Bella POV

Era mais uma fria manhã, como outra qualquer, porém, era como se minha intuição feminina     dissesse que iria acontecer alguma coisa, mas deve ter sido só impressão minha, pois Alice preveria e contaria para todos nós. Nessie estava meio tristonha e calada durante o percurso de ida ao colégio. Certamente encontrava-se preocupada com o amigo que desapareceu. E ainda tinha o Jake que estava meio zangado com ela, provavelmente estava com ciúmes, apesar de que esse tal de Victor era apenas um amigo para minha filha, por sorte Edward não é assim, no passado ele entendia muito bem a minha relação de amizade com o Jacob. Tentei tranquilizá-la, mas nada adiantou.

Chegamos ao colégio no horário de sempre e todos foram para suas respectivas salas. O tempo passou rápido, só que eu acabei ficando por ultimo na sala por causa da minha falta de atenção, fazendo uma atividade extra. Quando ia passando no corredor não havia mais ninguém, porem, ouvi alguém murmurando no banheiro, tentei me aproximar, logo percebi que era a bruxa da Stephany fofocando com uma das suas amigas (dos seus capachos rsrs – nota dos autores).

Escutei algo do tipo “nosso segredo está seguro, ele é nosso” e outra voz sussurrou:

“você pode estragar tudo com essa sua paixão idiota, esquece ele ou vamos acabar em maus lençóis”...

Stephany a interrompeu. “Não vou esquecê-lo... Estou segura do que estou fazendo! Tudo vai dar certo e em breve ele vai se juntar a nós, como o mestre sempre desejou que ele fizesse parte da nossa... hãm... “família”.

Aquilo era tudo que eu não queria ouvir. Se ela estivesse falando do meu marido ela... Em meio aos meus devaneios um rosnado saiu de minha garganta e acabei sendo flagrada pelas idiotas no banheiro.

— Sua... O que você estava fazendo ai? Ouvindo o que não é da sua conta? – Disse Stephany puxando-me em direção ao corredor. – Você me paga! Isso não vai ficar assim!

Em questão de segundos a metida começou a rasgar sua roupa com as unhas, derrubou-me no chão, e caindo em seguida, ela estava toda suja de sangue, chorando e gritando no pátio, com certeza foi uma armadilha... Para que eu fosse acusada de estrangulá-la. Mas que garota cruel... Se eu pudesse acabar com ela...

Em alguns minutos a escola inteira estava no corredor. Todos olhavam para mim com medo, pavor, mesmo que eu dissesse que não fiz nada ninguém acreditaria, pois ela havia me sujado também e estava aos prantos. Será que eu serei expulsa da escola?

— Socorro, ela me atacou. – Gritava a mentirosa, apontando o dedo para mim. — Você não é humana, suas mãos, elas são geladas, você é muito forte. Porque você fez isso comigo eu não ti fiz nada? – E mais gente começava a chegar, eu me levantei para me defender das mentiras que ela estava despejando.

Minha visão começou a ficar vermelha, e a raiva começava a tomar conta de mim.

— Mentira, eu não ti fiz nada. – comecei a falar, todos que estava presenciado pararam de cochichar e olharam para mim, com os olhos arregalados, alguns que estava ali nunca tinham ouvida minha voz, acho que ficaram admirados com o som maravilhoso que emanou da minha boca, mas eu não estava preocupada com isso, eu queria acabar com essa Stephany, deixá-la em pedacinhos, mas estava conseguindo me controlar, eu queria me defender das suas acusações, mas era tarde de mais, o diretor estava vindo de encontro ao amontoado de pessoas que estavam nos cercando.

— O que está acontecendo aqui? – O diretor perguntou gritando, tentando passar pelas pessoas, com um pouco de dificuldade. — Meu Deus o que aconteceu? – Ele perguntou, ao chegar e ver Stephany no chão.

Ela fez uma cara de coitada e apontou o dedo para mim.

— Foi ela, ela me fez isso, ela não é humana. – Gritou à dissimulada, como lagrimas escorregando de seus olhos.

— Mentira...

— Bella! – Tentei me defender, mas outra voz foi mais alta que a minha e prendeu a atenção de todos.

Era Edward que vinha em minha direção, cuidadosamente para tentar não tocar o mínimo de pessoas possível, conseguiu me alcançar alguns segundos depois, com o resto da família atrás vindo ao meu socorro – pela menos era o que eu pensava, primeiro todos me lançaram olhares de reprovação, Edward, Alice, Emmett e Jacob pareceram relaxar mais um pouco, ao ver que o estado da tal garota não era tão grave, Rosálie e Jasper que pareceram não gostar de nada do que estavam vendo ou ouvindo, mais o que mais me preocupou foi o olhar que minha filha lançou para mim, um olhar que me condenava, que havia ódio, desgosto, pena.

Eu poderia aguentar tudo que minha família me acusa-se, menos, perder Edward e minha filha, tudo menos isso.

— Você me acompanhe. – O diretor apontou o dedo para mim. — Senhor Logan, acompanhe a senhorita Stephany Moore a enfermaria.

Seguir o senhor Walter ate a diretoria com Edward segurando minha mão, mas seu rosto era indecifrável, seus dentes estavam travados, e eu não gostava do que via, enquanto o resto da minha família voltava para o estacionamento, entramos e comecei a ouvir o discurso do diretor, ele falava sobre educação sobre que não sabia como eu fui criada, que ele não sabia como minha antiga escola funcionava, mas que na escola dele as coisas funcionavam diferentes, que eu tinha que seguir as regras, e aprender a me comportar, tudo isso ele falou para no final uma frase que eu esperava ouvir sair de sua boca.

— Infelizmente, a senhorita esta expulsa do colégio. – Ele me expulsou sem ao menos, me dar o direito de defesa.

Mas eu não me importei, agora eu só estava preocupada em conversar com minha família e esclarecer tudo, mostrar para eles que essa cínica da Stephany não prestava que ela era mais perigosa do que eles pensavam e de uma vez por todas afastar minha filha dessa garota.

A viagem de carro para casa ninguém falou nada, Edward parecia nervoso, preocupado, angustiado, eram tantas emoções que passavam por seu rosto que eu estava ficando mais nervoso do que ele, minha filha não veio com agente. Ela foi no carro de Rose, eu estava loucamente angustiada para vê-la. Chegamos e nós dois disparamos direto para a casa ainda sem dizer nada, quando entramos na sala que tinha a grande mesa todos já estavam sentados, todos menos Renesmee e Jacob. E então começou a discussão.

— Você não podia ter feito isso, Bella. – Rosalie indagou.

— Eu não fiz nada. — Respondi no mesmo tom de voz que ela usara comigo.

— Como não fez, nós vimos o que você fez com a menina. – Falou Jasper.

— Mas eu não fiz nada.

— Por que você fez isso? – Rosalie falou mais uma fez.

Mas não respondi sua pergunta.

— E não acredito que foi por ciúmes. – Mais uma vez Rosalie me irritava.

— Eu não fiz nada, quantas vezes eu vou ter que falar isso, ela que se arranhou toda, ela que se machucou, ela não eu. – Gritei, e frisei as ultimas três palavras.

— Bella, não precisa ficar irritada, eu acredito em você. – Finalmente falou Alice apoiando uma das mãos em meus ombros.

— Você acha que eu vou acre... – A loura voltou a falar.

— Rose, por favor. – Conjecturou Carlisle, depois olhou pra mim e falou. — Bella, nos conte o que aconteceu?

Eu me sentei e comecei a contar detalhe por detalhe, do que havia o corrido, Edward ficou parado desde quando chegou sem falou nada com os olhos estatelados olhando para a parede, sem demonstrar nem um sentimento nem uma aversão, nada absolutamente nada – e isso estava me assustando, o que será que esta passando por sua cabeça? O que será que ele estava pensando? Será que estava com raiva de mim? Será que aquela Stephany tinha colocado ela contra mim? Será que eu estava perdendo meu Edward?

Ao terminar a historia quase todos pareciam acreditar em mim, mas Rose e Jasper ainda me olhavam de um jeito meio estranho, e o pior Edward ainda não tinha se movido, e minha filha que eu não estava vendo, que parecia que não queria me ver – isso me fez lembrar o seu olhar para mim na confusão que aquela “filha de uma P...” havia armado – eu queria vê-la, esplicar tudo a ela cara a cara, e de uma vez por todas eliminar e esquecer que essa Stephany existe.

— Bella. – Uma voz familiar e carrancuda me chamou dos meus pensamentos. Era ele, Edward, que me chamara, eu me virei na cadeira para encará-lo e o que eu temia ver no seu rosto, eu vi, ela parecia irritado, angustiado, e com raiva muita raiva. — Me acompanhe, quero falar com você, a sós.

Naquele momento eu me vi só, sem ninguém par me ajudar, em uma completa solidão.