Broken Crown. escrita por Paula Greene


Capítulo 12
Capitulo 12 - The Great Escape.


Notas iniciais do capítulo

- Emma conseguiu entrar no castelo, não do jeito que queria, mas ao menos entrou.
— Killian mostra o porque de ser capitão e não marujo.
— Um pouquinho de Red Beauty porque sim.
— Ruby



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– Sua mãe foi destinada a fazer coisas horríveis, eu vi o destino dela, eu vi o destino de todos nós.

O pequeno homem sentou-se sobre uma pedra que Henry poderia jurar que não estava lá antes, não foi preciso muita insistência para que ele começasse a contar sobre o porque do menino ter a marca de Emma Swan no braço, na verdade ele parecia muito satisfeito consigo mesmo enquanto falava e fazia gestos teatrais com as mãos.

– Você pode ver o futuro?

– Sim, eu... Bem... Adquiri essa habilidade há alguns anos atrás... Muitos anos atrás.

– Então você pode me dizer qual a minha ligação com a Salvadora?

Henry quase não se aguentava de ansiedade, o que era visível para o homem que se divertia com a situação.

– Tenha paciência meu jovem príncipe. – Ele riu sarcasticamente. – Tudo ao seu tempo, tic tac!

A risada de Rumpelstiltskin causava arrepios no menino Henry, tudo nele era meio assustador na verdade, mas aos poucos o garoto ia se acostumando ao jeito que ele falava, aos gestos exagerados que ele fazia com as mãos, as expressões que o deixavam feio e até aos tiques nervosos que ele tinha as vezes. Como alguém que tinha perdido muita coisa pelo caminho, alguém que tinha sofrido muito sem nunca entender o porque, alguém que havia se apegado a única coisa que ainda lhe restava, a sua magia. Magia negra que havia consumido o corpo do pobre homem e aos poucos consumia também a sua alma e o enlouquecia, será que ele sabia? Henry pensou. Será que sabia que estava ficando louco e será que sabia que Henry podia enxergar tanto dentro do coração dele?

– Havia uma maldição que eu precisava que fosse lançada e sua mãe era a pessoa certa para isso. Ela sempre foi muito poderosa mesmo sem saber, herdou isso da mãe, mas a mãe morreu antes que pudesse ensiná-la a usar magia então ela nunca soube... Mas eu estava disposto a ensiná-la, estava disposto a qualquer coisa para ter minha maldição, mas pra isso eu precisava dela quebrada. Eu precisava que ela estivesse tão inconsolável, tão perturbada, tão perdida como no dia do casamento. Ela estava perfeita, mas ai então algo mudou tudo, algo que eu não previ fez com que o coração negro dela voltasse a bater alegremente.

Henry estava tão silencioso que era quase difícil de acreditar que ainda estava ali.

– O que aconteceu?

– Você nasceu garoto. Você nasceu com a marca do amor verdadeiro.

***

Emma andava cautelosamente pelo castelo, sabia que se fosse pega teria de sofrer as consequencias e também sabia que Robin não seria nada agradável com ela nem mesmo depois de saber que ela salvou a vida de seu filho e por isso precisava de todo cuidado para não ser vista. Não era incomum Emma ter de invadir uma casa ou até mesmo um castelo, pois já tinha feito isso tantas vezes que se perdia nas contas, mas aquele castelo em particular a deixava perturbada. As paredes de concreto eram espessas e escuras, todo interior do castelo era frio e úmido, vez ou outra esbarrada em um quadro que parecia estranhamente a encarar e em portas negras com diversas trancas que deviam guardar coisas muito valiosas ou muito perigosas. Encontrar a cozinha não foi difícil, o difícil foi encontrar uma desculpa quando um dos funcionários a viram e começaram a questionar quem ela era e o que estava fazendo ali, por sorte Emma era muito boa em mentir. Depois de passar pela cozinha entrou em algumas portas erradas até encontra o que estava procurando, a porta que dava para saída do castelo que era guardada por somente dois guardas. Emma esperou que um senhor passasse carregando um balde e os guardas fechassem a porta para atacá-los. Sem muito barulho e em questão de instantes ela derrubou os dois e os trancou em um armário roubou suas roupas e foi esperar por Killian do lado de fora da porta. Quando ele apareceu ela já tinha vestido uma das armaduras dos guardas que ficavam extremamente grandes e desconfortáveis, mas era o suficiente para enganar quem quer que fosse e esse era o objetivo. Killian não a reconheceu, achou que fosse um guarda e os dois riram muito antes de perceberem que estavam perdendo tempo, mas fazer o que se piratas não tinham o costume de seguir as regras.

Outra vez dentro do castelo foi fácil passar pelas pessoas, mas achar a biblioteca foi uma tarefa mais árdua, Emma não se lembrava de onde ficava e Killian não era assim muito esperto ou paciente. Tiveram de perguntar a alguém.

– Nós precisamos ir à biblioteca, mas somos novos aqui. – Killian disse a um homem que passava com cara de poucos amigos.

– Fica na torre leste, no topo. – Disse o homem empinando o queixo. – Não me lembro de ouvir sobre a contratação de novos cavaleiros.

Killian deu um soco tão forte no queixo empinado do homem que ele bateu na parede e caiu inconsciente no chão fazendo um barulho abafado.

– Killian? – Emma ergueu o elmo séria, por dentro tentava segurar o riso.

– O que foi? Agora nós sabemos onde é e ele não pode nos entregar.

Os dois puxaram o corpo do homem até uma sala vazia que encontraram e o trancaram lá, mas para o caso de ele acordar antes de saírem do castelo Killian tirou suas roupas e as jogou pela janela.

Eles seguiram para torre leste sem nenhum interrupção, ninguém falava com eles e a maioria das pessoas nem mesmo os olhava abaixando a cabeça quando passavam.

Subiram as escadas e chegaram à biblioteca.

O grandioso salão estava quase deserto, algumas pessoas examinavam um mapa em um canto pouco iluminado e outro grupo conversava próxima a janela. Ruby andava de um lado para outro arrumando livros em prateleiras com a ajuda de Belle, as duas conversavam baixinho enquanto trabalhavam Emma quase pode ver uma intimidade diferente entre elas.

Todas as pessoas pararam o que estavam fazendo para olhar para os dois, Emma segurou a respiração achando que tinha sido pega, mas Killian estava mais seguro do que nunca.

Ele caminhou a passos largos e duros, de um jeito que Emma nunca tinha visto, pois se parecia muito com um soldado. Belle se encolheu quando ele se aproximou dela.

– O rei exige a sua presença na sala do trono senhorita Belle. – Falou disfarçando o sotaque.

– O que, mas... O rei? – Belle gaguejou e Ruby se pôs na frente dela.

– O que o rei pode querer com ela? É só uma assistente. – Disse a ex loba.

Emma riu da cena, talvez a intimidade que tivesse notado anteriormente fosse algo real, pelo menos para Ruby parecia ser algo real. Ela sabia que a garota não era só uma assistente.

– Você esta me questionando? – Killian perguntou e Ruby ficou sem reação. Por um segundo Emma achou que ele fosse bater nela, mas Belle se adiantou.

– Esta tudo bem, eu vou. Se o rei quer me ver então não podemos deixá-lo esperando.

Killian a segurou pelo braço talvez colocando mais força do que o necessário e a escoltou para o lado de fora. Emma ainda deu uma ultima olhada na expressão que Ruby tinha no rosto, por um instante ou dois se permitiu sentir-se mal por ela, afinal era visível que a loba a amava, mas nunca mais voltaria a vê-la.

– Não estamos indo para sala do trono. – Belle resmungou. – Para onde estão me levando?

Killian a empurrou pela porta que saia do castelo passando por uma confusão de pessoas dizendo que haviam intrusos no castelo. A garoto tentou protestar mais algumas vezes, mas desistiu quando Emma tirou a espada da bainha e a manteve na mão em sinal de ameaça. Quando alcançaram a floresta foi que começaram a se desfazer das armaduras.

– Quem são vocês? O que é isso? – Belle perguntava indignada assistindo os impostores se mostrarem de verdade. – O que vocês pensam que estão fazendo?

Killian terminou de tirar a pesada armadura e suspirou entediado, Emma ainda se livrava de umas peças quando ele fechou o punho e apagou a princesa.

– Killian? – Emma gritou sem rir dessa vez.

– O que? Essa guria é chata pra caralho.

– Mas agora vamos ter de carregá-la.

Killian deu de ombros e pegou a menina, eles seguiram rumo ao lugar onde tinham marcado de encontrar com Tinker no meio da floresta e ela já esperava por eles impacientemente.

– Achei que tivessem sido pegos. – Disse a fada.

– Nós? – Emma riu. – Perdeu a fé em seus capitães fadinha?

A menina que brilhava na frente deles minúscula que chegaria a caber na palma da mão segurou a farinha em frente e logo tomou o tamanho natural, era tão bonita que mesmo em forma humana era impossível alguém dizer que ela fosse só uma pessoa comum, seus cabelos dourados tinham o mesmo tom do sol e contrastavam com o verde vivo de suas roupas. Ela olhou por um instante para Killian carregando a princesa desfalecida nos braços e fez uma careta engraçada.

– Tem certeza de que é ela?

– Tanto quanto sei que você é louca por mim. – Killian respondeu piscando galanteador.

– Então é melhor voltarem, pois pegaram a pessoa errada. – Ela disse de cara fechada.

– Não vamos começar com isso de novo. – Emma interveio. – Tinker você pode levar a princesa com você? Killian e eu já alcançamos vocês.

A fada fez que sim com a cabeça e antes de perceberem tinha desaparecido em fumaça verde com a garota.

– Como faremos para avisá-lo de que já estamos com ela? – Killian perguntou em tom sombrio, Emma entendia bem o porque. A criatura que os havia contratado nunca tinha feito contato pessoalmente, mas a fama que ele carregava os perseguia por todos os mundos, por isso Emma e Killian já tinham escutado histórias sobre ele e o receio que sentiam era sábio, pois Rumpelstiltskin não tinha fama de misericordioso ou bom, a fama que tinha era de aniquilar qualquer um que ficasse em seu caminho. O baú de ouro que lhes enviou com uma promessa de mais também era algo que lhes dizia o quanto o homem era poderoso.

– Ele já sabe...


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Notas finais do capítulo

Gente me desculpa se as vezes não respondo aos reviews de vocês, mas é que ando sem tempo mesmo. Eu entro no trabalho sete horas e saio cinco, dai entro na escola sete da noite e saio onze e vou pra academia e só saio meia noite, ou seja, vinte e quatro horas não bastam mais e por isso só consigo postar e responder nos fins de semana... Me desculpem mesmo vocês são sempre tão fofos e não quero que pensem que eu sou esnobe ou sei la, na verdade eu tento entrar todo dia pra ver se vocês estão gostando e tal porque me preocupo muito com isso, mas como entro pelo cel não tem como responder... Mas enfim, espero que estejam curtindo to com uma ideia pra uma outra fanfic, mas preciso me organizar primeiro e tal... Beijooos e fiquem bem :3