Harry Potter o Começo da Procura das Horcruxes escrita por Nalamin


Capítulo 10
Capítulo 10 – Ala Hospitalar




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            —Meninos despachem-se senão vamos chegar atrasados. - gritou Molly da cozinha.

            Todos desceram para tomar o pequeno-almoço. Ginny e Hermione já estavam sentadas quando Harry e Ron chegaram. Harry sentou-se ao lado de Ginny e Ron à sua frente.

            -Bom dia. - cumprimentaram os garotos.

            -Bom dia ruiva. – cumprimentou Harry a namorada dando-lhe um beijo na testa. - Dormiste bem? - perguntou.

            -Sim meu amor. - respondeu a ruiva contente por finalmente ser livre de demonstrar o amor que tinha pelo menino-que-sobreviveu sabendo que ele a correspondia.

            -Uou uou uou, tudo bem que vocês estão juntos, mas por favor não sejam muito lamechas nem nada do género perto de mim. Ela ainda é a minha irmãzinha Harry. - pediu Ronald.

            -Ronald lá porque ainda não deu certo entre ti e a Hermione, não precisas de me criticar e ao Harry. Nós fazemos o que bem entendermos e não tens nada a ver com isso. - disse Ginny um pouco vermelha de raiva.

            Depois do que ouviu da irmã, Ron ficou vermelho de vergonha tal como Hermione que evitava olhar alguém. Os outros Weasleys tentavam esconder o riso.

            Passado o pequeno almoço foram todos buscar as malas aos quartos.

            -Garotos deixem-me falar. - pediu o senhor Weasley. - Fred, George parem só uns instantes.

            -Desculpe pai. - falaram os gémeos.

            -Como Voldemort está à solta e tem havido vários ataques da parte dos comensais, o Ministro acha mais seguro que sejamos acompanhados por aurores até à estação. Como somos muitos será preciso irmos em grupos. Harry, Ginny, Tonks e Moody; Molly e os gémeos; eu, Hermione e Ronald. - explicou Arthur e quando terminou viu Moody e Tonks aparecerem à sua frente.

            -E aí pessoal, como está todo mundo? - cumprimentou Tonks com o seu jeito brincalhão.

            -Vamos logo despachar isto. - resmungou Moody.

            Todas as malas foram encolhidas e guardadas nas vestes de cada um, Ginny guardou a sua mala e a de Harry na bolsa com feitiço indetetável de extensão e foi ter com ele, Tonks e o velho auror.

            -Vamos? - perguntou.

            -Sim. Ao contrário dos outros grupos, nós vamos aparecer longe da plataforma, assim se houverem comensais eles vão estar à espera de nós perto da estação. Além de vos acompanhar até ao comboio, irei também fazer-vos companhia até Hogwarts. Dumbledore achou mais seguro que fosse convosco até ao castelo. - informou Tonks.

            O grupo dos gémeos foi o primeiro a desaparecer seguidos de Ronald, Hermione e do senhor Weasley e de Moody, Tonks, Harry e Ginevra.

Quando apareceram na plataforma nº3, Harry viu um raio azul passar perto de si.

            -Comensais! - gritou.

            Moody tomou a sua frente. Um dos feitiços passou de raspão no rapaz e provocou um corte profundo no braço esquerdo.

            -Harry! – gritou a ruiva quando viu o namorado ir de encontro ao chão.

            Foi em questão de segundos que o antigo auror conseguiu prender o comensal com a ajuda de Tonks. Harry já tinha a manga esquerda da camisa branca toda ensanguentada, estava a perder muito sangue e Ginny estava apavorada pois tentara vários feitiços de cura e nenhum fechava o corte. “Magia das Trevas” pensou.

            Depois de uma breve conversa com Ninfadora, Moody levou o novo prisioneiro para Askaban e Tonks foi ter com Harry que estava no chão.

            -Não consigo fechar o corte Tonks. Já tentei vários feitiços. - falou Ginny já com lágrimas a descer o seu rosto.

            -Aquamenti. - conjurou a auror fazendo um jato de água aparecer limpando o braço do garoto que já estava desacordado. - Targeo. – limpou-lhe o braço. - Episkey. - o feitiço pareceu reduzir um pouco o corte e o fluxo de sangue que saía, mas mesmo assim Harry continuava a sangrar bastante.

            Tonks ainda tentou vários feitiços, mas nenhum surtia o efeito desejado, por isso conjurou ligaduras para ver se o garoto perdia menos sangue e para prevenir uma possível infeção.

            -Férula. - e as ligaduras envolveram o membro superior esquerdo do rapaz. - Vou ser sincera. Não faço ideia de qual feitiço o atingiu. Eu levá-lo-ia para o St. Mungus, mas acho que o melhor lugar é Hogwarts. Pomfrey e Dumbledore saberão o que fazer - explicou Tonks.

            -Tudo bem. Durante as férias Remus insistiu connosco em poções de cura e tudo mais e disse para andarmos sempre com algumas. Devo ter uma ou duas para repor o sangue, mas não consigo encontrá-las. – disse Ginny.

            Tonks agradeceu a Merlin por Lupin ter feito isso e que a ruiva se tivesse lembrado de levar algumas consigo. Ajudou a garota a procurar as poções. Harry começava a perder a cor o que não era bom sinal.

            Depois de encontrarem as poções Ninfadora despejou o frasco lentamente na boca do garoto desacordado e depois de colocar a capa de invisibilidade de Harry sobre o mesmo, Ginny tinha-a guardada na bolsa, levitou-o com cuidado e foram juntar-se ao resto dos Weasleys.

            -Onde está o Harry e porque estão com sangue nas roupas? - perguntou o Arthur mal as viu.

            -Targeo. - Tonks lançou o feitiço em si e em Giny, que ainda deixava um lágrima ou outra escapar. - Encontramos um comensal. Moody prendeu-o, mas Harry levou com um feitiço de raspão. É Arte das Trevas. Harry ficou com um grande corte no braço que não conseguimos fechar. Ele está ao nosso lado desacordado e coberto com a capa da invisibilidade para ninguém o ver. Quando chegarmos a Hogwarts levo-o a Pomfrey.

            - Cuide bem dele. – disse Molly, despediu-se do resto dos filhos e ao lado de Arthur viu-os entrar no comboio.

            Gina encontrou uma cabine vazia e entrou com Tonks que depositou Harry no banco direito e sentou no esquerdo.

            Ron e Hermione foram para a cabine dos monitores já que eram Monitores-Chefes da Griffindor, mas só depois de garantirem que seriam avisados se algo acontecesse.

            A garota ajoelhou-se ao lado do namorado e passando-lhe a mão na cabeça disse:

            -Por favor, aguente. Eu ainda preciso de ti. - depositou um beijo delicado nos lábios e deitou a cabeça sobre a barriga do garoto brincando com os cabelos rebeldes.

            Tonks observava o momento com algumas lágrimas, afinal ela era uma romântica incurável. Amava um certo lobo que estava neste momento em Hogwarts e que já deveria saber do ataque e do que aconteceu a Harry.

            Lupin vai-me matar por não o ter protegido. - pensou.

            Parecia que tinha passado uma eternidade. Ronald e Hermione já tinham passado várias vezes pela cabine para ver como estava o amigo. Tonks já tinha mudado várias vezes as ligaduras do Potter que de quinze em quinze minutos ficavam encharcadas de sangue. As poções de reposição de sangue estavam a acabar.

            A auror suspirou de alívio quando avistou o castelo.

            Quando o comboio parou, Tonks acordou a ruiva que, entretanto, adormecera e pegou em Harry para abandonar o Expresso de Hogwarts. Quando Hagrid os viu perguntou o que tinha acontecido e rapidamente ajudou Tonks a levar um Harry desacordado e extremamente fraco para uma carruagem.

Chegaram rápido ao castelo. Na entrada, esperavam Dumbledore, Remus, Pomfrey, Snape e McGonagall.

            -O que se passou? - perguntou Lupin indo ao encontro de Ninfadora Tonks pegando em Harry e levando-o rapidamente em direção à enfermaria.

            Quando lá chegaram Remus colocou-o na maca e a enfermeira rapidamente começou a tratá-lo, mas nada estava a resultar. Snape reconhecendo o feitiço, que deixou o garoto naquele estado, pegou na varinha e proferiu várias vezes o contrafeitiço até o corte se fechar:

            -Vulnerum clausi. Vulnerum clausi.

            Depois de o corte fechar, várias ligaduras em volta do braço e duas doses da poção para repor o sangue e uma de sono sem sonhos, Pomfrey permitiu que Remus, Tonks, Ginny, Dumbledore e Ronald e Hermione, que, entretanto, chegaram, entrassem para ver o garoto uma vez que ela os tinha expulsado para tratar do moreno.

            -Harry sofreu um feitiço poderoso de Arte das Trevas que se pronuncia Secat Variis. Em latim significa múltiplos cortes. Este feitiço, quando bem feito, cria vários cortes. O contrafeitiço é Vulnerum Clausi que significa no mesmo idioma feridas fechadas. É parecido com um feitiço que quando era mais novo criei Sectumsempra mas este é mais letal pois cria cortes por todo o corpo e o feitiço de cura é Vulnera Sanentur.— explicou Snape.

            -Ele vai ficar bem Severus? - questionou Dumbledore.

            -Vai, não se preocupem, já passei algumas instruções a Pomfrey. Agora só precisa de descanso. - Respondeu o professor de poções saindo em direção ao salão para ajudar Minerva com os alunos e informá-la do estado do Potter.

            -Peço desculpa. Deveria tê-lo protegido com mais atenção. - pediu Tonks.

            -Você não teve culpa, fez o melhor que pode. Em pouco tempo Harry ficará melhor. - disse Dumbledore saindo da ala hospitalar com a enfermeira.

            -Nós temos de ir também. A Seleção das casas vai começar e como monitores temos de estar presentes. - explicou Hermione. - Depois deem notícias. - E dito isto ela e Ron saíram.

Ao pé de Harry ficaram apenas Ginny, que estava sentada à cabeceira, Lupin, que estava sentado numa poltrona do lado oposto à ruiva, e Tonks de pé aos pés do garoto.

            -Remus. - chamou Tonks.

            -Harry vai ficar bem e isso é que importa. - falou o professor sabendo que Tonks iria desculpar-se novamente – Dumbledore reservou um lugar para ti na mesa dos professores não tarda servirão o jantar.

            -Eu trago comida para vocês. - falou a auror saindo.

            -Ginny também deverias...- começou Remus.

            -Nem pensar! Não vou sair de perto dele. - interrompeu a ruiva.

            -Harry enviou-me uma carta ontem à noite contando as novidades. - começou o mais velho. - Fico feliz por finalmente ele ter deixado a cisma dele de lado. Vocês ficam bem juntos, algo me diz que o que sentem um pelo outro vai ajudá-los em diversos momentos no futuro. Estou realmente contente por terem resolvido tudo.

            -A culpa é minha dele estar assim. - confessou a ruiva. – Depois de repassar o ataque várias vezes na minha cabeça reparei que antes de ser atingido Harry empurrou-me ligeiramente. Eu era o alvo do comensal.

            -Conhecendo Harry como conheço ele voltaria a fazer o que fez novamente. Ele parece muito com o pai. Ambos morreriam pelos amigos se necessário, principalmente pelas ruivinhas que roubaram o coração, sem hesitarem.

            -É disso que tenho medo. Harry preocupa-se demasiado connosco. Eu não quero que na hora ele escolha entre matar Voldemort ou salvar-me de algo. Ele tem um objetivo e eu quero ajudá-lo sem que ele se desvie dele.

            -Harry é sensato, ele saberá o que fazer quando algo acontecer.

            -Então…Tonks? - perguntou a ruiva mudando o assunto. Ela já tinha reparado os olhares que Tonks lançava a Remus desde o ano passado quando tinha ficado as férias de verão na antiga sede da Ordem e o professor também não ficava atrás.

            -Como?

            -Não rola nenhum clima? – riu-se a ruiva.

            -Não que a senhorita tenha alguma coisa a ver com o assunto, Tonks e eu nunca resultaria. Ela ainda é muito nova, apenas poucos anos mais velha que você. Eu sou um homem velho demais para ela, tenho idade para ser pai dela. Sou um lobisomem paupérrimo. Ela merece melhor.

            - Harry também arranjava muitas desculpas. Quem foi que aprendeu com quem? Já perguntaste a Tonks o que ela acha sobre isso tudo?

            -Não ele não perguntou. Acho que ele não quer saber que eu não me importo se tem muito ou pouco dinheiro, se é lobisomem, mais velho. Eu simplesmente não me importo com tudo isso. - falou Tonks aparecendo de repente.

            -Ouviste tudo? – perguntou a Weasley.

            -O suficiente. - respondeu a outra. – Remus, a única coisa que me importa é se sentes o mesmo que eu sinto por ti. O fato de seres lobisomem não me assusta, afinal eu gosto do perigo, dá-nos uma chance.

            -O que as pessoas iriam pensar de nós os dois juntos. E se algumas vez me descontrolar e te magoar com o meu lado lupino?

            -Acho que este não é o melhor lugar para essa conversa. Vão para um lugar mais privado como os jardins, o lago, outra sala. Não se preocupem com Harry, eu mesma fico aqui. - disse Ginny.

            -Obrigado Ginny. Até amanhã – despediu-se Tonks arrastando Lupin consigo em direção a um local mais reservado. - Está um pouco de comida em cima da mesinha.

            Depois do casal, que ainda não era bem um casal, mas que a ruiva pensava que seriam em breve, sair, ela comeu um pouco da refeição trazida por Tonks, chegou a poltrona para mais perto de Harry, segurou a mão do namorado e deitou a cabeça na cama adormecendo. Dormia tão serenamente que quando a enfermeira a viu não teve coragem de a acordar e repreende-la por não estar no dormitório.


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