Destino escrita por TaisePeixoto


Capítulo 11
Capítulo 10 - Mergulho nos penhascos


Notas iniciais do capítulo

Ebaaaaaa!!!
Sete reviews! Agora eu vou postar. Espero que gostem. Esse capítulo eclarece um pouco os poderes da Nessie. E é ela quem narra a história.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/49055/chapter/11

“Jake me fazia sentir de uma forma que eu nunca tinha sentido antes, mas de uma forma que eu tinha a impressão de que já havia sentido antes.”

 

Acordei me sentindo cansada demais para abrir os olhos, por alguns segundos me deixei guiar apenas pelas minhas percepções. Senti que estava deitada nos braços de alguém, embora eu tivesse dormido sozinha. Senti que esse alguém não respirava e tinha um cheiro maravilhoso que eu conhecia tão bem.

- Bom dia Alec. – eu disse me levantando e me espreguiçando.

- Bom dia querida. Achei que não ia acordar mais.

Olhei para fora da tenda, era de manhã cedo, estranho eu sentia como se tivesse dormido séculos e ainda não tinha chegado o meio-dia.

- Quanto tempo eu dormi?

- Hum, umas vinte e quatro horas. – ele riu quando eu arregalei os olhos – Não se preocupe você não dormia mais de duas horas há dias, precisava de um bom descanso.

- Cadê a Jane?

- Foi caçar. – eu estremeci – Longe daqui não se preocupe, ela já deve estar voltando.

Com efeito, na mesma hora ouvimos os passos dela entrando na clareira onde tínhamos nos instalado.

- Olha só quem se dignou a acordar. – ela sorria apesar do tom de repreensão – Queria tanto vir pra cá que quando chega dorme feito louca.

- Tem razão. – eu me levantei – Temos que começar a procurar.

Alec e Jane se entreolharam.

- Hum, querida, eu e Jane estávamos conversando e, bem, achamos que nós devemos procurá-los.

- Como assim? Só vocês? E posso saber por quê?

- Não sabemos onde eles estão, o que estão fazendo. E nós os conhecemos melhor, podemos rastrear melhor o cheiro deles. E, bem eles podem estar longe, e levar uma meio-humana por várias trilhas diferentes até achá-los ia nos atrasar bastante. Dependendo de onde eles estão achamos eles hoje mesmo e voltamos pra te buscar, é mais fácil assim.

Os dois me olhavam com expectativa, nada me tirava da cabeça que havia outros motivos por trás disso. Mas ele tinha razão, eu só ia atrasá-los, e afinal eles tinham vindo me ajudar, o que eles poderiam fazer? Eu só queria terminar logo com isso.

- Tudo bem, podem ir. – eles trocaram olhares de alívio – Eu acho que vou passear um pouco, conhecer o lugar onde eu nasci.

- Pode ir mas presta atenção, está vendo aquelas árvores maiores que formam uma trilha?

Jane apontava para um lugar a quilômetros de onde estávamos.

- Sim.

- Não passe daquelas árvores.

- Por quê?

- Tem, hum, criaturas perigosas naquela parte da floresta.

- Mais do que nós? – eu ri.

- Não, mas inconvenientes.

- Jane se eu não posso andar por onde eu quero eu preciso saber pelo menos exatamente o porquê.

- Apenas confie em mim certo?

- Eu posso descobrir se eu quiser. – aproximei minha mão do rosto de Jane, ela se esquivou com rapidez.

- Achei que tivéssemos combinado que você não faria isso.

- Tudo bem, eu não vou passar das árvores. Podem ir.

 Eles se afastaram com rapidez. Eu tomei o caminho contrário pela floresta, não sabia direito para onde ir, só sabia que eu queria pensar. Eu tinha prometido há muito tempo que não usaria meus poderes com minha família, era muita invasão, mas em casos como aquele eu ficava louca pra usá-los. Meus poderes me faziam uma das vampiras mais poderosas que se conhecia. Como Aro poeticamente dizia, eu era a espada e o escudo. Eu conseguia entrar na mente de qualquer pessoa com apenas um toque, conseguia descobrir qualquer lembrança ou pensamento, o que me fazia mais poderosa que o Aro era o fato de eu me projetar dentro das lembranças de formar que às vezes eu via coisas que nem a própria pessoa tinha visto. Eu podia também projetar meus pensamentos na mente de outra pessoa, eu fazia muito isso quando era criança e tinha preguiça de falar o que eu queria. Por outro lado eu projetava escudos físicos, como campos de força, e fazia-oseles tomarem a forma que eu quisesse, podendo atacar ou defender. Aro disse que minha estranha combinação de poderes se devia ao fato de que meu pai podia ler mentes e minha mãe criava escudos. Eu sou uma combinação potencializada dos poderes deles.

Continue contornando a floresta até chegar a uma estrada que para minha surpresa levava a beira de um penhasco. Fiquei parada na beira das pedras olhando o mar agitado embaixo de mim.

Pensei na tarefa que eu tinha pela frente. Encontrá-los seria a pior coisa da minha vida. O que eu faria? É verdade que eles tinham destruído a minha vida mas agora que a raiva havia passado, aqui nesse lugar tão calmo, eu sabia que por mais que eu sofresse eu não poderia matá-los. Afinal eu não sou uma assassina. Por mais que os Volturi me dissessem que era assim que deveria ser feito eu não conseguia ser assim. Havia algo dentro de mim que me inclinava para outro caminho. Como era possível que eu fosse assim se meus pais eram tão cruéis. E eu sequer conseguiria devolver o mal que eles me fizeram. Aqui estava eu, perdida.

Olhei novamente para o mar e me senti tentada a pular. A sensação de liberdade que isso me traria seria uma benção para minha mente perturbada. Eu já havia pulado de penhascos com o Alec antes, não me faria mal algum, se eu caísse nas pedras eu me curaria. Sem pensar em mais nada tomei um impulso e pulei.

O vento no meu rosto e a sensação da queda livre me embalaram e naqueles segundos que pareceram se estender eu não pensei em nada exceto na liberdade que eu estava sentindo. Quando eu cai na água a correnteza começou a me puxar, claro que não era problema pra mim, no entanto me deixei levar. Mergulhei e parei de respirar. Eu poderia ficar assim durante algumas horas e voltar à tona como se nada tivesse acontecido. Eu adorava a sensação de estar fora do meu corpo, e era assim que eu me sentia embaixo d’água.

Meu corpo foi afundando e eu experimentava a sensação de bem-estar que a falta de consciência me trazia. Foi quando senti meu corpo sendo puxado com força para fora da água. Antes que eu pudesse entender o que estava acontecendo fui levada com rapidez para a praia e deitada na areia. Alguém estava empurrando o meu peito fazendo massagem cardíaca. Abri os olhos e levantei um pouco a cabeça mas o estranho não percebeu. Foi quando ele chegou seu rosto perto do meu se preparando para forçar minha respiração. Antes que nossos lábios se tocassem eu pulei.

- O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO?

Alívio, surpresa e irritação passaram pelo seu rosto molhado naquela hora.

- Eu estava salvando você.

- Me salvando? – eu tive que rir – O que o faz pensar que eu precisava ser salva?

Agora ele realmente pareceu se irritar.

- O que você estava pensando? Queria se matar? Eu vi você cair dos penhascos e nadei quilômetros pra te tirar de lá. Jurei que tinha chegado tarde demais mas graças a Deus você está viva. Agora pode me dizer por que queria se matar?

- Eu não queria me matar, só queria me diverti.

Eu olhei pra ele séria enquanto ele me encarava furioso. De repente começamos os dois a rir, então ele pensou que eu tinha caído?

- Desculpe – ele estava sem fôlego de tanto rir. – Eu achei que você tinha caído.

- Tudo bem, bela maneira de nos conhecermos não é? Aliás, eu acho que já vi você, outro dia no rio.

- Sim, eu também me lembro de você. Aliás, sou Jacob Black.

- Renesmee Volturi.

Ele estremeceu um pouco.

- O que foi?

- Seu nome, é meio estranho não? Quero dizer, nunca vi ninguém que se chamasse Renesmee.

- Tem razão, mas pode me chamar como quiser então.

Ele pareceu hesitar um pouco, mas estava sorrindo quando falou.

- Hum, é seu nome é muito comprido. Que tal se eu te chamar de Nessie?

Nessie. De repente eu senti uma dor terrível na minha cabeça, como se mil agulhas estivessem entrando. Era como se um filme muito antigo e amarelado pelo tempo estivesse se passando na minha cabeça. Um cachorro enorme com pêlo castanho corria pela floresta. De repente tudo ficava escuro, eu ouvia apenas um eco na minha cabeça. Nessie, Nessie, Nessie.

- Nessie você está bem?

Eu estava no chão de novo com Jacob me olhando assustado.

- Sim, eu só senti uma dor de cabeça, devo ter batido quando eu mergulhei.

- Eu falei que mergulhar dos penhascos era perigoso.

- Vou escutar você na próxima Jacob. – eu disse rindo.

- Pode me chamar de Jake.

Caminhamos pela floresta e nos sentamos em uma rocha de frente para um lindo vale. Conversamos praticamente o dia inteiro. Era incrível como tínhamos nos dado bem. Ele perguntou o que eu estava fazendo ali e sobre a minha família. Eu disse o máximo de verdade que eu pude, disse que morávamos no sul e estávamos viajando e estávamos acampando, eu e meus irmãos, Alec ficaria furioso se eu contasse pra ele. Antes que eu percebesse já estava falando sobre o meu passado, tirando a parte que minha família era composta por vampiros. Eu ainda não entendia a profundidade da nossa ligação, era como se nos conhecêssemos há anos. Também não conseguia entender como alguém tão bonito cheirava tão mal. Quando falei que meus irmãos estavam comigo ele pareceu preocupado, mas disfarçou logo. Às vezes ele me olhava de um jeito estranho, com aquela mesma fascinação que ele me olhou no rio. Expliquei que fugi aquele dia porque ele apareceu de súbito e eu me assustei, foi uma desculpa perfeitamente idiota, afinal eu não era uma boa mentirosa, mas ele pareceu aceitar bem.

Nos despedimos quando o sol já estava se pondo.

- Se for mergulhar nos penhascos me avise, quero ter certeza que vou estar lá embaixo pra te pegar.

- Sim, eu aviso.

- Você pode me visitar quando quiser também. Eu moro lá. – e me indicou a área do outro lado das árvores mais altas, onde Jane me falou para não ir.

- Hum, certo.

Combinamos de nos encontrarmos no dia seguinte na praia.

Voltei pra clareira, quanto mais eu me aproximava mais eu tinha certeza de que Jane e Alec não tinham voltado ainda. Fui dormir na tenda pensando como eu falaria pro Alec sobre o Jake. Decidi não falar nada, eu tinha o direito de ter outras amizades e os Volturi nunca me deixaram chegar perto dos humanos. Jake me fazia sentir de uma forma que eu nunca tinha sentido antes, mas de uma forma que eu tinha a impressão de que já havia sentido antes. De qualquer forma, nos veríamos de novo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O relacionamento da Nessie com o Jake vai se desenvolver a partir de agora. Mistérios no próximo capítulo, e já sabem 5 reviews.
Vou aproveitar pra fazer uma enquete, o objetivo da fic é o mistério entre os Cullen sobre quem entregou a Nessie, os relacionamentos dela não são muito importantes, então vou ser boazinha com vocês. Com quem vocês querem que a Nessie fique? Jake? Alec? Outra pessoa(?)? Deixem seu pedidos nos reviews, o maior número de votos será atendido.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Destino" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.