é vivo sempre aparece nunca foi tão real rs.
Peço desculpas a todos que estão acompanhando Novos Começos pelo sumiço. Tenho passado por um período pessoal conturbado, em meio a crises de ansiedade e depressão, escrever não é a única coisa que tem sido difícil pra mim. Mas, sempre foi na escrita e nos livros que eu encontrei meu refúgio, assim sendo, ao menor sinal de luz no horizonte, voltei a me empenhar, principalmente por vocês leitores, os quais eu penso o tempo todo e me culpo por estar os deixando na mão.

Espero que ainda estejam por aí e que aproveitem a leitura.

AVISO: O cap. contém cena de relação sexual (não é explícita), boa leitura ♥



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...

— Não acha engraçado que só nós dois acabamos voltando para a casa principal ontem? — Deidara disse rindo como uma criança.

— Eu acho que todos acabaram se deixando levar pela beleza dos outros chalés e... você sabe. — Eu corei me lembrando do que fizemos na noite anterior, em cima da mesa de bilhar, no chão da sala principal, no quarto.

— Sasori... — Ele chegou perto de mim e me abraçou por trás, entrelaçando suas mãos na minha cintura. — ...Você fica tão sexy com esse avental, mas bem que poderia estar usando só ele. — Deidara mordeu minha orelha e um arrepio percorreu todo o meu corpo.

— Não começa, Dei... — Minha voz saiu mais rouca do que eu pretendia. — Assim nunca vamos terminar o café da manhã, o que você acha de me deixar terminar aqui e ir acordar os casais? Eles já brincaram demais. — Ri do meu próprio comentário.

— Já que você insiste. — Ele se afastou e deu um tapa na minha bunda, retirou o seu avental e lavou suas mãos.

— Só tenta não dar em cima de ninguém, okay? — Gritei rindo quando ele passou pelas portas da cozinha em direção ao refeitório.

— Não vou prometer nada! — Ele gritou de volta e eu imaginei aquele sorriso largo se abrindo, ele dando um giro na ponta do pé para se virar em direção a porta da cozinha e seus cabelos longos e loiros que estavam completamente soltos acompanhando o movimento alegre.

— Eu realmente estou perdidamente apaixonado por esse cara...

...

Eu estava acordada imóvel e de olhos fechados a uns cinco minutos. Minha mente revivia cada momento e movimento do meu corpo com o dele. Inspirei fundo e o nosso cheiro invadia o meu ser como a melhor fragrância do mundo. Não queria abrir os olhos e perder tudo aquilo, mas ao mesmo tempo eu tinha que vê-lo ao meu lado.

— Sasuke? — Ele não estava na cama.

— Bom dia, Rosinha. — Sua voz fez com que meus olhos virassem em sua direção, ele estava sentado em uma cadeira, em frente à cama, apenas de cueca, com sua câmera na mão.

— O que está fazendo? — Meu rosto corou. “A quanto tempo ele está acordado e parado ali?”

— Registrando você. Eu posso, né? — Ele colocou a lente na frente do rosto e eu ouvi um click.

— Desde que a minha bunda não esteja aparecendo nelas. — Brinquei.

— Talvez só em algumas. — Ele deu um sorriso de canto malicioso, senti um arrepio ao lembrar daquele sorriso tão perto do meu rosto na noite passada.

— Minha vez. — Me levantei jogando o lençol para o lado, estava usando apenas sua blusa e uma calcinha, um dia atrás eu me mataria de vergonha, agora não importava mais. — Diga “xis”. — Disse apontando a câmera do meu celular em sua direção, antes que ele pudesse protestar ou se esconder, programei para tirar uma sequência de várias fotos, a última foi de sua mão na frente do rosto tentando tapar o celular.

— Você sempre acorda tão disposta assim?

— Só quando preciso flagrar um tarado com uma câmera. — Pulei em seu colo e o beijei, devagar e depois um pouco mais intenso, mordi seus lábios inferiores e passei a língua ali.

— Se fizer isso... Não vamos sair daqui nunca mais... — Ele disse apertando meu bumbum com as mãos.

— Não é assim que funcionam as luas de méis? — Ri me lembrando das suas insinuações de casamento.

— Tem toda razão, Rosinha...

Ele puxou o meu pescoço em sua direção e o lambeu, eu segurava seus cabelos e mordia os lábios. Logo nossas bocas se encontraram novamente em beijos ardentes, ah, como eu gostava daquele beijo, do seu gosto, sua boca macia, sua língua me devorando. Sasuke desceu as mãos pela minha cintura e lentamente abaixou a minha calcinha. Sem parar de me beijar, ergueu o quadril da cadeira e abaixou um pouco sua cueca box, o contato de nossas peles fez meu corpo estremecer de excitação, soltei um gemido contido pelo nosso beijo, como se soubesse os sinais do meu corpo, com suavidade guiou a minha cintura e me encaixou em seu corpo, arfei jogando a cabeça para trás, gritei, ele sorriu e mordeu os lábios. Suas mãos continuaram na minha cintura e me ajudavam a me movimentar, ele fazia o mesmo com quadril embaixo de mim.

Ah... Sakura... — Um choque me invadia toda vez que ele gemia o meu nome, todo meu corpo se contraía, o engolindo.

S-Sasuke... S-Sasuke...

Meu corpo agia por conta própria, subindo e descendo depressa, entrelacei meus braços em seu pescoço e gemi em seu ouvido, ele mordia meu pescoço, descia até o colo e mordia ali também, descia mais um pouco e mordia por cima do tecido da camiseta. Era loucura. Eu estava em chamas. Até que ele parou, olhou em meus olhos e tudo o que havia era pura luxuria, subiu uma de suas mãos até os meus cabelos, os enrolou em seus dedos, levou a boca até o meu ouvido e disse: — Goza pra mim...

O comentário incisivo e ousado me pegou de surpresa, sua voz proferindo aquelas palavras só aconteciam nos meus sonhos mais eróticos. Logo em seguida Sasuke voltou a se movimentar com mais intensidade e mais velocidade e, eu me derreti inteira em seu colo, desabando o rosto em seu peito, abafando um grito alto. Meu peito subia e descia em busca de ar.

V-você ainda não... — Perguntei ofegante, me dando conta de que o prazer tinha sido inteiramente meu.

...Quem disse que acabamos? — Sua voz estava rouca, levantei o rosto e lá estava aquele sorriso malicioso naquele rosto vermelho, suado e de olhar incendiário.

Suas mãos seguraram minhas pernas e me levaram até a cama. Era assim que luas de méis eram, mesmo sem realmente se estar casado.

...

— Bom dia, pombinhos número um. — Deidara disse quando eu abri a porta, eu estava apenas de bermuda. — A Konan ganhou mesmo na loteria, olha só esse físico. — Ele comentou colocando uma mão no queixo, senti meu rosto queimar.

— O-obrigada... — Eu definitivamente não sabia lidar com elogios vindos do lado masculino, talvez porque nunca os tenha recebido antes e nem concebido a ideia de ser atraente para um homem.

— Você não perde mesmo uma oportunidade, né, seu safado? — A voz de Konan se fez ouvir de dentro do chalé, segundos depois ela surgiu na porta ao meu lado.

— Você me conhece, mas eu tenho todo respeito do mundo pelo seu namorado. — Ele respondeu e piscou pra mim, dei uma risada sem graça.

— Que história é essa de pombinhos número um? — Perguntei agora curioso com o “bom dia” inusitado.

— Bem, como todos vocês são uns adolescentes cretinos que nos abandonaram na casa principal — Konan e eu rimos. — Eu tive que vir chamar um por um para o café da manhã. Vocês são os primeiros.

— Ah, que fofura, vocês já estão no estágio em que cozinham para os amigos? — Konan disse fazendo uma vozinha melosa e apertando a bochecha de Deidara, eu só conseguia rir.

— Ah, calada. — Ele corou e soltou a mão dela. — Andem logo... Ah, Sagi, você pode vir só com essa bermuda se quiser. — Ele piscou para mim novamente e saiu correndo antes que Konan o agarrasse pela camisa.

— O que acha, Nan? Devo ir assim ou...? — A provoquei.

— Eu acho que nós dois deveríamos. — Ela sorriu de canto e tirou sua camiseta, ficando apenas de sutiã e exibindo seu micro short.

— Vamos nos trocar, agora. — Franzi o cenho e a empurrei para dentro dando um tapinha em seu bumbum.

...

— Uau, o casal número quatro é o único que está usando todas as peças de roupas. — Comentei assim que a garota loira abriu a porta, inclinei a cabeça de lado e o garoto de cabelos vermelhos estava sentado em uma pequena mesa, senti que tinha interrompido alguma conversa importante.

— Do que está falando, Deidara? — A garota riu sem graça.

— Esquece, loirinha, você já deve saber que eu sou o amigo maluco. Só estou passando para chamar vocês para o café da manhã. — Cocei a cabeça constrangido, aí estava uma das poucas coisas que me deixariam sem graça, me meter em algo que não deveria ser da minha conta.

— Ah, que ótimo, já estávamos mesmo morrendo de fome. Né, Gaara? — Ela se virou para olhá-lo.

— Claro, vamos indo? — Ele se levantou, aproximou-se da porta e beijou a testa dela delicadamente a fazendo corar. Talvez não fosse uma conversa ruim como eu imaginei, apenas particular, suspirei aliviado.

Como sempre, enquanto caminhávamos em direção ao refeitório, tive um pensamento bobo e, por obséquio, o proferi em alto e bom som.

— E então, Sasori e eu somos a versão gay de vocês, ou vocês são nossas versões héteros? — Apontei para o meu cabelo e depois para o da Ino, achei que fosse o suficiente para entenderem minha piada infame.

Ambos caíram na gargalhada, eu ri de alívio.

— Bem, vocês são nossas versões, porque começamos a namorar primeiro. — disse Ino segurando a barriga de tanto rir.

— Acho que tem razão, mesmo assim acho bom que minha versão feminina seja tão linda. — brinquei.

— Será que vocês conseguiriam dizer qual é o mais bonito entre mim e Sasori? — Gaara perguntou e nós dois paramos para observá-lo, depois olhamos um para o outro, colocamos a mão no queixo pensativos, voltamos a olhá-lo e disparamos juntos:

— OS DOIS SÃO UMA DELÍCIA!

Ele corou e nós dois caímos na gargalhada e nos abraçamos, minha versão feminina também compartilhava minha personalidade maluca e ousada, não poderia ser diferente.

“Pelo menos quebrei o gelo aqui, ponto pro Deidei”

...

— Caramba, quinto casal, procurei vocês por toda parte! — Deidara gritou quando avistou Sasuke e eu saindo da trilha na floresta, ele estava junto com Ino e Gaara e pareciam estar se dirigindo ao refeitório.

— Ah, foi mal, foi mal, acho que acabamos não voltando para o chalé principal ontem à noite. — Eu disse sem graça quando nos aproximamos. “Eu não voltaria nunca mais se pudesse...” pensei e automaticamente senti um arrepio. Ino me encarava com um brilho no olhar, aposto que já imaginava tudo.

— Ninguém voltou, então nem precisa se preocupar. — Deidara deu de ombros, Sasuke e eu nos entreolhamos e rimos.

— Qual é a do casal número cinco, quinto, sei lá? — Sussurrei para Ino.

— Ele agora nos demarca como se fossemos gado, vê se pode. — Ela riu me deixando ainda mais confusa, decidi não perguntar mais nada.

Quando entramos no refeitório todos já estavam lá, a conversa estava alta e animada, fiquei feliz por realmente ninguém ter voltado ao chalé principal na noite passada, assim não ficamos sob os olhares maliciosos de ninguém, na verdade, todos pareciam trocar esses olhares entre si. A mesa estava repleta de pães e bolinhos caseiros, frutas cortadas, sucos naturais, café e outras coisas que pareciam deliciosas. Agradeci mentalmente por aquela cena, um momento tão animado naquele lugar me trouxe as melhores lembranças da nossa viagem de infância, meus pais, os de Sasuke e os de Naruto reunidos rindo e conversando da mesma maneira enquanto tomavam o café. Depois de passarmos quase uma hora no refeitório, decidimos nos trocar e aproveitar o dia, primeiro exploramos o lugar, perto da hora do almoço iniciamos um churrasco no lago, já que o clima estava perfeito. Realizamos algumas brincadeiras divertidas, dentro e fora d’água e comemos muito, descobrimos que Sasori tinha um talento incrível na cozinha e ele estava adorando nos ver comer tudo o que fazia. No fim da tarde Sasuke e eu voltamos para o nosso local secreto, depois de eu passar um tempo lendo, enquanto ele revia as fotos que havia tirado, pegamos no sono. Nos reunimos para jantar, dessa vez com meu irmão e Shikamaru responsáveis pela cozinha, era perfeito que os garotos fossem tão “prendados”, mas talvez só quisessem nos agradar, já que era a primeira viagem de casais juntos e, para o Shikamaru e Tenten, a última viagem antes de estarem casados.

Durante todo o dia, notei que Ino e Gaara estavam estranhos, não necessariamente de um jeito ruim, mas pareciam um pouco desconfortáveis em alguns momentos que ficavam sozinhos, não tive nenhuma oportunidade de tocar no assunto, por estarmos o tempo todo rodeadas de gente e por não saber exatamente como abordá-la, não me parecia o momento certo para me intrometer. Passamos o restante da noite depois do jantar jogando na casa principal, Ino e Gaara sumiram antes da meia-noite, minhas chances de descobrir o que estava rolando haviam ido por água abaixo. Por volta de uma hora da manhã, Sasuke e eu nos despedimos e voltamos com nossas lanternas pela trilha até o gazebo-cabana, eu quase caí três vezes no escuro e ele não parava de rir, apesar de não ter me deixado estatelar no chão nenhuma dessas vezes, me segurando firme pela cintura. Eu não conseguia parar de corar, o tempo todo pensava em como agora nos tocávamos com tanta intimidade, mãos na cintura, abraços pelas costas, andar de mãos dadas, mãos nos ombros, beijos esporádicos inesperados... Tudo aquilo era novidade pra mim e mesmo assim eu já sabia que sempre seria como a primeira vez, eu jamais me acostumaria, pelo contrário, viveria um sentimento de euforia a cada toque, toda vez.

...


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler ♥



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