Broken Crown. escrita por Paula Greene


Capítulo 17
Capitulo 17 - Coming Undone.


Notas iniciais do capítulo

No ultimo cap eu disse que já estávamos na reta final e tal, mas acontece que eu tenho algumas idéias que eu quero escrever então paciência shaushau'

— Emma volta com Henry.
— O tenente da guarda real exige que alguém seja punido.
— Regina encontra o caderno de feitiços de Cora.
— Emma e Henry são atacados.



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Regina andava de um lado para o outro na enorme sala que agora ocupava. Precisava encontrá-los, precisava descobrir um jeito.

Seus tenentes e generais ansiavam por alguém em quem por a culpa pela morte do rei, eles tinham necessidade em por alguém na forca para poderem provar para todos que ainda tinham o comando da cidade, mas Regina não saia de sua sala, não dava ordens e nem liberava autorizações.

No começo ela tentou conversar com eles, tentou dizer que o rei a maltratava, mas nada conseguiu acalmar o coração fiel daqueles soldados, eles queriam que alguém fosse punido. Enfim, ela conseguiu convencê-los de que o culpado o assassino era o mago Rumpelstiltskin. O que era uma grande mentira, mas Regina duvidava que algum dia fosse voltar a ver aquele homem.

A rainha se sentou atrás da mesa que um dia fora de seu pai. A coroa que ela devia carregar em sua cabeça estava sobre a mesa intocada, fora a coroa de sua mãe. Ela abriu a gaveta com a pequena chave que leva consigo e encontrou outro objeto que pertenceu a sua mãe, o objeto que poderia ajudá-la pela primeira vez em sua vida. Encontrou o livro de magia de Cora.

***

Emma encarou o garoto sentindo seu estomago virar. Era a pior coisa que poderia ter acontecido.

– O que você esta fazendo aqui? – Foi o que conseguiu dizer.

– Eu... Eu estava lá embaixo então... O navio... Começou a se mexer... – Ele olhou para Tinker esperando que ela o ajudasse.

– Eu o deixei sozinho, eu...

Emma cruzou os braços.

– Você o que? Estava muito ocupada? – Perguntou ironicamente. – Não tinha nenhum outro momento para vocês dois ficarem de saliências?

Killian revirou os olhos e Tinker corou.

– Vamos garoto.

Emma indicou a ele a saída.

– O que você vai fazer? – Killian perguntou ainda sem camisa.

– Vou levá-lo de volta.

Killian se levantou indo atrás dela.

– Não pode nos obrigar a voltar, vão matar a todos nós. - Ele gritou a seguindo até o deck. – Vamos deixá-lo em algum lugar que possam encontrá-lo.

– Está certo não posso obrigá-los a voltar comigo. – Disse sem parar de andar. – Mas não vou deixá-lo. Não colocarei a vida do menino em risco eu mesmo vou levá-lo.

Todos os marujos pararam o que estavam fazendo enquanto Emma desatava as cordas que seguravam o pequeno barco de madeira ao lado do navio.

– Não posso mais obrigá-los a nada, essa é a verdade. Isso é entre mim e algo que eu deixei sem resolver a muitos anos atrás, mas que não posso mais deixar pra lá. – Ela segurou a mão do menino. – Preciso levá-lo de volta para mãe dele, ele precisa dela e acho que eu também.

– Emma... – Killian não esperava por aquilo, mas sempre soube que um dia aconteceria. – Eles não deixarão que você viva.

– Eu preciso tentar Killian, vamos dizer que essa será uma de minhas maiores aventuras. – Ela acomodou o menino no barco e pegou os remos. – De qualquer forma será a ultima.

– Você esta indo mesmo? – O pirata perguntou estranhamente melancólico. – Está indo de vez?

– Estou Killian. Estou indo embora.

O pirata ficou sem reação. Depois de tantas batalhas travadas juntos ele não acreditava que a salvadora estava mesmo abandonando o navio. Ele levantou a cabeça e estendeu a mão para ela.

– Eu sempre soube que a sua passagem pelo universo pirata era só uma fase Senhorita Swan. Foi uma honra lutar ao seu lado.

Emma sorriu para ele e para os outros que acenavam respeitosamente. Alguns até sorriram.

– Espero poder encontrá-los novamente.

Não se demorou nas despedidas, segurou firme os remos e partiu, não estavam muito longe do reino e por isso não demorariam muito para chegar. Só deixou a tristeza transparecer em seu rosto quando já estava muito distante do navio pirata de Killian Jones.

***

Ruby esperou até o homem se afastar, ele deixou a pequena e assustada Belle em uma clareira rodeada de árvores e saiu para procurar água e comida. A loba não entendia porque ele não usava magia para fazer todas aquelas coisas e para ir embora dali.

Belle sentou-se em cima de uma pedra, já era noite e a lua que brilhava no céu era gigantesca. Iluminava toda a floresta e fazia Ruby se sentir mais viva. Sabia que seus sentidos eram melhores a noite e sua força ainda maior. Viu a princesa e no mesmo instante pode sentir o que ela sentia. Pode sentir o medo, o frio, a saudade...

Ruby a rondou por alguns segundos tentando não ser vista, mas era impossível ser cuidadosa quando estava hipnotizada com tanta beleza. Os olhos de Belle eram como duas pedras preciosas, como dois tesouros que Ruby não conseguia tirar os olhos. Pisou em um galho seco atraindo a atenção da moça.

Quando seus olhos se encontravam Ruby recuou. Abaixou a cabeça tentando não assustá-la. Belle ameaçou gritar, pôs a mão na boca e subiu em cima da pedra sabendo que se a loba a atacasse nada poderia salvá-la, mas ela não sabia que aquele animal nunca faria mal nenhum a ela. Desde que a viu pela primeira vez aquele coração selvagem a pertencia.

Rumple voltou trazendo água e algumas frutas. Quando Belle olhou novamente a loba havia desaparecido.

***

Socos e batidas quase derrubaram a porta da sala de Regina. Ela se assustou com a violência e se levantou bufando. Quem quer que fosse que a estivesse perturbando daquele jeito logo naquele momento certamente pagaria por aquilo. Ela abriu a porta pronta para uma lição, mas o cavaleiro a sua frente estava ferido e quase caindo ao chão.

Ele era carregado por mais dois e um terceiro homem estava em pé junto deles. O tenente da guarda real.

– O que significa isso? Porque esse homem não esta sendo cuidado? – Perguntou.

– Diga a ela. – Gritou o tenente para o soldado ferido. – Diga a ela o que nos contou.

O homem olhou para cima, seus olhos se perdiam sem direção.

– A salvadora... Ela atacou a todos nós. – O coração de Regina foi á boca. – Ela matou nosso rei.

O soldado tossiu respingos de sangue escuro e os dois que o carregavam o levaram de lá, provavelmente ele já estaria morto antes de chegarem a enfermaria.

O tenente a ficou encarando, provavelmente esperando por ordens. Ele era um homem rígido, mas Regina o conhecia bem e sabia que era um homem bondoso, sabia que era justo e perfeito para o cargo que tinha perfeito para comandar. Mas também sabia que pedir misericórdia pela assassina do rei era algo inadmissível, Regina não tinha escolha.

– Eu sei o que esta pensando majestade. – Disse o homem com um olhar complacente. – Sei que vocês já foram amigas e que ela nos salvou em uma época em que eu mesmo achei que ninguém poderia. Mas ela se tornou um perigo, se juntou a um grupo de criminosos. Ela matou o rei e isso é punido com a morte.

– Eu sei... – Regina não queria falar mais nada, não queria que a sua voz a entregasse. – Mas não somos injustos, você deve prendê-la viva.

Ele não demonstrou hesitação, fez uma reverência e saiu.

Regina fechou a porta quase entrando em desespero. Precisava encontrar Emma antes que eles a encontravam. Mas isso não era o pior, o pior era que Henry estava com ela e Regina sabia que Emma faria de tudo para trazê-lo de volta para casa. Enquanto os soldados de todo o reino procuravam por ela. Ela estava vindo de encontro a eles.

Segurou firme o livro da mãe com uma mão e com a outra tirou o tecido que cobria o espelho da sala. Seu pai odiava aquele espelho porque pertencia a sua esposa e quando Robin se tornou rei fez com que construíssem uma sala especialmente para ele.

Mentalizou o que queria fazer, olhou fixamente para o espelho e sentiu um poder imenso invadir o seu corpo e seu espírito. Sua imagem refletida no espelho logo começou a mudar até finalmente se tornar Emma e Henry.

Eles estavam na floresta, Henry estava molhado e Emma tinha um ferimento no braço, eles caminhavam apresados, quase correndo por entre os galhos e pedras. Encontravam um abrigo e entraram se escondendo. Regina reconheceu o lugar, era a caverna onde Ruby se escondia quando não tinha controle sobre o lobo.

Sentiu suas forças aumentarem, Emma e Henry precisavam dela. De repente uma fumaça roxa cobriu suas pernas e todo seu corpo e ela foi transportada para a floresta.

– Emma! – Ela gritou do lado de fora da caverna, mas não houve resposta. – Henry?

Esperou alguns segundos até que a salvadora saiu com a espada em punho, Henry se escondendo atrás dela encharcado. Ele correu assim que a reconheceu e a abraçou. Emma ainda ficou com a espada levantada por alguns segundos, parecia muito assustada.

Regina foi até ela assim que Henry a soltou e a beijou. Ignorou o sangue na roupa de Emma e a espada que ainda estava em sua mão. O beijo foi intenso, mas breve. Henry ainda não sabia muito bem como lidar com aquilo, mas nada disse.

Emma tentou sorrir para ela, mas estava fraca de mais.

– Eles nos atacaram assim que chegamos, Henry caiu na água eles não o reconheceram. Conseguimos escapar, mas ainda estão nos caçando.

– Você não devia ter voltado. Sabem que foi você porque um soldado sobreviveu.

– Eu tinha que trazê-lo de volta pra você. – Regina passou a mão pelos cabelos do menino. – E tinha de Vê-la novamente. Sei que vão me achar, mas está tudo bem porque eu pude vê-la.

Regina sentiu seu coração sendo apertado. Emma estava dizendo adeus.

– Não. – Ela disse inconscientemente.

– O que?

– Não.

Regina abriu o livro e começou a folheá-lo, sabia exatamente o que fazer, mas precisava encontrar o feitiço e precisava de muita força para aquilo, sorte que havia poder acumulado por todos os anos em que se negou a usá-lo.

– Não vou perdê-la novamente.

– O que vai fazer?

Regina ignorou a pergunta, pois havia achado o feitiço. Era difícil, mas não impossível e se conseguisse tudo estaria bem. Era a única coisa que ela precisava saber que tudo ficaria bem.

Concentrou-se e a terra começou a tremer. Sua cabeça começou a doer.

– Se segurem. – Precisou gritar, pois as arvores estavam se sacudindo e fazendo muitos barulhos.

Um vento forte os atingiu. Emma e Henry se seguraram nela. Uma fumaça roxa espalhou-se por todo o local, cobriu os três e as arvores ao redor. Tudo começou a girar como se estivessem dentro de um redemoinho, os olhos de Regina estavam roxos e ela fazia um esforço enorme, Henry apertou a mão de Emma, assustado. Num instante estavam na floresta, no outro instante não estavam em lugar algum e por ultimo estavam em um lugar que não conheciam.

A fumaça se dissipou e Regina caiu exausta no chão. Emma e Henry se ajoelharam ao lado dela. O sol brilhava intensamente no céu e uma sombra passou por eles observando a tudo. Emma ergueu os olhos reconhecendo aquele lugar. Outras sombras se juntaram a primeira e uma voz fez Emma tremer.

– Olha quem esta de volta a Neverland. Parece que todo mundo resolveu vir pra cá de uma vez só.

Os olhos verdes do garoto a encaravam de cima, ela olhou o corpo desmaiado de Regina e Henry que estava tão assustado que respirava com dificuldade, precisava protegê-los e só havia uma maneira de fazer isso.

Ela tirou a espada e a jogou no chão perto dos pés do garoto perdido.

– Mais esperto que da primeira vez. – Disse ele. – Talvez eu possa ser mais gentil também.

Ele fez sinal para as sombras e elas prenderam Emma e Henry e carregaram Regina. Todos para a toca de Peter Pan.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que não existe desculpas pela minha demora, mas me desculpem mesmo assim e não me abandonem pleaseeeee. ;x
Eu juro que eu vou tentar postar com mais frequência hehe'
Digam ai o que acharam dessa reviravolta ein? Será que já enjoaram da Fic?