Broken Crown. escrita por Paula Greene


Capítulo 16
Capitulo 16 - The New Land.


Notas iniciais do capítulo

- Um pouco sobre Killian e Tinker.
— Vemos para onde Rumple, Belle e Ruby foram.
— Emma se despede da rainha mais uma vez.
— Reta final gente ;)



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O pirata desceu as escadas apressadamente, queria sair de vez daquele lugar e a euforia o estava deixando confuso. Encontrou com a fada encarando o mar a sua frente através da pequena janela da cabine. Ela não precisou se virar para saber que era ele quem estava chegando, conhecia bem os passos do capitão.

– Precisamos zarpar. Logo chegarão aqui.

Ela se virou.

As roupas dele estavam cheias de sangue, a espada ainda na mão, a expressão violenta. Ele ainda não havia saído completamente da batalha, ainda estava lutando, seu interior ainda estava em guerra.

– A rainha esta do nosso lado, porque precisamos ir?

Ele guardou a espada ensanguentada e a encarou como se ela fosse uma garotinha que não soubesse de nada, ele tinha essa mania e isso a irritava profundamente. Voltou a encarar o mar.

– Você acha que vão ouvir uma mulher apaixonada que protege piratas? Somos piratas, Tinker Bell, somos ladrões, bandidos, assassinos, não somos boas pessoas. Somos vilões e vilões não possuem finais felizes.

A garota se virou o surpreendendo e o estapeou, Killian não teve tempo de reagir, mal teve tempo de entender o que havia acontecido.

– O mal não é nascido, é feito Killian Jones. Eu poderia ter lhe dado toda a felicidade se você não tivesse escolhido ser o grande canalha que você é.

– Eu salvei a sua vida.

Ele gritou.

– E me condenou a uma vida pior que a morte. Você me condenou a amar você.

***

Emma ajudou Regina a se levantar, o barulho dos cavalos se aproximando ficava mais alto. Os marujos se preparavam para partir.

– Eu vou dizer a eles, não se preocupe, não farão mal a você.

Regina segurou as mãos de Emma com tanta força que começava a machucá-las. Não podia deixá-la partir novamente.

– Não seja ingênua, você sabe que não vai ser assim.

– Emma... Por favor.

– Eu vou voltar.

Ela lançou um olhar aos piratas, uma autorização e eles começaram a levantar as velas e a por o navio em movimento, era habilidosos, os melhores que existiam, em pouco tempo já estavam preparados, jogando corpos ao mar.

Emma a abraçou.

– Eu tenho que ir.

Então a soltou.

Os soldados começaram a aparecer, um a um. O navio deixou o porto. A salvadora não conseguia desviar os olhos da sua rainha.

– E você não voltar? – Regina gritou, sua voz melancólica partia.

– Então chore pela minha morte.

O navio estava a metros de distancia quando os soldados reais alcançaram a rainha, ela os ignorou. Emma só deixou a proa quando seus olhos não podiam mais enxergar a terra. Regina deixou as lágrimas molharem seu rosto e só então quando não podia mais ver o navio que se deu conta...

Henry ainda estava a bordo.

***

O brilho do sol quase cegou seus olhos quando os abriu, uma voz gritava desesperadamente em algum lugar próximo, mas era impossível distinguir se era real ou se estava somente em sua cabeça. Fechou os olhos novamente, “Não!” gritava a voz, “Aqui não!”. Tentou se levantar, a cabeça estava pesada e doía, era dia e precisava voltar a sua forma humana, o lobo odiava o dia. Algo estava errado, ela não conseguia se transformar, era como antigamente quando não tinha controle sobre o corpo animalesco e nas noites de lua cheia fazia coisas das quais se culpava ainda hoje, estava presa dentro do lobo, sua mente dentro de um corpo a qual ela não controlava.

Levantou-se vendo que podia sim controlar a fera, mas até quando? Até quando seria forte o suficiente. “Não!” gritou novamente a voz em algum lugar perto de si. Ela caminhou lentamente, sentiu os galhos rasparem em seu pelo, sentiu o cheiro de terra, o cheiro de magia. Sabia que estava próximo, o lobo sempre sabia. Então parou, seu coração disparou, o seu coração e o coração do lobo, ambos eram um só naquele momento e ela não precisou se perguntar porque, sempre soube, mesmo quando não entendia. Belle. A garota dos livros, a garota que ela quase matou a tantos anos atrás. Belle tinha o controle de todas as suas faces, a mulher e o lobo.

– Não. – A voz era suplicante, mas não era da menina. – Eu não posso ficar aqui. O que eu estou fazendo aqui.

– Se acalme, por favor. – Belle pediu, estava quase chorando e aquilo fez doer o coração de Ruby.

– Você sabe onde estamos? – Perguntou sem paciência. – Sabe o que ele vai fazer conosco quando souber que estou aqui?

– Não. – Respondeu ela. – Do que você esta falando?

– Peter Pan. – Rumple disse olhando a sua volta, certo de que o menino apareceria somente de saber que seu nome fora proferido.

Ruby olhou para cima, para o sol, sabia agora onde estavam, sabia que precisava manter o controle e acima de tudo precisava encontrar um jeito de tirar Belle de perto daquele homem. Só o que não sabia era como sair dali e isso era o que mais importava, pois não podia passar a eternidade em Neverland, não podia passar a eternidade no corpo do lobo.

***

O navio começou a se mexer. Tinker recuou, tinha batido no pirata, no capitão e não sabia qual seria a reação dele. Pior que isso tinha dito que o amava.

Ele nada disse, parecia indiferente ao fato de o navio estar em movimento.

– Estamos partindo, fugindo do jeito como você queria. Esta feliz, capitão? Esta feliz em fugir?

Ele serrou os olhos para ela, deu um passo em sua direção e ela se viu sem saída, estava presa entre o pirata e a parede. Seus olhos não piscavam, seus corpos perigosamente próximos, ele a beijou.

Puxou ela para seus braços e a apertou junto a si, a pequena fada cabia perfeitamente nos braços do capitão. Ele arrancou a capa que o impossibilitava de senti-la em seus braços e ela não reclamou, ajudou-o a tirar a camisa. Ele a jogou na cama tirando uma a uma suas peças de roupa, beijando-a e fazendo caminho por entre seu pescoço.

***

O navio atracou em uma ilha, Emma ajudava os marujos a retirarem os corpos do navio e a lavar o sangue que empesteava tudo, só assim conseguia desviar sua cabeça da mulher que precisou deixar para trás mais uma vez. Já estava a horas naquilo e então percebeu que nem Killian nem Tinker Bell estava por ali, de repente pensou na possibilidade de tê-los deixado pra trás e seu coração congelou, não se lembrava de muita coisa que não estive ligada a rainha naquele dia, o resto era só um borrão em sua mente. Até mesmo o momento em que matava o rei não passava de um flash. Desceu as escadas rapidamente, olhando nas cabines, na cozinha, até no calabouço e nada. Só podia estar na cabine do capitão, tinham de estar lá.

Bateu na porta antes de entrar. Nada. Deixou sua cabeça cair pra trás. Não podia tê-los deixado. Abriu a porta com dificuldade, entrou.

Killian estava sentado na cama, sem camisa. Tinker ajeitava os cabelos em pé perto da janela.

Emma cruzou os braços prestes a sorrir quando o viu. Henry estava em pé diante deles, os olhos inchados. Emma tinha deixado a floresta encantada com o príncipe a bordo.


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Notas finais do capítulo

Sinto muito pela demora, espero que ainda estejam curtindo.