Simplesmente Escolha escrita por Ju


Capítulo 36
Um pedaço, de uma longa história. Parte 1.


Notas iniciais do capítulo

Pensei em abandonar a história.

1) Não tinha inspiração alguma.
2) Não tinha tempo.
3) Vergonha.
4) Não tenho mais opiniões! Escrever para fantasmas dói!

Por favor? Estou realmente pedindo, apenas a sua opinião.



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Notas iniciais, por favor?

Obrigada. :)

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Além de ser minha irmã rebelde, precisava ser minha babá também? Por Deus! Isso já era tortura!

"America, ela é uma pessoa confiável apesar de tudo." – Eu me obrigava a pensar assim. Eu ia explodir.

Era uma prisioneira. E olha a sorte que eu tenho e - sempre tive - dando um "olá" de novo: De dois príncipes.

Ouvi batidas fracas na porta. Não me sobressaltei. Sabia quem era, estava no horário dela chegar mesmo. Fiquei onde estava (na sacada, meu refúgio desde de que eu era a prisioneira). Não dei atenção, melhor, finge que não dava.

Mas era impossível não reparar na sua delicadeza ou em seus lindos cabelos esvoaçantes. Sentada na poltrona atrás da porta do quarto, Samanta ficava ali a tarde toda. Até alguém vir me ver e ela sair e voltar no outro dia. O silencio era absoluto, desde do dia em que ela começara a ficar ali (três dias atrás).

Eu realmente não sabia como começar uma conversa com ela. Hoje, ela trouxera um livro. Me estique alguns centímetros para tentar ver a capa. Ela percebeu, e discretamente levantou o livro.

Romeu e Julieta.

Uma oportunidade.

– William Shakespeare? - Perguntei.

–Acho que ele foi o único que escreveu Romeu e Julieta. Certo? - Ela riu, e não tirou os os olhos do livro.

Okay. Samanta 1. America 0.

–Sempre há adaptações.

–Prefiro a obra original. Já leu? - Não fez contato visual.

–Não. - Respirei fundo.

–Deveria. - Ela riu.

Encarei o jardim. Minha tentativa de iniciar uma conversa? Completamente fracassada. Ela riu de novo, baixinho.

– O que foi? - Perguntei irritada.

–Você America. - Ela retornou a rir.

–O que tem eu? - A olhei.

Samanta se levantou e veio sentar na cadeira à minha frente. E então, me olhou. Me arrepiei dos pés a cabeça. Ela sorriu.

–O que tem você? Sério?

Arquei a sobrancelha. Ela prosseguiu:

–America, você consegue tudo o que quer. Desde de bebê. E é sério que não consegue me fazer perguntas? Por .. ? Hmmm...

–Medo. - Falei.

–De saber a verdade? -Concordei. - Não acho que seja.

–O que é então? - Perguntei apoiando os cotovelos sobre as coxas, para apoiar a cabeça nas mãos. Fiquei olhando-a assim, como um bom aluno olha seu professor.

–Bom, acho que... - Samanta começou, mas foi interrompida. - Atue bem. - Ela sussurrou por cima do ombro enquanto se levantava.

A porta foi aberta por ela. Ele entrou.

–Acho que não preciso atuar. Até porquê, estamos diante do maior ator da década.

–Atuar ? - Perguntou Giovane confuso.

Então percebi. Era uma piada interna. Uma minha e de Samanta. Bom, quem sabe a conversa não havia sido tão inútil assim.

–O que você quer ? - Levantei da cadeira na sacada e me dirigi ao quarto.

–Porquê você acha que eu não visitei você durante esses dias ?

O problema nessa pergunta, era que eu nem havia sequer parado pra pensar que eu não o via desde do ataque, na nossa festa. Eu estava tão cega pelas perguntas que eu faria quando o visse, que esqueci que, teria que vê-lo para fazê-las.

–Bom, você nem deve ter pensado em mim não é mesmo? Seu querido Príncipe Maxon estava aqui.

Revirei os olhos. Mas ele ignorou e continuou:

–Respondendo minha pergunta, não vim porquê estava esperando a hora certa para conversar com você.

–E essa hora chegou? - Perguntei ansiosa.

–Não falo mais nada enquanto ela estiver aqui. - Giovane apontou para Samanta.

–Ela ? - Samanta falou e eu senti seu tom de raiva e repulsa misturados.

Então tudo aconteceu rápido demais. Um minuto Samanta estava escorada na parede e em outro avançou a frente de Giovane e lhe deu um (belo) tapa na cara.

–Seu... seu.. - ela soltou então um grito de frustração. - "Ela" está saindo. Conversem. Desculpe America.

Samanta saiu e bateu a porta fortemente. Quando não ouvi mais seus passos, eu o encarei, disparando:

–QUAL A DROGA DO SEU PROBLEMA?

–Ela nunca foi parte do plano. - Giovane deitou na minha cama, colocou as mãos de baixo da cabeça e suspirou. - A mãe dela sempre foi uma chata. Quando descobriu que Shalon, daria a você a oportunidade de mudar as coisas tão nova, enlouqueceu.

"Ele foi paciente. Explicou os riscos que você corria, e que por ser mais nova, Samanta seria protegida. Ela não quis saber, queria Samanta no meio disso tudo. Shalon apenas cedeu. "

"Mas antes disso tudo... Um dia no Vale do Tratado, minha mãe viu seu pai tomar banho e bem... Nu. - Ele riu. - Ela era tímida e deu um gritinho quando o viu. Pediu inúmeras desculpas. Shalon, como um cavaleiro à desculpou. Acabaram virando bons amigos e sempre se encontravam no Vale. "

" Veio o primeiro carinho. Veio o primeiro beijo. Veio a primeira primeira promessa. "

" Mas então, tudo acabou. Meu vô descobriu e pôs um fim, no que quer que eles tenham tido. Minha mãe interrogava meu vô, dia e noite. Queria saber o motivo pelo qual, não poderia ser feliz com o homem que amava. Mas, meu vô não disse. Mas ela havia se entregado demais. Seu maior erro, era amar. "

"Desrespeitando o Tratado, seu pai, o líder dos nortistas e as principais regras, ela foi ver Shalon. E tudo acabou. Ela o viu com outra, que viria a ser a mãe de Samanta alguns anos depois. Mesmo assim, ela foi no encontro que viria a ser o último encontro deles, no dia seguinte. Exigiu a verdade, se é que existia alguma que justificasse tudo. Ele contou. Os dois não brigaram, gritaram ou choraram. Apenas se olharam e deram-se as costas. "

"Mamãe conheceu meu pai em meio a toda essa confusão. Ele foi um dos únicos há ficar de seu lado, quando meu avô ficou sabendo que ela saiu escondida e atravessou o Vale e por ser filho de um dos líderes do Conselho Nortista, influenciou muito na decisão do castigo dela. Os dois faziam tudo juntos. E acabaram se casando. E me tiveram. E apesar de mamãe garantir que era e sempre seria indiferente a Shalon, eu sempre soube que ela ainda pensava nele. Ela ainda o amava, e eu nunca a há entendi nesse ponto. Como ela conseguia? Depois de tudo? Depois de toda verdade ser dita? "

–É amor meu caro.

–Doentio, só se for.

Apenas balancei a cabeça. Nem concordando, nem discordando. Me sentei na ponta da cama. Giovane suspirou novamente e fechou os olhos.

–Eu a conheci pequena ainda. -Ele falou de repente.

"Eu e Victor estávamos brincando pela primeira vez perto do Vale do Tratado. Brincávamos com pistolinhas de água. Então corremos até o limite e gritamos. Infantil? Desculpe, mas nós tínhamos uns 11 anos. Ninguém descia ao Vale, só quando realmente necessário. Mas nós dois éramos só crianças, não ligávamos para as regras. "

"Depois do grito, olhei em direção a frente. E lá estava ela. Samanta. Tinha uns 10 meio anos. Eu e meu "amigão" na época, achamos que ela estava perdida. Mas por Deus America! Ela era tão linda! Tão pequena! Tão frágil! Meu extinto foi pega-la nos braços e a levar de lá! Mas fiquei com receio. Tomei a mão dela e pedi para vir comigo e Victor. Mesmo concordando, ela parecia com medo. Por muito tempo pensei que era de mim. Imagine: Um estranho levando-a a um lugar desconhecido? É de dar no mínimo um nervoso, quando tão pequena. Mas depois de anos fui descobrir o verdadeiro motivo. "

" Shalon arquitetou tudo. Sabia que eu e Victor estaríamos lá. E o nervoso de Samanta não era o medo do desconhecido e sim, o medo de não acreditarmos naquele rostinho angelical, pedindo ajuda com o olhar. "

"Fomos correndo para minha mãe, que se encantou tanto quanto eu. Samanta foi levada ao Conselho. Acabou sendo adotada por uma das mulheres dos Conselheiros, A sr. Kahtrina. Ela não podia ter filhos. Samanta logo começou a treinar. E um longo ano se passou, até ela convencer a todos que era capaz de ir ao seu primeiro ataque. "

"Nós dois ficamos muito próximos. E quando ela me deu isto - Nessa hora, Giovane ergueu o pulsou e mostrou uma pulseira minúscula, que até então eu não havia notado. Em forma de um pingente minúsculo, o mesmo pássaro de meu colar, (dos desenhos, da meia tatuagem de Samanta e etc..) estava lá. - No meu aniversário de 13 anos e foi ai que tive a certeza de que estava apaixonado."

"Com o passar dos anos esse sentimento apenas cresceu e junto com ele a admiração que eu sentia por ela também. "

"No mesmo ano, meu pai sumiu. Ele e minha mãe sempre se desentendiam. Mas estava um calorão horroroso e os dois brigando e eu ouvindo, sem poder fazer nada. Me lembro de cada palavra que ele disse e sinto a dor cada vez que recordo.

"Eu vou para nunca mais voltar."

"E foi exatamente assim. Ele nunca mais voltou. Minha mãe não se mostrou abalada depois de uma semana dos sumiço de papai. Mas eu a ouvia chorar toda noite. "

"Quando meu pai foi dado morto e ainda por sulistas, mamãe não se apavorou ou ficou triste ou mostrou alguma emoção. Foi tão fria, que era como se ela soubesse que aquilo aconteceria. E o pior? É que ela sabia. Foi seu pai. Mas eu não o culpo, de maneira alguma. O errado foi o meu pai, Atravessar o Vale é pedir para ser morto. Foi apenas o que meu pai fez."

"Samanta esteve do meu lado em todos esses momentos e eu não tive coragem o suficiente para dizer o quanto eu a amava. Era apenas medo de ser rejeitado? Não. Era mais, era medo de não tê-la mais me apoiando. Foi injusto com os dois. Mas essa história (minha e dela), eu ainda creio que o último capítulo não foi contado."

"Enfim, quando minha mãe adoeceu, de ficar na cama o dia todo, todos os dias, seu primeiro pedido foi papel, caneta e ficar sozinha o dia todo. Eu apenas cedi. Era um do seus últimos pedidos, eu já sabia."

"Ao final do dia, quando fui vê-la, ela me entregou 3 envelopes e pediu para pô-los em um lugar seguro e só ler quando ela ... Bem, não demorou muito e quando fui atrás das cartas 2 haviam sumido. Mas ainda restava a minha. "

"Novamente fui covarde e não abri. Não de imediato. Mas, sempre levava a carta comigo, onde quer que eu fosse. Sempre me culparia por ter perdido as outras duas."

"Passado dois meses e meio, abri a carta. America, existem segredos revelados na minha carta que podem terminar de vez com esse país. Mas não há provas suficientes em mãos dos rebeldes. Mas sempre haverá o diário de um homem. Gregory Illéa. "

"Você é a chave. Tanto dos nortistas, quanto dos sulistas. Nossos propósitos são diferentes, mas você é a peça principal. Há basicamente um plano para os nortistas, que minha mãe criou e você sempre foi a solução para tudo. "

"Bem o plano não tem todas as partes resolvidas ainda, mas a base de tudo é você e funcionaria mais ou menos assim...


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Notas finais do capítulo

Acalmem o core, tudo será explicado no próximo capítulo ;)
Agora que postei, mereço pizza! Ganha* pedaço quem comentar :* ahushuahs'
Ps: Ganha de Deus!

Bjos!